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História Guarda-Costas - Missão A.U.T.O.R Pt. 3


Escrita por: DHWritter

Capítulo 20 - Missão A.U.T.O.R Pt. 3


[...]


- Merda! - Praguejou algumas vezes esta mesma frase.


A morena dos olhos verdes colocou uma calça de moletom, alegando para si própria que sentia frio, mas seu tórax estava descoberto. A única coisa de pano ali era seu sutiã. Pegou outro cigarro de seu maço, passou tragá-lo e não só fumá-lo. Estava se sentindo um incômodo muito grande dentro do peito. O mesmo que há oito anos atrás.


- Ela não é boa para você Emma. - De novo a voz que lhe fazia companhia desde sua adolescência.
- Sai da minha cabeça. - Disse ao colocar a mão na testa, cerrando os olhos com força. - Você é só um fantasma. - Passou a repetir o mantra que lhe ensinaram quando mais nova.


Repetiu até que a cabeça ficasse em silêncio completo, provavelmente passaria mais uma noite sem dormir. Dormir não era mais um problema para ela. O café era seu melhor amigo a noite. Mas já fazia quase três dias que não dormia, e isto era um problema. Como iria proteger sua cliente? Tragou o cigarro com mais força. O cigarro tornara-se seu segundo melhor amigo. Usava-o para relaxar, mas ao relaxar demais, as vozes em sua cabeça vinham lhe chamar. Não se importava com todas, mas com aquela em específico. A voz da mulher que lhe fez mal em sua juventude, a mesma que gritou por ajuda quando sua mãe a matou. Precisava daquele amigo querido, o café.


- Ela é só mais uma que passou por seus lençóis Emma, venha para mim, só eu me importo com você.


Apagou o cigarro no cinzeiro da cômoda próxima da janela. Olhou no relógio e vira o quão tarde estava. Duas da manhã e ela estava acordada. Recordou-se do bom doutor que cuidara da sua sanidade mental. Não que o que lhe passara fosse tão grave, acreditava assim, mas foi necessário um remédio para que pudesse dormir sossegada. Recordou-se que sua avó guardava os remédios dentro de um armário na cozinha. O mais alto para ser exata. Atravessou o quarto rápida, assim como saiu do próprio quarto. Olhou para os lados, não encontrou ninguém, somente seu vulto. Desceu as escadas devagar, parecia que cada passo uma pergunta era feita. Passou a questionar o porquê de tudo ter acontecido com ela. Não estava tendo autopiedade, mas aquilo era demais para ela.


- Emma, eu sinto tanto sua falta. - A voz era insistente.
- Vai embora. - Pediu baixo ao se dirigir a cozinha.
- Olha a garotinha, porque não fica comigo?
- Eu não quero você perto de mim, você destruiu parte de mim. Sou incompleta. - Não acreditava estar conversando consigo mesma, olhando para o reflexo no vidro do microondas.
- Eu te amo Emma querida, porque não deixa seus cabelos loiros novamente? Eles eram tão lindos, eu adorava segurá-los.
- Por isso mesmo eu os pintei. - Seus olhos procuravam pelo bule de café que sua vó deixava pronto.
- Eu não sou a vilã Emma, sou a mocinha. Não se esqueça, foi sua mãe que me matou.
- Ela quis me proteger.
- Agora está protegendo os assassinos Emma? - Aquela pergunta sempre matava todo e qualquer argumento que tinha.


[...]


- Quem é você cara? - Lancelot apontou o rifle para o homem.
- Opa! Opa! Calma meu "carro", sou Franklin, mas meus amigos me chamam de Autor.
- Autor? Espera, mas A.U.T.O.R não é o computador? Espera, eu tô confuso. - Ele estava realmente confuso.
- Fala do computador? - O mesmo passou rir. - Eu criei aquele computador.
- O quê?


[...]


