1. Spirit Fanfics >
  2. Guerra é Guerra >
  3. Thiago e Lenora- O meu feliz para sempre. O nosso.

História Guerra é Guerra - Thiago e Lenora- O meu feliz para sempre. O nosso.


Escrita por: LisM

Notas do Autor


Cheguei negonas maravilhosas e hoje com o ultimo capitulo dessa fanfic que já dura quase 3 anos. Quero agradecer a cada uma de vocês que me acompanhou até aqui. Passei por inumeras coisas durante essa fanfic, mas vocês sempre me davam força para continuar. Foi maravilho escrever sobre Lenora, uma personagem inspirada no meu livro favorito, uma personagem tão forte e tão complicada. Foi maravilhoso me imaginar em cada cena e espero que tenha sido maravilhoso para vocês também. Obrigado por tudo maravilhosassss, beijinhosssss.

Capítulo 32 - Thiago e Lenora- O meu feliz para sempre. O nosso.


-Tá tudo errado, Thiago. - A mulher magrela andava de um lado ao outro enquanto gesticulava desesperadamente. – Você e Natália não podem se casar.

 Ela para e encara-me. Seus olhos castanhos imploram para que eu repense minha decisão. David estava um pouco atrás, parecia ainda não ter percebido a intensidade da nova noticia.

- Acho que isso não é uma decisão sua, Fernanda. – O olhar complacente da menina se choca com o meu.

- Acho que deveria repensar. – David se pronuncia por fim enquanto aconchega-se ao meu lado no sofá.

- Já está decidido meu amigo. – Sorrio para David que me resposta, atravessa um dos braços pelo meu ombro e da dois tapinhas. – Quero que sejam meus padrinhos. – David assente com a cabeça.

Volto o olha fixo para Fernanda. A jornalista permanece intacta no seu lugar. Seus braços estão cruzados e sua expressão é seria. O frio vendo que entra pela janela faz as cortinas e seus cabelos balançarem em uma linda sintonia.

- Mas... Ela usa Crocs... Crocs.

A expressão da jornalista é confusa.  Ela leva uma das mãos até o queixo, acredito que ela esteja pensando em um argumento mais convincente.

- Adoraria ser seu padrinho, em outro momento, mas dessa vez não vai dar, mano. – David meche em sua cabeleira enquanto fala. – Não vou assistir você destruindo sua vida e bater palma.

Compreendo a preocupação de meu amigo. Sei bem que da ultima vez que eu e Natalia tentamos ficar juntos, eu acabei saindo muito magoado. Porém as coisas agora eram um pouco diferentes, tinha um bebe a caminho. Eu queria uma família unida para recebê-lo. Entendo que meus amigos não aceitem, mas é o que eu irei fazer.

- A Lenora já sabe? – Fernanda dispara. – Ela ainda espera que você volte para ela, Thiago...Se você ao menos atendesse as ligações dela...

Um buraco profundo se abre em minha garganta, de repente parece impossível que qualquer palavra saia da minha boca. O nome. Aquele nome. Fazem com que minhas forças se diminuam até o fim. Meu estômago se entorta sou de ouvir seu nome. Estou preso em seu perfume, em seus lábios desenhados em um coração, em seus olhos que inspira a melhor canção vinda de dentro de você. A vejo, bem ali na minha frente. Tento correr para abraçá-la e a prender em meus braços para sempre, mas não o faço.

- Não acho justo que case com alguém que não ame.

A voz de David faz com que Lenora vá embora. Vejo-me mais uma vez sozinho. A escuridão me atinge junto com sua partida, como se eu não pudesse respirar.

Eu ainda a amo.

- As vezes só o amor não é o suficiente.

 

(...)

 

Respire fundo.

Repito inúmeras vezes para mim. Minhas mãos estão tremulas ao ponto em que mal consigo terminar de ajeitar minha gravata.

Hoje é um dia importante. E o dia do meu casamento.

Quando eu e Isabelle decidimos nós casar, pensei que seria para sempre, por mais clichê que pareça sempre acreditei em felizes para sempre.

Se no dia do meu casamento com Belle me dissessem que hoje estaria casando com alguém que eu não amo, com certeza eu riria. Sempre fui muito sincero comigo e com as pessoas ao meu redor, para mim não existia meio termo, ou eu gostava muito, ou não gostava.

Por esse motivo me tornei jogador de futebol, por ser apaixonado pelo que eu faço. Por esse motivo contrariei a todos e fui atrás de Lenora, por ser apaixonado por ela.

A paixão nos força a muitas coisas, coisas que talvez não faríamos se estivermos em sã consciência. É como uma droga, quando mais você consome, mais precisa consumir e se não consumir ela acaba com você.

