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História Guardiões - Isso não é real


Escrita por: Loutte_ e likehardliquor

Capítulo 48 - Isso não é real


29 de novembro de 2016 - Quatro dias para a guerra

Point View Of Justin

Todos haviam ficado bem no fim... Exceto pelos que morreram, todos haviam sido curados pela poção que as meninas conseguiram fazer. Niall ficaria de cama hoje, uma folga pelo dia difícil de ontem. Bea, Cameron e Dove também estavam com suas forças reduzidas, Vero foi apenas um alarme falso causado por alguma coisa que ela comeu na rua e resultou em uma reação nada boa de seu corpo... Mas agora está melhor pelo que sei.

Enquanto a voz de Michael Jackson sai de um dos meus fones direto para meu ouvido esquerdo, sirvo um pouco de uma das garrafas de vodca do bar de casa no corpo baixo e largo. Virei todo o conteúdo do copo e logo senti o líquido descer queimando por minha garganta e marcar todo o trajeto até meu estômago, que foi tomado pela sensação de calor logo em seguida.

Fiz uma careta, sentindo o vestígio do sabor do álcool subir em minha garganta e engoli em seco balançando a cabeça de um lado para o outro. Seria preciso bem mais que isso para me alterar, mas apenas dar um gole longo e farto me faz sentir melhor.

A sensação que me preenche é gostosa.

- Bebendo a essa hora? - A voz de Taylor soou na sala.

Minha irmã, por alguma razão que foge da minha compreensão, é a certinha entre nós. Ela sempre faz tudo certo, segue todas as regras, respeita até quem não merece e é sempre amável. Uma bonequinha, incrivelmente irritante.

Revirei os olhos e olhei em sua direção por cima do meu ombro.

Ela estava de pé na porta, com os braços cruzados e os olhos claros, e bem acusativos, fixos em mim como se tivessem me pegado em uma cena de crime. Ela suspirou pesadamente e se aproximou, fazendo seus passos ecoarem abafados pelo assoalho de madeira e pela primeira vez em algumas semanas ela não estava de vestido. Havia se colocado em calças grossas com botas igualmente quentes e uma blusa de gola alta e mangas.

- Não sabia que tem hora certa pra beber, irmãzinha - eu disse servindo outra dose. - Devíamos comprar um relógio tipo dos Weasley de Harry Potter, com aquelas escrituras, assim eu com certeza saberia a hora de beber, não é mesmo?

Provoquei e ela respirou fundo, buscando mais paciência. Tay pegou o copo de minha mão e fez o liquido sumir dele antes de deixar o mesmo de lado. Eu bufei e revirei os olhos.

- Lembra que não sabemos o que vamos encarar hoje? - Ela perguntou me fitando. - Então nada de beber, maninho.

- Acha que eu vou ficar bêbado com dois copos?

- Não, mas você nunca para no segundo - disse dando uma piscadela.

Revirei os olhos e fiz uma careta.

- Valeu - resmunguei mal humorado.

- Não vamos encontrar os outros agora, Lauren pediu para irmos até a delegacia - ela disse.

Tirei meu celular do bolso de trás e pausei a música. Então respirei fundo, sabendo que provavelmente não irei gostar muito da resposta da seguinte pergunta:

- Por que vamos até a delegacia?

T-Sty umedeceu os lábios e trocou de apoio no tornozelo.

- Sabe o Dave? Ele saiu gritando pela cidade dizendo que havia zumbis atrás dele, machucou seis pessoas as empurrando e desferindo golpes e então, como se não estivesse estranho o suficiente, mandaram ele para o hospital - ela deu de ombros. - Nem álcool, nem drogas, nada no organismo. E ele também é psicologicamente saudável.

- Acha que está relacionado ao novo presságio? - Perguntei.

- Na verdade, achamos sim - ela sorriu. - E é por isso que nós vamos até lá. Vamos conversar com ele e descobrir o que ele viu, e se preciso, eu vou entrar na cabeça dele.

Fiz uma careta enrolando meu celular com o fone e o enfiei no bolso de trás do meu jeans. Peguei a jaqueta que havia deixado separada e deixei minha irmã para trás, seguindo de uma vez para a porta. Enquanto saio pela porta, ouvi minha irmã resmungar algo atrás de mim, mas ignorei.

Vesti a jaqueta depois de sentir o frio cortante do exterior. O céu escondido atrás de nuvens carregadas parece ameaçador, e provavelmente hoje teremos uma tempestade nada amigável.

Respiro fundo, sentindo o ar gélido traçar caminho até meus pulmões enquanto caminho para o carro da minha irmã onde entrei no lado do passageiro antes de ela chegar mais perto. Taylor entrou no lado do motorista com um sorrisinho de canto vitorioso, mostrando que ela provavelmente pronta para dizer o quanto fui idiota por escolher comprar uma moto de aniversário.

- Sem piadinha - murmurei fechando a jaqueta.

