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História Guarda-Costas - Naquela mesma sala


Escrita por: DHWritter

Capítulo 25 - Naquela mesma sala


Estava sentada no chão da "sala do cinema", chorava copiosamente como se o mundo nunca mais fosse ser o mesmo. Da mesma forma que chorou há anos atrás, o "filme" que passava na tela estava "pausado", sua outra eu, estava do seu lado. Chorou todos os anos que se encontrou seca.


- Emma, não fique assim...
- Eu não... - Sua voz embargada não conseguia se recompor para dizer qualquer coisa, nem mesmo um desaforo. - Não consigo enfrentar isso, é vergonhoso.
- Você tem um filho maravilhoso Emma. - A loira, seu eu do passado, sorriu para ela, mas a nova Emma, a que se encontrava em frangalhos, não pôde ver.
- Ele é meu irmão... - Não enxergava Baelfire como seu filho
- Não foi porque sua mãe assumiu a maternidade que ele deixou de ser seu filho...
- Ele é meu irmão, ele não suportaria saber que a mãe dele sou eu... - Sussurrou ao tentar respirar.
- Você tem que abrir esse coração, eu tô cansada de ficar aqui dentro escondida. - Tocou o ombro da de cabelos escuros. - Olha pra você, você pintou os cabelos, quebrou seus ossos com essa patética desculpa de que precisava se fortalecer. Você não é mais inocente, mas não é por causa disso. - Apontou em direção da tela. - É porque você cresceu, de forma errada, mas cresceu.
-... - Parou por uns instantes e fitou a sua imagem loira. - Eu não consigo acordar, eu não queria estar aqui.
- Eu precisei te trazer até aqui pra fazer você entender de uma vez por todas que eu não sou nada sem você e você não é nada sem mim, nós somos complementares. - Riu para a chorosa jovem Emma. - Não podemos ser extremas o tempo todo, não podemos ser sempre dessa forma. - Apontou para si. - E nem dessa. - Tocou o rosto dela, tentando enxugá-lo. - Vamos continuar vendo o filminho.


Emma continuou a assistir toda aquela trama. Seu receio em aceitar Baelfire, o julgamento final de Zelena, a desgraçada saindo impune completamente inocente das acusações, sua mãe sendo presa pelo homicídio de Zelena Gold Mills, a partida de seu pai David Swan, o ódio que desenvolvera perante toda a sua impotência, o mesmo sendo mal direcionado em sua mãe, Sua depressão, sua partida para a agência, sua inocência se dissipando de vez com a sua primeira missão. Todas as coisas que ela deveria assistir, todos os traumas que vivenciou, ela estava vendo novamente.


- Emma, tudo aquilo ali, já aconteceu. - Estava sentada lado a lado com a Emma nova.
- Mas é o que aconteceu que me preocupa.
- Eu amo você Emma, e você se preocupa comigo. Sei que é a forma que encontrou para expressar o que sente.
- Mas você, sou eu... - Riu sem humor, sem olhar nos olhos da outra.
- Amor próprio é tudo hoje em dia, sabia? - Riu para a morena.


Tocou o rosto da que chorava. Abraçou-a para que ela soubesse que poderia contar com ela.


[...]


O pesadelo/sonho fora interrompido ali. O rosto úmido e a aparente falta de ar denunciaram a veracidade de seu louco sonho. Não abandonara o lugar em que estava, apenas adormecera. Em poucos instantes uma imagem de Regina com uma expressão de poucos amigos surgiu em sua frente. Não houve hesitação, ela lhe puxou pelo colarinho e deu um tapa no rosto da garota.


- Você tem ideia de como eu, seu irmão e sua avó estávamos preocupados?!! - Regina parecia estar recém frustrada e muito irritada, disse aquilo entre dentes.
-... - Emma ainda estava assimilando tudo.
- Não vai nem mesmo pedir desculpas?
- Não. Eu não tive culpa de nada pelo que vocês decidiram fazer durante a noite e a madrugada. - Aquela afirmação parecia ter dúbio sentido.


