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História Guarda-Costas - Humanizando-se


Escrita por: DHWritter

Capítulo 23 - Humanizando-se


"- Emma! Que surpresa boa queridinha! - Sempre lhe recebia com doçura e gentileza.
- Oi Zelena. - Emma, uma garota doce de doze anos.
- Me chame de 'Zel', Emma. - Sorriu para a jovem.
- Tá certo. - Sorriu sapeca. - Cê vai aonde?
- Lugar algum. - A ruiva de cabelos encaracolados e olhos claros olhou para dentro de casa. - Cê quer entrar?
- Posso?
- Claro. Minha mãe nem tá em casa hoje, deu sorte. - Sorriu de canto. - Ela é chata demais. - Fez uma careta para mostrar seu desagrado.


Emma adentrou a casa, era a primeira vez que adentrava a mansão da família de Zelena. Um lugar de muito bom gosto, chão de madeira nobre, decoração clássica coisa que antigamente Emma não tinha ideia alguma do que era, e tinha... UM PIANO NO MEIO DA SALA!


- UAU! Um piano... - Sussurrou com adoração, ao ver o instrumento. - Toca pra mim! - Pediu com os olhos brilhando.
- Você é bem animada Emma. - Riu descontraída com a adoração da pré-adolescente. - Eu não sei tocar, desculpa. - Riu agora menos. - É da minha meia-irmã.
- Você tem uma irmã? - Curiosa, sempre assim.
- Tenho, mais velha do que eu que vive em Boston.  Ela toca divinamente. Quando ela vier para cá eu apresento você à ela.
- Caramba, que demais!"


- Hã... Acho que dormi demais... - Emma acordara no susto, havia dito a sua avó que depois conversariam, estava sentindo sono.


Nunca havia dormido tanto em anos. Constatara o óbvio ao olhar pela sua janela, a claridade mínima vindo dos postes de luz da rua. Estava chuviscando. Gostava quando do som dos chuviscos, eram bem relaxantes. A faziam pensar. A voz de Zelena havia se silenciado. E isso era muito bom. Alcançou seu despertador no criado mudo.


"23:20"


- Oh merda... - Agora entendia o porque não estava só sem sono, também estava descansada.


Levantou da cama e decidiu faria algo que não fazia uns dias: Trabalhar e planejar. Isso era a única coisa que a fazia se sentir bem ultimamente. Saiu do quarto apressada, estava sentindo um pouco de fome. Não que fosse uma esfomeada, mas a comida de sua avó era algo divino.


-...Oh querida, mamãe ama você sim... Ela ficará bem, eu prometo. - Parou pouco mais afastado da entrada da cozinha. -... Meu bem, eu irei domingo com Bae... Já não te prometo levar Emma, sabe como ela é difícil... Tudo bem, meu amor, eu prometo ir sim. Bae já está com saudades. Eu te amo Mary, minha filha.


Ouviu o aparelho ir de encontro ao gancho, esperou um pouco antes de ir para a cozinha. Deu dois passos longos até a entrada da cozinha.


- Vó, to com fome. - Disfarçou, fingiu que não ouvira nada.
- Você e seu irmão estão sempre com fome, o tanto que esse garoto come não está escrito. - Falou em um tom brincalhão, tirando boas risadas de Emma. - No microondas eu deixei um prato com duas fatias do assado de tarde, arroz, fritas e na geladeira tem refrigerante.
- Já vai dormir vó?
- Sim, você dormiu bem menina. Acordou só pra comer?
- Sim. - Omitiu parte da verdade.
- Você com toda certeza é uma Swan, eu vou dormir.
- Vovô morreu... - Soltou de uma vez.
- Eu sei... - Parou de falar brincalhona no mesmo instante. - Anunciaram ontem na TV.
- E não...?
- Sinto...? Emma, sou casada há 47 anos com seu avô... Eu o amo e sei que ele me ama. Acredite em mim quando digo que ele não está morto. - Ela cantou a bola para sua neta.
- vó eu...


Um barulho na porta da sala fez com que Emma instintivamente alcançasse a arma que havia posto ali, para rápido reflexo. Apontou a arma para a sala, no mesmo instante sentiu vergonha. Era Regina.


- Emma... Vo-cê fo-fica muito MUUUUUITO. - falou a última palavra mais alta. -... Sexy com uma pistola na mão!


Bêbada!