- Sim, senhor - ela disse e deu partida.

Ficamos em silêncio no caminho, ao menos eu fiquei. Minha irmã ficava cantando e se remexendo no banco, como se estivesse dando um show enquanto dirige. A todo o momento eu pensava que bateríamos com a droga do Cayman da loira, mas por sorte chegamos vivos à delegacia.

Estacionou perto do corredor formado pelo prédio da delegacia e de um prédio residencial de quatro andares.

Arfei. Os meus dedos já estavam apertados em minhas pernas e minha cabeça forçada contra o apoio do banco. Sequer sei se consigo respirar direito.

- Dramático - T-Sty cantarolou.

Olhei bem para a loira estreitando meus olhos:

- Você tem certeza que conseguiu a carteira de motorista de forma limpa?

Uma risada foi abafada em sua garganta e ela saiu do carro batendo a porta logo em seguida.

Isso provavelmente foi um não.

- Sabe, T - Eu disse saindo do carro - geralmente as pessoas aprendem a dirigir melhor com o tempo. Você parece estar piorando cada vez mais.

Fechei a porta.

- Fica quieto, Jus. Vamos logo com isso.

Eu sorri vendo a estressadinha entrando no corredor mal iluminado para então sumir em pleno ar, e logo fiz o mesmo.

- Onde você está? - Ela sussurrou.

- Do lado da lata de lixo! - Respondi baixo.

- Ai! - Ela murmurou e algo acertou meu ombro. - Pisei em algo...

- T, você está invisível, não as coisas!

- Fica quieto! Vamos logo!

Ela murmurou puxando a gola da minha camisa. Perdi o equilíbrio por um momento e tropecei em algo enquanto era quase arrastado pela garota, que apesar de magrela é bem mais forte que eu pensei.

- Ai, caralho! Para!

- Shhh - sibilou a loira.

Nós entramos na delegacia, passando pela recepção, com três mesas de policiais e logo passamos na frente da sala do xerife, agora vazia. Seguimos então pelo corredor que levava à cela e também a sala de interrogatório.

- Estão ali - T-Sty murmurou.

Espiei pelo vidro da porta e lá estava Dave Franco, algemado na mesa com uma roupa que claramente não lhe pertence já que é larga e grande demais e ele costuma optar pelas roupas incrivelmente justas. O xerife Rogers estava a sua frente, falando algo e Dave parecia totalmente confuso por suas expressões.

Olhei para as mesas na frente, onde outros três policiais estavam empenhados em digitar algo que provavelmente não tem nada a ver com seus casos e logo ouvi o clique da porta.

- Volto logo, Dave - disse o xerife. - Vou falar com seus pais.

Entrei sorrateiro pelo espaço entre o homem e o batente da porta e a porta demorou um pouco para fechar, o que me faz pensar que Taylor entrou logo em seguida. Ela ficou visível assim que a porta se fechou e sorriu para Dave que pareceu duvidar do que viu.

- Shhh - ela disse com o indicador a frente dos lábios.

- Vocês não são reais também - ele disse.

Ela acenou com a mão e Dave estava congelado, como provavelmente todo o prédio está agora.

- Não podia fazer isso antes de ficar visível?

Perguntei desfazendo a invisibilidade.

Ela deu de ombros e curvou os lábios rapidamente antes de olhar para Dave, congelado no tempo. Ela então tocou a testa dele e se sentou de fronte para o mesmo, antes de soprar suavemente no rosto do mesmo que agora tinha olhar vazio voltado a ela.

- Olá Dave - disse. - Como está?

- Confuso - ele disse lentamente.

Ela me olhou sorrindo, a hipnose havia mesmo dado certo. Suspirei e escorei as costas na parede, cruzando meus braços no peito enquanto a garota continuava.

- O que aconteceu essa madrugada, Dave? - Perguntou.

Ele hesitou, mas então respirou fundo:

- Eu fui perseguido por zumbis e eles estavam em todos os lados... Alguns tentaram me pegar e eu me livrei deles...

- Você usou drogas? Ou bebeu algo?

- Não, eu estava dormindo quando ouvi um som e um deles estava na minha janela - ele disse.

- E o que os médicos disseram sobre isso?

- Disseram que eu sou sonâmbulo e que estava num estado entre o sono e o despertar... Por isso eu via as pessoas, mas era como um pesadelo e distorci a realidade.

- Como conseguiram pegar você?

- Eu entrei na caçamba de uma caminhonete e dormi. O xerife me achou.

Tay uniu as sobrancelhas e me olhou confusa. Dei de ombros.

- Parece um sonâmbulo comum - respondi.

- Preciso que lembre o sonho, lembre todos os detalhes que conseguir. - Insistiu ela o olhando. - Só havia zumbis e a cidade vazia?

- Eu acho que sim - ele murmurou.

Uni as sobrancelhas e olhei minha irmã que fez um gesto para eu me aproximar.