A expressão raivosa de Regina deu lugar a uma confusa.


- Eu nunca tive... - Disse um pouco mais aliviada, tirou as mãos de Regina que seguravam seu colarinho. - E nunca terei... Nunca mais. - Agora Regina não compreendia mesmo.
- Do que você tá...? - Foi interrompida por uma Emma fujona, que agora nem mesmo dava importância para o que a outra falava, apenas se mandava dali.


Regina a seguiu e quando a alcançou, puxou a garota pelo ombro que virou e a encarou, aquela não era mais nem mesmo a Emma grossa que vivia implicando. Aquela era uma Emma possivelmente assassina. Seu olhar confuso de alguns segundos atrás havia se tornado algo sem vida em poucos segundos.


- Preste bem atenção Regina, você está na minha casa, fez da minha vida uma bagunça em menos de um mês. Te trouxe pro único lugar do mundo que eu me sinto segura, estou arriscando a vida da minha avó e do Bae com sua presença e a presença do Henry e da Grace, estou passando noites em claro reunindo provas para reverter todos os problemas que venho identificando com os depoimentos no telejornal, perdi meu avô, não posso mais confiar na agência. Olha, você acabou com a minha vida em menos tempo que eu sozinha fiz em oito anos! - Disse tudo de uma vez.
-...
-... Mas eu tenho meus motivos para isso, parece que esse pouco tempo com vocês aqui em casa me amoleceu muito mais do que imaginava, só que eu não posso permitir isto, eu fico muito exposta. A prova disto foi a noite de ontem. Há alguns dias venho sentido coisas que achei que não existiam. Senti vontade de te beijar, senti vontade de ir pra cama com você. Senti inveja da Ruby.
- Emma...
- Olha, não fala nada tá? Volta para a Ruby. Irei te poupar tempo perdido. - Com as pernas longas que tinha, fora fácil sair do campo de visão da juíza Mills.


[...]


"- Emma, não foi exatamente isso que imaginei que faria. Eu gosto dela." - Sua consciência parecia ser mais incômoda que a voz da ruiva desgraçada.


- Qual é a de vocês vozes na minha cabeça? E que história é essa de que gosta dela?! - Ouviu aquilo com curiosidade.


"- Vai me dizer que nunca viu nada de diferente nela?"
- ... - Emma estava indo para a estrada. - Como assim?
"- HAHAHA Emma, admita... Quando está com ela, você é outra pessoa..."
- Uma pessoa normal? - Limpava seus pés na estrada, estavam cheios de terra. - Você não está insinuando que eu...
"- Não disse nada." - A mesma ria, a voz de eco em sua cabeça era realmente irritante.
- Não, não mesmo.
"- Emma, ela se preocupa com você."


Pois não deveria. Era o que pensava consigo mesma indo em direção da cidade. Havia pegado uma direção diferente, só para não chegar tão rápido á sua casa, assim daria tempo de Regina sair, Henry também e se desse sorte só estariam Grace e vovó Swan.

Conseguiu ganhar quase uma hora para pensar em tudo que havia falado para Regina, percebeu que foi injusta com a mesma, a culpa não era de Emma, mas também não era de Regina. A mulher perdera o marido, quase perdeu o filho. Perdeu a credibilidade, está sendo caçada como criminosa sabe se lá o porquê.

Parou de caminhar em direção à sua casa, se sentia o pior vilão da galáxia agora. Falou até o que não era para falar. Sentiu algo muito ruim quando viu Ruby se aproximar da casa, ela parecia apressada. Se escondeu um pouco atrás de uma árvore. Sua avó saiu um pouco aflita de casa e Ruby logo lhe segurou os ombros, dizia algo que Swan não podia ouvir. A mulher pareceu relaxar um pouco.

