História Great Secrets - New look

Ponto de Vista Justin B.

 

Após sair do apartamento de Candice liguei para um táxi e o esperei na portaria do prédio, já que o meu estava quebrado e possivelmente agora estaria na oficina. Disquei e liguei o número de Chaz quatro vezes seguidas, mas o filho da puta não me atendia. Optei por ligar para o telefone fixo de sua casa e no terceiro toque alguém atende.

— Casa do Senhor Charles, quem fala? - uma voz feminina disse. Chaz havia ensinado bem seus empregados.

— O vagabundo do Charles tá acordado? - falei e uma buzina do táxi parado no meio fio me chamou a atenção.

— N-não, Senhor B-bieber - disse com a voz ofegante e eu deduzi que a mesma corria atrás de alguém, já que escutei os gritos do outro lado da linha - Ele ainda está dormindo. - respirou fundo.

— Filho da puta preguiçoso - murmurei - Certo. Obrigado - e desliguei.

Charles além de preguiçoso e vagabundo era irresponsável. Ele com certeza nem tinha cuidado de Theo, pois pelo o que ouvi seus empregados que cuidavam do garoto. Inferno. Passei a mão no rosto impaciente e arrumei meus fios para trás enquanto abria a porta do carro e adentrava no mesmo, dei as coordenadas até a casa do Chaz e o motorista logo deu partida. Durante todo o caminho eu havia pensado em todas as mensagens que Candice tinha me mostrado, aquela porcaria estava rondando todos os meus pensamentos durante toda aquela manhã. Desbloqueei a tela do meu celular e procurei rapidamente o contato dela, que já estava com algumas mensagens de dias atrás.

J: Ei, Candi. Pode me mandar um screenshot de todas aquelas mensagens?

O carro havia parado no sinal por alguns segundos e após isso ela tinha respondido.

C: Posso. Espere um minuto.

Esperei bem mais que um minuto e logo algumas imagens estavam sendo enviadas.

J: Obrigado, babe. :)

Bela ignorada você acaba de levar, Bieber. Candice provavelmente visualizou minha resposta, porém não respondeu. Bufei e logo notei que o carro parava no meio fio da calçada da casa de Chaz. Agradeci, paguei o motorista e fui em direção aos portões. Dei passos rápidos após todas as portas abertas e já estava plantado na sala de estar. Uma cozinheira e faxineira conversavam na cozinha e ao notarem minha presença se calaram e a com um uniforme fodidamente sexy aproximava-se de mim.

Em sua pele branca destacavam-se seus cabelos negros amarrados num rabo de cavalo e seus lábios carnudos e vermelhos do mesmo jeito. Chaz fodia com ela nas horas vagas, não era possível. A tal faxineira aproximou-se de mim com as mãos atrás do seu corpo e rolou os olhos por mim, principalmente por meu peitoral descoberto, ajustou seu decote e molhou os lábios.

Pensa na Candice, porra.

— Em que posso ajudar, Senhor Bieber? - disse estufando seus seios em minha direção.

— O fodido do Charles tá aí? - perguntei apertando meu pau disfarçadamente.

— Sim - riu baixo.

— Tá fazendo o que?

— No momento, dormindo - respondeu e eu assenti.

— Certo, tô subindo - avisei e dei meia volta subindo as escadas.

— Ann… Senhor Bieber? - chamou-me baixo assim que eu estava na metade do caminho - O Senhor Somers não gosta quando o atrapalham em seu momento de descanso.

— E tu sabe como é tô? - perguntei retoricamente e ela riu baixo negando - Pouco me fodendo - completei.

— Mas el…

— Cale a boca - revirei os olhos e voltei a subir.

Respirei fundo e antes que eu chegasse no topo dos degraus a branquinha resolveu me seguir. Vai se foder.

— Ann.. Senhor Bieber? - murmurou.

— O que é? - virei respirando fundo.

— Aquele garotinho loiro está lá fora brincando com os seguranças de Charles. Ele pediu que o avisasse assim que chegasse aqui - disse e eu fiz um “ah” com a boca me lembrando de Theo.