Ficara olhando para a pílula na palma da mão, era tão difícil para ela a tomar, naquele momento era. Olhava para a pílula e para o copo de água, não conseguia engolir aquilo. Achava que poderia se engasgar com sabe-se lá o quê. Colocou na boca e bebeu seu copo com água.


- Emma. - A voz daquele pequeno ser lhe acalmou. - Coloca água pra mim.
- Coloco Bae.
- Emma, você tá bem? - O pequeno estava incomodado com sua irmã, ele não sabia, mas sentia que algo estava incomodando ela.
- Tô sim baixinho. - Afagou os cabelos do irmão menor.
- Não bagunça meu topete. - Reclamou arrumando aquele montinho de cabelo agrupado na frente da cabeça.


A mais velha entregou o copo de água para ele. Ele pegou com as duas mãos e passou a beber a água todo sério, o que fez a irmã mais velha dele rir a beça.


- O que é? - Ele perguntou sorrindo para ela.
- Nunca cresça Bae.
- Mas a vovó disse que eu sou o homem da casa a partir de... - Levantou os dedos tentando se lembrar de quando ela disse. - Acho que ela disse isso hoje de manhã. - Ele fechou a cara tentando lembrar de quando a avó disse a ele.
- A vovó disse isso? - Emma sorriu olhando para o pequeno irmão.
- Disse, então quer dizer que eu mando aqui em casa. - Colocou o copo em cima do balcão e foi andando cheio de pose para sala.
- Então tá, senhor homem da casa.
- Minha primeira ordem é que você ficar aqui na sala comigo. - Ele se sentou no sofá e bateu a mãozinha no assento ao lado.
- Tá bom, senhor homem da casa. - Correu até sala e se jogou no sofá. - E agora?
- Agora, eu ordeno você deixa eu sentar no seu colo. - Ele não usou o tom de ordenança, usou um mais de pedido.
- Meu colo é todo seu rapazinho, sinta-se honrado, nem todo mundo pode sentar nele. - O garoto se jogou em cima da irmã que o segurou. - E agora?
- Agora você fica aqui na sala comigo, até eu dormir. - Dizia se aconchegando no colo macio da irmã. - Você faz igual a mamãe. - Acabara de fechar os olhos.
- Bae, eu... - Tentou falar.
- Ainda bem que você voltou pra casa, tô cansado de ficar sozinho. - Bocejou. - Vovó sente falta de você, do papai e da mamãe.
- E do vovô? Ela não sente?
- Sempre, mas ela disse que o vovô vai voltar pra casa logo. - Falou arrastado.
- Bae, o vovô... - Ele havia adormecido bem rápido. Ficou triste por seu irmão estar sofrendo na pele a solidão. - Boa noite irmãozinho. - Apertou o irmão no colo.


Colocou as pernas em cima do sofá e deitou ele na sua barriga. O garoto estava acostumado com a irmã estar sempre parcialmente vestida, ainda não tinha malícia das coisas. E ela estava perdendo todo aquele período dele, mas que escolha ela tinha?


[...]


- Elsa, nós temos um convidado a bordo. - Lancelot dizia ao subir para o piso superior do submarino.
- Qual é o tamanho do nosso convidado, vinte centímetros? - Estava verificando o hardware do equipamento.
- Para falarr a verrdade, tenho um e oitenta de alturra. - Elsa se virou com a glock na mão apontando para os dois.
- Espera Elsa! Abaixa essa arma. Esse cara tem uma coisa para dizer para nós. - Lancelot defendeu o outro. - Eu disse que ela era barra. - Sussurrou para o "russo".
- Senhorrita, seu colega me disse que vocês vierram atrrás do autorr, cerrto? - A loira acenou com a cabeça ainda mantendo a Glock apontada para o homem. - Mas tem um prroblema, eu sou o autorr. Eu crriei o computadorr.
- Estou toda ouvidos. - Baixou até a arma estar em seu colo.


[...]