A ex-loira sentia vontade de ir lá dar uns tabefes em Ruby, sua "amiga" por roubar a atenção de sua patroa e o desejo dela. Ao mesmo tempo reconhecia a sorte que a outra tinha, de a mesma desejá-la e querer estar sempre perto dela. O que Emma estava fazendo de tão errado, para que a outra não o fizesse também com ela?


- Emm's!! - Ruby havia a visto, mesmo escondida, tinha raiva por conta da boa visão da morena de mechas vermelhas. - EMMA! EU...! - Correu em direção da agente Swan. - Nós!... Nossa, tô fora de forma. - Riu ao depreciar-se. - Ficamos preocupadas com você, sua avó, eu, o Bae, a Re e o Henry.
- Re...? Já estão nesse nível de intimidade? - Por mais idiota que se sentisse por agir daquela forma, não conseguia evitar. - Eu tava na floresta... Tava... Um pouco chateada e perturbada. - Olhou para o céu, estava clareando, não parecia ser tão tarde.
- Emma. O que tá acontecendo com você? - Ruby perguntou confusa, portanto sem muita paciência.
- Eu estou atrasada. - Passou por Ruby esbarrando o mais forte que podia. - Vou tomar um café e sair.
- No mínimo deveria pedir desculpas à sua avó, sabia?
- Cala a boca, não se mete na minha vida, idiota. - Virou-se para a outra que arregalou os olhos para a garota.


Ruby abria e fechava a boca tentando dizer algo, mas não conseguia, não estava entendendo a hostilidade de Emma. Ela normalmente era mal-humorada, mas nunca disse nada que a insultasse na seriedade.


- EMMA! - Vovó Swan que assistia tudo isto não se segurou ao chamar a neta. - PEÇA DESCULPAS Á RUBY! AGORA! - Ficara cara a cara com a própria neta.
- Não vovó, não mesmo. - Disse mais baixo para a avó, ainda grosseira. - Nunca mais quero olhar pra sua cara, sua otária mal-amada. Podia no mínimo ter a decência de vir me dizer...


Passou para dentro de casa deixando todo mundo sem entender nada. Só que Ruby não deixou aquilo barato, passou pela avó de sua amiga e entrou na casa.


- Qual é a sua Emma?! Eu não estou mais te entendendo, em um momento você está bem, em outro parece o cão! Deus! Por Deus! Não te entendo!! - Gritou na cara dela.
- Isso não te interessa, Ruby sai da minha casa, você não é mais bem-vinda nela. - Rosnou tudo aquilo na cara da mesma.
- Emma, eu te amo cara. Você sabe que eu te amo, você sabe disso... Por favor, me diz o que aconteceu? Você nunca disse isso para mim.
- Sai daqui sua idiota, eu não quero mais você aqui! - Gritou com ela antes de subir para o andar de cima.


Ruby sem escolhas subiu também as escadas e correu atrás da amiga. Adentrou sem cerimônia, educação ou alguma consideração por qualquer que seja o móvel que ela danificaria com certeza com o empurrão que deu na porta do quarto em que Emma se encontrava. Puxou a outra pelo ombro e lhe tascou seu melhor beijo desentupidor de pia. Emma a afastou com rapidez. Emma retribuiu com a mesma intensidade. Em poucos segundos caíram na cama.


- O que você está fazendo?! Maluca! - Normalmente não reagia daquele jeito quando Ruby a beijava daquela forma.
- Você sabe muito bem que eu... - Encostou sua testa na de Emma. - Tenho olhos apenas para uma pessoa. - Olhava intensamente as esmeraldas de Emma. - Mas sei que ela tem olhos para outra pessoa. - Tocou o rosto de Emma. - Deixa de paranoia. -  Deu mais um selinho na mais nova.
- Sai de cima de mim Rubs! - Gritou com a outra, ficara corada com o que a mais velha dissera.
- Ela só estava dando o troco. Nunca ficamos bobona. - Deu um beijo na bochecha da mais nova.