— Theo está acordado e Chaz está dormindo? - perguntei e ela assentiu - Eu não acredito que aquele filho da puta não está olhando o menino - esbravejei.

— O menino é hiperativo - disse rindo e eu a olhei inexpressivo - Ele acordou cedo demais, nós tínhamos acordado na mesma hora. Desde então ele só bagunça.

— Puta que pariu - passei a mão no rosto impaciente - Theo é an…

— Lizzie! - Theo gritou e correu da cozinha para a sala.

— Hey, pequeno. Estou aqui - respondeu descendo os degraus e eu a segui.

— Eu estou com fo… - tentou dizer mas parou assim que me viu - Justin! - gritou correndo em minha direção.

— E ai, carinha?! - abaixei-me a sua altura e ao abracei enquanto bagunçava seus cabelos.

— Você me falou que eu gostaria de Chaz! - disse irritado cruzando os braços e fazendo bico após soltar-se dos meus braços.

— Mas o Chaz é legal, cara. Qual é! - tentei animá-lo batendo de leve em seu ombro ainda abaixado. Eu estava mentindo, Chaz era um merda.

— Ele não brincou comigo, não fez nada, só dormiu - reclamou irritado - Eu quero voltar para sua casa - pediu manhoso.

Não me fode, porra.

— Qual é, baixinho. Tu vai gostar de Chaz, ele só estava cansado - insisti e ele negou fazendo a mulher ao meu lado rir.

— Não. Eu quero voltar com você, Justin - disse com a voz embargada e eu ri baixo sem saber o que fazer.

— Porra Theo, tu adora foder com meus lances - revirei os olhos ainda na mesma altura que ele.

— Senhor Bieber… - chamou-me baixo e eu ergui meu olhar pedindo que ela continuasse - Se quiser eu posso ficar com ele, me responsabilizo - insinuou-se enquanto aproximava-se de mim que estava em uma posição vacilante.

— Cadê aquela garota? - Theo disse do nada impedindo minha resposta e fazendo a branquinha parar onde estava.

— Que garota? - franzi o cenho e ele revirou os olhos em um ato fofo.

— Aquela, Justin… - tentou estalar os dedos no ar tentando lembrar o nome.

— Candice?

— Isso! - gritou rindo - Eu gosto dela. Ligue para ela.

— Ligar para ela? - perguntei e ele assentiu fazendo a faxineira bufar - O que diabos você quer falar com ela?

— Vamos lá, cara - disse tudo embolado e novamente tentou estalar os dedos no ar na tentativa de soar algo mais maduro.

Esse garoto é uma lenda.

— Você é muito sem vergonha, cara - reclamei puxando o celular do bolso da calça e me levantei discando o número da loirinha - Se começar a ficar ousado demais corto tuas asinhas e de quebra teu amiguinho aí de baixo - ameacei semicerrando os olhos e lhe entregando o celular.

— Que horror! - a garota ao meu lado disse baixinho e eu ri, Theo puxou o celular da minha mão e colocou no ouvido.

O baixinho bufou duas vezes não tendo o retorno que queria, porém em sua quarta tentativa Clark havia atendido fazendo com o que o garoto risse em minha direção. Eu ainda continuava abaixado e aquela merda de posição estava me cansando então decidi sentar no chão, eu realmente espero que ele esteja limpo. Em um ato perceptível e ousado a branquinha resolve mais uma vez se aproximar de mim e dessa vez ela realmente se aproximou de mim, digo, praticamente dava para ver toda a sua calcinha fio dental preta. Que grotesca.

Ergui meu olhar surpreso enquanto arrastava todo o mesmo por suas pernas descobertas e corpo coberto por um vestido preto e avental branco, enquanto ela me lançava um sorriso malicioso. Balancei a cabeça negando e voltei minha atenção para Theo, que falava com Candice no celular enquanto rodeava todo o sofá de formato “L”.

— Justin não quer me deixar ir! - gritou assim que a loira atendeu - Eu não quero ficar com o amigo dele! - disse rápido com a voz embargada e eu ouvi de longe alguns chiados enquanto Candice respondia - Eu vou chorar muito - falou logo depois forçando a voz. Garoto malandro - Eu não quero, Candice… - choramingou - Você vai?! - arregalou os olhos animando-se rapidamente - Vou passar pra ele - riu e correu em minha direção.