- Tudo bem - disse eu, já sabendo o que ela quer.

Coloquei a mão no topo da cabeça de Dave, esperando ver o pesadelo, mas ao invés disso, vi um vazio obscuro e uma explosão de névoa branca com um clarão. Meu corpo caiu e senti o encontro abafado do meu corpo com o chão, vendo no alto uma figura estranha e fantasmagórica.

Empurrei meu corpo para trás no chão tentando me afastar da coisa reluzente de olhos vermelhos, a única coisa visível. Um grito nasce em minha garganta...

- Justin?! - A voz da minha irmã pareceu distante. - Justin?!

Aos poucos a sala voltou a ser visível. Meu coração ameaçando sair pela pele em meu peito, Dave continuava estático e Taylor parada ao meu lado, com o olhar apavorado em minha direção. Eu respirei fundo e precisei de coragem para voltar a falar.

- Não é um pesadelo comum - disse, assim que encontrei minha voz. Engoli em seco. - Precisamos falar com os outros... E logo.

- O que foi que você viu?

Ela perguntou e engoli em seco.

Point View Of Normani

- Nunca ouvi falar em nada assim - Gigi murmurou.

Justin havia acabado de nos contar o que vira na cabeça de Dave, e quando ele nos mostrou, entendemos porque parecia tão atordoado. Não era a cena mais assustadora do mundo, mas com certeza foi algo um tanto perturbador. Era como se aquilo estivesse no dominando a mente de Dave, ou fosse uma marca de que em algum momento esteve lá.

Se ele dominou a mente de Dave, de quem mais dominaria? Se ele saiu da dele, quando ele dormiu ou despertou na caminhonete, onde está agora? Pode estar livre em qualquer lugar, ou na mente de alguém causando problemas...

- Achei algo aqui - Camila anunciou. - É um Pesadelo.

- Pensei que pesadelo fosse um sonho ruim - Dinah ergueu uma das sobrancelhas.

- E é, mas esse é do nosso tipo. Uma criatura sobrenatural e perigosa que domina os sonhos de mundanos e filhos das trevas - disse passando os olhos pela página. - Geralmente andam em duplas ou grupos, e podem ser enviados ou podem estar seguindo algo, como uma energia negativa.

Ela ergueu os olhos para o resto de nós.

- Como assim? - Selena perguntou unindo as sobrancelhas.

- Ele é o nosso presságio - Zayn murmurou. - E provavelmente, não está sozinho.

Lauren firmou os maxilares e passou os olhos pela página, analisando-a meticulosamente:

- Diz aqui que eles trocam de receptáculo com o toque do dominado com outra pessoa, e faz com que essa tenha um pesadelo. Na verdade, é uma mudança de realidade, a vítima fica entre o despertar e o sono, e tudo que ela vê e ouve é como em um pesadelo com seus maiores medos - ela disse. - As passagens deles costumam deixar rastros de destruição por isso. Geralmente ela tenta se proteger, e usa tudo que pode ferindo outras pessoas e destruindo coisas...

- Como se mata um deles? - Perguntei.

Camila passou o indicador pela página e parou em um ponto.

- Com uma estaca banhada em água benta - disse por fim. - E tem que ser no sonho.

- Como faremos isso? - Tay se aproximou.

- Vamos ter que nos tornarmos receptáculos do Pesadelo e permanecer com a estaca na mão até que ele nos leve para a dimensão paralela com os pesadelos e com isso, nós temos de encontrá-lo no sonho e matá-lo com a estaca. A maior dificuldade pelo que está aqui é manter a consciência durante o pesadelo.

- Deixe-me ver se entendi - Ally pediu. - Nós vamos achar quem está com essa coisa e fazê-la dominar nossas mentes, e esperar para sermos dominado e termos deixa para matar?

- Por aí - Lauren disse. - Não vamos poder ficar por aí. Assim que estivermos com elas teremos de ir para um lugar seguro, pra não correr o risco de machucar ninguém por ai.

- Onde vamos conseguir a água benta? - Justin perguntou unindo as sobrancelhas.

- Na igreja, onde mais? - Camila o olhou. - Alguns vão lá, pegam bastante disso enquanto nós fazemos as estacas na floresta. Perrie, Dinah e Ally, vocês podem tentar rastrear os pesadelos e descobrir em quem estão?

- Claro - as três disseram em coro.

- Ótimo - ela disse. - Assim podemos nos dividir. Os que vão receber essas coisas ficam com as estacas, e os outros cuidam para que não saiamos do lugar seguro e machuquemos alguém. Feito?

Todos concordaram e ela esboçou um sorriso que está claramente carregado de preocupação.

- Vamos nessa pessoal - ela disse se erguendo.

[...]

