História Gritos de Silêncio - Capítulo III - Part. 1

Acordei com uma dor de cabeça forte, e uma tontura horrível. Parecia que alguém tinha me dado pauladas até eu desmaiar, pelo menos eu estava em uma cama macia - Calma.. Cama? O que aconteceu? - Olhei melhor o ambiente onde eu estava e - Caralho. - Eu estava em um quarto todo rosa, credo, rosa ao tipo de parecer que a Barbie vomitou aqui, sério, quem dorme nisso? Uma criança de 5 anos?

Me sentei na cama, que era enorme, e senti uma ardência no pescoço - Ah, lembrei. - Aqueles malditos tinham tomado meu sangue até eu perder a consciência

- Que droga. - Falei me levantando e indo até uma penteadeira - também rosa - que tinha no quarto que denominei ser meu, tirando o fato dele ser rosa demais, ele era bem espaçoso e organizado, se localizava uma cama excepcionalmente grande com uma colcha de seda "rosa", cheia de babados e alguns bichinhos de pelúcia, as paredes eram em um papel de parede "rosa" com listras brancas, com algumas bonecas estendidas nela, - Repreende  - se tinha um carpete no tom de creme que se estendia por quase todo o quarto, uma poltrona também creme junto da penteadeira com um grande espelho, tinha grossas cortinas de veludo "rosa" com branco, e uma grande vidraçaria que dava passagem à varanda, depois eu olharia melhor por lá

Me olhei no espelho e eu estava uma merda, sério, meu cabelo todo desengrenhado, minha roupa amassada e suja de sangue, tinha sangue seco também em meu pescoço e até em meu cabelo - Que horror. - a única coisa que me veio à mente foi banho. Eu precisava urgentemente me lavar, desde que.. Eu tinha saído da casa de Bel-Obaa-Chan que não tomava um bom banho, e eles ainda diziam que eu cheirava bem, bem mal né

Graças a Kami o quarto era uma suíte, entrei no banheiro e ele era do tamanho de meu antigo quarto, - bem pequeno, não? - Se tinha um espelho enorme na parede com detalhes em dourado, uma pia bem espaçosa de cerâmica e carvalho, creio eu, com gavetas e portinhas, onde deveriam estar as toalhas e os sais de banho, se tinha uma banheira que cabia ao menos umas três de mim também com detalhes em dourado, o vaso sanitário - Em que banheiro não tem vaso, Althea? - e as paredes, não eram rosa, graças a kami-sama

Abri a portinha da pia e peguei uma toalha, peguei os sais de banho e as bolhas e então liguei a banheira na água quente

- Nada melhor que um banho perfumado relaxante com muitas bolhas - Joguei os sais e as bolhas e deixei a banheira enchendo

Enquanto a mesma enchia comecei a me despir, tirei minhas roupas na maior vagareza possível, queria aproveitar meus momentos sozinha, como uma antissocial raiz, terminei de tirar as últimas peças e entrei na água quente e perfumada, meu corpo se relaxou no mesmo instante, como se um peso tivesse saído de minhas costas

Mas logo aquela vontade de chorar e o nó na garganta veio..

- Bel-Obaa-Chan.. - Falei em um sussurro enquanto lágrimas desciam e se misturavam à água espumada da banheira. Eu tinha me segurado esse tempo todo, e agora, finalmente poderia chorar em paz, essa dor em meu peito iria me matar se eu não a liberasse

- P-Por que a senhora me deixou so-sozinha? - eu falava baixo e soluçava igual à uma criança, era dor demais para eu aguentar sozinha, iria tirar minha máscara de durona, por apenas uma noite - E-Eu.. Eu... Me sinto tão só.. - Minha vista totalmente embaçada não me permitia ver mais nada, e então afundei minha cabeça na água, ficando com o corpo totalmente submerso e aí, gritei. Gritei o mais alto que conseguia até perder o ar, e ali fiquei, apesar de meus pulmões implorarem por oxigênio, eu não tinha vontade de sair dali, para quê? Para ficar em um local onde eu não tinha ninguém que me amasse, ninguém em que eu poderia confiar? Sendo tratada como um objeto e alimento por vampiros narcisistas e egocêntricos, o melhor era morrer, e assim, talvez eu pudesse abraçar minha amada avó novamente..

