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História Guarda-Costas - Doce, doce Emma


Escrita por: DHWritter

Capítulo 24 - Doce, doce Emma


"- Vovó! Dói muito!" - Respirava com dificuldade.


Estava imersa em um mundo de pesadelos. E pela primeira vez em anos não conseguia acordar.


"- Emma, vamos pro carro, cadê seu avô?!"
"- Estou aqui, nós já vamos."


Tapara a boca. Se dera conta de que estava sentada em uma poltrona, como aquelas de cinema. Na verdade, exatamente como as de cinema, ela estava dentro da sala de um. As imagens de todas as coisas ruins que lhe passaram depressa na frente dos olhos. Estava com medo. Estava em pânico, pronta para sair correndo daquela sala de cinema.


"- Seja mulher uma vez na vida. E enfrente tudo de uma vez." - Sua imagem na tela do cinema conversava consigo.


Parou de se mexer na poltrona. A imagem voltara para o início de tudo aquilo. O pior dia de sua vida.


"- Vem por aqui Emma. - A ruiva já citada anteriormente, Zelena Gold Mills, chamara a mais nova para que a acompanhasse.
- O que você vai me mostrar hoje? - Emma a seguia cegamente, como uma patinha caíra.
- Vou te apresentar um amigo meu. - Seguia agora até o fim do corredor, com uma loirinha em seu encalço.


Ao chegar na frente de seu próprio quarto ficou esperando que a menina se aproximasse mais. Emma adentrara o quarto e viu um ursinho lindo sobre a cama, que provavelmente era de Zelena. Ficou tão encantada com o ursinho que foi entrando no quarto dela e abraçando o lindo bichinho de pelúcia.


- Gostou dele? - Perguntou ao ver a menina abraçá-lo.
- Aham.
- Se quiser ficar com ele, pode ficar. - Ela ofereceu o bichinho e o sorriso da loirinha veio de orelha a orelha.


Emma se sentou na cama para acariciar o bichinho."


- Sai daí. - Sentiu algo quente escorrer de seus olhos, eram lágrimas. A voz estava se embargando.


"Zelena viera se sentar ao lado de Emma, e em questão de segundos pousou uma mão sobre a coxa fina e magricela da loira. A menina sentiu a mão quente dela e sorriu um pouco sem graça, mas ainda sim um sorriso sincero. A mais velha subiu um pouco mais a mão, fazendo a pequena suspirar."


- Não, por favor. Eu não quero ver isso. - Os olhos cheios d'água e a voz embargada denunciavam toda a sua vergonha por ter permitido aquilo acontecer, e tudo por culpa dela. Ou a culpa que ela achava que tinha...


"- Você é linda Emma. - Confessou à menina que já não entendia mais a situação.
- Você também É Zelena. - A garota estava paralisada, não estava gostando daquilo, mas não conseguia parar a mais velha.
- Emma, alguém já te tocou assim...?"


Não estava mais suportando ver aquilo, sentia vergonha daquilo, se sentia despida de qualquer uma de suas armas: ironia, sarcasmo e o espírito de luta. Só restava a inocência, e ela não era o suficiente para combater a maldade de Zelena. Muito menos o que veio a seguir, depois de toda a perversidade por parte da ruiva, a mulher que por algum tempo antes "disso" ela admirara.


"- Você foi maravilhosa queridinha. - Disse no ouvido dela.
-..."


Assistira o próprio estupro de boca calada. O pior viera depois, um cara saiu da porta ao lado, o que parecia ser o banheiro daquela suíte. Ele estava coberto apenas por uma toalha. O que veio depois vocês devem imaginar. A agente não suportava ver aquilo, o choro de medo, se transformara em raiva. Como permitira que aqueles dois fizessem aquilo com ela, sem nem mesmo ter lutado.


"- Você foi perfeita Emma, deliciosa. - Aquela voz nojenta de Neal dissera em seu ouvido. A boca nojenta daquele ser a tomou pelos lábios delicados de bonequinha, como se acabasse de profanar um local sagrado. Se sentia suja, estava se sentindo um lixo, acabara de ser tomada contra sua vontade.
- Eu disse à você Neal.
- Agora eu quero você. - Os dois pervertidos se beijaram, enquanto ela se sentava na cama."


Pegou um objeto de metal qualquer que estava solto e atirou contra a tela. O ódio foi tão grande e ela não tinha ideia da outra espectadora na sala junto dela.


- Você já passou por isso, sabia? - A pessoa dizia calmamente enquanto comia pipoca, um balde enorme que pousava sobre seu colo.
- Quem é você?! - Era algo óbvio de se perguntar, julgando a familiaridade da outra pessoa na sala com ela.
- Oras, achei que você se olhava mais no espelho Emma. - Sorriu para ela com ironia.
- O que está fazendo aqui?!
- Eu sou o seu outro lado. - Respondeu se levantando da cadeira e derrubando sem se preocupar o balde de pipocas. - O sou o lado que você acha que morreu, e decidiu esconder de todo mundo. O lado que você protege, mas não conhece mais. O lado ferido que nunca se recuperou porque VOCÊ desse lado aí. - Gesticulava ao representar. - Acha que não sou capaz de me recuperar disso.
- Se você, sou eu, deveria saber que isso foi o que "nos dividiu". - Disse em volume baixo, mas enfática.
- E daí?! - Perguntou dando de ombros fazendo a outra loira se invocar e socar sua semelhante.


Ela não contava com que o seu próprio punho atravessasse a imagem de sua semelhante.


- Eu morri, não se esqueça. - Lembrou a Emma. - E foi você que me matou. - Tocou com vagarosidade o coração pulsante de sentimentos negativos. - Mas eu ainda vivo aqui dentro. - Tocou, batendo levemente com dois dedos o local. - Eu sou sua amiga Emma, você tem que confiar em você mesma se quiser melhorar.


"- Vovó! Dói!
- Oh meu Deus, está nascendo. - A avó procurava as chaves."


Já havia passado tanto assim suas lembranças?


"- Como irá chamá-lo? - A médica lhe perguntara.
- Eu não sei."


- Baelfire. Baelfire Swan. - Repetiu baixo agora novas lágrimas molhavam seu rosto.


[...]



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