Levantou da cama, mas antes de sair recebeu uma travesseirada nas costas.


- Como você...?
- Eu e o mundo já notamos o quão besta você fica perto dela. - Dá uma piscadela antes de sair do quarto.
- Eu não...
- Já sei! Já sei! - Gritou do fim do corredor para ela ouvir.


[...]


Já era quase de noite, estava onde costumava estar, mas desta vez não estava afundada em papéis como era de costume, estava imersa em pensamentos, todos eles envolviam Regina. Não conseguiu comparecer a consulta, ficara pensativa sobre tudo o que disse e o que estava sentindo. Tecnicamente, parecia que ela estava com... ciúmes?


- Emma... - Com toda certeza era Grace na porta do escritório. - Sou eu... A Grace. Podemos conversar?
- Entra. - Ajeitou-se na cadeira.
- Vamos continuar aquilo dos relatórios? - Grace perguntou hesitante.
- Podemos fazer isso logo, estou juntando alguns arquivos que encontrei, seria muito bom fechar logo as fichas. - Apontou a cadeira a frente de sua mesa.
- Onde paramos mesmo? - Grace estava até, um pouco mais animada naquele dia.
- Estávamos montando a ficha descritiva do meu tio Killian.
- Oh! Certo, quer continuar daí mesmo?
- Pode ser. - Fechou a porta atrás de si e se sentou na cadeira indicada anteriormente pela Swan mais jovem.
- Bom, o Killian é um cara estranho, ele... - Grace fora interrompida.


Maldito telefone. Sabia que sua avó provavelmente estava na cozinha, mas por algum motivo não atendia. Fez um sinal para que Grace esperasse, correu em direção a cozinha. Estava quase parando de tocar quando conseguiu atender.


- Alô. - Educadamente atendeu.
- Emma?... - Arregalou os olhos com aquela voz tão nostálgica.
-... - Não conseguiu dizer nada, nada mesmo, ia desligar...
- Espera Emma, sei que quer desligar... Não precisa dizer nada! Só me ouve, está bem? - O silêncio persistia. - Eu sinto muito sua falta querida, você se tornou uma linda mulher, sua avó me mostrou uma foto sua recente. - Dizia com felicidade. - Soube do que aconteceu, mas eu acho o mesmo que sua avó a respeito do seu avô. Eu... Eu... Faz tanto tempo querida, por mais que você me odeie, eu te amo.
-... Mary... - Ouviu um suspiro do outro lado da linha. - Vou chamar minha avó.
- Tudo bem querida.
- Vó! - Chamou pela mais velha que apareceu instantes depois, a mais nova entregou o telefone para ela. - É a Mary.
- Você pode chamá-la de mãe, sabia?
- Chamo de Mary, eu prefiro assim.


Deixou a vó na cozinha com o telefone. 


[...]


Novamente, eram onze e meia da noite. Estava sozinha, dormindo com a cabeça sobre a mesa completamente esgotada. Sentia-se só, e de certa forma aquilo não estava lhe incomodando quanto naquele último mês, pelo menos a voz irritante e insistente da ruiva não lhe assombrara mais.


"- Você, quer dizer, eu sou bem teimosa. Pelo menos não matou ninguém."
- Eu tô sabendo... Sabe, eu acho que substituição não é algo legal. - Disse como se conversasse com alguém que estivesse presente ali.
"- Como assim?"
- Tipo, a voz da Zelena parar e a sua não.
"- Você sabe que eu, sou você."
- Eu sei.
"- Então..."
- Eu sou bem irritante.
"- Pode ir dormir, eu não vou deixar a Zelena te incomodar."


Levantou-se da cadeira, decidida. Iria dormir mesmo. Verificou se a gaveta estava trancada. Tendo certeza saiu do escritório e foi até a cozinha, estava seca por um copo de refrigerante.


- Só um pouquinho, amanhã vou correr de novo. - Sorriu divertida.