- Ainda não, minha pequena.. -

Levantei da banheira em um pulo, jurei ter ouvido a voz de Bel-Obaa-Chan.. Olhei ao redor e não vi nada, então lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto, lágrimas de alívio

- Obrigada, vovó..

Terminei de tomar meu banho tranquilamente lavando bem os meus cabelos, os deixando bem perfumados, eu por acaso tenho uma mania estranha de ficar cheirando meu cabelo, então nada melhor do que um cabelo sedoso e bem cheiroso, levantei-me da banheira enrolando a toalha em meu corpo, puxando o tampão da mesma e deixando todas as minhas mágoas, angústias, tristezas e sentimentos suicidas fossem embora pelo ralo

Por incrível que pareça, apenas ouvir a voz de minha avó em minha mente me trouxe a calma que eu necessitava, um conforto enorme tinha se instalado em meu corpo como se eu tivesse sido renovada, não iria me esquecer de minha amada Obaa-Chan, mas em mim apenas prevaleceria os sentimentos bons em relação à ela, como as lembranças de minha infância e os ensinamentos que ela tinha me deixado, eu viveria intensamente como ela tinha pedido e faria de tudo para conseguir minha felicidade, e apesar de estar em uma mansão cheia de sanguessugas sádicos, eu prevaleceria forte.

Olhei-me no espelho e até minha aparência tinha melhorado, então penteei meu longos cabelos brancos e escovei meus dentes, estava mais do que preparada para uma longa noite de sono.

Saí do quarto com um sorriso que foi embora de minha face no momento em que vi aquela coisa.

- Saia de minha cama agora. - Disse ríspida, esse imbecil tinha quase me estuprado lá em baixo e depois nem para me ajudar com os irmãozinhos dele, - Ainda me paga. - ele gemeu alguma coisa em meio a manha que eu não entendi

- Foda-se o que quer que seja que você esteja falando, sai da minha cama, sai do meu quarto. E se puder se mata também, estaria fazendo um favor para mim e muitos.

- Já estou morto. - disse ele abrindo os olhos lentamente e encarando o teto, logo depois me encarando, ruborizei no mesmo instante fechando a cara

- P-Para de me encarar! Não está vendo que eu quero me trocar? Saia daqui! - Tentei me cobrir um pouco mais - Falho. - então virei o rosto tentando disfarçar a vermelhidão nele, Shu sorriu

- E se eu não quiser? - Olha que abusado. Segurei firmemente minha toalha e fui até ele

- Te tiro à pauladas. - O encarei brava, então ele me puxou para cima de si, nos fazendo rolar pela cama, assim ele ficando por cima de mim - Ah não. De novo não. - fiz um grande esforço para me soltar sem nenhum sucesso, e me debater estava fora de cogitação já que o nó da toalha estava quase se desfazendo, e ficar nua em frente à esse troglodita é o que realmente estava fora de cogitação

Ele riu vendo o meu esforço para pensar em alguma saída daquela situação - idiota. - então logo se aproximou.

- Sabe, eu não gostei nem um pouco da sua proximidade com meus irmãos, ou de eles terem provado seu sangue antes de mim - Ele olhou para a minha boca, e em seguida para meu pescoço, e logo abaixou o olhar para meus seios, fiquei vermelha igual uma pimenta no mesmo instante, - Para que isso não se repita, a farei minha o mais rápido possível, assim eles saberão que não devem mexer com você, ou te morder. - Então Ele lambeu meu decote, me arrepiei dos pés à cabeça

Tentei virar o rosto para que ele não visse a vermelhidão em que se encontrava minha face, mas logo ele me puxou o fazendo olhar para ele

- Não deixei que virasse o rosto. - Ele me olhou sério - e ir mais difícil que era admitir. Ele é muito sexy... ALTHEA. ACORDA! - pisquei os olhos repetidas vezes para afastar aqueles pensamentos idiotas, respirei fundo tentando achar alguma solução para isso

- S-Shu.. Por favor, vá... - olhei para cima e enchi meus olhos de lágrimas. - hora do show - funguei alto - N-Não faça isso, por favor.. Não me abuse... De novo não... - Eu chorava igual uma criança, vamos admitir, sempre fui uma ótima atriz

- Tem que melhorar sua atuação. - Arregalei os olhos - Sério que alguém já caiu nessa?