Depois que nos separamos para juntar tudo que precisávamos, Perrie nos deu a notícia que há um total de cinco deles, e que conseguiu encontrar o receptáculo de todos. Lauren, Camila, Zayn, Gigi e Harry resolveram que eles receberiam os pesadelos e nós ficamos encarregados de proteger as pessoas. Agora estavam pelas ruas, indo atrás dos receptáculos para adquirir os pesadelos. Um dos guardas do xerife, um adolescente normal como Dave, um dos lobos de Louis, um senhor que quase ninguém conhece na cidade e está sempre mal humorado e Bella, uma das garotas da escola.

Tudo para evitarmos acidentes indesejados pela cidade.

- Eles estão chegando - Dinah disse ao ler algo no celular. - Conseguiram recolher os pesadelos sem problemas.

- Como sabem que deu certo? - Perguntei.

- As íris estão escuras nos espelhos - ela respondeu.

- Foi o que aconteceu com Justin quando ele tentou ver o que Dave viu - T-Sty disse com as sobrancelhas unidas.

- Isso é porque ele experimentou uma parte da experiência - Perrie exclamou.

- Aquela coisa não é nada legal - Jus resmungou.

- Calma, já passou - Sel disse baixo acariciando os fios do loiro.

A porta do hall de entrada da mansão Morgado abriu com força e todos nós levantamos com o susto. Ouvi uma agitação vinda de lá. Logo em seguida Harry apareceu na porta da sala sendo seguido por Zayn, que carrega Gigi em seus braços.

- O que aconteceu?

Perrie perguntou se adiantando. Camila e Lauren vinham atrás arrancando os casacos com rapidez.

- O pesadelo dela, tá começando! - Lauren disse. - Imobilizamos o corpo dela para controlar, assim ela fica mais forte do outro lado.

- Vamos todos fazer isso - Harry avisou.

Zayn pegou a estaca que Perrie lhe estendeu e colocou rápido na mão da loira em seus braços, fazendo-a apertar o objeto.

- Vamos, amor - ele pediu baixo. - Tome o controle!

Point View Of Gigi

O ar gelado entra por meu nariz e percorre todo o caminho me dando a sensação que está a me congelar por dentro. A neve sob meus pés forma uma cobertura espessa sobre o chão, afastada apenas da rua principal que corta a cidade.

Olhei bem em volta e tudo é familiar, estou perto da casa dos Malik, mas está diferente. A fachada parece melhor limpa e cuidada, quase lustrada. As cortinas não são escuras, a maioria delas é bege ou branca, exceto por duas coloridas no alto com cortinas de quebra-luz azul e rosa perto das janelas. Há também luzes pequenas que piscam coloridas enroscadas nas pilastras da varanda e em volta das janelas e porta de entrada, espalhando clima natalino junto da guirlanda na porta.

- Esse é o pesadelo? - Murmurei para mim mesma.

Vaguei os olhos para a floresta cheia de neve, com a maior parte das folhas das árvores caídas pelo solo branco e sem o mato, como acontece em todo inverno.

Preciso encontrar o pesadelo antes que ele termine essa etapa. Olho o céu nublado e engulo em seco sentindo algo se materializar na minha mão.

Vamos amor... A voz de Zayn pareceu clara apesar de distante. Tome o controle!

Pisquei algumas vezes e lá estava uma estaca, envolta por meus dedos. Eu a prendi atrás de minha calça e escondi com a jaqueta.

- Tia! - Uma voz infantil soou. - Tia, Gigi! O que faz aí?!

Eu segui a direção e encontrei a minha frente à mansão dos Malik, de onde um menino de olhos claros e cabelo escuro. Ele acena para mim animadamente, e é ligeiramente familiar.

Parece muito com Zayn, exceto os olhos, estes são de... Não.

Meu estômago embrulhou e engoli em seco, precisando me concentrar para lembrar que este é apenas um pesadelo. Sorri largamente, ignorando o leve tremor em meus lábios, e me aproximei dele. O pequeno correu e saltou em meus braços, dando uma risada divertida enquanto subo as escadas.

- A senhora demorou! Mamãe duvidou que você viesse. Mas eu e Liza sabíamos que viria!

- É claro que sim, pequeno - lhe disse com um sorrisinho.

- Você não fica triste com meu pai ter te deixado pela minha mãe? Depois que o outro morreu na guerra, ele foi correndo para os braços dela e deixou você sozinha - ele disse de repente.

Eu olhei para a criança e ela tinha um sorriso inocente. Engoli em seco.

- Superei isso, pequenino - respondi baixo.

- Pois eu acho que não. - Disse ele enquanto entrávamos no hall. - Olhe só para eles, tão felizes sem você...

Segui a direção em que ele olhava e lá estavam Zayn e Perrie, com uma bebe linda. Eles pareciam mesmo muito felizes. Zayn estava radiante, como acho que não o vejo há muitos anos e Perrie parecia animada com os passinhos desajeitados da pequena.

Ele tem razão. Zayn está tão feliz sem... Espera. É um pesadelo. Meu pior pesadelo.

