1. Spirit Fanfics >
  2. Gravity >
  3. 7 Eleven

História Gravity - 7 Eleven


Escrita por: CoalaBeterraba

Notas do Autor


Heeeeeey galereeeeee
Eu não tenho postado, eu sei, eu estava meio relapsa e devendo um capítulo decente. E aqui estou.
Sem mais delongas, aqui está o sétimo capítulo.
Boa leitura.

Capítulo 7 - 7 Eleven



"No 7/11
Estacionado no beco em um canto escuro,
Nós encontramos o Paraíso
No 7/11,
Traçando linhas em sua pele,
Nós encontramos o Paraíso."

"7/11" - 3OH!3

Alguns dias depois

Ben

Ter um filho é algo maravilhoso. Depois de duas meninas, ter um menino era uma coisa maravilhosa e totalmente nova.

Mas é horrível quando não há tempo para aproveitar e cuidar. Eu estava sendo constantemente cobrado por Jennifer, minha esposa há sete anos, por atenção à ela e a meus três filhos, mas eu tenho trabalhado muito e meu vício no trabalho tinha me rendido várias premiações.

Mas que, em contrapartida, tem me rendido cobranças em casa. E isso era algo que ninguém queria.

A palavra “cobrança” possui um gosto amargo até mesmo quando falada em qualquer tom de voz.

E, na primeira noite do mês de julho, eu e Jennifer estávamos brigando pelo mesmo motivo. De novo.

— Vai doer dar um tempo por seus filhos, Ben?  — ela perguntou depois de colocar Sam para dormir.  — Vai doer ter um pouco do seu precioso tempo para mim?

— Jen, não começa…

— Começar com o quê, Benjamin Géza?  — ela perguntou falando meus dois nomes.  — Te cobrar o papel de pai e marido que você não tem cumprido?

— Eu estou trabalhando por todos nós e você sabe disso.  — falei com calma.  — Isso tudo o que estou fazendo e vivendo é por nós.

— Seria por nós se você nos incluísse.  — ela disse.

Eu tinha acabado de chegar de um set de filmagens e estava com a chave do carro em mãos. Eu estava cansado, saturado para dizer o mínimo, do dia que eu tive. Dei meia volta e fui em direção à porta.

— Onde você vai?  — ela perguntou.

— Vou sair pra pensar, Jen.  — falei.  — Tô cansado, preciso pensar.

— Você precisa pensar?  — perguntou.  — Pensa nas suas filhas perguntando toda noite onde está o pai delas!

 

Fechei a porta da entrada e suspirei. Sem pestanejar, fui até um dos meus carros  — um Chevy 66 vermelho e coloquei a chave na ignição. Liguei o carro e saí daquele lugar para espairecer  — eu estava indo pra qualquer lugar, sem rumo nenhum. Mas sabia que em algum momento eu teria que parar.

Passei pelos mais variados bairros e, mesmo de quinta feira, esses bairros eram muito agitados  — cheios de boates e pessoas.

— Tenho que ir pra um lugar mais reservado.  — falei para mim mesmo.

Algumas quadras mais adiante passei por um bar chamado Eagle’s Home. Estava praticamente vazio, se não fosse por umas cinco pessoas na parte de fora. Dei de ombros e comecei a procurar por uma vaga mais discreta ainda. Achei uma vaga perto de uma loja de conveniência que estava fechada e completamente apagada e saí do carro.

Verificando se minha carteira estava no meu bolso, entrei no estabelecimento. Ninguém pareceu me reconhecer e isso era ótimo.

De cabeça baixa, fui até o balcão e sentei-me em uma das banquetas. Uma música que reconheci como uma do Foo Fighters tocava no bar. Vi a sombra de alguém no balcão perto de mim.

— O que vai querer?  — ouvi uma voz feminina perguntar.

— Cerveja, por favor.

— Temos Budweiser, Bud Light, Heineken, Stella, Miller…  — ela disse e olhei para cima. Vi uma moça de cabelos cacheados presos em um rabo de cavalo e camiseta preta. Sua pele era quase da mesma tonalidade que a minha, mas ela era negra.

— Uma Miller, por favor.  — pedi e fui atendido com agilidade.

— Noite difícil?  — tentou iniciar uma conversa.

— É.  — respondi simplesmente.

— Postura curvada, tom de voz baixo…  — ela começou.  — É fácil dizer que você está assim.

— Como você sabe que eu estou tendo um dia difícil?  — perguntei e olhei para ela.  — Mal me conhece.

— É muito fácil dizer coisas sobre as pessoas só pela linguagem corporal delas.  — ela olhou para mim e chegou um pouco mais perto.  — Você é ator e diretor. Deveria saber disso.

Merda, pensei. Ela me reconheceu.

Fiquei tenso e pensei em sair do lugar naquele momento. Afinal, não queria estar em um lugar onde as pessoas me reconhecessem e ligassem para o primeiro tablóide ou site de fofocas com paparazzis constantemente preparados para flagrar um deslize de qualquer famoso.