- Regina? Cê tá bêbada?! - Ficara surpresa, baixou a pistola e colocou na cintura.
- NÃÃÃÃOOOO amor. - Colocou os dedos na boca de Emma desjeitosamente, nem parecia a sua patroa. - QUEE ISSO...!! - Estava atropelando em suas próprias palavras. - Ruby, foi um amorzinhooo de menina. - Deu um passo para frente, mas suas pernas pareciam não lhe acompanhar.


Quase foi de cara no chão, não fosse Emma com seus reflexos rápidos.


- Nossa, você é bem forte, não é amor? - Abraçou o pescoço de Emma, estava no colo da garota.


Vovó Swan que assistia tudo quieta riu baixo.


- Meu Deus, em uma noite volto vinte e cinco anos no tempo. Regina e sua mãe costumavam chegar assim às sextas a noite. Deus! Como estou envelhecendo!


Emma estava muito surpresa, teria que ter uma conversa com sua avó depois, mas antes tinha que levar a mais velha para a cama. Claro, no bom sentido da coisa. Regina começara a cantarolar músicas de baixaria, quando se está bêbado. Saudara a vó com um boa noite antes de subir com a juíza.


- Nem o Daniel me levava para a cama assim. Sabia? - Estava rindo sem motivo algum. - Wow! Tá tudo girando. - Riu alto, por mais que não admitisse isso, Emma estava achando engraçado Mills estar fazendo isso.
- Mills, você não vai se lembrar de nada amanhã. - Advertiu.
- Eu seeeii... - Choramingou. -... É culpa... do demônio do álcool. - Emma riu mais. - A gente vai fazer sexo?
- Regina, você está bêbada.
- Nãããooo amor... - Colocou a mão na boca de Emma. - Shhhhiii... Ó só, eu chamo o taxi de manhã pra você.


A mais nova ria descontroladamente, ficou com medo de acordar os outros.


- Vou te colocar na cama. - Ajeitou de forma que conseguisse passar pela porta com ela.
- Você é forte mesmo, hein?


Adentrou com cuidado o quarto, foi de encontro a cama, colocou ela um pouco desconfortável. Ajeitou o corpo dela, por estar um pouco frio então pegou uma coberta no armário no canto do quarto onde a avó dela costumava colocar, e pôs sobre a sua patroa.


- Boa Noite Regina. - Acariciou a bochecha da outra, se repreendera logo depois. - Ao trabalho.


[...]


- Mais uma xícara. - Emma se servia de mais uma xícara de café. - Ah! Qualé! - Reclamara, por ter batido o braço na xícara e ela ter se espatifado no chão.


Levantou da cadeira e juntou os cacos no chão. Era um dos seus cafés favoritos, dentro de uma das xícaras favoritas de sua avó, com toda certeza de manhã ouviria vários sermões.


- Vou pelo menos limpar isso aqui. Merda...


Foi até a cozinha, procurar por uma pano. Não encontrou um sequer, mas jogou os cacos da outrora majestosa xícara de sua avó.


- Quando vovó me mandava enxugar a louça sempre tinha pano, quando eu preciso não tem linha pra gente costurar um. - Resmungou sozinha.
- Eu vi sua avó colocando panos hoje no armário... - A loira tinha dado um susto que quase matou Emma de susto. - Desculpe. Ali em cima. - Apontou para o armário.
- Obrigada... - Deixou os chinelos ali no chão, saltou em cima do balcão de sua avó. Para alcançar o armário. - Sem sono?
- Um pouco.
- Quer café? - Ofereceu até que gentil à Grace.
- Gostaria de uma xícara de leite.
- Olha, nem me fale em xícara, quebrei uma xícara da minha vó, ela vai me matar de manhã. - Lembrou-se dos cacos que jogara no lixo a pouco. - Ela vai ficar uma fera.
- Sua vó é muito legal. - Elogiou, parecia esta puxando assunto.
- Ela é incrível. A única mulher que amo. - A ex-loira meio que enfatizou sem querer.
- A minha era minha mãe.
- Sente falta dela?
- Muita. - Não disse mais nada.
- Geladeira.
- O quê? - Não compreendera.
- O leite.


Agora que tinha o pano, abriu a gaveta ao lado e alcançou seu palmtop pessoal, o mesmo citado há alguns capítulos. Levou tranquilamente deixando a loira na cozinha.


- Por que não me trancafiou aqui? - Grace perguntou antes de deixar a outra ir de vez.


Emma parou por um instante, pensou em alguma resposta ou justificativa plausível para tal pergunta...


- Eu não sei. - Continuou a caminhar para o escritório, mas percebeu a moça lhe seguir.
 

