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História Growing Back - Capítulo 37


Escrita por: jofanfiqueira

Capítulo 37 - Capítulo 37


Sou acordado por uma Effie que fala rápido e gesticula ainda mais rápido. Ela puxa minhas cobertas ignorando meus protestos.

-Você sabe que eu estou sem roupa, certo? – Pergunto encarando-a.

-Não me importo Peeta. Levante-se é o dia do seu casamento e foi sua a maldita ideia de casar de tarde e no meio da rua. – Ela reclama. “Não novamente” penso, desde que Katniss e eu anunciamos que nos casaríamos no pátio do distrito doze Effie tem feitos grandes discursos sobre como aquele lugar estava horrível e como seria difícil pra ela conseguir organizar um casamento decente, mas estávamos decidido, fora ali que nossa história começou de verdade, no dia que fomos sorteados na colheita, nada mais justo que nosso casamento ressignificasse aquele espaço, o fizesse funcionar como um lugar onde memórias boas podem ser construídas, queremos que passe a significar vida, crescimento, felicidade. Mas Effie não se importa com nada disso, o desejo dela é um casamento onde tudo acontece perfeitamente e todos são servidos com elegância. – Já imaginou se resolve chover? – Ela acrescenta.

Levanto da cama enrolado no lençol.

-Se eu prometer que vou entrar no banheiro agora e desço em dez minutos, você me deixa em paz?

-Dez minutos! – Diz me encarando seriamente. Seus cílios pintados de azul me encaram ferozmente.

-Sim senhora. Dez minutos. – Respondo sorrindo. – E, Effie... bom dia pra você também.

-Oh querido, sinto muito. Bom dia. – Ela diz sorrindo e colocando a mão em meu ombro.

-Como está Katniss? -Pergunto.

-Reclamando por vocês terem dormindo em camas separadas. – Sorrio lembrando de como ela se irritou quando a mãe disse que não deveríamos nos ver antes do casamento. “É uma tradição estupida” ela berrou quando minha futura sogra acrescentou o valor tradicional dessa separação. – Mas vocês terão o resto da vida pra isso. – Ela acrescenta sorrindo.

Effie sai do quarto e me deixa sozinho. Tomo um rápido banho e desço para ajudar nos preparativos. Encontro Owen e Gale na cozinha encaixotando doces e salgados. Ambos padrinhos juntos com Beete. Já as madrinhas de Katniss são Johanna, Delly e Annie. Gale foi escolha de Katniss, assim como Delly foi minha escolha. Resolvemos que seria melhor escolhermos os padrinhos e madrinhas juntos.

-Bom dia. – Digo cumprimentando-os.

-Effie te acordou? – Owen pergunta.

-Sim. – Respondo seguindo para lavar as mãos e os ajudar.

-Parece que nem mesmo o noivo ganha uma trégua. – Gale diz sorrindo.

-Não. – Effie responde. – Nem mesmo o noivo, principalmente quando ele decide

-“Casar no meio da tarde no meio da rua” – Johanna diz entrando e imitando a voz de Effie. -São seis da manhã Effie, você quer que o noivo apareça com olheiras no altar?

-Você não sabe mesmo o que posso fazer com um pouco de maquiagem, sabe? – Effie pergunta sorrindo.

-Não quero descobrir. – Johanna diz pegando um salgado. Effie protesta e indica a mesa de café da manhã.

-Ali. Como daquela comida. Na verdade, a senhorita não deveria estar tomando café da manhã com a noiva e o resto das damas de honra?

-Talvez. Mas estão todas dormindo. – Jo responde sentando-se para comer. – Já ajudo vocês.

Effie reclama sobre a falta de disciplina de todos e passa pela porta, imagino que para acordar Katniss e todos em sua casa.

-Estão mesmo dormindo?  -Gale pergunta curioso.

-Claro que não! – Johanna responde sorrindo. –Estão todas acordadas e tentando enlouquecer Katniss, eu realmente precisei esconder suas flechas e depois sair de lá antes que eu mesma matasse alguém. Até o Finnick em miniatura já acordou.

-Effie vai te matar. -Owen diz sorrindo.

-Matar Johanna? – Falo sorrindo. – Gente mais durona do que a Effie já tentou.

-Então só o Haymitch continua dormindo? – Gale pergunta. – Acho que é melhor que ele continue em vez de beber todo o uísque da festa. – Ele afirma. Tento não me irritar, não quero criar confusão não com Gale e, especialmente, não hoje.