— Não precisa ficar preocupado.  — ela disse.  — Não quero que você perca sua paz. Se está aqui, é porque precisa descansar a cabeça. Não vou ligar para ninguém, sério...  — a tensão em meus ombros se dissipou e vi um sorriso brincando em sua boca.  — a não ser que você queira ser visto aqui.

— Não.  — sorri.  — Prefiro ficar aqui, sem paparazzis, obrigado.  — olhei para a garrafa de cerveja vazia em minhas mãos.  — Tem mais uma dessa?

— Tá na mão.  — ela disse, alguns segundos depois, me dando a garrafa já aberta.

— Você é rápida.

— É uma coisa que se aprende quando trabalha em um bar.  — ela disse e deu de ombros.

— Há quanto tempo está aqui?

— Duas semanas.  — ela respondeu.  — Eles precisavam de uma bartender, eu precisava do emprego. Veio muito a calhar, pra ser honesta.

— Você provavelmente já sabe meu nome  — comecei e ela assentiu.  — então me diga, qual o seu nome?

— Jade.  — ela respondeu.  — Jade Lennox.

Dali em diante, começamos a conversar sobre nossas vidas. De Jade, eu sabia que ela vinha de Nova York, que era formada em jornalismo e que estava escrevendo um livro, cujo assunto ela não me deu pistas. Quando perguntei porque ela não procurou um emprego na área, ela respondeu que, mesmo com cartas de recomendação de diversos professores, as empresas ou revistas não a contratariam por menos de mil dólares. Ela precisava de muito mais para sustentar a seu irmão mais novo e a si mesma. Fazia um freelance aqui e ali com escritora em diversas revistas, mas sabia que não poderia viver de freelance com uma criança de sete anos para criar.

— O que houve com seus pais?  — perguntei, depois de uma boa meia hora de conversa.

— Não quero falar sobre isso.  — ela respondeu e arqueei as sobrancelhas.  — Não que eu queira esconder isso de você, mas essa é uma história realmente longa e que me traria lembranças das quais eu quero esquecer.

— Foi por isso que veio para Los Angeles?  — perguntei.  — Para esquecer?

— Não.  — ela respondeu.  — Vim pelo recomeço.  — ela disse.  — Nunca vou me esquecer do que aconteceu.

— Ah.

— Esquecer do que aconteceu seria a mesma coisa do que esquecer o que me trouxe até aqui.  — ela disse depois de um suspiro e olhando para mim. Notei como seus olhos eram verdes e como eles brilhavam. E como exibiam uma expressão machucada ao pensar no que aconteceu com sua vida.

— Lennox!  —  uma mulher chamou e Jade saiu de seus devaneios.

— Só um minuto.  —  ela saiu dali e foi até quem a procurava. Voltou algum tempo depois.  — Em meia hora vamos fechar, o pessoal já está começando a limpar o salão.

— Que horas são?

— Quase uma da manhã.  — ela respondeu. Olhei em volta e vi mesas e cadeiras sendo arrastadas, copos e pratos sendo retirados das mesas e pessoas passando pano no chão de madeira. — Preciso afugentar o veterano Johannes antes que ele quebre mais um caneco de cerveja.  — ela riu fraco, provavelmente cansada, e querendo voltar para casa.  — Quer uma saideira?

— Vou aceitar.  — sorri e ela me deu a quinta garrafa de Miller da noite.  — Onde você mora?

— Moro perto da UCLA, da faculdade de medicina, pra ser mais exata.  — ela respondeu.  — Tenho uma colega de apartamento que vai começar a residência no outono.

— Entendi.  — respondi.  — Quanto deu tudo?

— 40 pratas.  — ela respondeu e peguei o dinheiro em minha carteira, além de puxar mais uma nota de 100 dólares que, assim que dei a ela, ela me devolveu.  — A cerveja é 40 dólares, não 100.

— 100 é a gorjeta.  — falei e ela arqueou as sobrancelhas, surpresa.  — Pela conversa e pela companhia.

— Eu não deveria aceitar  — ela começou e pegou o dinheiro. — mas algo me diz que você vai me vencer pelo cansaço.

— Eu costumo ser bastante persuasivo.  — sorri e dei de ombros.

— EU VOU ACABAR COM VOCÊS, NAZISTAS DESGRAÇADOS!

— Com licença.  — assenti e ela correu até a extremidade do balcão, onde o veterano Johannes estava praguejando com uma caneca de cerveja nas mãos.  — Soldado Johannes, sentido!

De repente, o velho Johannes parou o que estava fazendo e bateu continência para ela, junto com a caneca em suas mãos.

 — Descansar!  — ela gritou como um sargento e ele relaxou.  — Muito bem, soldado! Agora, me dê essa caneca. A guerra acabou, pode ir para casa.

— Foi muito bom honrar a América, senhor!  — ele gritou com uma voz mole e ela conseguiu pegar a caneca.

— Tina, me ajuda aqui.  — ela pediu e uma das moças que limpava o salão ajudou-a levar o velho para fora. Ela voltou alguns minutos depois.  — Agora preciso limpar esse balcão.

