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História Guarda-Costas - É hoje!


Escrita por: DHWritter

Capítulo 7 - É hoje!


[...]


1 semana mais tarde...


- Eu odeio vocês dois, o Sidney por estar certo e você por ter conseguido ficar uma semana Swan. - Dizia para a moça que lhe ditava tudo nos ouvidos.
- Trato é trato Senhora Mills. - Pela primeira vez ouviu uma risadinha não abafada pela sua segurança.
- Devo preparar minha melhor gravata esta noite. - Sidney pomposo e convencido fez Emma rir do outro lado da escuta. - Porque hoje jantarei com a mais bela mulher do mundo. - Ajeitou sua gravata borboleta rosa.
- Só não o despeço, porque se fizer isso... Ficarei muito só. Swan não aparece PARA OS CLIENTES. - Reclamou alto para a moça que estava do outro lado da escuta.
- Eu estou fazendo meu trabalho com perfeição, então não há problemas em minha omissão.
- Swan, você me conhece muito, é pedir muito para lhe ver? - Regina quase implorava.


O silêncio mortal do outro lado lhe assustou.


- Swan? Swan? Será que o sinal caiu? - Regina olhou confusa para Glass que deu de ombros.
- Mãe! - Ouviu a voz vindo de longe. - Ô mãe! - O bateu na porta, mas nem esperou resposta e já foi entrando. - Ih! Desculpa aí! Boa noite Senhor Glass. - O homem mais velho sorriu para o menino.
- Que modos são esses Henry? Não lhe criei assim! - Uma coisa que a juíza não permitia era falta de educação, principalmente dos seus homens, tanto Daniel quanto Henry. - De novo.


O garoto rolou os olhos e preguiçosamente virou-se para voltar para a entrada. O fez, e logo bateu novamente na porta já aberta.


- Posso entrar mãe? - Fez de debochado.
- Pode. Boa Noite querido!
- Boa noite mamãe. - O mais velho riu abafado e recebeu um olhar ameaçador da patroa. - Queria pedir uma coisa. Posso pedir?
- Pode sim querido.
- Queria sair com a Grace. - Pediu já ficando um pouco vermelho. - É a menina que eu gosto. - Sorriu um pouco sem graça.
-... Henry, porque você não convida ela para vir em casa? - Perguntou após respirar bem fundo.
- É que eu já comprei os ingressos mãe, por favor. - Pediu o rapaz, ele estava se preparando para ajoelhar. - Por favor mãe! Eu juro que depois disso, só saio para a faculdade. - Ele ajoelhou e fez aquela carinha de cachorro, que só ele sabia fazer.


Daniel entrou neste momento no escritório da mulher e viu aquela cena, estreitou os olhos enquanto andava lento para o lado oposto do garoto.


- Dan! Volte agora! - A mesma exigiu, o garoto foi menos invasivo com sua entrada do que o marido.


O marido dela foi mais infantil, chutou o ar e voltou para a porta. O garoto Henry baixou suas mãos e olhou para a porta. Daniel bateu na porta todo largado.


- Posso entrar querida? - Extremamente mais debochado que o garoto.
- Claro! Estou com saudades! - Estava mesmo, quase não viu o marido aquela semana.
- Eu também, estava... - Recebeu um olhar dela de como se dissesse: "COMO ASSIM? ESTAVA?" - Calma querida, acabo de matar minha saudade só de olhá-la. - Olhou de novo para o garoto. - Henry, porque está no chão? Sério? Isso me intriga.
- Mamãe vai dar seu veredicto agora.
- Querido, seus argumentos são insuficientes para que a resposta que você deseja ouvir seja positiva. - Regina entrou na brincadeira do filho.
- Protesto! - Daniel se meteu. - A senhora juíza está conduzindo a vítima.
- Oh!... Você é o advogado de defesa dele? - Perguntou a senhora Mills se levantando e sentando sobre a mesa olhando desafiadoramente para Daniel que deu seu melhor sorriso sacana.
- Claro, Daniel Mills se apresenta para a corte. Meu... Pobre cliente. - Aponta dramaticamente para o garoto que fez uma cara de coitado que quase fez os dois rirem. - Fez um pedido simples para a mãe, não é mesmo Henry? - Viu o garoto acenar positivamente. - Pode repetir o pedido.
- Oh... - Aquele momento dramático em que ele faz-se de coitado jogando parcialmente a cabeça para trás e coloca o antebraço sobre a testa. - Mãe, deixe-me sair com a garota que gosto hoje a noite, comprei os ingressos para o cinema.
- Vê senhora?
- Isto é um caso de Saída Premeditada sem permissão. - Contornou os dois. - Um crime grave, pode resultar numa, não saída.


