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História Gravity - Family Portrait


Escrita por: CoalaBeterraba

Notas do Autor


Oi gente, como vai?
Aos que liam Falling 4U: a fanfic mudou de ator e mudou de enredo! Espero que gostem, de coração, porque levei meses pensando e preparando uma estória à altura de vocês.

Sem mais delongas, vamos à estória!

Capítulo 1 - Family Portrait


Não é fácil crescer em meio a 3° Guerra Mundial

Nunca sabendo o que o amor pode fazer

Você vai ver, eu não quero que o amor me destrua

Assim como está fazendo com a minha família

Family Portrait - P!NK

 

Fort Greene, Brooklyn, Nova York

Cinco anos atrás

Jade

– Volta aqui, garota! – ouvi os gritos do meu pai.

– Você não pode me obrigar, pai! – gritei enquanto ia embora de casa, segurando a mãozinha de meu irmão mais novo, Sean. Meus cabelos cacheados e na altura dos ombros estavam soltos. Eu usava uma camiseta dos Lakers, calça jeans e uma blusa com capuz felpudo, além das botas Dr. Martens na cor branca. E carregava uma mochila de acampamento com quase todas as roupas de Sean, meu irmão mais novo.

– Você tá levando meu filho embora! 

– Eu não quero Sean metido com um filho da puta como você! – gritei saindo pela porta da sala. 
– Você não é exemplo pra ninguém. Aliás, é exemplo sim. Exemplo do que não ser!

– Onde você vai?

– Pra um lugar onde você não encontre a mim ou a ele. – respondi.

– Lembre-se que eu sei onde você mora, Jade. – ele riu. Velho nojento. – Não tem dinheiro pra sustentar você e seu irmão. Vai ter que ser uma puta de quinta categoria... ah, isso você sempre foi, igual a cadela da sua mãe!

– Cala a sua boca, seu velho nojento. – sibilei e senti meus olhos arderem. – Não fala da minha mãe, seu desgraçado. Lava essa sua boca podre pra falar da minha mãe. Eu vou te deixar na merda, Marshall Lennox. Quer dizer, na merda você já está. Sem mulher, sem filhos, só essa merda desse pó branco e esse apartamento que fede a mijo de gato e bebida barata. – olhei para Sean, que estava em choque e não entendia nada. Afinal, ele era uma criança que não podia estar vendo toda essa podridão, eu tinha que protegê-lo a todo custo. – Vamos, meu amor?

– O que tá acontecendo, Dee? – ele perguntou. Sean estava a ponto de chorar e isso não era bom.

– A Dee vai te explicar quando a gente sair daqui, tudo bem? – respondi depois de agachar e olhar em seus olhos. Com insegurança e medo no olhar, Sean assentiu. – Pegou seu Batman?

– Aham. – ele agitou o boneco do Batman nas mãos. – Pra onde nós vamos?

– Você confia na mana? – perguntei e ele assentiu. – Então vamos.

– Você não vai levar meu filho pra lugar nenhum, cadela. – meu pai veio até mim, sua figura de cerca de 1,80 ameaçando minha figura franzina de pouco menos de 1,60 de altura. 

– Vou sim. – falei e empurrei meu pai, que cambaleou, já que estava bêbado e cheio de cocaína no cérebro. – Pra longe de você.

Puxei Sean para que ele fosse na frente e andamos no corredor do nosso andar até as escadas. Descemos as escadas e saímos do prédio. Respirei o ar gélido do outono e as lágrimas desceram em meu rosto. Sentei-me na calçada e enxuguei meus olhos. Sean estava na minha frente, com uma pequena mochila do Capitão América nas costas e usando um moletom que eu havia dado de natal pra ele, calças jeans, All-Star vermelho e uma camiseta do RUN DMC.

– Por que você tá chorando, Dee? – ele perguntou.

– Quem disse que eu tô chorando, Seano? – Sean tinha cabelos castanhos lisos, a pele um pouco mais clara que a minha e os olhos azul acinzentados.

Os olhos de minha mãe vieram à minha mente: os olhos que eu vi fechar, depois de mais um round de agressões sofridas pelas mãos de nosso pai. Do pai que me ensinou a andar de bicicleta e que foi minha primeira palavra. Do pai que espantava os garotos na época do colegial.

Do pai que, agora, eu sentia nojo.

– Seus olhos estão vermelhos, Dee. – ele olhou para mim.

– Foi só um cisco, meu amor. – falei e sorri, mesmo com a cara toda inchada. – Tá tudo bem, Seano.

– Mesmo? – ele perguntou e eu assenti. Sean era uma criança doce, meu pai não o merecia como filho. Assenti e dei-lhe um beijo na testa. Ele extendeu o dedo mindinho para mim. – Jura de mindinho?

– Juro. – suspirei e prendi seu dedo mínimo no meu. – Juro de mindinho pra você.