-Não faça piadas sobre o que não entende. – Johanna diz. – Experimente anos de jogos, anos entrando naquele trem e vendo jovens morrerem por nada, jovens que você treinou, ajudou. Quando você souber o que isso significa, ai sim você pode falar sobre o problema de Haymitch.- Ela diz visivelmente irritada. Agradeço mentalmente a Johanna por isso, Gale se desculpa e tentamos manter o clima amistoso depois disso.

Seguimos conversando e terminando de encaixotar os doces e salgados. Johanna assume meu lugar assim que termina de tomar café e é minha vez de me alimentar. Quando Effie retorna, rimos com o modo como ela ameaça Johanna.

-É isso. Você não vai organizar meu casamento. – Johanna diz sorrindo. Nesse momento Cressida entra e percebo Johanna ficar visivelmente branca com a piada.

-Você não precisa me pedir em casamento antes de contratar alguém para organizar?

-Só se eu for me casar com você. – Johanna responde com seu natural sarcasmo.

-E quem mais te suportaria? – Questiono. Todos sorriem e Cressida concorda.

-Fique quieto Lover boy! Eu odiaria deixar Katniss viúva antes do casamento, principalmente depois de todo o trabalho que vocês me deram. – Johanna afirma me encarando ferozmente.

Terminamos a manhã no pátio do distrito, organizando as cadeiras enquanto Effie e Delly nos dava ordens.

-Cuidado Owen. – Gale diz. – Delly parece ter o mesmo espírito de Effie.

-Você está bem engraçado, não está não, Gale? – Johanna pergunta. – Cadê aquela pobre coitada que você trouxe? Como é mesmo o nome dela?

-Amanda. – Ele responde se referindo à namorada. Foi uma surpresa quando ele apareceu com ela dois dias atrás, mas Amanda logo fez amizade com todos. – Ela está ajudando a mãe de Katniss junto com Cressida e Annie.

-O que achou? – Effie pergunta se aproximando quando finalmente terminamos de colocar tudo no lugar.

-Ficou lindo. – Respondo. – Acha que Katniss vai gostar?

-Acho que ela adoraria se casar com você mesmo que fosse num banco velho de cimento, então imagina assim? – Ela responde me abraçando.

-Obrigado por tudo Effie. – Digo correspondendo ao seu abraço. – Obrigada por sempre nos apoiar, por acreditar no nosso amor. Obrigada por todo o trabalho dos últimos dias e por aceitar entrar comigo no casamento.

-Eu quem deveria agradecer. – Effie diz. – Vocês dois são tão preciosos para mim, como se fossem meus filhos. Agora ande, todas essas pessoas precisam tomar banho e eu preciso acordar Haymicth, já é quase meio-dia.

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Entro no quarto e encontro Haymitch de pé, enrolado numa toalha, seus cabelos loiros e maltratados estão despenteados, observo as já conhecidas cicatrizes de seu corpo.

-Vai me encarando ou vai entrar Effie? – Ele pergunta sorrindo. Entro e fecho a porta.

-Estava vindo te acordar. – Digo me aproximando. Deposito um pequeno beijo nos seus lábios.

-Estou acordado desde cedo, na verdade, não consegui dormir direito. – Haymitch afirma sentando-se na cama. Ele estica sua mão e pega na minha, me convidando pra sentar ao seu lado. – Como vão as coisas lá embaixo?

-Bem. Tudo está pronto. Estranhamente, nada faltou, nada deu errado até agora. Nenhum probleminha sequer. – Digo

-Acho que eles já tiveram toda a má sorte de uma vida. – Haymitch afirma. -  Effie, eu estava pensando...sabe, eles dois, isso me fez pensar em como eu ainda quero tentar ter uma vida, eu não quero passar o resto dos meus dias preso no passado.

Não sei bem o que dizer. De certa forma, era isso que eu queria ouvir, mas nunca achei pudesse acontecer. Nunca achei que Haymitch fosse considerar a possibilidade de tentar melhor, abandonar os fantasmas do passado.

-Acho que eu posso fazer isso? Acha que ainda há tempo? – Ele pergunta em frente ao meu silêncio.

-Acho que você deve a si mesmo tentar. Você merece ser feliz Haymitch e eu vou fazer possível pra te ajudar.

-Era isso que eu precisava ouvir. – Ele diz me beijando novamente. – Obrigado Effie.