Glass decidiu sentar-se em uma cadeira e ficar a observar os três interagindo. Daniel vendo que perderia, ajoelhou no chão e cochichou no ouvido do garoto algo, o fazendo juntar as sobrancelhas.


- Que gaveta secreta do guarda-roupa?
- Gaveta alguma! - O desespero estampou no rosto da mulher, o que fez Sidney também ficar curioso e Daniel começar a rir. - Você tem o tempo do cinema, mais meia hora de saída livres, dois seguranças e um carro.
- Santa Gaveta! Daniel que gaveta é essa? - O garoto agora queria saber que gaveta milagreira era essa que a mãe liberou facilmente.
- Gaveta nenhuma, é bom você sair imediatamente do escritório! Sidney, para o carro. E você, seu... - Apontou para Daniel.


Sidney saiu do escritório num pulo, acompanhando o garoto. Regina deu uns tapas no seu marido que só ria, reclamava dos tapas, mas só ria. Abraçou ela quando pôde ainda rindo dela.


- Me solta! Vai dormir lá fora seu...!!
- Ah é? E quem vai te esquentar a noite hein?! - Com um sorrisinho sacana irritou mais ainda sua esposa.
- Eu contrato um garoto de programa. - Agora parecia só brava com o seu marido. - Ou uma garota...
- Hum!!! Uma garota? - Brincou o rapaz. - Vamos brincar nós três é? - Disse no ouvido dela.
- Não, só eu. - Provocou ainda brava com o rapaz. - Você só observa.
- Sabe que eu sou um praticante da arte do voyeur querida? - Abraçou a cintura. - Claro que sabe, não é?
- Sei. - Agora menos brava. - Tenho um encontro hoje. - Comentou agora olhando para ele.
- Hum!!! Eu o conheço?
- Não é ele. - A mulher agora baixou.
- Hum!!!!!! E eu conheço ela? - Agora estava todo curioso. - Quero conhecer ela.
- Você deveria ser um marido que diz: "Como assim mulher? Eu sou seu marido!" - Fez sua voz genérica de deboche masculina.
- Tá bom. - Fez uma pose de machão. - COMO ASSIM MULHER?! EU QUERO SABER QUEM É ESSA AÍ!!! E SE ELA TIVER UM AMIGO BONITÃO ME APRESENTA. - Desfez a pose de machão e riu junto com a mulher. - Pronto?! Feliz? Foi bom pra você? - Perguntava ainda rindo para a mulher.
- Você é o melhor marido do mundo, sabia? - Beijou-o nos lábios.
- E você é a única mulher no mundo que eu amo como mulher. A única. - A abraçou agora de frente. - A mais bela. - Ergueu a mulher no ar e a fez enlaçar sua cintura, a olhou nos olhos.- A única que me dá tesão de verdade. - Beijou o pescoço dela. - A mulher mais incrível que existe. - Segurou as mãos dela. - Uma mulher tão incrível que na noite de núpcias dela, pediu várias taças de sorvete pro garoto assustado, que nunca havia estado com uma mulher na vida, seu marido. Abraçou ele na hora de dormir e... - A esposa o olhava com paixão. - Disse que ia cuidar dele, prometeu que o faria feliz da melhor maneira possível. E ela conseguiu. - Beijou a mulher agora com paixão. - Ele a ama, da maneira torta... Quer dizer, MUITO torta, mas ama. Eu te amo Regina Mills.


[...]


Regina observava-se no espelho da cômoda, estava satisfeita com o que via? Claro que estava. E não era para menos. Estava deslumbrante. Uma linda mulher. Observou pelo espelho mesmo seu marido adentrar o quarto.