- Ai que coisa! Onde é o banheiro? - Henry acordou apertado para ir ao banheiro. - Sempre de madrugada! Não bebo mais água. - Juntou o máximo que pode as pernas.


Abriu a porta e tentou se lembrar qual era a porta do banheiro. Foi para o lado direito bem devagar, para que não fizesse nas roupas. Sentiu um cheiro bom vindo da porta do meio do corredor, provavelmente era o banheiro, alguém tinha tomado banho.


- Espero que seja aqui. - Entrou e deu sorte, era mesmo o banheiro. Estava muito apertado para tirar e fazer de pé. Sentou rápido no vaso. - Ai que alívio! - Aquela cara de alívio dele foi hilária.


Depois de se aliviar, lavou as mãos só na água, coisa que sua mãe repugnava, e voltou para seu quarto, mas sua curiosidade não permitiu, ficou a olhar para uma porta entreaberta. Grace estava em seu quarto. Ficou a observá-la dormir. Devia odiá-la, mas daquela forma em que ela estava, não conseguia. Diferente do demônio que julgou ser, ela parecia um anjo, a garota a qual ele conheceu antes. Gostava de observá-la de longe no colégio. Ela era linda e incrivelmente engraçada.


- Satanás também já foi um anjo. - Henry voltou para o quarto.


[...]


- Teoricamente dizendo viemos então atrás de você? - Elsa estava confusa com todas aquelas informações.
- Vocês vierram atrrás do meu computadorr, mas só eu posso ligarr. - Franklin pegou a peça que estava na mão de Elsa.
- O que vai fazer? - Lancelot era curioso.
- Vou ligar o computador. - Abandonou o sotaque russo.
- Ixi, achei que você era russo. - O rapaz se expressou.
- Eu sou da contraespionagem, CIA. Meus queridos patinhos, preparem-se. - Ele colocou a peça em seu lugar. Verificou se estava tudo no lugar. - A.U.T.O.R, reinicie dados do computador. - Ordenou.
- Espera, o nome dele não deveria ser A.O.T.O.R? - Lancelot só se dava conta agora.
- Vocês deveriam se chamar CISEN, então não critiquem a escolha do nome do meu computador. - Franklin contra-argumentou.
- Assistência Organizada Tecnológica de Operações Remotas iniciando sistema. Relatório de ataques?
- Por Favor. - Pediu.
- Dois computadores com IP's mascarados tentaram acessar meus dados, há duas semanas.
- Meu superior havia me informado sobre isso.
- O Senhor Swan me pediu para desligar o computador e que só voltasse religá-lo quando ele enviasse pessoas de confiança. Acho que ele até me forneceu seus nomes. - Agente Ice, e agente Glass, espera... Você é "O" agente Glass? - Franklin ficara animado. - Snipper Glass?
- Não, era meu pai.
- Era? Oh! Me desculpe garoto. - Indelicadeza de sua parte. - Nós éramos parceiros há uns anos...
- Por favor foco! - Elsa cortou a história que com certeza seria longa do Autor.
- Tudo bem mocinha. O computador está ligado e agora? - O homem ficou ofendido por ter sido interrompido.
- Nosso chefe disse que iriam acessar o computador e deveríamos esperar. - Elsa disse incomodada com aquela ordem.
- E o que farão depois? - Olhou de Elsa para Lancelot. - Eles vem buscar vocês, certo?
- Sinceramente? Eu não sei. - Lancelot se anunciou.
- Isto não me foi passado, muito estranho mesmo. - O homem olhou para a tela. - Fazer cópia de arquivos e salvar no HD externo implantado A.U.T.O.R. - Ordenou.
- Cópia dos Dados em execução. - A máquina anunciou.


[...]


- Sargento Swan, recebemos informações da agência há dois minutos. - Seu soldado mal anunciara e David se levantou um pouco impaciente. - Estão acessando os arquivos da base submarina.
- Tudo bem. - Ele parecia aliviado. - Já sabe o que fazer soldado. - Viu o outro menear positivamente a cabeça.