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Encaro o gracioso rosto de Amanda, namorada de Gale, enquanto ela faz minhas sobrancelhas e maquiagem. Embora tenham começado com um pé atrás, nada pessoal, afinal de contas é o modo como sou com qualquer estranho, Amanda mostrou ser uma ótima pessoa nesses dois últimos dias. Estou feliz por Gale ter encontrado alguém, espero que eles funcionem.

-Tudo bem? – A morena me pergunta. Ela é do distrito 8, tem a pele linda como a de Rue, os olhos grandes e expressivos, escuros como jabuticabas. Estou simplesmente fascinada por sua beleza.

-Claro. – Digo. - É só incomodo. Me depilaram no Capitol várias vezes, mas confesso parece que nunca vou me acostumar.

Escuto Finnick chorar e tento me virar em sua direção, mas Amanda me impede.

-Ele está bem, o brinquedo caiu da cadeirinha, nada demais. Não se mova bruscamente. – Ela diz parando para devolver o brinquedo ao meu lindo afilhado. Aproveito para olhá-lo, o menino sorri pra mim balançando seu conjunto de mordedores, sinto um sorriso crescerem meu rosto. Amanda volta sua atenção pra mim eu volto a fechar meus olhos, me concentro nos barulhos que Finnick faz enquanto balbucia suas primeiras tentativas de palavras. Imagino se ele será falante como e bem-humorado como o pai, espero que sim. De repente me pego pensando em como seria um filho meu e de Peeta, a idealização é interrompida por Annie que retorna para o cômodo.

-Ele chorou? – Ela pergunta.

-Não. – Respondo tentando não me mexer.

-Oi querido... – escuto ela dizer. – Vamos nos vestir para o casamento dos seus padrinhos?

Permaneço imóvel e de olhos fechados até que Amanda avisa que terminou com um “prontinho”, ela posiciona o grande espelho em minha direção e posso apreciar seu trabalho, é quase uma profissional, devo admitir.

-Adorei. – Digo sorridente. Não é extravagante, cobre bem o cansaço que parece sempre rodear meus olhos, é perfeita.

-Ficou mesmo muito bom. – Diz Minha mãe entrando no quarto. Ela está usando um belo vestido azul marinho. – Agora que tal se vestir? Todos estão prontos e os convidados estão começando a chegar.

-Peeta? – Pergunto.

-Seu noivo está pronto, não se preocupe. Ele me pediu para te entregar isso.  – Ela diz me passando um buque de flores que eu não havia notado. Pego o bouquet e percebo que são primroses, primroses de tons clarinhos com pequenas flores do campo, há um pequeno cartão no meio, retiro e reconheço a letra de Peeta “pra que você sinta que ela está aqui com você, nos abençoando”, meus olhos se enchem de lágrima, escuto minha mãe pedindo pra que Amanda nos deixe a sós.. então levanto minha cabeça e tento controlar as lágrimas, preocupada com a minha recém feita maquiagem.

-Podemos refazer se você quiser chorar querida. Não tem problema.

-Não quero chorar. – Digo consigo controlar e sorrindo. – Eu quero pensar que ela está aqui mãe, que ela está feliz pela minha felicidade, feliz por estarmos todos bem, vivos, por não vivermos mais num mundo onde os Jogos existem, tenho certeza de que ela está feliz por isso.

-Eu também querida. – Minha mãe diz me abraçando. Não consigo lembrar a última vez que nos abraçamos dessa forma, com tanta emoção, não consigo lembrar a última vez em que eu não olhei pra ela com rancor. Talvez isso também seja Prim, agindo aqui entre nós duas, deixando que nossas mágoas fiquem no passado. Nos soltamos do abraço e minha mãe pega minhas mãos nas suas.

– Filha, eu sei que demorei para aceitar a ideia de vocês e Peeta juntos, mas não pense que era porque eu não entendia o quanto vocês se amam, eu entendia sim. Acho que eu sabia que vocês se amavam mesmo antes de você saber como se sentia por Peeta, eu podia ver no seu olho, mas eu também sabia o que significa lidar com a perda de um sentimento tão forte, a perda de um amor. Quando seu pai morreu, eu achei que fosse morrer junto, eu quase morri, eu era uma espécie de morto-vivo enquanto você, tão pequena, uma criança, tomou conta de mim, da sua irmã... eu só queria te proteger, mas eu estava errada. Porque eu daria tudo por mais um minuto com seu pai, eu lutaria contra todos.