- Seu filho da.. - Ele calou meus lábios com um beijo, meu coração quase parou, meio que literalmente.

Foi um encostar de bocas, até ele pedir passagem, eu estava tão perplexa que não sabia o que fazer, era o meu primeiro beijo! - Ok. Relaxa, respira, e, vai. - Cedi passagem para a língua do mesmo que adentrou minha boca calmamente, e aí, finalmente fechei os olhos.

Era um beijo calmo e lento, nossas línguas se moviam em sincronia, como se esperassem por isso à muito tempo. Ele soltou uma de minhas mãos e segurou minha cintura, dando um leve aperto, gemi baixo dentre o beijo e ele sorriu de leve separando nossos lábios e me olhando, eu sentia meu rosto queimar, provavelmente estava corada, então ele se aproximou de meu ouvido

- Quero lhe ouvir gemer mais - Em um movimento rápido ele me mordeu, bem em cima da mordida de Ayato e Subaru, e ainda mais fundo - desgraçado filha da mãe. - Doeu ao ponto de eu gemer mais alto agarrando o cabelo dele com força

- Mais alto. - Então me mordeu novamente só que do outro lado, na mesma força e eu gemi em resposta, o pior era que eu estava gostando.

Então ele tirou a boca de minha pele e lambeu a mordida, seguidamente a do outro lado, logo me olhou

- Boa menina.. - Sorriu de leve me beijando novamente, sua boca tinha um gosto metálico agridoce que não me agradou, o gosto de meu próprio sangue.

No momento em que ele abaixou a mão para desfazer o nó de minha toalha a porta de meu quarto foi aberta

- Tsch. - Era Reiji, Shu separou nossos lábios e o olhou com cara de tédio - Você vem no quarto dela e ainda me dá o trabalho de ter que Avisá-lá. É imprestável, de fato. - Ele colocou o uniforme em cima de minha cômoda e voltou até a porta - Desça em 5 minutos, se atrever-se à se atrasar será punida severamente. - Daí ele bateu a porta, - Eu hein! - olhei para Shu

- Descer para quê? Já são mais das 22:00 da noite. - O folgado se acomodou em minha cama ajeitando seu fone/gargantilha

- Para a escola - falou com preguiça fechando os olhos

- Q-Quê?! - Eu quase gritei no quarto, quase.

- Nós somos vampiros, claramente temos de ir à uma escola noturna - Ele falou com tanta morga que quase não saiu, eu dei um salto na cama que por pouco não o derrubou, então ele me olhou indignado

- Pra quê tanto alvoroço? Até parece que nunca foi em uma escola - Disse ele com falta de paciência porém sem a ausência da maldita fadiga

- E-Eu nunca fui mesmo - Falei baixo desviando o olhar

- Boa sorte então - falou por último em tom de irônia voltando à dormir - Tá pra nascer alguém que seja mais irritante que Sakamaki Shu. - Revirei os olhos correndo até o banheiro, passei uma água morna com cuidado nas mordidas, e então esterilizei, vai saber que doenças esse cachorro safado podia me passar através da mordida dele. Coloquei curativos em cada uma e na hora que saí do quarto ele não estava mais lá - Graças à Kami - joguei a toalha no chão e corri até..

- Onde estão minhas malas? - Olhei no quarto todo, pelada, perdendo um bom tempo até me tocar que não estava em casa e não podia ficar nua ali, corri até as gavetas e peguei uma lingerie simples de renda roxa, coloquei meias 3/4 pretas e praticamente voei até o uniforme, vestindo a saia, seguida da camisa. Merda. A camisa não fechava o último botão por meus seios serem meio.. Grandes. Meu decote estava quase saltando para fora, bom, era só fechar o terninho e..

