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História Guarda-Costas - A C.I.S.N.E vence


Escrita por: DHWritter

Capítulo 4 - A C.I.S.N.E vence


[...]


– Bom Dia Regina! - Ajeitava sua habitual gravata borboleta, desta vez branca. - Parece que a noite foi boa. - Sorriu para a patroa.
– Glass, o que acontece entre meu marido e eu é da nossa conta. Concorda? - Regina perguntou com claro sarcasmo.
– Claro que é Regina. Vamos aos negócios hoje, parece que o prefeito espera pela senhora no gabinete dele. Podemos ir? - Sidney agora perfeitamente arrumado, tomou o relógio de bolso e notou que eram dez para as sete daquela manhã de sexta-feira.


Estava para sair, quando se lembrou do combinado da noite anterior.


– Glass, me diz uma coisa. A garota vai estar a postos às sete. Devemos esperar ou vamos agora mesmo?


Sidney entregou a caixinha da noite anterior nas mãos da prefeita.


– Tomei a liberdade de entrar em seu escritório e pegar a encomenda. Como sei que a senhora é igualzinha a seu pai no quesito memória, achei melhor.
– Você é uma graça de pessoa Sidney. - Fez uma careta desdenhosa para ele.
– O Sidney já está lhe enchendo a paciência querida?


Daniel surgiu com dois copos de café, um para Regina e o outro para o próprio Glass. Beijou a testa dela.


– Tenho que ir para a empresa agora querida, gostaria de ir com vocês, mas imagino que vocês estão bem ocupados. - O mesmo foi em direção da pasta que havia deixado próxima da estante. - Já sei o que vai falar, sou um desordeiro, dou mal exemplo ao Henry sobre organização, mas eu revidarei isso com relação à sua papelada no escritório.


A juíza ia revidar o comentário desaforado do marido, quando seu filho surgiu. Não dizendo nada apenas abraçou o garoto e deu um beijo na testa da sua cópia masculina. O garoto apenas apertou a mãe no abraço.


– Vamos garotão?! - Daniel o chamava assim.
– Vamos Daniel. - O garoto respondeu se soltando do abraço da mãe. - Mãe, hoje é dia de reunião na escola, você vai ou o Daniel vai?
– Posso ir se quiser Gina. - Daniel só ajeitou sua gravata melhor, antes de tomar a sua maleta novamente.
– Eu vou com certeza. Dan! - Chamou o marido que já ia levando o garoto com ele.


O rapaz se aproximou da morena que o abraçou pelo pescoço. Ela se aproximou do ouvido dele toda sedutora o que o encabulou um pouco.


– Obrigada pela massagem, meu corpo agradece.– Agora olhou nos olhos dele que estava realmente encabulado. - Agora vai, porque tem um adolescente dentro do seu carro. Sabe como ele ultimamente está impaciente.
– Eu sei. - Sentiu vontade de beijar sua mulher, então o fez. O que a surpreendeu positivamente. - Que foi? Não posso beijar minha esposa?
– Pode com certeza. - Ela retribuiu com um selinho.


Soltou-se da esposa e ia se afastando quando sentiu alguém lhe dar um tapa no bumbum. Regina estava abusada. Mas gostava disso.


– Que foi Glass? É meu marido, homem! - Pegou os pontos e os colocou como na noite anterior.


O engomadinho deu de ombros. A juíza tocou o ponto, enquanto dava um gole em seu café.


– Swan? - Regina deu mais um gole no seu café. - Já alçou vôo? - Perguntou divertida.
– Estou de prontidão Mills.– Tenho uma ótima visão daqui. – Está muito elegante senhora.– Sorriu com o comentário da moça.


Glass notou o sorriso e consequentemente também sorriu, não de ironia, mas de satisfação. Não sabia, mas sentiu que aquela garota seria bem importante, não só para ele, coisa que não importava, mas para sua patroa. Ele não podia ouvir o que a Swan dizia para a morena, mas sabia que devia ser algo bom.


– Swan não sei como, mas eu vou para a prefeitura, se você aparecesse eu lhe daria uma carona, mas Glass disse que você não aparece para seus clientes. - Provocou. - Você tem medo que eu ria por você ser apenas uma garotinha? - Provocou mais.
– Cuidado senhora Mills... – A mesma pareceu um pouco séria para Regina, mas escutou uns barulhos estranhos, como se a mesma estivesse destravando algo, e parecia ser pesado, ouviu a garota arfar. - Garanto que 'garotinhas' não fazem coisas que eu faço.– No fim das contas a mesma riu baixo, Regina novamente riu.
– Cuide de mim por favor. - Pediu baixo em tom brincalhão.
– Não precisa nem pedir. - Outro barulho parecido com aquele.


[...]


Observava a cidade por trás daqueles vidros blindados, na companhia de seu empregado Sidney Glass, o engomadinho. O homem que lhe acompanhava sacou seu relógio de bolso e notou como estavam bem adiantados.


