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História Guardião - BÔNUS: Início de tudo


Escrita por: sailorpcy e aboutpcy

Notas do Autor


Cheguei mais cedo do que se era de imaginar, não é mesmo? O nome disso é ansiedade, até porque esse capítulo eu escrevi bem antes dos que já postei aqui, e explica mais ou menos o que aconteceu antes do momento em que a fic passa. E antes de mais nada queria dizer que não entendo nada de direito e coisas no estilo, o que vou falar aqui talvez nem exista, mas da pra perdoar, né? Desculpem qualquer erro e boa leitura q

Capítulo 4 - BÔNUS: Início de tudo


Fanfic / Fanfiction Guardião - BÔNUS: Início de tudo

1 ano antes

— Qual foi, Chanyeol? Me dá uma ajuda. — Junmyeon pedia pela quarta vez naquele dia, insistentemente, prestes a escutar o quarto "não".

— Já que com palavras você não está entendendo, só falta que eu desenhe. Quer?! — largou a caneta e os papéis que segurava, cansado de voltar naquele assunto. O mais baixo entre eles se sentou, mesmo sem ser convidado e o encarou.

— Acho que se eu te der um... Agrado, você pode me ajudar. — usou o termo "agrado" bastante sugestivo.

— Que tipo de propina você está se referindo?

— Faço os teus próximos relatórios por dois meses.

Se os advogados daquele lugar eram alguma coisa, essa coisa eram ser honestos. A menos que o assunto fossem os relatórios cansativos e que podiam levar até mesmo uma madrugada inteira pra serem feitos.

— Vai fazer meus relatórios por dois meses por conta de um rabo de saia? — Suspeitou, afinal, aquele era o maior pesadelo dos advogados. Ele mesmo nunca toparia tal coisa, imaginava. Já que nunca se vira apaixonado por alguém em estimativa tão alta.

— Vou fingir que não ouvi, você não sabe o que é se apaixonar, Senhor coração de pedra. — ele se virou na cadeira e ajeitou a postura, tirando um papel amassado do bolso e o abrindo, lendo as informações em voz alta e clara. — Eu não sei o nome do moleque, pediram sigilo quanto à isso, mas se te adianta de alguma coisa ele tá na metade dos seus dezesseis anos. Você só precisa falar com ele para que ele tope abrir essa ação contra o pai.

— Calma. Se ele não quer abrir essa ação porque topou entrar em contato conosco?

— Eu não sei... Mas meu trabalho não é esse e sim de um conselheiro.

— E eu quem não tenho coração?

Eles riram um pouco, Chanyeol prestava atenção aos detalhes do serviço alheio que pegaria. Ainda daquele forma, não entendia porque o rapaz que encontraria não queria abrir uma ação contra o pai, visto tudo aquilo que o amigo lhe contou.

Na noite daquele mesmo dia saíra do escritório e ia direto para um restaurante não muito longe dali, na tentativa de convencer um adolescente da coisa que para si, era o mais correto a se fazer, e que, já deveria ter sido feito a mais tempo.

Acabou chegando mais cedo, e pediu uma cerveja para anteceder a conversa que teria. Imaginou que não seria fácil e teria de contar de 1 até 3 algumas incontáveis vezes, talvez milhares múltiplos de 3 poderiam ser representados.

Quinze minutos.

Foi o tempo do atraso que o jovem que não conhecia tinha. E não levou muito tempo a partir disso para o telefone tocar.

"Eu não vou poder ir" foi o que lhe disse. A voz fraca, mas com uma música ambiente no fundo. Perguntou algumas vezes se estava tudo bem, sobressaltado. E continuou escutando alguns pedidos de desculpa antes da ligação chegar ao fim.

Ficou observando o aparelho móvel por um tempo, antes de pedir uma bebida mais forte, já que não trabalharia mais por aquele dia não teria problema.

A única coisa que não foi capaz de perceber de imediato foi o quanto seu corpo ficou pesado e tenso ao escutar aquela voz, tão fraca e direta, sem brechas para nada. A voz que soava machucada.

Depois que algumas boas horas bebendo, conseguiu sentir seu corpo mais calmo. A preocupação com um desconhecido se esvaindo. E pela hora, já era tarde demais.

Se colocou para fora do bar depois de pagar a conta, um pouco cambaleante, se colocando sentado em um banco no meio do caminho, demorando pra perceber a presença do lado oposto.

— Nem tudo se resolve com bebida, velho. Não siga esse exemplo.

O jovem do outro lado encarou o bem vestido, achando graça o estranho puxando assunto sem nem mesmo tendo o encarado e já ditando que era mais novo que si.

