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História Growing Up - One Short


Escrita por: NatMonroe

Notas do Autor


Oi pessoal
Bem, eu escrevi essa one-shot assim que terminei de ler A queda dos cinco, precisei escrever para superar o tiro que é esse livro né galera
Eu espero que gostem ♥

Capítulo 1 - One Short


Eu já tinha me conformado com o meu destino. Setrakus Ra é do meu sangue, minha única família viva e ver ele lutando com a Garde realmente me parte o coração, tento manter o rosto neutro e inexpressivo, mas não consigo, a dor está estampada nele.

Quando Marina cai, morta, as lágrimas começam a rolar pelo meu rosto. Eu queria lutar contra ele e do lado da Garde, mas o medo me paralisava, minha cabeça estava confusa, depois do que eu tinha passado confinada com Mogadorianos, e ainda tinha o detalhe que se eles matassem Setrakus, matavam a mim.

Eu estava com minha idade original, 11 anos, com um vestido preto, em pé perto de Setrakus enquanto a batalha acontecia. Seis, Sam e Sarah estavam desacordados, talvez mortos, Marina, a primeira Garde que conheci estava morta, apenas John e Nove lutavam, feridos, não aguentariam muito tempo.

— Ella, eu sinto muito. - Diz John e sei que ele fala por não conseguir quebrar a minha ligação com Setrakus, mas estava tudo bem, eu tinha dito a John que ele devia matá-lo mesmo que eu tivesse que morrer, que não era culpa dele e valeria a pena, ele também se desculpava por não conseguir impedir os pesadelos de virarem realidade. John estava se entregando, talvez por pensar que Sarah estava morta.

— Pequena. - A voz de Nove me despertou dos pesadelos que eu repassava em minha mente mesmo acordada, sua voz trouxe a tona outra lembrança, quando os pesadelos tinham acabado de começar.

Abri os olhos, suava frio, mas dessa vez não acordei gritando, o que foi bom, afinal é desconcertante acordar com toda a Garde em volta de sua cama. Eu não podia contar o pesadelo a eles, pois lá eu mudava de lado, eu estava ao lado de Setrakus e não conseguia fazer nada, presa dentro da minha versão mais velha, e era tão real, temia que se tornasse realidade.

Me levantei, fui ao banheiro e joguei água no rosto e no pescoço, “isso não vai acontecer Ella”, pensei olhando meu reflexo no espelho. Troquei de pijama e deitei na cama, mas dormir que é bom, nada.

Todos tentavam falar comigo sobre o assunto, todos, menos Nove, o que eu acho que ajudava mais do que falar, eu não queria falar sobre aquilo, e ele era quem eu considerava o Garde mais forte, embora todos fossem bem mais fortes do que eu, que ainda estou começando a desenvolver legados. Pensei se ele se importaria se eu fosse pra lá, talvez eu me sentisse mais segura e conseguisse dormir um pouco.

Fui para seu quarto, Nove dormia profundamente de bruços, quase desisti para não acordá-lo, mas o medo era maior. Toquei suas costas levemente e ele acordou imediatamente pronto para uma luta, até ver que era eu.

— O que faz aqui baixinha? - Ele perguntou, eu não respondi, mas mesmo assim ele entendeu, foi mais para o canto e levantou a coberta para eu me deitar.

— Obrigada. - Sussurrei e ele me abraçou e fechou os olhos. Eu ainda não conseguia dormir, mas já não sentia tanto medo. - Ahm, Nove. – Ele abriu um olho.

— Não consegue dormir? Quer me ajudar a treinar ou algo do tipo?

— Não, você precisa descansar, não pode só treinar como um louco. – Eu dou risada e ele sorriu.

— Não vou te deixar acordada sozinha.

— Então... Você poderia me mostrar como é um beijo? - Digo muito rápido por causa da vergonha e ele riu.

— Acho que eu posso fazer isso. - Ele disse arqueando as sobrancelhas e me deu um selinho rápido. - É assim.