Ao pisar os pés na cozinha, encontrou a figura preocupada de Regina segurando um copo de whisky. Ela estava diferente, parecia estar em transe, pensando em soluções para suas preocupações, cogitou Emma assim. Regina ainda parecia em transe, mesmo rolando os olhos em direção da agente.


- Boa Noite. - Era Henry que passava por Emma, ele parecia um pouco seco, nem brincara com Emma. - Atrapalho algo? - O ar parecia irrespirável, pesado. - Mãe, está bebendo? - O garoto agora notara aquela "quase" invisível garrafa de Whisky perto de sua mãe.
- Henry, sua mãe não está muito boa pelo que parece. - Emma tentou intervir.
- Olha se não é a Miss Obviedade! - Ironizou.
- Henry! - Foi um grito que chamou a atenção dos dois. - Vá dormir, agora! Amanhã partimos cedo. - Virou o resto da bebida de seu copo, de uma vez.
- Sim, senhora. - Respondeu contrariado passando por Emma, a encarando de forma que deixou ela profundamente confusa.


A mais nova sem entender virou-se para a mais velha, esperou que o garoto estivesse bem distante, para questionar a afirmação da outra.


- Que história é essa? - Não se segurou.
- Estou encerrando o contrato Emma, seus serviços não são mais necessários. - Seca, virou a garrafa dessa vez. - Volto amanhã para Boston.


Colocou a garrafa de whisky sobre a pia. E ia saindo da cozinha, não fosse a mão da garota segurar seu pulso.


- Por que? - Estava confusa.
- Eu destruí sua vida, você mesma me disse esta manhã. - Olhou nos olhos de Emma.
- Você prestou atenção em algo mais além disto?
-... - Ficou calada, até desviou o olhar das esmeraldas.


Emma ainda segurava o pulso de Regina, se aproximou mais da mesma, soltando o pulso dela segurou com as duas mãos o rosto da juíza Mills, os lábios entreabertos dela foram seu convite, cobriu os lábios dela com os seus, nada mais, sem língua, sem as mãos afobadas, sem a respiração pesada, somente os lábios colados. Por pouco tempo.


- Ruby me falou sobre... "vocês". - Deu ênfase.
- Emma...
- Deixa eu falar, eu não sou boa com essas coisas, literalmente sou bem melhor com ações. - Agora estava com a testa encostada na da mais velha.


Acariciara o queixo da mesma com o indicador e o polegar. Suavemente.


- Eu me importo com você. E acho que é um erro enorme meu me importar com você. Só que já está um pouco difícil continuar me enganando dizendo que você é só uma missão... Me desculpa por ser tão grossa, é que eu não sei ser de outra forma.


Emma não dissera mais nada, ela realmente não era muito boa com as palavras. Por sorte, Regina não se importara com a quantidade dita. Parecia que naquele momento as duas falavam a mesma língua. Que por falar nesta, já estavam brigando por espaço em suas bocas ao trocarem um beijo ardente. E para a surpresa das duas, quem agora estava comandando era Regina. E quem comandava Regina era o álcool e os seus hormônios. Claro que só dois deles sentiam falta do calor de Emma Swan. Emma estava sendo pressionada contra as barras de segurança da escada, na sala de estar da matriarca Swan.


- Emms... - Gemeu contra os lábios dela, a mais nova.
- Sempre odiei esse apelido de merda. - Rosnou ao tentar capturar os lábios da latina.
- Então te chamarei assim. - Sorriu ao desviar da investida da maior.


A morena mais nova agora segurava a cintura da juíza de forma possessiva. O beijo então, nem se fale. Uma das mãos subiram para as costas da latina. Com um movimento rápido e calculado, Emma tomou Regina no colo a fazendo soltar um gritinho de surpresa.


- Você é forte.
- Já te carreguei de porre até a cama. - Confessou à morena mais velha. - Você disse a mesma coisa.
- Você fala demais, sabia? - Riu ao se segurar no pescoço da garota.