— Quantos anos acha que tenho?

O com bebida no sangue virou o suficiente para o encarar, e viu um sorriso no rosto do rapaz. A única coisa que lhe veio a cabeça foi a beleza que tinha, cada parte de seu rosto parecia combinar perfeitamente com tudo.

E o menino, se divertia com aquilo. Esquecendo os diversos problemas em casa por um momento, os próprios problemas.

— Idade o suficiente para levar um olhar triste consigo.

O moreno se sentiu incomodado e seu sorriso foi se desfazendo, levando a mão até o bolso da bermuda e tirando dali um maço de cigarro. Tirou um único, o levando até a boca e o acendeu em seguida, tornando a guardar.

Chanyeol duvidava agora da idade dele. Tinha traços tão novos, mas pelo que tinha na boca, era mais velho do que imaginava.

— Pode-se dizer que sou da época do rock n roll. — olhou para frente, antes de pegar o cigarro e o mostrar, para continuar falando. — das drogas...

O advogado abriu um sorriso, arqueando uma das sobrancelhas enquanto o encarava por inteiro, achando graça naquilo tudo.

— E do sexo? — sugeriu, brincando.

— Isso você quem pode me dizer.

Jongin o encarou, e os dois estranhos se aproximaram instintivamente e juntaram as bocas, de forma intensa, as línguas se chocando em todo o momento, as mãos, a avançando, hora na coxa um do outro, ou no final da coluna alheia, quase chegando na bunda. E até mesmo apoiada perto da virilha alheia.

A luz precária da praça apenas contribuía para que as coisas ficassem mais quentes, e o advogado, percebendo que já estava excitado e vendo que não era o único, se levantou, puxando o outro junto de si e levou para o apartamento que conhecia tão bem.

Não houve objeções quanto à aquilo, ele apenas o seguiu de bom grado, sem reclamar. O jovem focou apreensivo se deveria mesmo ir tão longe com alguém que conhecera naquele momento, se era sensato, sabendo de tudo que passou, fazer aquilo. Mas ele não queria pensar no depois. Tinha vontade de ter mais daqueles toques do estranho.

E se queria, o faria.

Antes mesmo de entrarem completamente dentro de casa as roupas já estavam sendo retiradas. O mais novo, mesmo sem conhecer o lugar avistou rapidamente o sofá, onde puxou o corpo do mais alto e logo depois de puxá-lo, sentou em seu colo, onde começou a beijar ainda mais intensamente, fazendo com que as intimidados de ambos se tocassem, o que fez o advogado soltar alguns gemidos durante o ósculo.

A luxúria já era parte do ambiente e os dois, pareciam já se conhecer, levando em conta os toques e carícias cuidadosos, e até mesmo as brincadeiras que faziam, trocando vez ou outra as posições, sorrindo um para o outro, mordendo e sugando, deixando marcas e arrepios no percorrer do corpo.

Durante aquilo, por costume, Chanyeol segurou no pulso do rapaz, mas vendo o desconforto imediato, acabou por decidir fazer aquilo de forma mais baunilha possível, o que, percebeu, foi de agrado do moreno.

Pouco tempo depois, eles eram apenas um. Os gemidos roucos de prazer ocupavam todos o ambiente junto dos sons que faziam, a pele ao se encontrarem, os selares.

E sem se importarem com nada, ambos dormiram em seguida.

O advogado, abraçado ao corpo menor, e este, usando o peito do mais velho como travesseiro, e ousava dizer de antemão, um ponto seguro. Coisa que não sentia tinha mais tempo que metade de sua vida, o que não era muito.


— O MOLEQUE NÃO FOI? E O QUE VOCÊ FEZ SOBRE ISSO? — Junmyeon puxava os cabelos de sua cabeça, se arrependendo do trato, já que levara um toco da mulher com que ia se encontrar.

— O que queria que eu fizesse? Falasse que ele era obrigado a se encontrar? Óbvio que não.

A cabeça de Chanyeol doía como o diabo. Acordou cedo, ainda nu e sozinho. Não sabia que horas o desconhecido saiu, mas não fez barulho algum ou deixou algum bilhete, nada. E nem mesmo sabia seu nome.

Mas aquela dor insistente, aquele latejar não era apenas causado pela bebida. Ele era um rapaz, moreno, de olhos cor de chocolate, como seu cabelo, e lábios fartos. E claro, sua dor tinha nome, o único problema era que eles não foram apresentados, então não tinha noção alguma sobre essa informação.