- Gina! Você está linda! Queria saber quem é a sortuda que vai ter a companhia da minha linda mulher. - Estava realmente curioso.
- Nem pensar. Você pode caçá-la depois e fazer amizades com ela talvez.
- Senhora Mills, já estou em posição, estou indo para o restaurante, vou limpar o perímetro.
- SWAN! - Assustou-se, desde tarde não havia se anunciado.
- Swan? Quem é Swan? - Daniel curioso perguntou.
- Er... Bom, se eu te contar vou ter que te matar querido Dan. Então, esta é a única coisa que eu nunca poderei lhe dizer. - Sorriu e lhe deu um selinho.
- Okay! Depois nós conversamos... Agora, eu vou lhe dar uma coisa que deveria ter lhe dado há algum tempo. - O mesmo tirou de suas costas uma caixa mediana.
- Oh querido! Não era necessário. - A mulher dizia isto, mas por dentro estava muito curiosa para saber o que ganhara do marido.
- Você me disse que queria de presente... - O homem abriu a caixa. - Confesso que no dia seguinte voltei na loja e comprei.


Ele realmente era perfeito. Nunca se esquecia de nada relacionado a ela, uma gargantilha linda que havia se apaixonado. Uma gargantilha que tinha como pingente uma coroa. Cravejada de brilhantes. E o melhor estava dentro da coroa.


- Fui abusado eu sei. - Disse ao ver a esposa rir baixo ao ver o que havia dentro.
- Meus tesouros. - Observava a foto de seu marido e a foto de seu filho. Deu beijo em sua bochecha.
- Você já está pronta? A Madge está tendo trabalho para conter o Sidney. - Riu com a esposa contidamente. - Devo dizer que já vai descer?
- Se você puder...
- Claro. Você está linda. - Se aproximou do ouvido dela. - Como sempre está, linda, caliente.


Recebeu um tapinha no peito por parte da esposa que só o fez rir. O rapaz ao sair do quarto, deixou a mulher feliz, como ele sempre fazia. Sua vida era perfeita, mesmo com todos aqueles problemas. Ela era perfeita. Olhou para o teto pedindo a Deus que nunca a deixasse acabar, que fosse sempre daquela forma. Mesmo que significasse ter que acobertar seu marido, regular as saídas do filho e viver rodeada por seguranças.


- Ela disse que horas chegaria? - Emma novamente na escuta. - Só para eu saber.
- Às oito Swan. - Repetiu.
- Regina, tem certeza que é boa ideia deixar o Henry sair hoje?
- Tenho sim, ele gosta da garota. Só hoje. Depois só sai para a faculdade como ele mesmo disse.
- Tudo bem. Só por precaução vou ficar de olho nele.
- Como assim Swan? Vai me abandonar? - Falou em tom brincalhão dramático.
- Não. - Ela estava seca, bom, mais do que de costume. - Regina, sabe, eu não acho uma boa ideia.
- Ele vai estar com os seguranças. - Garantiu Regina.
- Tudo bem. - Por fim disse, sabia que não conseguiria dizer nada que a convencesse.
- Swan você está bem?
- Sim. - De novo direta. - Vou acompanhá-la a noite toda até que chegue em casa, ou na casa da loirona lá.
- Swan, me responda uma coisa...
- Se eu puder... - Ela parecia um pouco ocupada, arfou um pouco em responder.
- Você é loira?
- Como? - Ela não havia compreendido o sentido daquela pergunta.
- Você é loira? - Perguntou curiosa realmente. - Ruiva? Morena? Cabelos verdes? Roxos? Azuis? Mechas? Caramba Swan diz alguma coisa... - Perguntou rindo.
- Já fui loira.
- E... - Queria ouvir a explicação. - Só isso Swan?
- É.
- Que decepcionante Swan! - Falou irônica. - Juro que imaginei que você era do tipo dessas garotas que pinta os cabelos para parecer aquelas personagens dos... - Tentou lembrar a palavra que os jovens usavam hoje em dia. - Animes. Acho que é isso. Aquelas garotas das animações japonesas. O Henry que gosta disso.
- É. Eu também gosto.
- Que milagre, eu sei de UMA coisa que você gosta.
- Regina, você tem um encontro, estou pronta lhe esperando aqui. Passarei a noite inteira aqui de olho em você. - Era raro, mas gostava de ouvir a garota lhe chamar de Regina.
- Okay! Estou indo.