Olho pra minha mãe como se fosse a primeira vez em que de fato a enxergo, consigo entender suas falhas. Sempre a vi como uma mulher fraca que deixou de se importar com os filhos porque perdeu o marido, nunca pensei no quanto ela o amava, nunca pensei “E fosse comigo? E se fosse o amor da minha vida?”.

-Mãe.. -digo um pouco hesitante... – Você sabe que eu te amo, não sabe? Você conseguiu tomar conta da Prim quando eu fui pros Jogos. Você a ensinou a cuidar de outras pessoas. Eu vi seu trabalho no Treze...

Sou interrompida por Effie que abre a porta apressada, ela percebe pelos nossos olhares que algo está acontecendo e tenta sair, mas é tarde mais. Eu minha mãe ficamos de pé.

-Tudo bem Effie... nós já terminamos. Katniss só precisa entrar no vestido, gostaria de ajudar?

Termino de me aprontar e Effie se despede avisando que precisa levar Peeta até o altar, desço um pouco depois acompanhada por minha mãe e encontro Cressida e Haymicth na sala, me esperando. Ela está com sua câmera na mão, documentando tudo. Ele está bonito, os cabelos bem penteados. A cena me fez sorrir.

-Está tentando me ofuscar Haymitch?

-Como se eu precisasse fazer algum esforço pra isso docinho. – Ele afirma sorrindo. – Mas você também não está nada mal.  

Entramos todos no carro e seguimos em direção ao pátio do distrito. Lembro de algo e peço pra que parem no caminho corro até o campo e destaco o talo da planta com cuidado, em seguida coloco-a no meio do buquê.  

-Katniss... – Haymitch me chama de volta. Entro no veículo e em poucos minutos estamos no pátio do 12. Apesar de termos poucos moradores, a quantidade é suficiente para uma boa festa. Observo a decoração e mais uma vez me emociono, é uma decoração rústica, simples, as cadeiras brancas com algumas fitas laranja, primroses num grande arco no qual Peeta me aguarda, olho pra ele e esqueço de todo resto.

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Enquanto todos olham para noiva eu estou presa no noivo, no modo como Peeta parece, ao mesmo tempo, encantado, apreensivo e feliz. Não me demoro muito, estou, afinal de contas, tentando filmar esse casamento. Mas precisar filmar o amor que transbordava daquele altar. Katniss entra radiante, seu vestido não é bem de perto fabuloso como o que fora feito por Cinna, mas era um vestido bonito, simples, mas muito bonito. Ela também está feliz, se esforçando pra caminha devagar, imagino que queria correr até Peeta. Abro um pouco o plano e pego Haymitch, seus braços entrelaçados, a expressão de alegria no rosto dele, está bem vestido, parece anos mais novo, sabia que era um homem bonito, mas fica difícil notar isso quando alguém está sempre com a barba a fazer, os cabelos descuidados e uma expressão de desinteresse pela vida.

Quando eles finalmente chegam ao altar Haymitch entrega Katniss a Peeta e volta para se sentar perto de Effie da mãe de Katniss, apenas os padrinhos e madrinhas permanecem, Katniss retira algo de seu buquê e coloca cuidadosamente no termo de Peeta, observo enquanto ela beija rapidamente os lábios do noivo, é um dente de leão, não sei o que aquilo significa pra eles, mas Peeta parece comovido. A juíza de paz começa a cerimônia e todos se sentam, apoio a câmera no tripé e relaxo um pouco, presto atenção à cerimônia. Jo segura o buquê de flores sem tirar seus olhos de Katniss e Peeta, lembra do comentário sobre um casamento feito mais cedo, nunca pensei em me casar, mas talvez com ela, talvez isso funcione com a gente.

Quando chegamos aos votos, é Katniss que começa, ela parece nervosa. Annie a entrega um papel com seus votos, vejo-a segurar o papel com força em uma de suas mãos, a outra segura a mão de Peeta.