– Então podemos comer um cachorro-quente? – ele perguntou com um sorriso. Sorri.

– Sim, podemos.

 Levantei da calçada e fomos andando até o metrô na Fulton Street. Minha moto tinha ficado no apartamento que eu tinha alugado. Eu trabalhava na redação da Culture Actually, como estagiária. Era meu último ano de jornalismo na New York University (ou simplesmente NYU) e, na Culture Actually, eu escrevia sobre música, depois de quase três anos no estágio não remunerado dentro da universidade, eu fui reconhecida e ganhava pouco mais de mil dólares por mês, além dos freelances que eu fazia para alguns sites como, por exemplo, a Revolver Magazine.

Era muito trabalho, mas os freelas ajudam quando a grana tá curta.

E é com esses freelas que eu pago minhas despesas, que aumentariam com a vinda de Sean para meu apartamento.

Com tudo isso o que acabou de acontecer, eu esqueci de me apresentar. Me desculpem a indelicadeza, de verdade. Não é todo mundo que acabou de sair de casa com um irmão mais novo, para protegê-lo do pai drogado e agressor de mulheres, que matou a própria esposa e mãe de seus filhos no punho.

Acontece nas melhores famílias, não é mesmo?

Antes que eu me esqueça, meu nome é Jade Lennox. Acabei de fazer vinte e quatro anos e estamos no mês de outubro, hoje é dia primeiro de outubro de 2011, meu aniversário foi em 24 de setembro, sim, quando fizeram exatos vinte anos de Nevermind, o álbum mais famoso do Nirvana (já falei que adoro o fato de ter nascido nesse dia? É, acho que vocês perceberam).

Há três meses, ao chegar com Sean em casa, depois de irmos a um dia da Vans Warped Tour de Nova York, presenciamos a pior cena que dois irmãos podiam presenciar: nosso pai estava espancando nossa mãe. Por quê? Não temos ideia.

Esse dia ainda está gravado na minha memória, com os detalhes mais vívidos que podemos imaginar. E, enquanto andávamos até o metrô, os fantasmas desse dia me sugaram.

"– Eu gostei muito do All Time Low. – Sean comentou.

– Que bom que gostou, Seano. – sorri. Era a primeira vez que eu levava meu irmão à um festival de música que eu ia todo ano. – Eu vi que gostou do Of Mice and Men também.

– Aquele moço altão e desenhado que gritava – ele disse. – Não gostei dele.

– Por que não, Seano? – ri. – O Austin foi muito legal com você. 

– Ele ficou colocando a mão em você o tempo todo, Dee. – ele disse e cruzou os braços enquanto eu abria a porta do apartamento. Mesmo não morando com meus pais e Sean, eu ainda tinha a chave de casa. – Não gostei disso.

– Então você ficou com ciúmes? – perguntei.

– Não é ciúmes. – ele disse. – Eu só não gostei de ele ter ficado te tocando... quero contar pro papai e pra mamãe que eu gostei muito de ter ido com você e que eu quero ir pra sempre.

– Até quando a Dee for uma velhinha de cadeira de rodas?

– Você não vai ser uma velhinha de cadeira de rodas, Dee. – ele disse. – Eu não vou deixar.

– Promessa de mindinho? – perguntei com um sorriso e extendi o mindinho da minha mão direita para ele.

– Promessa de mindinho. – Sean respondeu e entrelaçou nossos dedos mínimos.

– Vamos falar com o papai e com a mamãe?

– Vamos! – Sean subiu as escadas correndo e eu corri atrás. – Vem logo, Dee!

– Calma Seano! –  ri e ouvi a porta sendo aberta. Vi Sean na porta, parado. Nem fez menção de entrar.

– Dee... – ele disse e ficou mudo depois. Quando cheguei atrás de meu irmão e vi o que ele via, meu coração parou por um microssegundo e pesou em meu peito.

Nosso pai, Marshall Lennox, agredia nossa mãe, Helena Lennox. A pele negra de minha mãe estava cheia de escoriações enquanto sua forma franzina apenas se defendia, sem sucesso, das agressões. Nosso pai estapeava, socava e apenas escutávamos os gritos e o choro de nossa mãe.

– Seano, vai pro seu quarto. – falei.

– Dee, a mamãe... – ele começou.

– Vai pro seu quarto, Sean. – falei mais firme com ele. – Agora.

– Crianças. – minha mãe sussurrou e nosso pai olhou. Os olhos azuis dele estavam embriagados e vermelhos, o nariz cheio de cocaína.

Não, pensei. De novo não.

– Sean, vai pro seu quarto! – gritei e Sean correu até o corredor que dava nos quartos. – Que merda é essa?!

– Jade... – meu pai começou, com a voz grossa e embriagada. Se aproximou.