[...]


- Sabe Daniel, você precisa me contar que gaveta secreta é essa de que falou da minha mãe. Santa gaveta! - Comentou dando um leve cutucão no braço do mais velho que conduzia o carro.
- Nem pensar, são coisas minhas e da sua mãe.
- Você é muito chato. - Fez careta.


Riu e bagunçou os cabelos do garoto.


- Como conseguiu que minha mãe liberasse o carro para você, sem seguranças? - Perguntou muito curioso.
- Tá vendo esse corpinho aqui? Sua mãe adora ele. - Falou todo palhaço.
- Eca!
- Cê tá achando que foi feito como garoto? - Perguntou o ex- McCalister.
- Cegonhas?! - Perguntou fazendo uma cara de nojo para o homem.
- Sua mãe te contou essa besteira das cegonhas? - O homem virava a esquina da casa da moça.
- Contou quando eu era um pentelho de nove anos.
- Por que? Agora é um pentelho de dezesseis? - Riu e o garoto fez cara feia para ele.
- Não vou falar nada.


Estavam chegando na casa da garota. O garoto estava com as mãos suando, o coração acelerado, as bochechas vermelhas. Daniel notou isso e para tranquilizar o menino, tocou seu ombro.


- Eu sei. É assim que eu fico perto da sua mãe.
- Você ama a minha mãe?
- Com todo meu coração. - Disse e deu um abraço no rapaz que retribuiu, recebeu de bom grado o beijo na testa dado pelo seu pai Daniel. - Vai lá. Você é um Mills, você não se atrasa.
- Tá bem. - Sorriu, abriu a porta pôs os pés para fora, esperou alguns segundos, puxou fôlego e saiu do carro.


Henry Mills estava muito elegante. Um rapaz de bom gosto. Usava um jeans que parecia novo, uma camisa azul marinho, por baixo uma camiseta de manga curta branca. Seu colar favorito, ganhara da mãe quando pequeno, nunca se separava do objeto. Tênis All Star Converse que também parecia novo e sua jaqueta preta. Respirou mais uma vez antes de tocar a campainha. Poucos segundos depois uma loira de olhos azuis abrira a porta, toda eufórica, antes que pudesse dizer algo recebeu um beijo na bochecha.


- Oi Henry! - Ela estava animada.
- Ei... Grace. - Ele ficara enrubescido. - Er... Você, eu... Onde está sua mãe?
- Ah! Ela... Ainda não chegou do serviço. Vamos? - Já cortou o rapaz, ela parecia bem eufórica.
- Oh! Tudo bem. - Observou Daniel sair do carro. - Bom, Grace, este é Daniel... meu... bom... Marido da minha mãe. Daniel, essa é a Grace. - Apresentou-os.
- Olá Grace, Henry fala muito bem de você.
- Daniel!
- Você e sua mãe são dois chatos. Bom, eu já vou indo. - Daniel jogou as chaves para Henry. - Sua mãe não pode saber disso, é só voltar no horário combinado. Boca de siri. - Piscou para o rapaz.
- Oh. - Daniel, um amigão, depois daquilo iria venerá-lo.
- Não há de quê filho. - O mesmo já ia embora, mas antes riu para o rapaz. - Não façam nada além de assistir o filme, comer besteiras na praça de alimentação e dar uns beijos.


Ou não. Ficou muito sem graça, a moça também.


[...]


- Emma na escuta Regina, mesa trinta e três. Ela já está no local. - Swan disse normalmente para a sua patroa.


Regina nada respondeu apenas consentiu em pensamento. Sidney e Madge estavam impecavelmente bem vestidos. Sidney todo bem vestido como sempre, com sua gravata borboleta preta. Agora que a ajeitava era sua própria esposa. Quanto amor havia entre os dois. Algo lindo de se observar.