[...]


Colocou Regina na cama, mas se lembrou da porta. Não alcançou a porta por conta das mãos rápidas da latina que lhe puxaram para a cama, com movimentos desajeitados, conseguiu ainda ficar por cima, sentada sobre Emma.


- Hoje quem manda sou eu. - Sorriu puxando a garota suavemente pelos ombros.


Deixou suas mãos escorregarem pelas costas dela ao voltar beijá-la, claro, cheio de segundas intenções o beijo. Puxou a camiseta desta a fazendo rir baixo, e sem pressa desabotoar os botões da camisa da sua patroa, deu de cara com um sutiã azul maravilhoso. Um azul marinho bem vivo. Estava enfeitiçada que não viu a sua patroa desabotoando sua calça.


- Vai ficar só olhando Emms? - Provocou com as duas mãos segurando o seu pescoço e a boca no pé de seu ouvido.


Emma sentiu seu corpo se inflamar por dentro com aquela voz conhecida de sua desejável e desejada patroa. Suas mãos pousaram nas coxas torneadas da latina, subindo continuamente até chegar abaixo dos seios.


...


POV Emma


Não que eu nunca tivesse feito aquilo, mas parecia algo tão inédito, parecia quando eu e a Lucas transamos, nunca confessei, mas nossa primeira vez foi algo tão inesperadamente bom. E agora, era incrível ver aquela mulher tão admirável e linda sobre mim. A gente já havia feito sexo, e as outras duas vezes também foram ótimas. Só que agora ela sabia o efeito que ela fazia em mim. Não consigo pensar como essas adolescentes malucas, sobre o amor, a paixão e essas coisas. Até porque nunca senti isso, a pessoa mais próxima de especial que tive dessa maneira foi minha amiga Ruby. Amar eu não a amo, mas como eu disse eu me importo com ela e isso parecia ser o suficiente para fazer meu peito inflamar e o coração disparar. Ou talvez sim, só não sei reconhecer.


Os olhos dela me desarmam. Como se eu fosse um soldado e ela uma criança inocente e consciente do que eu posso fazer. Mesmo sabendo disso, com toda sua coragem para em minha frente dizendo que eu devo parar. Deus! Eu tentei mesmo afastar essa mulher de mim?


- Você ainda está aí? - Perguntou-me com aquele sorriso que consegue me deixar completamente sem graça.


Observei-a sumir do meu campo de visão vindo até meu pescoço. Senti sua boca percorrer todo aquele pedaço. Senti quando sugou minha pele. Não me importo que me marque, ela não. Um gemido me escapou, o que parece ter a incentivado. Eu era uma caçadora, que havia virado a caça. Não percebi até que a senti chocando seu corpo contra o meu, suavemente. Eu estava completamente entregue. Deixando ela fazer o que quisesse comigo. A boca dela percorreu o caminho até meu colo.


...


A latina estava sobre o corpo esguio de Emma, observando todos os possíveis sinais que a garota desse.  Estava inclinada sobre a mais nova, sua mão que pousara recentemente no abdômen dela subiu, até alcançar o seio direito. Só que sua mão adentrou o tecido justo ao corpo dela, possibilitando um contato mais íntimo com toda a maciez da pele de Emma. A mão morna sobre a pele deveras ainda fria fez a agente sentir arrepios deliciosos que chegaram em seu sexo em forma de formigamento. A mão habilidosa de Regina com certos cuidados bolinava aquela área, enquanto se inclinava para mais um beijo. A garota estava adorando Regina lhe acariciar. Sentiu as duas mãos de Regina lhe acariciarem por debaixo do tecido.

Emma rapidamente alcançou as costas e soltou a peça, Regina apartou o beijo para poder tirar a peça da garota. Antes que pudesse tocar Emma, a mais nova de cabelos escuros, abriu o zíper da saia que a juíza Mills usava, e sem demora algumas e com um pouco de ousadia, deslizou o tecido da mesma por cima de seus dedos que tocavam a pele morena diretamente, o que só aumentava a temperatura corporal de Regina.