Eu vou jogar esse garoto dentro da piscina!

— Candice quer falar com você - estendeu o celular para mim alegre e saiu saltitante para a cozinha.

— Tu acaba de entrar para a minha lista negra, baixinho - respondi entre dentes pegando o celular e me levantando.

Baguncei meus fios loiros e semicerrei os olhos para a branquinha a minha frente encostada na parede enquanto secava meu corpo. Inferno do caralho essa garota!

— Dá para sair daqui?! - pedi irritado e ela me olhou surpresa saindo da sala logo em seguida - Fala aí, Candice - respondi bufando.

— Quem era?

— Ninguém muito importante - respondi seco e ela respirou fundo fazendo a chamada chiar - E ai?

— Traz o Theo para cá, ele não quer ficar aí no Chaz - disse e eu arregalei os olhos.

— Enlouqueceu, porra?! - exaltei-me andando de um lado para o outro da sala.

— Fica tranquilo, Justin. Se tu não quiser ficar com ele me traz que eu mesma fico, você pode sair e ficar em qualquer porra que seja - disse mandona e irritada.

— Você está fazendo os gostos do moleque, assim ele vai achar que manda em alguma porra - respondi no mesmo tom.

— O garoto não se sente bem aí nesse lugar, quer obrigá-lo a ficar aí? - ironizou e eu senti seu deboche pela ligação - Já falei que não precisa ficar com ele, me traz que eu mesma cuido.

— E eu já falei qu…

— Vai trazê-lo ou não? - interrompeu-me irritada.

— Não, Candice. Não irei levá-lo ao se… - e desligou na minha cara.

Que porcaria!

Joguei o celular no sofá e fui em direção a cozinha onde Theo estava, e chegando lá o encontrei sentado sob o balcão de mármore com a faxineira, ou qualquer porra que fosse, em sua frente. Ela virou em minha direção e saiu de frente do Theo, me aproximei e virei para o garoto.

— Sobe aqui - pedi virando de costas e me abaixando.

— Subir nas suas costas? - disse com um pedaço de laranja na boca.

— Sim, sobe - mandei e assim ele fez.

Segurei suas pernas o deixando confortável em minhas costas e fomos em direção as escadas, indo para o quarto de Chaz. Durante todo o caminho pedi que ele fizesse silêncio e assim que abrimos a porta do quarto encontramos Charles totalmente desleixado em sua cama bagunçada. Abaixe-me deixando Theo no chão e fui devagar em direção ao banheiro do quarto, vasculhando cada canto procurando alguma máquina de barbear.

— O que está procurando, Justin? - Theo tentou cochichar.

— Uma máquina de barbear. Iremos fazer um novo visual em Chaz - sorri sacana e ele fez o mesmo saindo do banheiro.

Pedi que ele me esperasse no quarto em silêncio enquanto descia rápido e fui em direção à cozinha com uma respiração ofegante.

— Onde é que Chaz guarda a máquina de barbear? - perguntei a branquinha.

— Em seu closet, perto dos seus bonés.

Assenti e corri de volta para o quarto. Rolei os olhos por todo o mesmo e não encontrei Theo em lugar algum, me fazendo xingá-lo internamente. Uma cabeleira loira logo foi surgindo debaixo da cama e ele me olhou rindo e mostrando um pacote de camisinha.

— Olha o que eu achei, Justin! - exclamou baixo e alegre. Mas que porra?!

— Para de ser enxerido, baixinho - tentei soar irritado mas acabei rindo junto com ele - Joga isso no canto do quarto. Charles é um porco mesmo.

Fui ao closet e após alguns minutos procurando aquela merda a achei dentro de uma caixinha preta. Liguei a mesma e agradeci mentalmente por ela não ser uma daquelas máquinas que faziam um barulho estupidamente irritante, era uma merda. Afastei o cobertor que cobria a cara de Chaz e preparei a máquina em seu cabelo, Theo fez menção de rir alto mas eu o olhei feio.