“Eu não sou boa com isso, principalmente não na frente de tantas pessoas – Ela começa dizendo e arrancando alguns sorrisos dos convidados. – Você que é, você é bom com as palavras, com as ações, você é genuinamente bom, em tudo. Sempre foi assim, desde que eu consigo me lembrar, você sempre se colocou em segundo plano pelo bem dos outros, pelo meu bem. O pão, a amizade com os carreiristas nos primeiros jogos, se voluntariar no ano seguinte. Sua generosidade, o modo como você sempre esteve disposto a morrer antes de perder seus valores, de perder a si mesmo. Você é tão bom Peeta que eu temia que estar perto de mim acabasse te destruindo, te mudando. – Katniss para um minuto, fica claro que todos estão prestando a máxima atenção, exceto por uma criança ou outra que se mexe em seu acento ou sorri, há um grande silêncio.  – E ainda assim, ainda quando tentaram te mudar, você voltou, voltou a ser essa pessoa boa e bonita, todo dia, que eu acordo do seu lado eu sei que a vida pode continuar, sei que coisas boas ainda podem surgir, que o amor, que a bondade, que eles podem vencer... e eu quero acordar do seu lado pelo resto da minha vida” - Ela termina e todo estão emocionados.

Peeta beija Katniss e depois se vira para a juíza de paz se desculpando “Acho que ainda não era a hora, certo? ” Ele pergunta sorrindo.

Eu te amo desde que eu consigo-me lembrar, mas todos sabem que eu tive um certo problema pra lembrar das coisas por um tempo... e é disso que eu quero falar, de como você me salvou, porque todos acham que eu sou uma pessoa melhor que você, você mesma acha isso, mas não é verdade. Você nunca desistiu de mim, você lutou até o último momento pra me trazer de volta, pra me manter vivo, sempre... mesmo quando você dizia a si mesma que estava pronta pra me deixar partir, na hora H, você sempre escolheu me salvar. Cada momento que eu passei longe de você, nesses últimos anos, independente da circunstância, em cada uma desses momentos, foi a ideia de te ver novamente, foi saber que você estava lutando, fazendo a sua parte, que me fez continuar, eu só sou forte porque eu aprendi com você. Eu preciso que você entenda que você é maravilhosa, e que você não tem mesmo ideia do efeito que pode ter.

Depois do casamento, o pátio vira uma festa. A comida começa a ser servida, os recém-casados tem sua primeira dança os padrinhos discursam. Delly fala sobre como Peeta sempre amou Katniss, já Gale brinca com o triângulo amoroso entre eles, mas deixa claro que sempre soube que não tinha chances. Johanna é a que mais fala, supreendentemente, deixando claro o quanto ama Katniss e Peeta, e o quanto esse amor a inspira “eu achei que nunca mais veria amor, até ver vocês dois juntos... eu demorei pra entender o quanto Katniss ama Peeta, o sentido contrário era mais óbvio, mas eu espero que todos tenha a sorte de ter esse tipo de amor”. Anne elogiou a cumplicidade entre o casal e agradeceu pelo amor ao afilhado. Owen foi quem menos falou, se disse sortudo por ser parte aquele casamento, por ter a oportunidade de conhecer pessoas tão excepcionais.

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Eu estou viva por causa dele. E embora eu quisesse culpa-lo por isso durante muito tempo desde aquele dia em que ele rasgou o bolso do meu traje, eu agora só quero agradecê-lo. Além disso, eu estou viva por ele. O modo como eu me sinto na presença de Peeta, quando nós tocamos um no outro, quando nos beijamos, quando estamos em nossa cama, juntos. Isso é melhor que qualquer outra coisa que existe no mundo. Isso me diz que existe esperança, que nós podemos seguir em frente.

Olho ao redor e vejo todas essas pessoas no assistindo enquanto dançamos. Olho para nossos amigos, tento registrar suas palavras doces em minha mente, agradeço por tê-los. Olho para Finnick que pula alegremente nos braços da mãe, penso na ideia de um filho, imagino uma criança com os olhos azuis de Peeta, com seu coração bondoso, imagino que esse mundo, o mundo pelo qual lutamos merece essa criança. Imagino que Prim gostaria da ideia, de nos ver juntos, felizes, imagino ainda que não deve haver ninguém no mundo tão pronto para ser pai. Eu ainda não estou pronta para ser mãe, mas quero estar, quero mesmo. Então eu sussurro no ouvido do meu marido:

- Eu quero tudo! Eu quero que seja real, sempre.

Ele aperta mais seus braços ao meu redor enquanto dançamos pelo salão.


Notas Finais


Gente, desculpem pela demora. Compensei com um capítulo grande.
Próximo e último capítulo deve sair no meio da outra semana.
Espero que tenham gostado.


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