Era fácil falar. Era fácil para eles falar que ele devia esquecer, deixar para lá. Deixar ela partir. Contudo, as coisas não eram assim.
Aceitar que ela havia ido, ido para sempre, era inaceitável, surreal. Tão surreal quanto dizer que ele podia seguir em frente, que o tempo curaria tudo. Que, no final, aquilo, a dor, passaria; o céu voltaria a ser azul e brilhante, que a chuva poderia passar e que tudo iria voltar ao normal.
Não ia, não sem ela. Para que tudo voltasse a brilhar, para que a chuva passasse e tudo ficasse bem, ela deveria estar ali. Amanda deveria estar com ele, segurando a sua mão. Ela deveria voltar. Ela, a cor de seu mundo.
Porque agora, sem ela, seu mundo era preto e branco.
E cinza... cinza era a sua cor. A cor das tempestades, das nuvens carregadas, a cor da lápide dela e das gotas de chuva que sob ele caiam. Cinza era a nova realidade de Victor, a cor de sua angustia e de sua vida.
E nada mais parecia fazer sentido, não sem ela. Amanda era seu pilar, sua sanidade. Sua pequena, sua amada. Sua Amanda. A cor que ele mais amava.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.