— Ow, Chanyeol? — o advogado mais baixo deu um tapa leve em seu ombro, que o fez voltar aos sentidos e o encarar, inacreditado pelo tapa. — Ouviu alguma coisa que eu disse?

— Não. Eu preciso trabalhar, ok? Deixa o número do rapaz aí, eu vou ligar pra ele e resolver tudo pra você. Mas se ainda assim ele nao quiser meter a ação no pai, não vou ter muito o que fazer.

Depois de tentar dar alguns beijos na bochecha do advogado, Junmyeon saiu da sala, deixando o número da vítima do próprio pai para trás.

No decorrer do dia, não fez muita coisa pesada, apenas organizou papéis que teria que ver mais tarde, não conseguia pensar em muito que não a noite anterior.

Pegou o número que teria que entrar em contato logo, e foi em direção do bar que estava, menos de 24 horas antes, em uma tentativa absurda e insana de encontrar mais uma vez o rapaz dos rock n roll. Mas não sabia o que viria a seguir se o encontrasse.

Perguntaria seu nome, para iniciar um diálogo. Ou de onde era. Ou ate mesmo porque saiu sem falar nada. Obviamente não devia explicação alguma, mas ainda assim o Park queria o encontrar.

Mas não foi o que aconteceu. Seguiu todo o percurso do bar até sua casa a pé, olhando para todos os cantos, a procura daquele rosto, que já começava a se apagar de sua memória, tendo em vista que a luz daquele noite era quase inexistente.

Por uma semana continuava indo até o estabelecimento e voltando caminhando para casa, ia para o trabalho, fazia tudo que precisava, tentava encontrar o menino que era do caso do amigo, mas sem sinal algum, o telefone sempre ia para a caixa de mensagem.

Naquele sábado, quase 10 dias depois, voltou para casa de carro, só querendo paz e tranquilo, até que o sinal vermelho se fez presente e seu olhar percorreu a rua, até encontrar aqueles fios castanhos que se lembrava tão bem sentado no meio fio e segurando um cigarro, jogando para fora a fumaça.

Assim que se viu livre para continuar, estacionou o carro de qualquer jeito. Saindo do automóvel e indo em direção do mais baixo, com passos rápidos. Parando apenas quando tava próximo dele. Mas o olhar alheio não foi direcionado para si.

O rapaz continuou com o rosto virado para o chão, sem se importar com o que acontecia ao seu redor. Querendo inclusive esquecer que existia um mundo, ou se perder naquele mundo e nunca mais ser achado, nem mesmo por si.

— Ei?

Tentou chamar a atenção dele, mas não parecia ter sido notado.

Quando escutou aquela voz, o corpo do castanho se tensionou, reconhecendo de imediato. Queria que ele fosse embora, não queria ser visto daquele forma.

Se sentia culpado demais pela noite que tiveram, e fizeram com que sentisse isso cada vez que olhasse no espelho. Mas a culpa não era por ter se entregue e sim por ter gostado de tudo, e lutado contra a ideia de procurar por "Park Chanyeol", vira em algumas correspondências na mesa da casa dele, antes de sair.

Continuou sem o encarar, o que fez com que o advogado se abaixasse em sua frente e puxasse seu rosto de forma leve para que ele lhe encarasse. Se assustou ao ver o estado dele.

Se ele havia se metido em briga, era de certeza que perdeu. Estava todo machucado e com o rosto inchado e em tons de roxo/verde.

O mais velho não disse nada, apenas tocou de leve o rosto dele, nas partes machucadas. Quando tocava em uma parte dolorida recebia murmúrios em resposta. O pegou pelo braço, o arrastando para o carro e sentando ele no banco de carona. E se colocou a dirigir rumo o endereço que ia inicialmente.

— Não deveria pegar carona com estranhos.

— Não deveria dar caronas pra estranhos.

— Você não é um total estranho. — o encarou rapidamente antes de voltar a atenção para a rua em sua frente.

— Não é porque transamos que não somos estranhos.

— Um bom argumento. Mas eu sou advogado, podemos ficar nisso até amanhã. Talvez você leve jeito para isso.  — escutou uma risada irônica, mas decidiu não falar nada. — Qual é o seu nome?

— Kai. 

— Kai...?

— Sim.

— Tudo bem, Kai. Se quer ser chamado assim, quem sou para lhe chamar de outra forma? Vamos cuidar desse seu rosto primeiro. E depois conversamos sobre lidar com estranhos. — disse parando o carro na garagem e destrancando as portas para que ambos saíssem.