Adentrara o escritório e o deixou aberto, sabendo que Grace viria atrás, e claro, não gostaria mais de passar uma imagem rude.


- É Emma, certo? - Sua expressão de dúvida acelerara a resposta "- sim" que viera da moça. - Eu juro que não fiz por mal, eu quero me desculpar, acho que eu ter alguém que se preocupasse comigo me fez...
- Olha, eu sei da sua história Grace, mas não é para mim que você deve desculpas, até porque acho que somente "desculpas" não serão suficientes.


As duas se entreolharam, até que Emma voltou sua atenção para o palmtop e o laptop que sacara de dentro de uma gaveta. A loira ficara pensativa, se sentia só, e isso era algo que havia achado que nunca mais iria sentir. Solidão. Se o pai dela a quisesse bem e segura, não teria abandonado-a na mansão, nem dito a ela para que seduzisse o garoto Mills, nem mentido sobre as verdadeiras intenções dele, e talvez se fizesse tudo isto, viesse lhe resgatar ou tentar rastreá-la.


- Eu vou te ajudar Emma... - A outra lhe olhou e deixou o ar que segurava escapar.
- Finalmente...


[...]


1 mês depois...


- Vovó! Eu tô ocupada. Por favor, preciso montar mais alguns arquivos. - Emma reclamava sobre a barulheira da qual sua avó estava fazendo no corredor do escritório.
- Emma saia já daí, eu sou sua avó e exijo sua atenção. - Bateu mais algumas vezes na porta.


Não adiantava, a garota se irritara da mesma forma. Bufou e xingou apenas movimentando os lábios sem emissão de som algum. Estava finalizando mais um arquivo.


- Vovó, eu preciso que você espere só mais uns minutinhos, juro que sairei daqui. - Dizia em alto e bom som.
- Emma, sua avó disse que precisa mesmo... MUITO... Falar contigo. - Essa voz, era a voz de Henry.
- Kid, juro que se for outra pegadinha, eu além de te dar vários cascudos, olha que nem ligo de você contar para sua mãe. - Pausou. - Eu nunca mais jogo no videogame com você. NUNCA!


O garoto ficou em silêncio do outro lado da porta, o que fez a agente rir baixinho, descobrira que era uma pegadinha.


- Olha, o que sua avó tem pra dizer não é pegadinha, é uma verdade incontestável. - Era agora Regina falando, o que fez Emma ficar tensa na cadeira.
- Regina? Até você está nessa?
- Não se esqueça de mim. - Grace também.
- Os quatro? - Agora estava curiosa. - Tá, a pegadinha deve ser boa, então eu aceito pelo menos... - Pausou ao se levantar da cadeira bem curiosa e com um tom brincalhão. - Dar uma espiada. - Abriu a porta de uma vez só.


"- Parabéns pra você... Nessa data queridaaaa..." - Sua avó puxou o coro, os outros três a acompanhavam. Estava tão concentrada que nem se dera conta de que era seu aniversário. Seu aniversário era uma data tão comum para ela, há uns sete anos desistira de comemorar a data festiva. Seus últimos sete aniversários ela costumava beber até não se lembrar do motivo o qual estava bebendo. Estava boquiaberta.


- É pique! É pique!... - Essa era Grace cantando na frente dos outros.


A ex-loira nem se dera conta de quando a música acabara, estava apenas sem reação, pois não esperava por aquilo...


"- Emma!... Acorde Emma!"


...


Se levantara em um pulo, foi quando viu... Teve um sonho, sentia a bochecha direita um pouco adormecida, havia resquícios de baba no canto da boca. E havia uma pessoa de cabelos castanhos, uns dezesseis anos. Henry.


- Desculpa Emma.
- Não, não. Tá... Tá tudo bem. - Espreguiçara na cadeira mesmo.
- Sua avó pediu para que eu viesse te chamar para jantar. - Henry tocou o ombro dela.
- Que horas são agora? - Estranhara a palavra "jantar", só dera uma cochiladinha de alguns minutos.
- São sete e meia. - Olhou para o relógio do pulso.
- Merda, sério? - Tapou os olhos com os dedos, reclamando seu sono mal dormido.
- Sério! 'Vambora'... Sua avó fez uma Galinhada deliciosa, e eu tô com fome.


Emma praticamente fora arrastada até a cozinha pelo garoto.


- Já lavaram as mãos? - Vovó Swan perguntara enquanto entregava à Grace os pratos para que ela organizasse na mesa.
- Eu já. - Henry respondera indo até Dona Eva, pegando os copos e organizando no lugar.
- Vá lavar as mãos Emma. - Ordenou sua avó.


