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História Gravity - My Friends Over You


Escrita por: coldnyoongi

Notas do Autor


Oi de novo :)
Tinha dito que só iria postar no final de semana, mas acabei conseguindo uma brechinha e consegui editar mais capítulos que o previsto...
Espero que gostem desse.
Vejo vocês lá embaixo.
Ps.: Eu estou sem criatividade para títulos de capitulo.

Capítulo 3 - My Friends Over You


2.

“You were everything I wanted
But I just can't finish what I've started
There's no room left here on my back
It was damaged long ago
Though you swear that you are true
I still pick my friends over you”

-My Friends Over You, New Found Glory

 

Terça-feira.

  - Esse ano, contamos com a ajuda direta de vocês, alunos, na realização desse evento tão importante. – a voz do diretor Mitch ecoou pelos autofalantes de toda escola assim que o sinal do intervalo tocou.

  - Importante para quem? – alguém zombou na multidão e quase foram capazes de sentir o rolar de olhos do diretor de quem só podiam ouvir a voz.

  - Vamos precisar que assinem uma lista de interessados que ficará no ginásio. – continuou o homem de voz alegre, porém severa – Dentre as atividades estarão atividades artísticas, como apresentações de dança, teatro, musica. Considerando que, todos os integrantes do grupo de teatro da escola já estarão comprometidos com essa tarefa, sem exceção. – enfatizou antes que as reclamações começassem, pois começariam em breve - A produção de conteúdo para o colégio também estará incluída, portanto a equipe do jornal da escola deverá noticiar os eventos de cada dia.

  Haley juntou as sobrancelhas nesse momento, curiosa. Matt a cutucou com o cotovelo e ela sorriu para ele. Haley fazia parte do jornal da escola, apesar de andar muito parado – não publicavam nada a mais de dois meses. Ela não ocupava uma função muito alta, mas estava sempre disponível para fotografar alguma coisa, caso Louis não se prontificasse antes. Também escrevia pequenos artigos representando o conjunto editorial, então nunca levava o seu nome. Ela se divertia com aquilo, afinal gostava do universo jornalístico, já que não tinha talento o suficiente para cantar ou desenhar, escrever e fotografar pareciam mais ao seu alcance. Uma válvula de escape, muitas vezes, em outras, apenas mais uma coisa para ocupar o seu tempo de uma forma boa.

  - As palestras ainda serão disponibilizadas pelo colégio e terão atrações exclusivas. Vale ressaltar que esse ano a presença vale nota. – dá para sentir todo o prazer contido na sua última fala.

  Ouve-se lamentações, suspiros, alguns palavrões e reclamações em geral.

  - Sim, sim. – o diretor se diverte – Todos receberão um crachá. Esse crachá receberá um carimbo a cada atividade realizada. No final, esses serão recolhidos pela equipe de apoio, que também será constituída por alunos, e será feita a contagem dos carimbos. Os alunos que não estiverem ocupados de nenhuma atividade diretamente ligada ao evento deverão ter 15 carimbos para receber a nota completa, que vale para todas as matérias.

  - Finalmente eles fizeram algo inteligente. – Calum comentou com Luke, em um tom baixo.

- Ei, ei. – Ashton chamou a atenção dos outros três garotos – Eles falaram “música”.

- Sua audição está boa, Ash. Parabéns. – Luke disse, e eles riram.

- Não. – ele segurou o riso – Nós podemos fazer alguma coisa. – o garoto dizia animado, como se estivesse tramando um plano.

- Será que é uma boa ideia? – Calum parecia hesitante.

- Por que não seria?

- Não sei. Nunca tocamos aqui na escola. As pessoas não devem saber sequer que nós somos alfabetizados, ou sei lá...

- Mas logo eles vão saber, de qualquer jeito. – Michael lembrou dando de ombros – A festa do Fred já é semana que vem, e todos vão estar lá.

- E, além disso, nós conseguimos nos livrar dessa coisa de carimbos. – Ashton mencionou, olhando esperançoso para os amigos – O que acham?

  - Eu não sei, Ash... – Calum virou o rosto, pensativo.

  - Pode ser muito bom ou muito ruim. – Michael disse.

  - Mas teremos quase um mês para ensaiar. Não tem como dar errado. – Ashton tentava convencê-los, animado – Vamos, caras. Por favor!

  - Acho que... – Luke começou a falar e os amigos voltaram sua atenção inteiramente a ele – é uma ótima ideia.

  Ashton sorriu mostrando todos os dentes para os outros dois amigos, como quem diz “vamos, vamos, vamos!”. Um pouco impressionados pelo otimismo repentino de Luke, acabaram concordando que não poderia ser tão ruim. Por mais que a ideia de uma banda já existisse há quase um ano, eles nunca havia tocado na escola ou para a escola. Além dos seus poucos amigos, ninguém sequer sabia da existência de uma banda, ou de algum talento. Eles também não faziam muita questão de serem o centro das atenções do colégio afinal, isso só resultava em algo bom quando você era um “incluído”. Mas já haviam concordado em tocar na festa de um amigo naquela sexta, e boa parte dos seus colegas estariam presentes, então não tinham mais como fugir.

 

  No final da aula, o movimento em torno do ginásio só costumava ser tão intenso nos dias de jogos. Ombros batiam nos de Haley que acompanhava Matt, à medida que se aproximavam das pequenas mesas cercadas por uma multidão de alunos desesperados por um nome na lista.