- Isso não é real - sussurrei.

Ouvi um rosnado perto do meu ouvido e quando olhei para aquele lindo garotinho que eu segurava, ele não estava mais ali. Ao invés disso, sua silhueta é negra e sombria onde apenas os olhos vermelhos se destacam e a cada segundo ele parece crescer.

- Você...

Ele sorriu e eu o segurei firme, sentindo sua mão apertar meu ombro com força. Senti uma ardência e não precisei olhar para saber que estava perfurando minha pele.

Não sei ao certo como o fiz, ou quando pensei. Tudo que sei é que em um momento ele estava ali machucando meu ombro e no outro, eu estava empunhando a estaca que lhe atravessou o peito. A criatura gritou e a sua força em minha pele diminuiu e tudo começou a ficar escuro enquanto ela se desfaz em meus braços.

Tive tempo de ver suas cinzas se espalharem e caírem no solo.

 

Minha cabeça doeu quando vi a luz de novo pela primeira vez. A dor percorreu meus olhos e a cabeça, fazendo-me fechar os olhos mais uma vez. Ouvi a voz de Zayn dizer algo, mas um tanto distante. Arfei e engoli em seco umedecendo meus lábios.

- Amor? - Zayn insistiu e senti seu toque em meu rosto.

Abri os olhos e encontrei seus olhos castanhos aflitos voltados aos meus. Eu esbocei um leve sorriso, sentindo o ar retorar aos meus pulmões.

- Consegui - sussurrei. - Deu certo.

- Você está machucada - ele disse baixo olhando meu ombro. - Mas você foi maravilhosa!

Seus lábios depositaram um beijo nos meus e então ele sorriu acariciando meu rosto. Eu sorri suavemente, mas em um relance olhei para o lado, a tempo de ver Harry sentado imóvel no sofá, com Perrie ao seu lado.

Sentei com dificuldade sendo acudida por Normani com curativos pronta para analisar os ferimentos, mas Zayn acabou pedindo para cuidar de mim sozinho e ela permitiu com um sorriso para mim, que eu não entendi direito.

- Como foi? - Ele perguntou baixo.

- Nada demais - menti em um murmúrio, com um sorriso suave forçado.

Point View Of Harry

Prédios altos se erguem ao meu redor e a única luz é a da lua, que projeta sombras gigantescas por toda a rua asfaltada e suja. O silêncio ao meu redor é absoluto. Não consigo reconhecer nem um dos prédios, nem mesmo a rua e não há qualquer placa indicando que lugar é esse. Eu não o conheço, provavelmente e nem sei ao certo se preciso conhecer, afinal, esse é um sonho e sonhos podem sim criar coisas em nossa mente, certo?

Aperto meus lábios sentindo o ar abafado ao meu redor e caminho sem destino, mantendo a estaca firme envolta por meus dedos, pronto para encontrar o pesadelo seja ele quem for nessa realidade alternativa. Não posso ceder aos seus poderes e ilusões, é tudo o que tenho que lembrar enquanto estiver aqui.

- Que droga de lugar é ess...

Um som conhecido por mim soou vindo de algum ponto à minha esquerda. É o sibilar sussurrante e sorrateiro de uma serpente, sem duvidas! Engoli em seco sentindo meu corpo vacilar, como sempre acontece quando escuto esse som tão temido por mim. Dei dois passos para trás, tentando ver de onde vinha exatamente, e foi então que a vi.

Apesar da iluminação precária, consegui diferenciar seu corpo roliço e cumprido rastejar lentamente perto de uma das paredes. A pele escamosa pareceu reluzir com o primeiro contato de luz, e logo parte de seu corpo começou a se erguer lentamente. É gigante, e ameaçadora com olhos vermelhos e cruéis. Toda a sensação de caçador fugiu de meu corpo, deixando apenas a carcaça de uma presa que teme seu predador das pontas dos dedos pés às pontas dos fios mais cumpridos do cabelo.

Desde sempre tive medo de serpentes. Não consigo lembrar se houve um trauma ou algo parecido, tudo que consigo lembrar é de gritar e correr toda vez que uma delas aparece na varanda, ou no mínimo abafar um grito para então desintegra-la com magia quando estou mais alerto e disposto...

No meu entendimento, esses seres asquerosos e rastejantes são o sinônimo de uma fobia antiga, um medo inconsciente.

Minha vontade é correr. A primeira vontade, ao menos! Mas então, eu consigo lembrar:

- Isso não é real - digo para mim mesmo.

Foi então que assimilei os olhos vermelhos à marca negra que Justin viu em Dave. É ele, aqui está meu alvo. Não posso correr agora, por mais assustador que seja.

- Vem aqui, pesadelo. Vamos brincar.