– Sai de perto de mim, seu drogado de merda! – gritei e empurrei-o. Ele caiu perto do sofá e bateu a cabeça. Agachei perto da minha mãe e seu rosto, escoriado e inchado, sangrava. – Mãe? Mamãe?!

– Dee. – ela disse e cuspiu um pouco de sangue. As lágrimas começaram a descer de seu rosto e desceram do meu também.

– Eu vou ligar pra emergência. – falei e peguei meu celular no bolso. Minhas mãos tremiam e disquei os números 9-1-1. Coloquei meu celular, um iPhone, no viva-voz.

"9-1-1, qual é a emergência?
– Oi, eu... – comecei e suspirei. – Meu nome é Jade Lennox, eu preciso de uma ambulância, por favor... minha mãe, ela... ela tá muito machucada. Pro meu pai também ele... ele bateu a cabeça.
"Sabe o que aconteceu, senhorita Lennox?"
– Não, eu... – respirei fundo. Eu sabia sim, mas eu estava em choque e não conseguia dizer em voz alta. – Acabei de chegar com meu irmão em casa, estávamos em Manhattan.
"Onde está, senhorita?"
– Fort Greene. – respondi. – No Brooklyn.
"OK, te localizei. Estou acionando a ambulância e a viatura de polícia mais próximas de onde você está. O tempo previsto de chegada é vinte minutos."

– Obrigada. – falei e desliguei o celular. Deitei a cabeça de minha mãe em meu colo. – Mamãe, fala comigo... fica acordada, tudo bem? Já pedi ajuda. Tudo vai ficar bem.

– Eu pedi isso, Dee. – ela sussurrou. – Eu não fui uma boa mãe, nem para você, nem para Sean.

– Não, não fala isso. – sussurrei e falei para ela. – Quem te disse isso?

– O pai de vocês. – ela respondeu. – Ele tem razão, eu... – ela tossiu um pouco de sangue. – Eu não fui uma boa mãe, nunca fui... foi por isso que você saiu de casa.

– Não fala isso, mamãe. – pedi e beijei sua testa escoriada. – Você é a melhor mãe do mundo, deu tudo de você para mim e para Sean. Você é a melhor mãe do mundo e eu não saí de casa por sua causa. Foi pela faculdade, lembra? Eu não estou em outro estado, eu ainda estou em Nova York. Eu nunca sairia de casa por sua causa, mamãe. Nunca.

– Me prometa uma coisa, Dee. – ela começou. – Não deixe Sean sozinho, por favor. Não deixe nosso bebê desamparado. Ele... - ela pareceu pensar um pouco. – Ele é só uma criança.

– Eu não vou deixar Sean sozinho. – falei. – E nem você, mamãe. Você vai ficar bem... eu prometo.

– Eu sei que eu vou ficar bem, querida. – ela sorriu e, mesmo com o rosto machucado, minha mãe era a mulher mais linda que eu havia visto. – E, sabe por que eu vou ficar bem? O vovô Carter e a vovó Nana vieram me buscar, sabia? Eles estão aqui agora.

– Mamãe, não vai embora. – comecei a chorar ainda mais. – Não, mamãe, eu... eu preciso de você. Por favor, não vai... eu não sei o que eu vou fazer sem você aqui... não vai, por favor…

– Você vai saber o que fazer sim, querida. – ela sorriu. – Vai ser uma boa mãe para Sean. Vai terminar a faculdade, vai ser uma grande jornalista e escritora, não é isso o que você quer?

– Sim. – respondi chorando. – Mas eu não quero que você se vá. Preciso de você comigo, mamãe. 

– Existem certas decisões que devemos tomar pensando nos que amamos. – ela disse. Já estava mais fraca que há cinco minutos atrás. – Minha missão já acabou. Cada um tem a sua hora de partir, Dee. E a minha acabou de chegar. Cuide de Sean, lute pelo o que você quer e pelo o que você acredita. Você vai conseguir, querida... – ela suspirou mais uma vez. – Prometa para mim que você vai fazer de tudo para conseguir.

– Eu... – comecei e as palavras se embolaram em minha garganta. Suspirei e meu peito pesou. – Eu prometo, mamãe.

– Ótimo. – ela disse e sorriu. – Tenho que ir logo, a vovó Nana acabou de reforçar que eu não sou boa com despedidas. E acho que ela tem razão. Vou estar olhando por você e por Sean. A mamãe ama vocês e sempre vai amar.

Um último suspiro e a vida se esvaiu de seu corpo como se fosse um dente de leão soprado por uma leve brisa. Seus olhos castanhos perderam o brilho, sua pele empalideceu e começou a esfriar.

E, naquele momento, eu soube que não teria mais volta. Minha mãe se fora."

Lembro-me que, naquele momento, rezei para que aquilo não fosse real e rezei, também, para que minha memória não falhasse ao lembrar desse dia.