A agente cedera ao tão "carinhoso" pedido de sua avó, como o banheiro de baixo havia dado problema, teria que subir para tal tarefa. Subiu as escadas e foi até o banheiro, só não contava que Regina estaria saindo dele no mesmo instante em que entrava, o puxão que a mais velha dera, por estar segurando a maçaneta, lhe desequilibrou fazendo cair dentro do banheiro.


- Oh, Swan. Desculpa. - Já ia tentando ajudar a outra a se levantar.
- Caramba! - Reclamou da dor no quadril, mas deu a mão para a latina.
- Desculpe-me Emma... - Sentia-se incrivelmente bem, quando a outra lhe chamava de Emma.
- Não tem problema. Vocês Mills são um pouquinho violentos hein! - Riu ao mancar até a pia do banheiro.
- O que o Henry fez?
- Nada, nada. Você já vai jantar também?
- Para falar a verdade, vou sair... Ruby marcou de me encontrar na lanchonete em quinze minutos. Antes do expediente acabar de vez, o que me lembra que vou atrasar um pouco.


Olhara para o belíssimo vestido Tomara que caia, espera... Era o mesmo vestido da noite em que jantaram juntas, no restaurante, antes de toda a desgraça. Lembrara-se que havia se sentido importante e lisonjeada por ser recebida por aquela mulher vestindo aquele modelito.


- Você está linda Regina. - Sim, escapara, mas ela gostaria de fazer com que Regina soubesse disso.
- Oh! Obrigada Emma.
- Lembro deste vestido. É o mesmo daquela noite... - Se aproximou da morena mais velha, devagar, por conta do tombo. - Ele te deixa muito mais encantadora.


Não, ela não estava louca, estava apenas vislumbrando a beleza da sua patroa.


- Emma eu,...
- Não, é verdade... - Se aproximou o máximo que pôde, olhando um pouco para baixo. Sua patroa era um pouco mais baixo que ela.
- Eu... - Ouviu a voz dela falhar miseravelmente, antes da mais nova selar seus lábios nos dela.


Puxou delicadamente a menor para seus braços, haviam feito aquilo várias vezes naquele mês. Se beijaram, muitas vezes, em momentos casuais, mesmo assim foram muitas.


- Emma... - Balbuciou cessando o beijo.
- Hum... - Olhara para os olhos dela.
- Eu tenho que ir...
- Fica comigo hoje...? - Aquele pedia significava uma única coisa.


Havia eu, dito que os beijos aconteceram muitas vezes naquele mês. De fato, aconteceram, mas o que Emma queria fazer e Regina por mais que achasse um absurdo a garota querer fazer com ela, não acontecera mais.


- Emma, eu sei o que você pretende. - Ia se afastando de Emma um pouco mais brusca. - E eu devo lhe dizer que não posso fazer isso. - Aquilo fez Emma se sentir estranha.


Não era nenhuma garotinha mimada que não sabia receber um não como resposta, mas ouvir isso naquele dia, era algo inesperado e...


-... - Emma havia soltado a outra. - Por quê? - Não estava exigindo resposta.
- Porque eu tô saindo com a Ruby. - Aquela resposta era até óbvia.


Naquele mês notara as saídas de Regina com Ruby, mas não estava dando tanta atenção, estava gastando sua madrugada sem sono, buscando provas, montando perfis dos bandidos, anotando as pistas que conseguia dos relatos de Grace.


- Oh. Ok. - Se sentiu envergonhada, e nem sabia o porquê.


Regina tentou lhe dizer alguma coisa, mas não deu nem ouvidos, adentrou uma porta que ninguém nunca dera a devida importância. Trancou-a. Caminhou no escuro mesmo no meio de toda aquela tralha, fizera aquele caminho muitas vezes em sua infância. Gostava de se meter no meio daquele lugar, principalmente quando se escondia de seu pai, brincando de pique esconde. Subiu as escadas que tinham no meio da bagunça. Aquele era o "sótão" que de acordo com sua avó, foi obra malfeita de seu avô. Abriu a portinha que ficava no final da escadinha no meio do sótão.


- Emma... Abre a porta. Por favor. - Ouviu a voz dela de longe.


Acabara de chegar ao telhado, descobrira aquele acesso aos dez anos, era seu lugar favorito. Gostava de ir ali para pensar, mas dessa vez seu propósito era diferente. Foi com todo o cuidado em direção da árvore do outro lado do telhado. Pisava manso sobre as pedras do mesmo. Saltou no galho e o agarrou, não fizera muito barulho. Desceu da árvore e saiu em disparada para algum lugar calmo.