Não nego que ainda tinha aquele medo no fundo, esquecendo-se que isso não é uma serpente e sim uma daquelas criaturas que eu e os outros costumamos matar regularmente. Meu artefato aqui seria um adianto, mas talvez também possa ser um atraso. Não sei as consequências dele nessa dimensão, que querendo eu ou não, pertence ao monstro de várias formas e olhos vermelhos.

Ela sibilou outra vez e seu corpo grosso se lançou contra um meu em um bote. Sua boca aberta me permitiu ver dentes Cobras não têm dentes! Eu saltei para a direita, desviando e a coisa fora diretamente de encontro ao chão, que tremeu com o impacto.

Dei uma risada, a fim de provocar.

- Tsc, doeu? - Indaguei.

Ela ergueu o corpo outra vez e pude notar seus três metros nesse momento. Gemi, sentindo meu estômago embrulhar e parti ao seu encontro sem conseguir mais sustentar a coragem e ao mesmo tempo em um surto de adrenalina.

O corpo pesado veio em minha direção enquanto eu saltava e então, com um golpe que costumo fazer com a espada, minha estaca atravessou a pele fria e escamosa. A cobra produziu um sonho estranho de dor e enquanto caíamos, ela se dez em cinzas.

Aterrissei sentindo o baque do solo contra meus pés, e quando ergui o rosto, tudo ao meu redor estava ficando ainda mais escuro. Até que por fim tudo sumiu e eu ouvia de longe uma conversa confusa na sala de estar.

Point View Of Camila

Não sei dizer ao certo o que sinto, é confuso.

Há um segundo, eu estava ao lado de Lauren esperando qualquer sinal de sonolência que pudesse sentir para a chegada do pesadelo, e agora, estou de pé na floresta de Far Hills. O sol está se pondo, sei disso pelas sombras que ele projeta no solo ao contornar as árvores e o clima está ameno. Parece o início do outono, quando partes das árvores estão desprovidas de suas folhagens, já que estas por sua vez ficam espalhadas agora pelo solo ligeiramente úmido por uma chuva ou garoa recente.

- Isso não parece um pesadelo - murmurei caminhando na direção do meio da floresta.

- Você ouviu isso? - A voz de Lauren soou em algum lugar perto.

Sua entonação foi de surpresa, não de guarda. Uni as sobrancelhas e ouvi alguém lhe responder:

- Não ouvi nada, amor.

Não é minha voz, com toda certeza.

Apertei a estaca mais firme e senti todo o meu corpo estremecer com a ansiedade que me tomou. Quem estaria ali com ela e porque a chamara de amor? Será esse o meu pesadelo?

Caminhei sorrateira na direção das vozes e não demorei a encontrar entre as árvores, Lauren com os braços ao redor da cintura de Alexa. Ela olhava em volta, buscando de onde viera o som enquanto os braços da loira envolviam seu pescoço. A garota esboçou um sorriso para a morena, que a olhou com um sorriso suave.

- Deve ter sido só impressão - disse Lauren, em um tom suave.

Meu coração se apertou e um nó se fez em minha garganta. Lauren estava me traindo? Mas por quê? O que é que eu havia lhe feito para merecer isso?

Um milhão de perguntas rondando minha cabeça enquanto eu via a cena mais dolorosa até agora. As duas se beijavam com fervor, como se nada mais importasse e nada fosse melhor que isso. Ela a beijava, como me beija todas as noites que dormimos juntas... Mas por quê? Por que faria isso comigo?

Eu apoiei a mão na árvore e encostei a testa na mesma, sentindo meus olhos arderem e a tristeza tomar lugar da ansiedade e curiosidade. Meu peito doía, e a qualquer momento eu poderia gritar bem alto, mas então ela me pegaria ali e poderia pensar que eu estou a seguindo.

Foi então que me dei conta do objeto em minha mão livre. A estaca. Apertei-a com força entre meus dedos...

- Isso não é real - sussurrei.

Sai de trás da árvore, agora sem me importar em permanecer escondida. Os olhos curiosos das duas se voltaram para mim, e Lauren entreabriu os lábios surpresa enquanto Alexa esboçou um sorriso de canto pretensioso e maligno.

- Agora sua ex-namorada está nos perseguindo - ela disse à Lauren, que não respondeu. - Só me restava essa. Camila, ainda não superou o término?

Seus olhos voltados para mim eram quase ferozes, mas eu tinha de ser mais. Uma das duas era o monstro, e eu precisava matar.

Ergui o rosto e respirei fundo, entediada. Com um sorriso malicioso, balancei negativamente a cabeça. Eu dei um passo à frente, e Alexa fez o mesmo cruzando os braços sob os seios com o queixo erguido.

Lauren se manteve quieta com as mãos nos bolsos.

- Você não é real - eu lhe disse. - É parte de um sonho ruim. Você está morta há semanas, Alexa.

A loira uniu as sobrancelhas e deu uma gargalhada alta e carregada de ironia sem descruzar os braços.

- Por favor... - Ela uniu as sobrancelhas para mim. - Agora enlouqueceu?!