Lembrei-me dos paramédicos que a levaram e dos policiais que fizeram perguntas que eu não soube realmente responder. Sean estava em choque e não falou uma palavra sequer, e assim permaneceu por um mês.

A morte de minha mãe me amadureceu mais do que deveria.

– Dee? – ouvi Sean. Saí do devaneio e absorvi o ambiente à minha volta. Estávamos em uma barraquinha de  cachorro-quente.

– Oi?

– O que quer no seu lanche, mocinha? Chilli? – o moço da barraquinha de cachorro-quente perguntou. – Chucrute?

– Já pediu o seu, Seano? – perguntei e olhei para ele, que assentiu. – Quero chilli, por favor.
O homem assentiu e começou a fazer os lanches. Sean olhou pra mim.

– Dee, você prometeu de mindinho que tá tudo bem. – ele disse e olhei para ele.

– E tá tudo bem, meu amor. – respondi. – É que a Dee tava pensando na mamãe.

– Eu sonho com a mamãe todos os dias. – ele disse.

– É mesmo? – perguntei com um sorriso.

– Sim. – ele respondeu. – Ela pede pra eu te proteger, porque eu sou um super-herói.

– Meu super-herói. – sorri e abracei meu irmão contra meu corpo.

– São 7,50. – o homem disse e dei-lhe dez dólares e ele me devolveu o troco. 

– Obrigada. – sorri e comecei a comer o lanche. Sean estava agarrado à mim o tempo todo e pegamos o metrô até o centro de Manhattan, onde ficava meu apartamento.


O apartamento ficava perto de muita coisa, por mais que fosse pequeno – minha cama ficava na sala, encostada em uma parede de tijolos atrás do sofá. Uma Smart TV que eu tinha terminado de pagar há seis meses, uma estante e uma pequena mesa de madeira, com um laptop e uma impressora compunham a minha sala/quarto, que tinha a maioria de suas paredes só com a alvenaria exposta.

– Vamos ficar aqui por enquanto, Seano. – falei para meu irmão, que absorvia o ambiente à sua volta. – Tudo bem?

– Uhum. – ele respondeu e se jogou no sofá cinza. – Dee, me ajuda!

– O que foi? – fui até ele e o vi deitado no sofá, quase sendo engolido pelas almofadas. Comecei a rir. – Dá a mão aqui, Seano!

Peguei a mãozinha pequena de meu irmão e o puxei. Ele olhou pra mim e começou a rir.

– Tá mais calmo? – ri.

– O sofá ia me engolir! – ele riu. Ter Sean comigo seria ótimo e eu amaria cada momento disso.


– Gostou da pizza, baixinho? – perguntei enquanto puxava o queijo deliciosamente gorduroso da pizza. Eram oito da noite e assistíamos Capitão América enquanto comíamos pizza em uma quinta-feira.

– Uhum. – ele respondeu, tirando mais uma fatia de pepperoni da pizza com queijo. Sean odiava pepperoni e deixava em um cantinho do prato. Eu comia tudo depois. – Pena que o Batman não come pizza. Ele ia gostar.

Olhei para o boneco, que havia sido colocado sentado em uma almofada roxo berinjela. Estávamos sentados no chão, com pratos, copos cheios de Cherry Coke e uma caixa de pizza quase vazia. Eu não tinha feito compras naquela semana, então eu teria de chutar meu traseiro preguiçoso para o Walmart assim que pudesse, para ter tudo o que meu irmão precisaria para se alimentar corretamente.

– Ah, eu não aguento mais. – Sean suspirou e acariciou sua barriga cheia por cima do pijama do Superman. – Dee, coloca Hora de Aventura?

– Coloco. – respondi. – Mas vá escovar os dentes antes, pode ser?

Sean sorriu e foi correndo para o banheiro, onde eu já havia colocado sua escova de dentes verde junto à minha. Fui até o quarto onde minhas roupas ficavam em araras e estantes e vesti um pijama – calça de moletom cinza e uma camiseta vermelha e larga, cheia de rasgos. Eu amava os rasgos da minha camiseta confortável.

A campainha tocou e estranhei o horário. Afinal, quem iria bater na minha porta às oito da noite de uma quinta-feira? Resolvi atender e, ao abrir a porta, dei de cara com dois policiais. Eles estavam ali, devidamente fardados. 

– Boa noite, senhores. – falei.

– Boa noite, senhorita. Somos os oficiais Wesdon e Fuentes. – um deles, um cara branco de olhos verdes, disse. Assenti. – Seu nome é Jade Lennox?

– Sim, por quê?

– Recebemos uma denúncia de sequestro na nossa central. – o oficial que tinha feições latinas respondeu. – Segundo a denúncia, você sequestrou uma criança, senhorita Lennox.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo!

Twitter: @batsybarnes


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