— Entendi, vou tentar dormir, boa noite. - Eu devolvi o selinho e me aninhei nos seus braços, não era como eu estava pensando, como eu tinha visto na televisão e como eu queria, mas eu entendia que era muito nova, quando encostei a cabeça em seu peito ouvi as batidas de seu coração muito rápidas e fiquei feliz de ele estar ali e vivo, diferente dos meus pesadelos, onde ele há muito estava morto e a Terra destruída.

 

— Eu sei que você está aí. - Voltei para a cena de total caos que se desenrolava em Chicago. - Não tem que ser assim, não acredite nessa babaquice de destino, você pode ser quem você quiser, e nós… - Setrakus usou a telecinesia para puxá-lo e enforcá-lo e ele continuou com dificuldade. - Nós te consideramos uma de nós, minha pequena.

Nove estava perdendo os sentidos, um corte em seu abdômen sangrava muito, John estava preso em ferragens e sem forças para continuar.

— Não! - Gritei e segurei Setrakus, usando toda a força que tinha para usar meus legados e drenar seus legados com meu Dreynen, ele consegue me empurrar para longe, bati a cabeça e tudo escureceu.

Nove POV

Senti meu coração gelar e apertar desde o momento que vi Ella do lado dele. Isso me deu mais raiva e mais vontade de lutar, mas a luta não ia bem para o nosso lado, tivemos baixas.

Tudo parecia perdido, tentei encorajar a baixinha e deu certo, ela arrasou com o seu legado que drenou as forças de Setrakus, mas ele a empurrou e ela desmaiou. Queria ir até lá e ver se ela estava bem, mas mal conseguia me mover. Foi Johnny que acabou com Setrakus e pensei que Ella iria morrer também já que estava ligada a ele, era uma sensação de impotência, não tinha estratégia, nem alguns socos que resolvessem aquilo, eu só queria poder salvá-la.

Johnny correu para ela e em alguns segundos a baixinha levantou. Depois ele foi para Marina e a reviveu também, é parece que Johnny é mesmo nosso Pittacus.

Ella POV

As coisas aconteceram muito rápidas depois da batalha final, Malcolm, Seis, Sarah, Sam, Nove, Cinco e eu restauramos a cobertura em Chicago, e isso foi realmente divertido, um pouco perigoso também, já que Cinco e Nove brigavam muito, eu tentava abrandar as coisas, mas lembro de em algum momento cansar e dizer “quer saber, se matem”.

Marina e John voltaram até o local onde estava escondida a arca de Cinco para reviver Oito, os únicos que não foram revividos foram Um, Dois e Três.

Quando todos os seis estavam de volta e a cobertura restaurada, nos reunimos na sala.

— Precisamos voltar para Lorien, para reviver o planeta com o conteúdo de nossas arcas. - John disse com seu ar de líder e olhou entristecido para Sarah.

— Vamos voltar pra casa, mermão. - Nove disse animado encostado em um batente.

— Vocês… Vão voltar para a Terra? - Perguntou Sam claramente perguntando aquilo à Seis.

— Vamos - Foi John quem respondeu olhando para Sarah. – O mais rápido possível.

— Eu vou ficar. - Me pronuncio, já decidida. - Não tenho por que ir, sou neta do Setrakus, não tenho uma arca, não tenho esse direito. Vocês vão.

— Você tem certeza Ella? – John perguntou e eu assenti. - Tudo bem, vamos arrumar nossas coisas então.

Todos saem, Sarah segue John para o quarto e está chorosa, cada um vai para seu quarto arrumar suas coisas, mas Malcolm e Nove ficam na sala comigo, Nove me olha de uma maneira estranha, então uso a telepatia, não que eu queira bisbilhotar, é que é maior do que eu.

— Você vai me esperar? - Perguntou Nove em sua mente quando percebeu que eu estava usando a telepatia nele, e eu assenti.