- Não, estou perfeitamente sã - respondi. - Só que digamos que sonhando...

Era a ficha que eu precisava.

Alexa parou de sorrir e ficou séria. Seus oscilaram entre a cor comum e um vermelho que ocupou todo o globo ocular.

- Olá - eu disse com um sorriso.

Ela rosnou e correu em minha direção, despreparada. As mãos estendidas em minha direção com enormes garras brilhantes. Eu desviei deixando que ela passasse direto e assim que foi de encontro à árvore, ficando agarrada no tronco desta pelas garras fincadas no mesmo, eu me virei cravando a estaca em suas costas.

A fera gritou em agonia enquanto seu corpo ficava negro, e logo se reduziu apenas a cinzas que cobriram as folhas sob seus pés. Arfei, e tudo começou a girar, e escurecer. Olhei para Lauren, mas ela já não estava mais lá.

Point View Of Zayn

Sabe quando você está sozinho no escuro e sente medo de algo, mas não faz ideia do que seja? É como se houvesse algo no escuro, observando você, pronto para te pegar e rasgar, mas você não faz ideia do que ou de quem seja e por mais que queira correr, as suas pernas não funcionam?

É uma típica sensação de quando somos crianças, quando temos medo de dormir mesmo sabendo que nossos pais estão ali no mesmo corredor e que se ouvirem qualquer coisa fora do comum virão correndo para lhe acudir... A diferença para mim nesse momento é que tenho dezenove anos, não sou uma criança faz tempo, e meus pais não estão no quarto ao lado... E eu não estou em casa.

Para ser sincero, eu não sei onde estou.

Tudo a minha volta está escuro demais e meus olhos não conseguem se adaptar à falta de luz desse lugar. Não consigo ver nada, nem mesmo minha mão a frente do meu rosto e confesso que isso é apavorante. Eu adoraria correr para algum lugar, mas correr sem ver por onde pisa é muito arriscado.

Principalmente quando tudo está fora do seu controle.

A estaca permanece firme em minha mão, pronta para ser usada, mas onde devo usar? Onde devo desferir? Faz anos que não treino com vendas, nem lembro ao certo o que devo fazer.

Um som agudo de algo cortando o ar, algo se chocou contra minha pele e provocou uma ardência do lado esquerdo de meu rosto. Levei a mão à bochecha e senti ali liquido quente. Meu sangue.

Meu coração dispara e posso ouvir meu sangue em minhas veias:

- Isso não é real. Eu não tenho medo. Quem está aí? - Eu gritei.

Algo riu. Bem baixo e ameaçador.

Cambaleei para trás e olhei em volta na esperança de ver algo, mas não há luz. Fecho os olhos, como fazia para colocar a venda. Respiro fundo e tento limpar minha mente, ignorar o medo que percorre meu corpo e a suave dor em minha face.

Ouço um passo hesitante à minha esquerda e com isso troco a estaca de mão, me esforçando para ouvir e ver com atenção.

- Por que escuro? - Perguntei. - Medo de me enfrentar cara a cara?

- Você sempre teve medo do escuro, Zayn - disse a voz. - Lembra? Quando os monstros se agitavam debaixo de sua cama e armário e seu pai lhe repreendia por ter medos tão infantis e tolos? Eu sou o monstro debaixo de sua cama!

Estremeci. Meus dedos apertaram a estaca mais forte e meu corpo inteiro pareceu adormecer um segundo antes de um surto de adrenalina. Eu desferi um golpe para minha esquerda, com a estaca na mão, mas tudo que atingi foi o ar.

Meu corpo desequilibrou por um momento, mas logo me recuperei. Minha mão tocou algo, uma parede firme e lisa.

Outra risada.

- Que feio! Não sabe que não pode bater? - A voz veio de perto. Bem perto.

- O que você quer coisa?

- Quero você - disse. - Quero espalhar o medo e o pânico... Quero ficar até a meia noite.

- Não vai acontecer - respondi.

Ela suspirou, parecendo entediada.

- Veremos - disse.

- Você quer mesmo parecer que tem coragem, mas está morrendo de mim.

- É você quem me teme, guardião! - Guinchou.

- Prove - respondi.

Seus passos se agitaram, vinha em minha direção. Preparei a estaca e encostei as costas na parede, identificando que vinha pela frente e não pelos lados. Um sorriso surgiu em meus lábios.

Ótimo.

Um metro, meio metro... E ela estava cara a cara comigo. Bufando. Permitindo-me sentir sua respiração quente e pesada, acelerada como a de um touro furioso. Eu sorri. Não pensei que fosse ser tão fácil, que eles fossem tão burros.

Com um golpe, minha estaca penetrou a pele da coisa que engasgou me fazendo acreditar que acertei sua garganta. Eu aperto com a força a estaca, mas ela se desfaz logo depois um grito furioso do monstro.