É assim que me sinto neste momento, consumido por Lenora. A pior de todas as minhas drogas.

Estou prestes a casar-me com Natalia, mas onde meu coração realmente está é em Lenora. Sinto vontade de ligar, para apenas perguntar se ela viria ao casamento.

Apenas de ouvir a voz dela ou simplesmente  vê-la mais uma vez já alimentaria, ainda que por um pouco de tempo, o meu vicio.

Ouço algumas batidas na porta. Simultaneamente vejo a personificação de bondade e amor logo a minha frente. Dona Angela Maria, minha mãe. Seu sorriso cativante se destaca em sua pele bronzeada naturalmente.  O vestido longo que a desenha é de um tom de rosa que qualquer mulher chamaria de ‘’nude’’ , coberto em pedras. Não acredito que seja o vestido que minha mãe escolheria sem a pressão de Natalia.

- A senhora está uma coroa enxuta. – Faço um sinal de joia com o polegar e minha mãe gargalha. – Olha esse vestido. – Seguro uma de suas mãos ao alto e faço-a dar uma volta.- Maravilhosa.

- Achei um pouco exagerado, mas Natalia sabe muito bem como convencer alguém. – Ela leva as duas mãos até meu rosto e acaricia minhas bochechas. – Acho que não quer isso de verdade, vejo nos teus olhos.

- Mamãe...

- Thiago, meu filho... Eu te conheço tão bem, sou sua mãe, vou amá-lo e apoiá-lo no que você decidir... – Seu sorriso complacente invade seu rosto. - ... Mas não se engane, você não ama essa menina. Não acho que deva se casar, mas se mesmo assim ignorar o que você sente, o que todos os seus amigos sabem que você sente, vai em frente. – Ela puxa-me para um abraço acolhedor. – Apenas quero que saiba, que a sua felicidade está na palma de sua mão meu amor, não a perca.

 

 

(...)

O instrumental do violino é encarregado de arrojar um belíssimo inicio ganhando pouco a pouco o peso dos outros instrumentos, a cerimônia se inicia. Caminho em passos lentos até ao altar, estou nervoso, minha mãe segura em minha mão e me guia, sorrio e encaro todos os convidados enquanto dou pequenos passos. Até que a avisto na multidão.

Meu mundo para. E é como se existisse apenas eu e ela ali. Sinto minha respiração falhar. Abaixo minha cabeça para recupera a atenção e quando a levanto já estamos no lugar certo.

- É com ela que você deveria estar.

É a ultima coisa que minha mãe sussurra antes de me deixar ali e ir para o seu devido lugar.

Ela está linda. Seu cabelo está preso em um coque com alguns fios que caem em seu rosto embelezando-a ainda mais . Não consigo ver nada mais do que o busto do vestido de cor verde em um ombro só. Ela sorri, como se desejasse boa sorte. Talvez ela já tenha me superado. Respiro fundo para não chorar.

Sei que ainda a amo. Meu coração dói só de vê-la. Dói só de lembrar o quanto eu a amo. É dela que eu preciso. É com ela que eu quero estar. Ela é o amor da minha vida. É com ela que eu deveria estar me casando agora.

Eu a amo.

É só o que eu consigo repetir para mim neste momento.

Eu a amo, a amo muito.                  

A música que toca agora é conhecida por mim e por Lenora. “A thouse year” a musica que ouvimos no meu carro. Os olhos de todos se voltam ao começo do tapete vermelho, e lá está Natalia. Sinto vontade de correr para o mais distante possível. Sei que meus olhos estão cheios de lágrimas, mas seguro-me para não deixar que elas rolem.

Natalia chega ao meu lado no altar, todos sentam-se para que o Pastor continue a cerimônia, porém Lenora não. Ela continua de pé.

Agora posso ter a visão total do deslumbrante vestido que ela usa. Imponderada e linda, como a conheci. Não entendo o motivo para que ela ainda esteja de pé, mas desejo que ela continue assim.

- Eu te amo.

O olhar de todos vira-se para minha amada Lenora. Meus olhos estão fixos nela, sorrio para que ela continue.

- O que disse? – O Pastor pergunta desacreditado.

-Nada, ela não disse nada... Nada mesmo. – Natalia declara afobada. – Vamos logo com isso, eu aceito.Nós aceitamos amor, não é mesmo?

Meus olhos ainda estão presos em Lenora. Imploro para que ela continue.

- Na verdade eu disse sim.

Respiro fundo. Tenho vontade de correr até ela e beija-la, mas permaneço sem acreditar no que vejo.

