História Guerra é Guerra - Sucess and Bowling

Os aplausos podiam ser ouvido do lado de fora e não era exagero dizer que eles arrasaram, todo o elenco se reuniu na frente do palco e agradeceu ao público, eles estavam satisfeitos com toda a dança, a música, a peça em si, eles estavam felizes porque havia terminado, mas tristes porque aquela era a última apresentação antes da formatura.

— Parabéns meninos – a professora dizia na coxia, onde estavam todos reunidos, sendo agraciados com palavras de elogio e carinho de seus familiares.

— Obrigada professora – Grace agradece – quando sai a nota?

A professora ri com todos os outros.

— Tá certo senhorita Stuart, sairá na segunda-feira, agora aproveitem o final de semana e descansem – a professora diz animada e sai andando.

Era eufemismo dizer que eles não estava cansados porque aquela semana havia sido a pior de todo o semestre e eles pareciam carregar uma tonelada nas costas, mas estavam tão animados, tão emocionados que decidiram que não parariam por ali, eles comemorariam o sucesso da peça, por isso quando Cameron gritou Boliche, todo mundo assentiu em um grito unânime.

Então como definido, todos se arrumaram e saíram até o boliche ali perto da escola. Eles costumavam ir ali depois dos jogos de basquete, mas fazia tempo que a temporada havia acabado e mais tempo ainda que havia ido lá por conta do espetáculo.

— Minha vez – Natália levanta e corre até a bola, pegando e indo até a pista, jogando de uma vez e acertando os dois pinos da esquerda – eu odeio esse jogo.

— Só diz isso porque você perde em todas as vezes – Giulia diz animada e se levanta, indo pegar uma bola rosa, logo jogando acertando todas, sua comemoração foi uma reboladinha que fez a irmã gêmea e Marjorie imitarem.

Eles haviam se dividido em times, as meninas jogariam primeiro e depois os meninos. Giulia, Marjorie, Aileen e Meaghan ficaram em um time, Franciele, Natália, Grace e Poliana em outro. O time que ganhasse teria que esperar pela partida dos meninos, e quando descobrisse o time final, eles jogariam um contra o outro.

Nem é preciso dizer que isso deu uma confusão e tanta, Poliana gritando que Marjorie estava roubando, Gilinsky concordando pra colocar lenha na fogueira, Giulia tentando bater no Matthew por ter colocado o pé pra ela tropeçar, o que causou um jogo acidental da bola.

Aquele grupo era muito caótico e Aileen só sabia rir e aproveitar aquele momento, era um dos últimos momentos de sua vida escolar, poderia ser ou não um dos últimos momentos com seus amigos unidos daquele jeito, mas ela esperava que não, que a vida fosse boa e que os unisse novamente.

Eles adentraram a pizzaria fazendo a maior algazarra e se divertiram muito ali, mas ao final da noite todos estavam muito cansados para manter o humor animado, alguns pareciam até estar bêbados, tipo o Taylor, que eles não faziam ideia se ele realmente não havia bebido algo.

Cada um tomou seu rumo para seus determinados quartos, exceto os casais, alguns decidiram dormir juntos no quarto. Aileen adentrou o quarto dos meninos e sorriu para Gilinsky que estava se arrumando para sair, naquela noite só haveria ela e Johnson ali, até Shawn parecia ter ido dormir no quarto de Camila com as Harmony.

— Até mais pessoal – Gilinsky diz e sai do quarto, recebendo um tchau bem breve.

— Quer tomar banho? – Johnson pergunta e Aileen apenas assente cansada, estava até aquele momento sentada na cama dele.

Ele lhe entrega a toalha, uma camisa e uma cueca nova, e ela apenas agradece, indo para o banheiro fazer sua higiene, estava louca pra cair na cama e foi exatamente isso que fez quando retornou ao quarto, vendo seu namorado adentrar o banheiro minutos depois.

Aileen suspirou, deveria terminar de escrever seu discurso, por isso puxou o celular, seu bloco de notas estava ali, com o ponteiro piscando, mas ela não fazia ideia do que mais colocar ali, tinha começado no papel e passou para ali, com medo de seus amigos verem. Mas não parecia faltar nada, parecia perfeito, e ela o manteria daquela forma.

— Pensando em que? – Johnson se junta a ela, a fazendo bloquear o celular e se aconchegar nele.

— No meu discurso, acha que vai mudar vidas? – Aileen pergunta pensativa.

— Vai ser épico – ele diz deixando um beijo na testa dela, e um selinho nos lábios – então... Princeton, hmm.

— Columbia – ela assente – o que faremos?

— Tentamos? – ele pergunta incerto, mas aquela não era a resposta que desejava dar, eles se amavam, estava claro, mas era da vida deles que se tratava, era necessário uma decisão definitiva, uma que não prejudicaria ninguém.

— Sabe que não é isso que queremos – ela diz certa de si e ele assente, pensava a mesma coisa – podemos ser amigos, certo?

— Como no início – ele diz sorrindo e deixa um beijo no nariz dela – quero que tenhamos a oportunidade de viver como bem queremos, aproveitar todas as experiências da universidade.

— Então quando nos mudarmos estaremos terminados? – ela pergunta e algumas lágrimas brotaram nos olhos dela.

— Estaremos – ele assente com um suspiro.

Não era uma decisão fácil, mas também não era uma decisão difícil, eles estavam de acordo, mas ainda assim seus sentimentos eram impossíveis de não ser sentidos.

— Eu te amo – ela diz deixando um beijo no rosto dele.

— Eu também te amo linda, e se o nosso futuro for ficar juntos, te garanto que voltaremos a nos ver – Johnson diz com um suspiro e a acolhe em seu peito.

Crescer tinha lá suas dificuldades, e eles precisavam ir, precisavam seguir seus destinos, precisavam confiar em suas intuições, precisavam estar dispostos a viver, viver como se não houvesse amanhã.

— Faz amor comigo? – ela sussurra e ele apenas assente, tomando os lábios dela em um beijo calmo, um beijo que a fez sentir todo amor que aquele garoto tinha por si.

E ela o devolveu, precisava deixar claro pra ele que sim, ela o amava de todas as formas e estaria ali para ele, sempre, não importava onde estivessem.