Depois que cuidaram do rosto do menor, mais uma vez encontram uma situação da qual não reclamariam de estranhos, a não ser que os estranhos, fossem eles, um para o outro, tornando seus gemidos velhos conhecidos.

O dia já estava começando a clarear quando o advogado abriu os olhos, percebendo estar sozinho na cama, murmurou descontente em pensar que mais uma vez, perdera o jovem. Mas o cheiro de cigarro tomava conta do quarto.

Se endireitou na cama, e quando olhou para frente, viu aquele corpo que tomou para si horas antes, sentado naquela sacada, jogando a fumaça para o alto e observando a rua, com a vidraça fechada.

— O cigarro tá te incomodando?

Não incomodava, mas Chanyeol não respondeu. Pegou a cueca que não estava longe, a vestindo e indo para perto do rapaz. Se surpreendendo ainda mais ao ver o estado que encontrava seu corpo agora com luz.

Havia hematomas por todo seu corpo, fortes, e alguns que sabia que tinha sido o próprio a criar naquele mesmo dia com a boca. Mas era uma quantidade absurda, e variadas cicatrizes de inúmeros tamanhos, incluindo uma grande demais em seu peito.

— É agora que vai fugir de mim?

Disse em tom baixo, deixando o cigarro em um canto qualquer da janela e juntando as pernas ao seu corpo, constrangido pela forma que o outro o encarava sem nem mesmo disfarçar, não conseguia olhar nos olhos do mais alto então decidiu direcionar sua atenção aos poucos carros que passavam naquele horário.

— Não pretendo fugir de você, Kai.

— Kim Jongin. — o corrigiu, usando seu próprio nome agora.

— Park Chanyeol.

— Eu sei. — Não perguntou como ele sabia. Contou até três antes de continuar, sem saber como o fazer.

— Então... Parece que alguém tem um namorado ciumento?

Brincou, mas com ódio. Naquele momento pensou que um terceiro fez aquilo, e que mataria tal pessoa quando tivesse a oportunidade. Não havia motivo para comprar briga de um 90% desconhecido, mas nao conseguia evitar pensar daquela forma, muito menos segurar a raiva.

— Um pai ciumento.

O silêncio se fez presente por muito tempo, chegava a ser desconfortável. E aquilo fez o menino continuar a falar.

— Eu não deveria falar da minha vida para estranhos. Mas... Você me passa confiança. E não sei quando e nem se vou o encontrar mais alguma vez. Oito anos atrás minha mãe morreu, e meu pai falou que foi por minha culpa, e foi, sabe... Ela saiu correndo de casa indo atrás de ajuda porque me meti em uma briga dos dois, e acabou sobrando pra mim... Foi horrível sentir aquela água quente em mim. — começava a tocar seu braço com força, Chanyeol levou suas mãos até as alheia e as segurou forte. Não tinha mais certeza se queria continuar escutando, mas sabia que o menino precisava de um ouvinte. — e escutamos o barulho do carro e... Na hora que vi o corpo dela no chão, sem se mexer nem um pouco até mesmo minha dor tinha sido esquecida. A partir dali comecei a ser o alvo dos ataques de raiva do meu pai. No início era apenas agressões, até que ele me viu andando com um amigo. Me chamou de viado e tirou minha roupa... Eu não quero nem mesmo lembrar disso. Mas então depois ele continuou pegando ainda mais pesado. — seus olhos já estavam cheios de água e o sol batia carinhosamente na pele de ambos, ainda não muito quente. — Poucos meses atrás ele tinha dado um tempo, uma vizinha presenciou tudo e tinham uns caras atrás dele. Esses recentes foram pela última vez que nos vimos.... Eu não dormi em casa e estava feliz. Ele interpretou tudo do jeito certo.... E continuou fazendo tudo aquilo enquanto repetia não entender porquê eu chorava quando era daquilo que supostamente gostava... Eu não gosto disso, Chanyeol. Será que ele não pode entender?

Naquele momento Jongin chorava muito, e segurava com força a mão do advogado, que o puxou e abraçou forte. Não disse nada e nem mesmo sabia se existiam palavras para que lhe reconfortassem, então ficou quieto, abraçado com ele por horas e horas, até depois que ele se acalmou e dormiu em seus braços.

Se deu folga naquele dia, esperando que o menino acordasse, procurando uma solução. Sua cabeça estourava, odiava alguém que nem mesmo conhecia, mas sabia que queria vê-lo atrás das grades, isso se não conseguisse que levasse a pena máxima permitida pelo país: a de morte.

Um furacão ainda não vestido completamente passou pela sala, o tirando de seus devaneios.