Regina notando a "pressa" da moça sem rodeios tirou seu próprio sutiã e já foi retirando, mal saindo de cima da outra, sua calça já aberta. A única peça que separavam seus corpos de um contato íntimo e direto, eram suas calcinhas. Cada uma de uma cor. A de Regina era uma azul marinho, fazendo conjunto com seu sutiã, já a de Emma era uma de cor completamente diferente de seu sutiã. Não fosse a excitação de Regina, ela acharia aquilo um pouco broxante. "- Pelo menos não é de gatinhos..." Pensou consigo mesma. Ficou entre as pernas de Emma novamente, mas agora Emma tinha ideia do que causava a Regina, assim como Regina sabia o que causava em Emma.

Ambas tinham suas peças íntimas levemente úmidas, algo completamente normal, a única coisa não normal, era Emma estar permitindo Regina dominá-la e ela não fazer nada a respeito disso. Claro, não houve  tempo para mais questionamento, Regina voltou a chocar seu sexo contra o de Emma, não bruscamente, mas de forma suficientemente sensual e prazeroso. A garota podia jurar que só aqueles movimentos gostosos eram o suficiente para fazê-la gozar, mas como estamos falando de Regina.


- Emm...
- O quê? - Perguntou desanimada ao não sentir mais os movimentos gostosos entre suas coxas.
- Eu quero te tocar... - Disse muito próxima da boca de Emma, a ex-loira estava tão enfeitiçada que não notara que consentira com o menear da cabeça.


Regina agora lhe olhava de cima, enquanto sua mão descia para o sexo de Emma, acariciou por cima da calcinha, vendo a boca da outra abrir e fechar mantendo sempre entreaberta. Uma mão muito habilidosa, Emma admitia. Regina ao confessar implicitamente suas "habilidades" há algum tempo, não podia fazer a agente imaginar que fosse algo tão... Maravilhoso. A garota segurava o braço que mantinha o equilíbrio de Regina sobre ela, que estava ao lado de sua cabeça. A visão dos seios de Regina estavam lhe tirando o fôlego, foi quando abocanhou um, interrompendo momentaneamente o movimento circular de Regina em seu sexo ainda por cima do tecido.

Os dedos da juíza Mills por pura espontaneidade adentraram o tecido da calcinha da outra e ao conseguir contato direto com o clitóris de Emma, pôde constatar que a jovem muito molhada. Sentiu a mesma mordiscar mais forte seu seio, quando um dedo adentrou a cavidade. A sensação de seu dedo sendo "engolido" pela vagina da mais nova foi muito prazerosa. Uma coisa é você se masturbar, por mais que seja prazeroso, você proporcionar o mesmo prazer que você se proporciona a outra pessoa, é infinitamente mais prazeroso e saudável para o ego. Sentiu Emma arquear levemente, mas antes de qualquer coisa, voltou a beijá-la, não ficou apenas nos lábios, já foi buscando a língua de Emma, a chupando no mesmo ritmo das estocadas.

Swan se surpreendeu ao sentir um segundo dedo lhe adentrar tão repentinamente. Por mais que aquela sensação lhe fosse familiar e desagradável, ao se lembrar que Regina era quem estava lhe possuindo daquele jeito, logo esquecia. A agente abrira mais as pernas ao sentir um certo "fogo" lhe consumir por dentro. Era dolorido, mas só de pensar que aquela mulher estava "dentro" dela, o prazer já vinha dominar aquela mulher selvagem. Sua língua ia ficar dolorida de tanto a outra chupá-la. Se achara que antes era o suficiente para gozar, agora então era mais do que o suficiente.