- Obrigada por nos oferecer este jantar Regina, minha querida. - Madge agradeceu abraçada ao braço do marido.
- De nada Madge. Foi um prazer. - Mais ou menos, era um prazer ver a esposa de seu empregado feliz, mas a forma que ele conseguiu para aquilo acontecer era extremamente irritante.


Sidney conteu o riso, Regina observou e estreitou o olhar para ele. O carro estava desacelerando. As pessoas dentro daquele carro estavam animadas. Aquela sexta a noite, seria maravilhosa. Cada um com seus motivos.


[...]


- Juíza Mills! Sua ilustre presença aqui ilumina nosso humilde restaurante. - Os mestre de cerimônia eram tão sensacionalistas, não gostava muito daquilo. - Sua mesa está pronta, e uma senhorita está à sua espera.
- Obrigada. Gostaria que acompanhasse meus convidados à sua respectiva mesa, eles são amigos meus de longa data. Trate-os bem por favor! - Pediu com seu sorriso a la Regina.
- Claro! Phillip acompanhe a Juíza Mills até a mesa dela. - Pediu a um garoto.
- Senhora Mills, me acompanha? - O rapaz era cordial.


A mulher nem respondeu, apenas acompanhou o rapaz. Quando o rapaz saiu do seu campo de visão, pôde ver a loira, o anjo que se chamava Katherine. Ela estava mais do que incrível. O anjo agora era só pecado. Um vestido vermelho de alças, bem trabalhado. Ele se ajustava nos locais certos, ou nos locais mais propícios para os olhos famintos de quem quer que fosse seu admirador. Os lábios estavam cobertos pelo vermelho carmesim. Provocaria quem quer que fosse o sortudo que os observasse. Os cabelos louros soltos, os cachos bem modelados em contraste com seus olhos brilhantes e verdes.


- Está linda Senhora Mills. - Elogiou com gosto a mulher.


E ela tinha razão, o vestido tomara que caia rodado e preto da juíza, mas sem ser tão curto era bem modelado à cintura da mulher. Os cabelos pretos presos em um coque flor em contraste dos olhos castanhos e as unhas bem feitas e pintadas da cor vermelha. Perfeito. O pecado foi bem representado.


- Você não está nem um pouco atrás Katherine.
- Vejo que o Senhor Glass também está aqui, e acompanhado.
- Uma aposta que perdi. - Respondeu simplesmente, se sentou na cadeira com toda a classe.
- Oh! Imagino que tenha sido por pouco, não? - Sentou-se logo após, cruzou as pernas esperando pela resposta da mais velha.
- Na verdade eu perdi feio. - Admitiu e riu sendo acompanhada pela loira.
- Mas isto é ruim para você?
- Não, são amigos da família então, não. - Respondeu com seu melhor sorriso.


O mesmo rapaz, Phillip se aproximou da mesa das duas com dois menus.


- Senhoras. - Entregou nas mãos de cada uma. - É só me chamar quando estiverem prontas para pedir.
- Obrigada... - Katherine olhou para o nome bordado no colete fino do rapaz. - Phillip?
- Sim senhora. - O rapaz sorriu confiante.
- Então, nós chamaremos Phillip. Obrigada. - Sorriu de volta para o rapaz.
- Claro. - Regina foi um pouco mais seca com o rapaz, mas não deixou de ser educada.


Katherine tocou a perna da juíza com a sua. A juíza se arrepiou com aquele toque tão repentino. Pela primeira vez sentiu desejo por ela. A loira despertou algo dentro de si desde o primeiro momento em que se viram.


- Então, senhora Mills. Já tem em mente o que vai querer? - Seu sorriso era sacana. - Sabe, para o jantar.
- Eu tenho ideia sim, mas creio que as pessoas não gostariam de ver isto, ou até gostariam.


[...]


