Para preparar a festa eu, Mabel, Soos e o tivô Stan fomos direto para algumas lojas comprar material para a festa durar o suficiente. Entramos em uma loja e pegamos confetes, um som e algumas coisas estúpidas para nos divertimos, voltando à cabana, fomos preparar tudo que tínhamos, Soos arrumou um palanque para colocar seu equipamento de DJ, Mabel carregou o canhão de confete, o tivô Stan foi colocar cartazes pela cidade e cobrar de quem não fosse convidado uma grana para poder entrar, a Wendy e a Melody cuidaram da organização, e eu fui até a padaria comprar um monte de doces e petiscos de festa.
Peguei emprestado a bicicleta com a Wendy e fui seguindo rumo até a padaria, no meio do caminho eu me deparei com a praça e nela estava um garoto loiro de olhos azuis, parecia ter a minha idade, usava um tipo de smoking amarelo, carregava com si uma bengala de marfim e tinha um tapa-olho no seu olho direito, ele estava sentado em um banco isolado de todas as outras pessoas rindo para a lua cheia, os animais que passavam perto dele abaixavam sua cabeça e corriam para buracos no chão se esconder, eu mesmo senti um frio na barriga quando o olhei melhor, ele virou lentamente sua cabeça para trás mantendo seu olhar fixo e seu sorriso macabro, ele ficou me encarando e pude ouvir em minha cabeça vozes sussurrando coisas horrendas como: “Mate”, “Odeie”, “Destrua”. Decidi parar de olha-lo e seguir caminho, era estranho como olhar para ele me colocava em uma situação familiar, mas decidi deixar isso de lado, tinha uma festa para curtir e não deixaria um garoto estranho atrapalhar minha noite.
Chegando na padaria, pedi para a moça me fazer uns doces e aperitivos e colocar tudo na conta do Stan, ela me falou que estaria tudo bem e me deu tudo que tinha, o resto ela levaria mais tarde na cabana. Voltando de viajem passei novamente pela praça e vi novamente aquele garoto estranho ele parecia estar agarrando as animais a força e os usando de bonecos, decidi ignorar mesmo que aquilo fosse errado, não fui me preocupar, voltei imediatamente para a cabana e coloquei os salgadinhos na mesa, vindo que todos estavam em repouso, conclui que já tinham terminado seus serviços, sentei junto a eles e ficamos jogando conversa, fora até que ás 20:00Pm prometidas finalmente chegaram, os convidados já estavam na porta e o Soos foi recebe-los. Enquanto isso, fomos ligar os equipamentos de festa, várias luzes iluminavam a pista de dança, a música no estilo rock balada percorria tudo ao seu alcance, todos dançavam muito, Pacífica e Mabel continuaram com sua competição, não como rivais, mas como amigas provando seu valor, já eu, o único isolado da festa estava lendo o livro com aquele código estranho pensando no que ele significaria, mas a festa continuou seguindo rumo indo para cidade, dançando no meio da rua, e eu fui obrigado a acompanhar, deixei o livro no meu quarto e fui seguindo a marcha até comecei a dançar junto com as outras pessoas, seguimos essa festa até a praça, onde aquele menino estranho continuava sentado, só que agora estava agindo normalmente, acho que aquilo tudo foi fruto da minha imaginação, ele até foi no Stan e pediu para poder entrar na festa.
-Com licença senhor...
-Desembucha garoto- cortou o garoto com seu jeito arrogante.
-Posso entrar na festa?
-Claro você teria 20... não 30 pratas ai com você?
-Tenho sim.- ele passa a mão na carteira do Lee sem o tivô ver e pega o dinheiro e a põe de volta.
Antes que ele pagasse eu pulei na frente e falei:
-Deixa que eu pago por ele.- tirei 30 dólares da minha carteira e entreguei ao tivô.
-Ele é o seu amigo Dipper?
-Sim, nós nos conhecemos mais cedo.
-Então tá. Curtam a festa garotos.
Puxei ele pela camisa e nos sentamos no banco da praça. Ele ficou me encarando com um sorriso macabro e disse:
-Olá meu nome é... Will, é um prazer conhecer você huma... quer dizer garoto.
-Tá legal... Meu nome é Dipper, em primeiro lugar, você não deveria roubar coisa dos outros.
-Tudo bem. É que eu queria muito entrar nessa festa, então já que eu não tinha dinheiro eu meio que iria roubar. Sinto muito por isso.- Falou sem mostrar arrependimento.
-Tá, curta a festa, não vou cobrar nada de você, só não roube mais nada está bem.
-Tudo bem, mas pergunta rápida, quem é aquela garota dançando do lado da loira?
-Ah... ela é minha irmã gêmea, a Mabel.
-Hum, gêmeos, interessante. –Falou com voz de cochicho.
Antes que isso se tornasse mais estranho que o normal eu me afastei dele e fui para a rua dançar com o resto da turma. Fui curtindo a música, até que e vi o Will chamando atenção da Mabel para um canto isolado da multidão. Decidi segui-los para verificar o que ele iria fazer com a Mabel. Fomos até atrás de um pinheiro que tinha na praça e não vi nada de mais, somente ele cantando a Mabel, fiquei atrás da árvore ouvindo a conversa deles, era um negócio tipo “sua gravata é legal” ou “O brilho da lua no seu aparelho parecem estrelas brilhantes”. Nada de mais, ele só estava cantando a Mabel e a Mabel cantando ele, mas eles saíram sem eu perceber, e Mabel me viu atrás da árvore escutando a conversa deles, ele virou e me perguntou:
-Dipper, o que você está fazendo?
-Eu só estava... -olho para um formigueiro de formigas de fogo, e decido colocar a mão para não passar em branco – Só estava vendo se a picada da formiga de fogo dói mesmo.
-E ai dói?
-Bastante!- Digo quase lacrimejando de agonia.
-Então tá né... Você conhece o Will? Ele é meu novo amigo.
-Conheço sim. Já somos bons amigos não é Will?
-Claro Dipper, bons amigos...
-Então já se conhecem né... Hahahaha...- Me pega pelo braço e me leva até outro lugar dali deixando o Will confuso.
-Dipper, se vocês são amigos você tem que me ajudar, ele é muito gato, acho que é o menino mais bonito que já conheci. Me ajuda a paquerar ele?
-O que? Tá falando sério? Mabel eu o conheço e tenho um pouco de receio quanto a ele, ele é estranho, ele fica rindo do nada e os animais ficam apavorados quando chegam perto dele.
-Mas eu acho que o amo!
-Mabel, estamos aqui em menos de uma semana e você já arrumou uma paquera? Não aprendeu nada quanto aos romances do verão passado?
-Mas com ele é diferente, eu sinto uma forte conexão vindo dele, meu coração começa a acelerar quando estou perto dele.
-Tá, pode ter um namoradinho, mas quando isso se virar contra você não diga que eu não te avisei.
Fiquei decepcionado com a Mabel, fiquei tão aborrecido que quando deu 22:00Pm eu voltei para cabana, fui direto para cama, não queria saber dessa festa. A mulher da padaria veio e eu só disse para ir para o centro da cidade onde a festa estava acontecendo para não passar por sem educação. Deixei tudo de lado e adormeci pensando, quem era aquele garoto do sorriso macabro? E por que ele me parecia tão familiar.
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