O gemido baixo de Emma incentivava Regina a continuar. Sua frustração lhe atingiu ao não sentir mais os dedos Regina dentro dela. Olhara confusa para a mais velha que ainda estava sobre ela, mordendo de forma, muito sensual, o lábio inferior. Via a mesma encarar com uma quase adoração os dois dedos que estavam dentro de si segundos antes. Ela brincava com aquela lubrificação em seus dedos. A moça estava corada, de excitação, sentiu corar mais ao ver a mais velha chupar os próprios dedos, provando o "sabor" de Emma.

Regina vira aquilo em filmes pornôs do gênero, a parceira que estava comendo a passiva provar do "sabor" da outra. Não se arrependera de tê-lo feito, não era nada do que aqueles "romances" citavam. Não tinha um sabor de fruta, nem nada do gênero, mas havia uma certa peculiaridade que ela tinha certeza que se estivesse vendada e provasse o mesmo gosto, saberia dizer que era de Emma, ou melhor, que era Emma. Alguma característica particular, o gosto era particularmente algo que misturado ao aroma da pele de Emma, tornava-se um sabor único.

Ao ver SUA garota tão corada daquela forma e ofegante também, permitiu-se olhar para baixo explicitamente excitada. Iria provar o gosto, direto da fonte. Inclinou novamente e agora mordiscava o abdômen de Emma. Não estava mais sentada sobre a ex-loira, agora estava entre as pernas dela. Lambeu a extensão do abdômen até o ventre da mesma, antes de dar continuidade, olhou para a mesma nos olhos e sem abandonar seus olhos, que agora pareciam conectados, foi tirando a calcinha com os dentes mesmo. Na verdade não chegou a tirar, só o suficiente para que sua boca pudesse alcançar o sexo da mesma. Como queria ter o máximo de acesso possível à ela, levantou as pernas de Swan, mantendo as duas pernas na posição vertical. O pouco espaço que tinha entre as pernas de Swan, devido a calcinha, foi aumentado ao tirar esta.

Não deu chance de protesto, já foi "caindo de boca" na Swan. O que não passou despercebido por seus olhos cor de chocolate, conseguiu ver Emma segurar os gemidos mordendo os lábios e agarrando os lençóis com força. Não era nada especial, ela dava "beijos" lá em baixo, as vezes fazia com o clitóris de Emma o que fez com a língua dela, o que deixava Swan louca de tesão.

Soube que Emma estava perto de gozar ao sentir seu cabelo sendo puxado com um pouco de força por parte da agente, a mesma não conseguiu conter o gemido, que saiu mais alto que o esperado. Os espasmos causados pelo prazer não atrapalharam a boca sedenta de Regina lhe chupar por mais algum tempo.

A respiração difícil e o coração acelerado lhe fizeram crer no ocorrido, estava satisfeita com o sexo gostoso que Regina fizera com ela. O beijo que estava acontecendo naquele instante que Regina ficara por cima dela de novo, só que agora era calmo. O coração no peito de Emma parecia acalentado. Uma sensação de paz lhe tomou.


- Emm, agora estamos empatadas. - Regina sussurrou com um sorrisinho besta nos lábios.
-... - Encarava o teto do quarto, não havia ouvido a provocação de Regina.
- Ei, Emm... - Chamou a atenção da mais nova.


Swan olhou agora nos olhos levemente preocupados de Regina e sorriu para ela, um sorriso que poucos conseguiam tirar verdadeiramente dela. A mão esquerda ajeitou atrás da orelha uma mecha insistente de Mills, puxou a outra pelas costas para beijá-la.


- Obrigada. - Confessou ao se virar na cama.


Retirou com cuidado a calcinha de Mills. Sem delongas comeu a juíza da mesma forma que ela havia feito consigo. A mais velha gozou tão intensamente quanto ela.


...


Emma estava em paz, deitada em seu colchão macio, pela primeira vez em todos estes anos permitiu que alguém lhe tocasse da mesma forma que o fazia. E secretamente desejava que isso se repetisse sempre, e somente com ela...



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