– Regina, não acha que até mesmo para você estamos muito adiantados? - Questionou guardando o objeto no bolso novamente.
– Senhora Mills, pergunte a ele em qual sala exatamente vocês estarão.– A jovem pediu com sua entonação genérica.
– Glass, o prefeito nos receberá em qual sala?
– Agente Swan, creio que a recepção será interna. - Enfatizou para a jovem que para Regina pareceu bufar.
– Obrigada Sidney.


Regina ficou sem entender o porquê daquilo tudo. Virou-se para Sidney esperando que ele dissesse algo. O mesmo apenas cruzou suas pernas, tornando olhar para a vista das ruas. O que a fez também virar-se para a vista a frente do vidro. Um freada bruta de seu Mercedes a fez acordar.


– Desculpe senhora, uma mulher passou na frente do carro.


A mulher quase foi atropelada pelo motorista de Regina. A mulher gritou umas obscenidades para eles, mas seguiu em frente.


– Tudo bem Graham. - Regina se recompunha.
– Senhora, está tudo bem?– A garota estava calma.
– Sim. Só uma maluca que atravessou na frente do meu motorista.


O silêncio novamente.


– Você é daqui Swan? Boston? - Regina queria conhecê-la um pouco, já que ela não se mostraria para ela.
– Não entendi senhora Mills.
– Perguntei se é daqui.
– A pergunta eu entendi, não entendi o sentido dela.– Perguntou com leve curiosidade.
– Já que eu não poderei vê-la, gostaria de conhecer você um pouco, afinal você agora é minha guarda-costas.


Sidney olhou estreito para a patroa.


–... - Um silêncio mortal.– Não creio que seja relevante minha origem de nascimento senhora.– Foi direta, seca, mas direta.
– Essa foi a "patada" mais elegante que já recebi na vida Swan. O meu último guarda-costas era mais sociável, sabia? - Provocou com tom irônico.
– E veja onde ele está. No cemitério St. Louis, lote 4, lápide 15. Só mais uma estrela no mural de agentes do Serviço Secreto.


Regina abriu a boca surpresa, ficou muda. A guarda-costas tinha razão, era muito arriscado. Decidiu ficar omissa, encostou a cabeça no vidro. Cruzou as pernas e apoiou as mãos nos joelhos.


– Maine.


Sorriu mesmo ainda pensante. O menino Alladin falecera há algumas semanas, o que sabia era que ele era aprendiz de Glass. Um rapaz muito engraçado, bem espirituoso. Uma criança, não fosse o fato de ser um ótimo guarda-costas que estava sempre a postos com duas 9mm's. O comentário de Swan a fez lembrar da moça que chorou sobre o túmulo dele. Jasmine. Era uma garota que parecia ser a namorada dele.


– Pelo que sei você também.– Comentou Swan.
– Você sabe tudo sobre mim mesmo, é? Eu acho que você sabe mais sobre mim do que meu marido. - Comentou inocente.
– E isso é ruim?– Ouviu a pergunta, mas teve que sorrir.
– Não necessariamente.


[...]


Como em todos os lugares que frequentava, seus seguranças vinham na frente. Dois iam na frente para fazer a "varredura" e dar o sinal para a juíza adentrar. E logo depois, vinham a morena acompanhada por Glass e mais dois seguranças, os dois últimos enormes.


– Que exagero Mills, esses caras todos para quê?
– Segurança. - Disse baixo o suficiente para que só Emma ouvisse.
– Você não precisa desses caras todos, só o Glass dá conta deles.– Regina queria rir, mas não podia.
– Senhora Mills, o prefeito ainda está ocupado com alguns assuntos, mas logo estará livre e poderá atendê-la, por favor, poderia me acompanhar.


A latina fez um sinal para seus homens que significava "relaxem, já volto". Os seus brutamontes foram em direção da porta que sua patroa adentrou e os outros dois para a entrada da prefeitura. Glass como sempre a seguiu. Os dois adentraram o hall de espera do prefeito.


– Senhor Glass virei avisar-lhes pessoalmente para poderem subir. - A recepcionista se aproximou de Mills. - Gostaria de algo para beber?


Regina ficou presa aos olhos da moça. Que olhos mais brilhantes. Teve muita dificuldade para responder, seu empregado assumiu.


– Por favor dois cafés. - Sidney olhou bem a moça, a recepcionista, permitiu rir.
– Claro.


Retirou-se da sala. Regina observava a moça sair da sala. Aqueles olhos, ela nunca esqueceria daqueles lindos olhos verdes. Aquelas madeixas loiras. Os óculos um pouco caídos e o fato de ela ser mais alta a fez parecer um pouco imponente.


– Nunca havia visto aquela mulher por aqui. - Regina comentou sem fôlego ainda.
– Talvez. - Ele voltou a rir baixo. - Ela seja nova na equipe.



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