  - Isso é seria engraçado se não fosse assustador. – Matt comentou.

  - O Mitch realmente arrumou uma forma de torturar a todos, com sucesso. – Haley comentou, levando seu olhar para a expressão desanimada que se estabeleceu no rosto de Matt – Boa sorte com isso, cara.

  - Ugh! – ele gemeu, jogando a cabeça para trás – Até mais.

  Haley riu ao ver seu amigo se adentrar no meio daquele amontoado de pessoas. Nunca se sentiu tão feliz por já ter um papel pré-estabelecido. Ficou alguns minutos ali, parada, rindo internamente do desespero alheio. Os professores de Educação Física eram os responsáveis por controlar toda inquietação e retinham as listas que deviam ser preenchidas por aqueles que conseguissem chegar até elas e serem incluídos como “colaboradores do evento”, ou algo do tipo.

  - Todos vocês! – surgiu uma voz num megafone – Em fila! Agora! – ordenou o Sr. Aeby, um sujeito de pegada suíça, corpulento e grande como um muro – Rápido!

  Haley aproveitou a deixa para sair daquele lugar claustrofóbico.

 

  Mais tarde, os garotos estavam todos reunidos no porão de Luke para mais um ensaio. Ensaios esse, que sempre podiam servir como uma desculpa para passarem mais tempo juntos quando deveriam provavelmente estar estudando, já que nem sempre tinham mesmo um motivo – como uma apresentação – pelo qual ensaiar. Ashton era o único deles que tinha um carro, por mais que fosse um antigo – muito antigo – Ford Country Squire. Por essa razão, muitas vezes Calum, Michael e Luke acabavam pegando carona para a escola, de volta para casa, ou para qualquer outro lugar que eles estivessem em comum na sua rota. Eram viagens sempre muito divertidas, regadas a lanches de drive-thru e musicas dos anos 80, pois era a única radio que o carro conseguia sintonizar.

  Michael cantou o ultimo verso da música chamada “Check Yes, Juliet”. Assim que os sons das guitarras e tambores cessaram, os quatro se olharam com o mesmo sorriso se abrindo aos poucos, empolgados sobre como finalmente tudo soou tão bem. Luke sentiu seu celular vibrar.

  - Finalmente! – Ashton disse, se levantando de trás dos tambores que constituíam a sua bateria de segunda mão.

  Calum e Michael fizeram um high-five no ar e em seguida com Luke, que agora tirava sua guitarra dos braços, e se distanciava um pouco dos garotos para ver do que se tratava a notificação do seu celular, ainda com um grande sorriso satisfatório no rosto.

  “Oi”, era uma mensagem de Sam. Antes que pudesse responder, outra chegou:

  “Posso passar aí agora? Queria conversar com você.” Ele gelou. Imaginou assuntos sérios o suficiente que podiam ser a fonte dessa necessidade repentina de conversar.

“Hoje é terça. Estou ensaiando com os garotos, querida.”, ele respondeu, na intenção de não demonstrar o seu medo do que podia significar a mensagem de sua namorada. “Sinto muito”, ele continuou. Depois de alguns minutos ela respondeu.

“Ah, é verdade. Eu me esqueci.”, ele podia sentir a frieza da garota claramente naquelas palavras. E nos últimos dias, ela agia assim até mesmo pessoalmente.

  O garoto manteve seus olhos azuis na tela, atento, esperando por alguma nova mensagem de Sam. Nada chegou, então ele resolveu tentar algo: “Vamos ao cinema amanhã? Está passando aquele novo filme do Michael Bay que eu queria ver”. Luke olhou para os amigos que agora riam de alguma conversa aleatória que surgira da mesma forma. Não precisaria se esforçar para dizer o quanto preferia estar inserido ali, ao invés de estar tentando salvar seu relacionamento por mensagens. Ao pensar na ideia de estar “salvando seu relacionamento”, ele se sentiu como um quarentão em crise, e conseguiu tirar uma curta risada daquilo.

 

“Amanhã eu vou ter uma coisa da escola”, ela respondeu “Acho que só vamos nos ver na sexta”. Ele respirou fundo. Não era difícil de acreditar nos inúmeros compromissos da escola de Sam fora do horário de aula, pois era uma daquelas escolas particulares só para garotas, na qual lotavam os alunos de atividades que ocupavam um dia inteiro. Luke prometeu a si mesmo não se preocupar ou entrar em desespero, mesmo agora que as coisas pareciam escorrer por entre seus dedos. Ele não queria mesmo perder aquela conversa tão divertida que seus amigos estavam tendo. “Tudo bem. Amo você.”, ele disse e antes de receber uma resposta, bloqueou a tela do celular, o jogou direto no sofá velho e correu até os três garotos.


Notas Finais


Quando fui postar esse capitulo que vi que sei lá porque motivo a fanfic tava tida como "terminada". Wtf?
Enfim, já ta tudo certo agora, e ainda vem muita, muita coisa. Até peço paciência, porque podem levar alguns capitulos até as coisas esquentarem para valer, mas acho importante essa introdução para a historia não ficar apenas um monte de coisa jogada na cara de uma vez. Espero que entendam <3
O que acharam desse capitulo? Comentem, por favor.
Obrigada pela leitura.
Até a próxima.


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