- Zayn! - Ouvi ao de Gigi parecendo distante.

Point View Of Lauren

Tudo está destruído ao meu redor, mal consigo reconhecer a floresta. O cheiro de árvore e carne queimada é a pior parte. Ainda há pequenas chamas espalhadas por todo o lugar e algumas árvores ainda resistem apesar de estarem a um passo de serem carbonizadas. Esfrego a mão em meu rosto, olhando em volta, sentindo meu corpo fraquejar com a exaustão.

Não consigo me lembrar da última vez que me senti tão fraca.

Olho bem a minha volta, procurando qualquer pessoa conhecida e então entre alguns troncos eu vejo uma mão muito conhecida por mim... Os dedos cumpridos e delicados estão repousados no tronco da árvore, e sujos com as cinzas, mas o anel no anelar direito continua limpo como se tivesse sido protegido.

- Camila! - Gritei.

Eu corri em sua direção, contornando o amontoado de troncos que cobrem seu corpo para enfim encontrar minha amada ali. Seu cabelo está bagunçado, e o rosto sujo voltado para o outro lado. Há ferimentos por todo o seu corpo e o tronco está contra seu quadril.

- Camz, por favor, acorda amor - sussurro desesperada.

Não há nem uma resposta ou movimento. Seu peito não está se movendo lentamente como costuma fazer enquanto ela respira, não há nem um sinal que minha menina está nessa casca.

Empurro o tronco com magia, para então encontrar parte de seu corpo esmagada. Meu peito dói e se aperta e tapo a boca com força, sentindo meus olhos queimarem. Sem conseguir me conter, começo a chorar feito uma criança sobre o corpo da minha amada. O que aconteceu? Onde eu estava? Por que não a protegi?!

Percorro o seu rosto com caricias apesar de minhas mãos trêmulas pelo desespero enquanto o nó persiste em minha garganta, e eu, sem conseguir conter o choro... Até que sinto algo estranho em minha mão.

Meus dedos se fecham contra o ar, e então uma estaca se materializa entre eles.

- Isso não é real - digo baixinho.

Abaixo o olhar para Camila e ela abre os olhos, estão vermelhos.

- Você não estava aqui, Lauren - diz ela. - Quando eu morri... Você não estava aqui.

- Você não é ela - respondi.

O monstro balançou a cabeça negativamente de forma lenta e começou a assobiar antes de seu rosto mudar lentamente. O cabelo escuro sumiu, assim como o rosto delicado de minha Camz. Deram espaço a novas cores e traços que correspondem à Alexa.

Soltei sua cabeça e me afastei alguns centímetros, olhando com assombro a coisa que estava deitada no chão.

- Você me deixou morrer - ela disse. - Você permitiu que me matassem quando eu só queria ajudar você! Eu te amei.

- Alexa só amava popularidade - rebati.

A coisa sorriu e então, outra metamorfose.

Austin agora estava ali, com a boca cheia de sangue e a camisa rasgada como naquela noite.

- Você não estava lá para mim também, e não estará para Camila quando for vez dela - disse ele. - Você vai deixá-la morrer só, não vai? Porque você não é forte para ver isso.

- Eu nunca a deixarei!

Ele riu, e eu aproveitei essa deixa.

Ergui a estaca, e a abaixei com um grito de fúria. A coisa abriu os olhos e abriu os lábios em surpresa, pouco antes de meu objeto atravessar seu peito. Ele gritou de fúria e o som foi distorcido enquanto ele se desfaz em cinzas.

Soltei a estaca e me vi sentada olhando para um amontoado de cinzas e destruição que aos poucos se desfaz em escuridão.

- Amor? - Ouvi Camz.

Meus olhos se abriram em um susto e eu não consegui evitar. Assim que a vi bem e de pé a minha frente, eu a puxei para mim e lhe dei um forte abraço, que foi retribuído sem hesitação.

Ela riu baixinho, contra meu ouvido, enquanto desfazia o abraço.

- Você está bem? - Perguntou.

- Agora estou - eu sorri.

Ainda tinha a sensação ruim de vê-la morta... Naquele estado. Camila não é só uma namorada, ela é tudo que eu quero e preciso. Ela é o amor da minha vida.

- Vocês quatro entraram em transe juntos - Dinah disse. - Mas você foi a que mais demorou. Já estávamos preocupados... Ficou quase uma hora assim.

Olhei-a surpresa, e uni as sobrancelhas vendo Zayn com um curativo.

- Está tudo bem - ele disse ao ver meu olhar.

- Merecemos um descanso, não acham? - Gigi sugeriu. - Esses pesadelos não são nada fáceis.

Rimos baixinho e eu assenti brevemente.

- Nos vemos amanhã pela manhã? - Sugeri.

- Feito - Harry respondeu antes de todos, quase desesperado.

Rimos dele, e então os outros vieram se despedir de nós.

Quatro já foram... Temos mais três pela frente.



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