- O terninho também não fecha nos peitos - Bufei descrente pegando o último acessório. Um laço "rosa", - puta merda - Mas creio que ele quebraria o galho, fiz o laço no uniforme frouxo para que ficasse em frente ao decote

- Perfeito. - Passei bastante perfume e os dedos entre meus fios de cabelo, olhei para o espelho e pisquei

- Gostosa - Sim, eu mesma me elogio com adjetivos baixos, e isso não é nem a metade de minha loucura

Saí do quarto correndo tentando achar as escadas que desciam para o hall, eu estava totalmente perdida já que tinha ido parar no meu quarto inconsciente - Reiji vai me matar, literalmente - Estava quase entrando em desistência quando vi Subaru passando, eu com certeza não tinha me dado bem com ele mas era isso ou morte

- Posso ir com você? - Perguntei já o seguindo

- Tsc. Tanto faz - Ele revirou os olhos e continuou andando, queria saber o que deu nesse menino pra sempre estar com a macaca. - Tpm, aposto - Ri em mente e continuei seguindo o mesmo, após trocentos corredores chegamos nas escadas e eu dei aleluia.

Mas então vi Reiji com uma cara de poucos amigos - Apesar dele sempre estar com cara de poucos amigos - e me acanhei, desci logo atrás de Subaru com um sorriso amarelo, parei um pouco isolada de todos recebendo aquele típico olhar de Reiji, mas então percebi que faltavam Ayato e Yui - Aposto 15 reais em barras de Ouro que valem mais do que dinheiro que eles estão se pegando - Pelo menos não fui a última a chegar.

Após alguns minutos os dois desceram, Yui toda vermelha, e Ayato com um sorriso sacana no rosto - eca. -, fiz minha muito usada expressão de ranço. Mas não perdi tempo, queria ver a discórdia que isso ia dar de perto

Então Yui se aproximou de Reiji

- Você é uma irresponsável mesmo. Tem noção de que nos fez perder a aula? Sua inútil. - Levantei as sobrancelhas, o clima estava bem pesado. Só acho engraçado que ela estava com Ayato e a culpa cai toda em cima dela, gente trouxa só se fode mesmo, Ayato estava lá com a cara de quem era um galã - Apesar de que ele era mesmo, mas ainda é um otário, lindo, porém otário - Enquanto eu pensava Reiji já tinha falado algumas coisas coisas à Yui que continuava de cabeça baixa

- Yui é uma bolsa de sangue incompetente, né, Teddy? Por que simplesmente não matamos ela logo? Já temos outra noiva com um sangue ainda melhor para substituir essa infeliz - Kanato ajudava a humilhar Yui através de cochichos com Teddy, podem me chamar de má, mas estou adorando isso, livrou toda a culpa de cima de minha pessoa, então eu apenas iria ficar quietinha e graciosa no meu canto isolado

...

Já faziam 20 minutos que Reiji estava dando sermão em Yui, Shu estava dormindo no sofá, Kanato conversava com Teddy, creio eu que Subaru estava no Jardim, e Ayato e Laito tinham ido para a cozinha.

Eu estava estirada no sofá com um olho aberto e outro fechado, eu pescava mais que qualquer um em alto mar. Fechei os olhos por um segundo e de repente senti alguém me cutucar

- Náh - Dei um tapa na mão da pessoa e me virei tentando me acomodar. Então me cutucaram novamente

- Obaa-Chan.. Está muito cedo.. Só mais alguns minutos... - Então senti alguém me pegar bruscamente e me segurar no colo

- Estamos atrasados. Baka. - Era, Subaru? - Eita, como o mundo dá voltas - Me acomodei no colo dele, quem sabe não dormiria mais, fiquei aconchegada e apaguei.