— Qual é, baixinho. Tu vai estragar o lance de novo se ficar rindo - murmurei e ele tampou a boca com suas mãozinhas ainda rindo.

Liguei a máquina e arrastei-a no meio do seu cabelo, deixando a parte careca e a das laterais coberta. Chaz ficaria puto quando acordasse. Soltei um riso sem som ao observar a cara de mongol de Charles e voltei para o closet devolvendo a máquina. Apaguei a luz dos cômodos e com Theo fora do quarto começamos a rir descontroladamente. Chaz realmente ficaria irritado quando visse aquela merda. Mas qual é, depois cresce.

Peguei o loirinho em meu colo e o coloquei de cabeça para baixo enquanto descia as escadas e pensava na ligação de minutos atrás, eu estava puto comigo mesmo por ter falado com Candice daquele jeito e a porcaria da minha consciência também não ajudava.

— Você brigou com a Candice? - perguntou assim que coloquei seus pés no chão da sala.

— Não, Theo. Não briguei - bufei impaciente e ele semicerrou os olhos.

— Você brigou sim - rebateu e eu franzi o cenho.

— Se tu sabe para que pergunta? - levantei uma das sobrancelhas.

— Não sei - deu de ombros e foi para o sofá se jogando no mesmo - Liga de novo e pede desculpas, ela deve ter ficado triste - murmurou e eu ri alto.

— Fica de boa, baixinho. Não se mete.

— Liga, Justin! - gritou pulando no móvel e eu coloquei o dedo indicador no meio da boca pedindo silêncio - Liga, Justin! Liga, Justin! Liga logo! - gritou repetidas vezes.

Corri em sua direção e o peguei em meus braços tampando sua boca com minhas mãos. Gritei alto assim que seus dedos cravaram em minha pele e por impulso retirei minha mão dos seus lábios. Dei passos rápidos em direção à cozinha e o coloquei sentado no balcão enquanto eu ficava em sua frente.

— Está virando um cachorrinho, Theo? - perguntei irritado e ele me olhou com os olhos marejados - Nunca mais me morda, entendeu?! - esbravejei alisando o local mordido e ele assentiu manhoso.

— Desculpa - respondeu baixo fazendo bico.

— Para de ser manhoso, porra - falei e duas lágrimas solitárias escorreram por suas bochechas - Qual é, cara. Não chora - pedi enxugando suas lágrimas.

— P-Por que v-você fica gritando comigo? - perguntou com a voz embargada.

— Olha só, vou ligar para a Candice, certo? - fugi do assunto e ele assentiu devagar - Mas você tem que engolir o choro.

Eu estava puto com Theo, o moleque estava ficando manhoso para caralho, e tudo isso em menos de uma semana. Bufei discando o número de Candice e enquanto chamava rolei meus olhos por toda o cômodo, que estava sendo limpado pela faxineira de mais cedo. Ora ou outra ela me olhava de relance e eu revirava os olhos a todo momento.

— Quer que eu leve o Theo lá para fora, Senhor Bieber? - a branquinha disse aproximando-se de mim e na mesma hora Candice havia atendido.

— O que você quer? - disse do outro lado da linha irritada.

— Pode deixar ele aqui - assenti e ela deu meia volta limpando o resto do local - Ann… Candi? - murmurei olhando para Theo a minha frente.

— Oi.

— Está ocup...

— Fale logo, Justin - interrompeu-me e eu bufei.

— Me desculpe pela forma que falei com você minutos atrás - respirei fundo - Eu estava irritado, sabe como é.

— Não, Justin. Não sei como é - bufou - Vai trazê-lo para cá ou não? - mudou de assunto rapidamente e eu semicerrei os olhos mesmo ela não podendo ver.

— Não mude de assunto, amor - rebati e a branquinha atraiu sua atenção para mim que estava com um sorriso no rosto - Estou te pedindo desculpas, agora você precisa dizer que estou desculpado.

— Você não está desculpado, Drew - disse e riu baixo - Agora preciso que responda minha pergunta.