[...]


Estavam seguras, haviam chegado no destino combinado, mas era muito escuro. Claro que bem familiar.


- É aqui mesmo Aurora? - Pela primeira vez em meia hora dissera o nome da parceira.
- Claro que sim Anna. O combinado era esse, certo? - Descera da moto.
- Seu cabelo. - Anna apontava para o cabelo levemente armado da parceira. - Tá arrepiado.
- Seus óculos estão dançando na sua cara. Arruma logo essa armação Ice.
- Muito engraçado. - Pegou os óculos e os organizou. - O que a gente faz agora?
- Vamos pôr os dois lá dentro e eu dou um sumiço nessa ambulância.
- Essa é a casa do chefe?
- Parece que sim. Vamos logo com isso.


[...]


- Meus sistemas estão sendo apagados senhor. - O computador avisara o homem.
- Os dados estão no HD externo?
- Positivo senhor. - Respondeu.
- Então não se preocupe, logo o configurarei novamente.


[...]


- Bravo, está na escuta? - Comunicador falhado.
- Positivo. - O soldado informante do Sargento Swan confirmou.
- Acabamos o serviço, podemos iniciar a operação HEA?
- Senhor. - O rapaz se virou para o superior que agora estava atrás de si. - Devo iniciar?
- Sim.
- Bravo para base, inicie operação HEA.
- Afirmativo senhor.


[...]


- Será que o chefe vai mandar o avião voltar? - O rapaz jogava uma bolinha de papel para cima bem entediado. - Essa foi a missão mais fácil que cumprimos em toda minha vida militar.
- Alerta de Perigo!!! - O computador anunciou. - Senhor, meu sistema de segurança indica perigo.
- Perigo? Que perigo computador? - Elsa saiu da cadeira para que Franklin pudesse se sentar. - Qual é o perigo?
- Alerta de Perigo, meu sistema de rastreamento recebeu um alerta do satélite. Míssel lançado de área remota.
- Como assim um míssel? - Elsa agora parecia preocupada. - É brincadeira né?
- Não, o Tor não brinca.
- Tor? Quem é Tor? - Elsa desesperou-se, mas logo soube de quem se tratava. - Não há como contra-atacar?
- Não, isso aqui é um submarino querida, não um contratorpedeiro. - Foi irônico.
- Me diz que isso aqui é blindado. - Lancelot surtou.
- Sim, ele é blindado, mas não aguenta míssel, dos tipos que tem lá na América.
- Temos como descer?
- Descer o submarino? - Perguntou vendo a outra rolar os olhos. - Temos sim, mas precisamos de alguns minutos.
- Então começa o processo sua tartaruga!!! - Elsa perdeu a calma.
- Quanto tempo temos? - Lancelot correu para os controles.
- Se vocês demorarem mais, nenhum!!! - Elsa ficara nervosa.
- Uns quatro minutos talvez. - Franklin avisou o garoto.
- E de quanto precisamos para baixar?
- Uns dois e meio eu acho. Com o gelo impedindo nossa movimentação uns três minutos ou mais. - O homem estava com uma cara pensativa.
- E ainda não iniciou o processo?! Vamos logo sua tartaruga! - Elsa realmente era terrível com raiva.


[...]


- Eu vou levar a ambulância, fica de olho aqui. - A ninja, que outrora era misteriosa, Aurora pedira a colega. - Volto em uma hora.
- Tudo bem.


Viu a colega fechar a parte de trás da ambulância.


- Toma cuidado, ok? - A ruiva preocupada pediu.
- Você também.


A outra ligou o carro e parece que pisou fundo no freio. Cantou pneu o que fez a ruiva rolar os olhos. Irresponsável!


- Parece... - Uma tosse. - Que vocês conseguiram. Vão ganhar um aumento. - Sorriu quando ouviu a voz do patrão.



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