"- HAHAHAHA... Completamente rejeitada!" - Estava odiando a voz daquela outrora conhecida ruiva em sua cabeça.
- Ah! Cala boca Zelena! Vai a merda, me deixa.


Correra para alguma direção longe da casa, mas o que aquela voz indesejada em sua cabeça disse, era a verdade. Acabara de ser rejeitada, por algum motivo, aquilo doeu. Seu coração apertou um pouco dentro do peito. Sentiu aquilo só mais duas vezes na vida, então entendera que foi algo muito importante o que acabara de acontecer. A primeira quando sua mãe tentava se explicar para ela logo após a morte de Zelena e a outra quando seu pai fora embora depois da prisão de Mary Margaret antes de reencontra-lo alguns anos depois na agência.


Caminhou até o seu cantinho favorito floresta a dentro, sabia que ninguém viria até ela, todos morriam de medo daquele lugar. "O lobo" assombrava aquele lugar de acordo com todo mundo. A história do lobo fora invenção dela e de Hansel. Em uma noite de Halloween na infância, os dois haviam se afastado demais das casas, e foram parar próximos da floresta. Uns machões que adoravam implicar com os dois desafiaram Hansel a entrar na floresta assombrada. Emma sabia que o loirinho era um tremendo medroso decidiu ajudá-lo. Aproveitou a deixa, ele havia se machucado e pedido por ajuda, Emma sabia que os machões não eram tão machões assim. Entrou na floresta para "ajudar" o amigo. Gritava chamando ele, que respondia para que ela pudesse encontrá-lo. A loirinha havia achado o amiguinho, estava com o joelho ralado, e parecia arder muito, tanto que a mesma tentou tocar, só que ele não deixava.


"- Você é um bobão!"
"- Me ajuda por favor."
"- Vamos assustar aqueles idiotas."


A garotinha carregava dentro de sua cesta um pote geleia que ganhara de Granny, abriu o pote e passou sobre o machucado de Hansel, que segurou o grito, estava bem dolorido. Aquela ideia era para que eles dissessem que um bicho feroz tivesse mordido Hansel e os idiotas deixassem eles em paz. Bom, deu certo. Os dois combinaram de Emma dizer qual bicho havia ferido Hansel e ele deveria se apoiar nela, gritar de dor e fazer cara de sofrimento.


Os bobalhões viram os dois correndo vindo em direção da entrada da floresta, claro que, não conseguiam tirar os olhos da perna do garoto. Não precisaram dizer nada, um uivo muito alto foi possível ser escutado. Todos os machões saíram correndo, abandonando os dois no local. Riram muito, muito mesmo, depois que os grandalhões saíram correndo. Os dias iam se passando e a história do lobo se espalhava com facilidade.


Lembrou disto e sorriu de lado. Era uma ainda feliz e cômica lembrança. Estava próxima do lago o qual estava acostumada a ficar perto, quando queria pensar. Não tinha nada de especial ali, era só um lugar que ela gostava de ficar quando não queria ser encontrada. Sentiu seu celular vibrar no bolso. Seu novo celular, já que o outro ela se livrara.


"Vovó" aparecia no visor. Encerrou a chamada dela e desligou o celular. Não queria ser encontrada, não naquele momento. Sentou no chão próxima de uma árvore. Encostou a cabeça no tronco da árvore quebrada. Queria pensar no ocorrido há uma meia hora antes. Há uns dias ela vinha sentindo vontade de dizer a verdade para Regina, sem restrições, gostaria de dizer com sinceridade para Regina tudo o que ela perguntasse ou não perguntasse. Era por aqueles motivos que ela não gostava de se abrir, ou dizer o que realmente estava pensando. Porque acreditara que sempre que confiava em alguém, acabaria se magoando. Seja ele quem for.


"- Emma, o que faz aqui querida? - Era a segunda vez que vinha até a casa de Zelena.
- Vim vê-la.
- Eu percebi. - Sorriu para ela.
- Posso ficar aqui com você hoje?
- Claro querida!"


Estava sentindo o cansaço abater seu corpo, tão cansado. Relaxou o suficiente para cair no sono...

"- Durma Emma! Durma!" - Odiava a voz de Zelena, mas a raiva que começara a sentir por se abrir daquela forma como fez com Regina há quase uma hora atrás era maior.



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