— Não irei responder até que diga que estou desculpado, babe - dei de ombros e Theo logo riu - Você tem exatos cinco segundos para isso.

— Você sabia que eu te odeio? - disse brava.

— Eu também te odeio - respondi - Cinco…

— Justin…

— Quatro…

— Dá para parar com isso? - esbravejou do outro lado da linha.

— Três…

— Vai se foder, Bieber.

— Dois… - Theo ria ao ponto de seu pequeno rosto ficar vermelho e fazia alguns barulhos baixos e estranhos.

— Você é ridículo.

— Um…

— Perdoado - disse por fim.

— Tão fácil, huh? - debochei - Em uns minutos estou chegando no teu apartamento. Vou me arrumar e tentar dar um jeito nesse projeto de anão.

— Projeto de anão?! - gritou rindo e eu fiz o mesmo fazendo o baixinho me olhar irritado - Aí, quem era no início da ligação? Eu ouvi alguém falando - relembrou.

— Ah sim, era a empregada de Chaz - respondi e ela murmurou algo inaudível - Com seios bem convidativos, devo dizer - zombei baixo pelo fato de ela estar no mesmo ambiente que eu  e Candice riu alto.

— Oh, é mesmo? - ironizou - Também tenho seios bem convidativos e mal posso esperar para destacá-los no meu vestido curto com decote chamativo na festa da semana que vem.

— Como é que é? - falei agora sério.

— Semana que vem tem uma festa de um garoto da minha faculdade - disse simples e eu arregalei os olhos - Eu até ia te falar mais tarde, só que tu adiantou todo o rumo da história, então… - deixou a frase no ar.

— Você não vai nessa festa sozinha não - afirmei e ela riu seco.

— Vou sim - rebateu - Tchau, Bieber… - ameaçou desligar.

— Candice! - esbravejei.

— Quem fala o que quer ouve o que não quer. Te vejo mais tarde - e novamente desligou.

Candice me fodia de todas as maneiras possíveis, tanto psicologicamente como fisicamente, e dessa vez eu estava literalmente fodido. Não como se eu não gostasse, só que… porra?! Cocei minha nuca e tirei Theo do balcão, o colocando no chão. Ele era tão baixinho.

— Ei, Justin! Eu não sou um anão! - vociferou me fazendo rir.

— Claro que não, cara! Você é uma formiga - caçoei e ele me olhou irritado.

— Eu odeio você! - gritou indo para a sala.

— Wow, todos tiraram o dia para me odiar? - joguei os braços no ar e a faxineira me ignorou completamente.

 

[...]

 

Após um longo tempo tentando convencer Theo a falar comigo eu finalmente havia conseguido, o moloque era duro na queda. Nesse momento estávamos indo para minha casa, eu dirigindo meu carro - que minutos atrás estava na oficina - e Theo no banco do passageiro, ao meu lado. Minha sorte era que o mecânico tinha ido levar o carro na casa de Chaz. O baixinho estava inquieto com os pés no banco do automóvel e sem cinto de segurança enquanto eu gritava pela terceira vez pedindo que ele ficasse quieto.

— Tire os pés do banco, anão! - esbravejei o olhando rápido e ele deu de ombros, virando a cabeça para a janela fechada.

Merda!

Arregalei meus olhos ao observar em uma distância considerável um parque de diversões, que infelizmente tinha atraído o olhar de Theo. Tentei distraí-lo mas já era tarde demais. Ele virou a cabeça em minha direção rindo e olhou de novo para o parque fazendo com o que eu pisasse mais forte no acelerador.

— Vamos no parque, Justin! Vamos, vamos, vamos! - berrou pulando no banco.

— Caralho, Theo! Aquieta e desce do banco - irritei-me e ele bateu na janela do carro.

— Vamos, Justin! Por favor, por favor, por favor! - gritou e eu neguei novamente fazendo ele insistir e enfiar o dedo no botão que fazia a janela descer e subir, mas felizmente eu havia o travado impedindo qualquer ação.

— Para de fazer birra, Theo - revirei os olhos já longe do maldito parque de diversões.

— Não gosto mais de você! - disse irritado cruzando os braços e sentando finalmente no banco.