— Ow, Jongin, que isso?

— Porra, olha a hora. Eu vou ter sorte se sobreviver, estrapolei pra caralho. E... Desculpa ter te contado tudo aquilo. Você pode simplesmente esquecer, tá?

O mais velho se levantou, e foi para bem perto dele. O encarando, olho no olho. Um arrepio passou pelo corpo do mais novo, assustado não só com a proximidade como com a forma brava que era encarado.

— Você tá louco que vou te deixar ir pra sua casa.

— E você acha que vou pra onde? — cruzou os braços.

— Fica aqui. — Não foi algo que pensou em falar, mas simplesmente saiu. E, de fato, não queria que o menino fosse embora, queria que ficasse.

— Pegar carona com estranhos, transar com estranhos, ir na casa de estranhos... Acho que morar com um estranho quando você não tem nem mesmo um trabalho é um tanto demais. Tchau, Chanyeol.

E se virou, continuando a andar para a saída da casa. Mas foi impedido por uma mão que o segurou, forte. Mas não a ponto de machucar. Não sabia o que acontecia com o próprio corpo, mas acabou por abraçar o menino por trás e ficando daquela forma por um tempo, ambos sem falar nada.

— Não posso te deixar voltar pra esse filho da puta que você chama de "pai".



— Calma aí, você tá namorando desde quando? — o mais baixo se jogou na cadeira, o encarando tentando entender a história contada superficialmente.

— Eu não tô namorando, Junmyeon.

— Você acabou de dizer que tá morando com alguém. Não é da família, nem amiga. Então é sua namorada. Não mente pra mim, Park.

Chanyeol revirou os olhos não querendo repetir mais uma vez tudo o que contou ao amigo, ou as poucas coisas que ainda assim eram muitas.

— Não consigo falar com a vítima do pai. Sempre acaba caindo na caixa postal. — falou, encarando o celular.

— Vou deixar você mudar de assunto por agora porque isso é sério. A vizinha, que nos forneceu os dados do caso falou que outro dia, deve ter um mês, o velho chegou muito bêbado em casa. E parece que o agrediu mais uma vez...

— E ele não foi mais visto? Talvez seja o momento certo para abrirmos algo contra ele, e você vai ter o seu caso. E eu, três meses de relatórios livres.

— Três meses?!

— A vida cobra em juros, meu caro. 


Jongin dormia relaxado, já estava ali tempo suficiente para os machucados melhorarem e os hematomas sumirem por quase completamente.

E aquilo, teria que confessar, acalmava o coração do advogado.

Ele estava deitado em seu peito, os braços circundavam seu corpo e ele deixava um carinho em se cabelo. Parecia novo demais naquele momento, o que lembrou que em todo esse tempo juntos, que não era muito, não sabia a idade real dele.

Olhou para os casacos que estavam junto em cima da cadeira, o presente de casal que usariam dali pra frente e sorriu largo.

Eram um casal, sem nem mesmo títulos.

Apenas os dois sabiam.

Acabou lembrando do motivo que os aproximou e fez com que morassem juntos, lembrou então que havia trabalho pra fazer, como ligar para o menino que, inicialmente era o caso de Junmyeon.

Pegou o celular na mesa de cabeceira, tomando cuidado para se desvencilhar daquela forma tão boa que estava e foi até a janela, ligando para o menino sem nome.

Mas algo estranho aconteceu.

Escutou um celular tocando não muito longe de si, e desligou a chamada. O som também cessou. Foi andando pela casa e mais uma vez tentou ligar e o toque de telefone voltou a soar.

Chegou em seu escritório, seguindo o barulho e claramente o aparelho estava ali e estava perto das roupas de Jongin.

Foi então que pegou a bermuda que o mais novo usava outrora, e dali tirou o aparelho de celular que sabia ser dele.

No visor, estava o número do advogado.

Chanyeol queria que aquilo estivesse errado, mas não havia mais dúvida alguma. O menino do caso de Junmyeon era o Kim, o menino que estava no outro cômodo.


Notas Finais


Primeiramente: não se envolvam com estranhos, por favor q E mais: propina é coisa séria, hein gente. Não confiem em caras que pagam ou aceitam (e nem sejam uma dessas pessoas) q O capítulo terminou aí porque acho que todo mundo sabe o que acontece depois, né? E inclusive acho que tudo já era bem óbvio, então não houve surpresa!!!
Ei, J., gostou? (Espero que não tente me matar, uh? Voce sabe que tá no meu coração)
Até a próxima, raiozinhos de luz.


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