- Eu te amo... Eu te amo, Thiago... E mesmo que depois que eu termine de dizer isso você ainda queira casar com ela, eu não vou cansar de dizer que te amo. Eu te amo. Não existe a menor possibilidade de eu não te amar, não existe a menor possibilidade de eu não te fazer feliz. Porque eu nasci pra te amar. Você é tudo que estava faltando na minha vida, e eu espero sinceramente poder ser o mesmo pra você... Muito obrigado, Pela vida que eu nunca imaginei que ia ter um dia, pelo amor que eu nunca achei que seria capaz de sentir. Nos somos muito diferentes, diferentes de um jeito que eu acho incrível porque eu completo você e você me completa. E mesmo que você venha ter um filho com ela, eu sei que ela não é a mulher que você ama. E se mesmo assim você ainda decidir ficar com ela. Eu apenas agradeço, agradeço por todos os momentos em que você me fez sentir única. E acredito que o amor que eu sinto por você nunca vai acabar. Você foi a a minha vida e agora está sendo a minha morte. E essas duas coisas só vêm uma vez...

Sinto as lágrimas que rolam por todo o meu rosto. Lenora termina suas palavras e sai de cena em passos lentos. Meu coração está acelerado. Minhas pernas estão bambas. Olho para Natalia. Ela está desolada.

- VAI LOGO THIAGO.- Fernanda grita ao fundo.

Com a confiança de quem acaba de descobrir que tem a felicidade na palma das mãos, corro para alcançá-la. Sigo pelo caminho de velas até encontra-la.

-Eu também amo você.

Nossos lábios se encostam. Sinto como se esse fosse o nosso primeiro beijo. Seu hálito é doce e seu beijo é delicado o suficiente para que eu não queira que acabe. E quando por fim acaba, encaro seus lindos olhos castanhos.

- Esse é o meu feliz para sempre. – Declaro.

- O nosso. – Lenora termina.

E pela primeira vez, me vejo exatamente onde eu realmente queria estar, ao lado da pessoa que eu amo.

 

(...)

Lenora

 

- A sala é um pouco mais apertada que a minha, mas acho que dá para o gasto. – Dou uma gargalhada enquanto apoio a caixa em minha mão encima da mesa de vidro.

- Não seja chata, temos a melhor vista de Paris. – Fernanda corre até a janela e abre à persiana.

- Vou sentir sua falta. – Corro até Fernanda e a abraço.

- Como assim ta tendo abraço e ninguém me convidou? – Zara, que agora está com o cabelo verde, coloca a caixa que segura no chão e corre até mim e Fernanda.- Adoro abraços em grupo.

- É bom ter uma pessoa competente como você no meu lugar. – Fernanda declara assim que termina o abraço em grupo.

- Não enche muito a bola dessa ai não, se não ela fica chatonilda.- Zara gargalha.

- Pronta minha magrela? – David aparece na porta.

- Pelo amor de William Bonner estamos muito atrasados.

Me aproximo de Fernanda e abraço-a um pouco mais forte. Logo em seguida, vou até David e o abraço também.

- Me liguem quando chegarem em Londres. Boa sorte no Chelsea, David.

- Sabe que eu sou top né – O zagueiro gargalha. – Cuida do meu garotão viu, Lenni.

- Ela pode até cuidar de mim, mas nada de ficar falando a palavra ‘’top’’ pelo amor, ninguém mais fala isso.  – Thiago acaba de chegar com a ultima caixa.

- Boa sorte na ESPN Paris, Lenni. – Fernanda olha-me com ternura. – Nos vemos logo.

- Então vamos, vamos , vamos, porque isso aqui ta ficando meloso de mais. – Zara gargalha.

- Você vai pra Londres também? – Indago.

- Não mulher, vou só aproveitar a carona de graça, ia ter que pagar Uber, mas o destino foi bondoso comigo.

Fernanda, David e Zara terminam suas despedidas e saem deixando apenas eu e Thiago na sala.  David havia sido recontratado pelo Chelsea e Fernanda iria com ele para Londres. Ela havia me indicado para redatora no lugar dela e acabei conseguindo a vaga. Alguns meses haviam se passado desde o dia do quase casamento de Thiago. A cada dia que passava eu só percebia como a escolha que eu fizera foi perfeita.

-Então, o que acha?

- Pequeno demais para o seu ego.- Thiago ri.

- Idiota.

- Eu acho perfeito... Mas sabe o que eu acharia mais perfeito ainda?- Thiago aproxima-se de mim perto o suficiente para que eu sentisse o seu hálito.- Se você se casasse comigo. – O zagueiro puxa do bolso uma caixinha e abre na minha frente. – Quer ser minha esposa?

Mal consigo respirar, mal consigo permanecer de pé.

Era o meu feliz para sempre. O nosso.

 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...