— Então fica com isso. - Ele disse dessa vez em voz alta e me entregando as chaves da cobertura.

6 anos depois

Eles foram embora e eu fiquei responsável pela cobertura em Chicago, Sarah voltou para a casa de seus pais, Malcolm e Sam também voltaram para casa, mas faziam visitas regulares ao John Hancock Center.

Mesmo que estivéssemos em uma época de paz, Sarah e Sam praticam tiro na sala de treinamento algumas vezes, hoje, entretanto, eles estão na cozinha, fazendo algum doce novo que Sarah aprendeu e Sam está sendo seu ajudante. Não é por nada, mas isso não é comigo, então fiquei na sala de treinamento, desenvolvendo meus legados e tentando pegar um pouco mais de força física, além de que, ficar lá me lembrava de Nove.

Estou com 17 anos, cresci um tanto de altura, meu cabelo castanho avermelhado também cresceu, eu o uso em um rabo de cavalo para poder treinar, uso regata branca e calça jeans surrada. Estou na sala de treinamento, com luvas de boxe socando com toda a força um saco de areia, ouço uma agitação na sala, mas não paro o treinamento, estou muito focada, só paro quando ouço um assobio.

— Você cresceu pequena. - Ouço uma voz vindo da porta, eu paro ofegante e passo o braço na testa para enxugar o suor, olho para Nove na porta, os braços cruzados, os cabelos negros caindo pelos ombros, ele quase não mudou nada. Sorrio e corro para abraçá-lo, ele me gira no ar, apesar de ter crescido um tanto, ainda sou mais baixa e mais magrela que ele, ele me aperta, acho que ele não tem noção da própria força. – Nove, você ta me esmagando. – Digo com dificuldade e a gente ri.

— Foi mal. - Ele me solta, eu tiro as luvas e tento dar um jeito nos fios arrepiados de meu cabelo colocando-os atrás da orelha, tantos momentos para eles voltarem e o gato do Nove tem que me ver justo quando estou completamente desleixada, fico feliz de eu ser a telepata e não ele.

— Eu tenho treinado um pouco, você ficaria orgulhoso. – Digo estralando os dedos, péssima ideia, acho que ele viu isso como um desafio e deu uma risadinha.

— Você vai ter que me mostrar, mas já vou avisando que eu vou ganhar. - Ele riu convencido, eu cruzei os braços.

— Vamos lá então, aposto que está enferrujado.

— Nunca, baby.

Nós começamos a treinar e Nove parou de pegar leve comigo quando lhe dei um chute no estômago que lhe tirou o ar. Acabamos deitados no chão, casados, mas satisfeitos e rindo.

— Eu senti falta disso.

— Cuidei bem de tudo por aqui enquanto você esteve fora.

— Ótimo! Mas ainda tem que aprender algumas coisas, gatinha. - Ele disse, eu revirei os olhos.

— Me ensina então. - Eu me apoio no cotovelo, e céus não tinha notado o quanto aquilo tinha soado malicioso até ele sorrir de canto, acho que eu fiquei vermelha, eu esperava que a minha queda por Nove fosse algo de infância e que nunca iria pra frente, pff como se ele fosse olhar para mim, eu era só uma criança, mas ouvi uma coisa de John uma vez, os Lorienos amam de um jeito diferente, acho que a idade não será mais um problema para nós.

— Você ainda quer que eu te mostre como é um beijo? - Ele caçoa de mim, e eu o empurro ficando vermelha, antes de puxá-lo para um beijo, um beijo que começa lento e que se torna ávido, afinal passei anos esperando por isto, era melhor do que eu tinha imaginado, me arrepiou e meu coração acelerou, um beijo de verdade dessa vez.


Notas Finais


Então gostaram? Mereço reviews?
Amo esse casal de paixão galera ♥ e estou pensando em escrever uma universo alternativo sobre eles, vocês leriam?
Obrigada por lerem
Beijos ♥


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