Quebra de tempo

Após eu ter praticamente apagado no colo de Subaru nós viemos para a escola, achei um ótimo momento para dormir porque se não a ansiedade me mataria, seria meio que a minha primeira vez em uma escola, e irei admitir que o colo do albino estressado é bem confortável, e pelo menos ele teve a gentileza de apenas me acordar quando chegamos na porta da escola, e cá estou eu, dentro de uma limusine enquanto uma multidão de meninas não se afastam da porta do carro, ouvindo Subaru dar piti por eu ter babado no uniforme dele

- COMO VOCÊ BABA NO MEU UNIFORME ASSIM? PARECE UMA CRIANÇA! - Eu o encarava sem entender muita coisa, já que quando me acordam eu não fico muito em mim

- Desculpa.. - Bocejei - Prometo não babar mais no seu uniforme, agora você pode parar de gritar? Quem são essas meninas histéricas na porta do carro? - Falei com uma fadiga insistente, estava começando a parecer Shu, - Bate na Madeira pra isolar - Então ri sozinha com meu pensamento

- Você bateu com a cabeça dela enquanto ela dormia? - Perguntou Ayato com o cenho franzido - Ela não sorriu em momento algum desde que chegou e agora tá aí rindo sozinha, parecendo uma idiota

- Ela é uma idiota. - Completou Reiji

- ~Nfufufu talvez assim a bitch-chan fique mais maleável - Disse o imbecil do Laito se aproximando de mim, então empurrei a cara dele o fazendo se afastar, logo fazendo um bico de manha para mim

- Estou com sono, não louca. Se ousar se aproximar eu te espanco. - Falei com uma expressão emburrada, ainda com sono

- A Althea não tem nenhuma noção do que fala, né Teddy? Creio que ela é tão burra quanto Yui, só mais agressiva - E começou a cochichar com o urso novamente - menino-menina-menino estranho do caralho - Então acho que o motorista tomou coragem de enfrentar aquela multidão de garotas doidas e foi abrir a porta, todos saíram da limusine em fila indiana, Yui em minha frente e, eu, por último.

- Hey, Yui? - Então ela me olhou com uma expressão calma no rosto - Quem são essas doentes? Porque estão tão aglomeradas ao redor desses idiotas?

- Bem.. Os Sakamakis são bem populares na nossa escola, eles são chamados de "Príncipes", cada um tem seu próprio fã-clube, e elas são meio descontroladas e.. Ciumentas, tome cuidado, Althea-san..

Ela seguiu andando e eu fiquei ali, parada, olhando pro nada. Como esses imbecis tinham um fã-clube? Eles são horríveis, rudes, e má-educados, tem garota que gosta disso hoje em dia? Gente da cidade é tão estranha.

Continuei andando até Reiji me parar

- Aqui estão seus materiais. - Ele me entregou uma bolsa com alguns cadernos e livros dentro - Seu armário é o 204 - Me entregou uma pequena chave e me olhou ríspido - Pelo o que sei de você. Nunca estudou em uma escola, teve aulas em casa, estou certo? - Concordei - Pelo jeito a sua familiar lhe adiantou um pouco, então você está no 3° ano, sala 3 - B para ser mais específico. Está na turma de Shu.

- Obrigada - Eu disse normalmente e comecei a andar, então ele me puxou pelo braço e o apertou

- Não faça besteira, ou se verá comigo. - Ele me apertou ainda mais e eu puxei meu braço de volta

- Eu disse. Obrigada, Reiji. - O olhei séria e continuei à andar, seria um sacrifício para encontrar a minha turma, e eu não sabia como perguntar à ninguém, porque.. - tenho vergonha.. rsrs - continuei à andar com uma expressão emburrada, enquanto ouvia uns comentários nada legais

- Aquela vadia desceu da limusine dos Sakamakis. - Disse uma ruiva, com a saia do uniforme bem mais curta do que o permitido, sem o blazer e com um decote enorme colocado ali propositalmente, usava usa sombra azul brilhante com um gloss vermelho - Olha o fofão ambulante - Continuei à andar rindo internamente dela, ela era ridícula

- Você viu os olhos dela, que estranhos? - Disse uma morena de pele caramelada e cabelos ondulados, não estava com maquiagem de palhaço, igual a amiga, essa não era feia, mas tinha cara de biscate

- E aquele cabelo? Tá na cara que não é verdadeiro! - Falou por fim, uma oxigenada que também estava com a saia do uniforme mais curta, mas não tinha peito nem pra espremer igual à amiga fofão

Ignorei o trio de putas e segui meu caminho, estava tão distraída que ignorava tanto os xingamentos, quanto os elogios, acabei por esbarrar em alguém e ir direto ao chão

- Olhe por onde anda! Porca!