Jade pegou as garrafas que eu consumi e jogou no lixo, a caneca do velho Johannes e lavou-a, colocando-a junto das outras canecas que já estavam lavadas. Pegou um pano e começou a limpar o balcão.

— Pode ir embora, se quiser.  — falou.  — Hoje é meu dia de fechar o salão, vou fechar a caixa registradora ainda.

— Enquanto tempo você termina isso?

— Meia hora, no máximo.

— Eu te levo até em casa.  — ela arqueou as sobrancelhas, mais uma vez, surpresa.  — É muito perigoso.

— Eu moro perto.

— Mesmo assim.  — falei.  — Eu insisto. Meu carro está no beco, perto de uma loja de conveniências.

— Tudo bem.  — ela disse depois de pensar muito e de assentir. Saí do salão, fui em direção ao meu carro e esperei.

Alguns minutos depois, a vi chegar segurando uma mochila e destravei a porta do carro. Ela abriu a porta e entrou, fechando-a em seguida.

— Então, vamos?  — ela perguntou e olhei para ela. Eu não poderia dizer se eram as cervejas que eu tomei, mas Jade era uma mulher muito atraente: seus lábios aparentemente macios e seus olhos verdes eram coisas que estavam me atraindo muito naquele momento.

Naquele momento, fiz uma coisa que desonrava meu casamento, algo que eu nunca faria fora das telas de cinema e dos sets de filmagem: peguei no rosto de Jade, olhei em seus olhos verdes e dei-lhe um beijo.

Eu sabia que eu estava fazendo a coisa mais errada que eu poderia pensar em fazer, e seria clichê dizer que pareceu certo. Mas pareceu.

De início, ela não reagiu. Depois, enquanto eu começava a parar, seus lábios capturaram os meus, dando início a um segundo beijo. Momentos depois, ela estava no meu colo e eu sentia meu pau começar a latejar dentro das calças. Eu lutava entre a minha mente e meu instinto mas, no último minuto, o instinto falou mais alto e, por aquela noite, eu esqueci que eu tinha esposa e três filhos.

Eu queria Jade. E a queria dentro do meu carro.

Tirei sua camiseta e vi seus peitos apertados dentro do sutiã. Jade gemeu e esse foi um sinal que mostrava que ela havia sentido o volume dentro das minhas calças. Mergulhei a cabeça em seus peitos e pude sentir o cheiro de baunilha que sua pele tinha. Beijei toda a pele exposta e passei o nariz em seu pescoço, sentindo o cheiro de sua pele e mordiscando a pele sensível em seu pescoço.

— Ben.  — ela suspirou e soltou um gemido em seguida. Seu gemido era rouco e eu a beijei mais uma vez.

De forma habilidosa, tirei suas calças e vi a calcinha preta e pequena que usava. Passei as mãos por suas costas e cheguei em sua bunda, que era uma delícia de apertar. Meu pau latejava dentro das minhas calças de forma dolorida e senti as mãos de Jade no fecho. Sorri aliviado quando ela abriu minhas calças, libertando meu pau.

— Merda.  — gemi baixo enquanto ela me acariciava e gemi alto quando ela sentou em meu colo, com a calcinha afastada para o lado, e meu pau dentro dela.  — Hmmm…

— Hmm, Ben.  — ela gemeu mais uma vez e começou a se movimentar levemente. Eu a beijava e engolia seus gemidos manhosos e baixos, me sentindo um adolescente morrendo de medo de ser descoberto por alguém.

— Jade.  — gemi e ela gemeu em resposta. Depois de um tempo naquela intensidade contida, seu corpo começou a tremer sobre o meu e suas costas se arquearam. Ela soltou um gemido delicioso e, mesmo depois de ter seu orgasmo, ela continuou rebolando e eu gemi.  — Você tá indo muito bem.

— Eu sempre vou muito bem.  — ela sorriu e me fez gemer quando se contraiu ao meu redor. Eu estava chegando ao meu ápice e, quando cheguei, ela veio junto mais uma vez.  — Ah, Ben…

Jade apoiou a cabeça em meu ombro e comecei a acariciar suas costas com as pontas dos meus dedos, até que ela saiu de cima de mim e suspirou pesadamente.

— Bem  — ela começou a se vestir novamente.  — Isso foi divertido.

— Sim, foi.  — respondi enquanto levantava minhas calças e me arrumava.  — Ainda quer a carona?

— Esse era o objetivo oficial, não era?  — sorriu e soltei uma risada. Dei a partida no carro e ela indicou o endereço. Não conversamos muito e a deixei na porta do apartamento, sem cerimônias ou despedidas.

Fui direto para casa, onde tomei um banho, que tiraria o cheiro de sexo do meu corpo, além de escovar meus dentes, para tirar o bafo de álcool da minha boca.

A higiene tiraria o cheiro de sexo e bebida do meu corpo. Mas não tiraria o cheiro de Jade da minha cabeça, por mais que eu soubesse que não a veria mais.

Mas ela ficaria ali, guardada no meu inconsciente mais profundo.

 


Notas Finais


Até o próximo!

Twitter: @buckythrew


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...