- É esse filme mesmo que você quer ver Grace? - Henry olhava para o letreiro acima de suas cabeças. - Gosta de filme de terror?
- Eu gosto sim.
- Tudo bem então. Vou comprar as pipocas. Você quer refri? Suco? O que vai querer? - Ele perguntou animado.
- Ah! Pra mim, um suco é bom.
- Se não for muito abuso de minha parte, quer ir na frente para pegar um lugar para nós? - Perguntou um pouco sem graça, não gostava de abusar de ninguém que não fosse da própria mãe.
- Tudo bem. Vou te esperar gatinho! - Grace piscou um olho pra ele.
- Ih! Ó lá! A gata tá afim de você Mané. - Um cara grandalhão ao lado de Henry debochou. - Ela é mó tchutchuquinha.
- Por favor, respeito com ela. Ela é uma dama. - Henry cortês defendeu seu encontro.
- Há! A Grace? HAHAHAHAHA - O grandão riu na maior cara dura. - Ela é que nem catraca. Todo mundo já passou a mão. - O grandão não viu, mas Henry lhe deu um soco muito do bem dado.
- Já disse... Fale o que quiser, mas não na minha frente. - Henry passou os dedos da mão esquerda nos nós dos dedos da mão fechada em punho.
- Eu te pego seu bichinha enrustido!!! - Passava a mão freneticamente sobre a área vermelha.
- Epa! Epa! Ninguém vai pegar ninguém aqui. - O segurança surgiu.


O segurança empurrou o loiro grandão para longe de Henry. A cópia de Regina pegou as pipocas, o refrigerante e o suco da sua garota e mais uma sacola de alguns doces. Foi em direção da sala do filme.


[...]


Daniel estava com suas pernas cruzadas sentado na mureta que dava acesso ao jardim. Observava o céu deslumbrado. Era tão lindo, com todas aquelas estrelas e a lua minguante. Sentiu uma par de mãos lhe cobrir os olhos.


- Advinha quem é?!
- August... - O outro descobriu seus olhos.


August saltou de forma que também sentasse sobre a mureta, ao lado de Daniel. Depois desta árdua tarefa.


- Você vem sempre aqui? - O nomeado August dirigiu a pergunta à Daniel. O mesmo entrou na brincadeira.
- Às vezes. - Olhou para August.
- Eu sei, nos vimos algumas vezes, mas você é alguém muito difícil.
- Sou um rapaz de família. - Dramático e divertido disse.
- Eu também sou. Eu estive lhe observando, está aqui sozinho sempre que lhe vejo.
- Talvez, esperando a pessoa certa. - Olhava a boca de August.


August sorriu. Se aproximaram mais um do outro, o barbudo August capturou os lábios do mais velho. Um beijo gostoso. Calmo e sem malícia.
August, amigo de Daniel, seu sócio na empresa, seu braço direito, seu namorado. Branco de olhos claros, um pouco sem graça até. Não para Daniel, que era louco por sua barba e seu sorriso. Ele era mais velho que Daniel alguns anos.


- Daniel. Estava sentindo falta disto. - Viu a mão de Daniel pousar em sua perna. - Eu não sinto aí. - Comentou ao vê-lo acariciar. - É minha prótese, não se lembra?


Por conta de ter servido quando mais novo ao exército, acabou perdendo a perna durante seu período de serviços, no Afeganistão.


- Sim. Você quer entrar um pouco? Parece que vai esfriar um pouco. - Comentou Daniel sentindo a brisa ficar fria.
- Pois eu acho ao contrário, eu acho que vai esquentar.
- Temos a casa livre até às onze horas.
- É o suficiente. - August se aproximou do ouvido dele. - Por hoje.


[...]


- Gostariam de escolher? - Phillip se aproximara da mesa das duas mulheres deslumbrantes.
- Sim. Eu gostaria de um Blanquette de Vitela com acompanhamento de vinho tinto. - Katherine pediu. - E você Regina?
- O mesmo que ela. Quero saber se você tem bom gosto. - Fechou seu menu e entregou ao rapaz.
- Claro, senhora. - Se retirou.
- Quer apostar comigo que tenho bom gosto? - A senhorita sorriu de lado. - Se eu ganhar vou querer ouvir de sua boca: Você é a melhor! - Sorriu.
- Mas e se eu ganhar? - Provocou a prefeita.
- Bom. - Uma perna da loira roçou provocante na da prefeita. - Será um prazer fazer o que a Juíza Mills quiser.


Aquilo a deixou... Como diria? Excitada? Talvez sim, não de forma ensandecida, mas de forma que a intrigou.


- Espero que eu esteja errada. - Declarou a loira.
- Eu também.



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