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História Guerra é Guerra - What the hell you think youre doing?


Escrita por: autora_santiis

Capítulo 7 - What the hell you think youre doing?


A quadra estava cheia, os alunos do Dreamers tomava seu lado da arquibancada, enquanto a torcida do time adversário os Tiggers, estavam do outro lado, prontos para torcer também pela sua escola. Camila, Lauren, Ally, Normani e Dinah se reuniram perto dos bancos, para falarem sobre os últimos preparativos da torcida que fariam.

As líderes logo começaram a animação com o grito de guerra e não demorou para o time da casa entrar em campo, seria um jogo difícil, afinal, o capitão do time não estava ali, e o reserva tivera apenas três dias para treinar, ele achava loucura, mas não podia reclamar, já estava decidido, seria daquele jeito.

O outro time entrou em quadra e logo o juiz, aquele seria o primeiro jogo da temporada, então precisavam dar um show.  Todos os trâmites foram iniciados e não demorou para o juiz apitar e o relógio começar a marcar, o jogo estava rolando.

— Alguém viu o Shawn? – Poliana pergunta, enquanto acompanhava com atenção os passes entre os times na quadra.

— Ele não foi nem para o café da manhã, o Johnson disse que ele acordou super cedo – Aileen conta, também acompanhando o jogo com atenção, não que a presença de Shawn não fosse importante, mas o jogo estava emocionante – vai Cameron – ela grita ao mesmo tempo que as outras e o loiro fez uma cesta de três pontos, soltando um beijo na direção delas.

— Exibido – Marjorie resmunga e olha ao redor, vendo Dália adentrar a quadra – sensor de piranha apitando.

As meninas tiraram o foco do jogo para ver a garota agora de cabelos rosas entrar na quadra. Ela tinha um sorrisinho sarcástico no rosto e mirou as meninas com desdém.

— Eu ainda vou apagar o sorrisinho daquela ridícula – Giulia reclama, não estava na torcida por simplesmente ter torcido o pé, estranhamente depois de passar perto de Dália – tenho certeza de que cai por causa dela.

— Quando for dar uma lição nela, me chama, eu vou junto – Aileen diz cúmplice.

— Chegamos – Natália diz se sentando ao lado de Marjorie com três sacos de pipoca na mão – aproveitem, são as últimas.

— Quanto tá o jogo? – Grace pergunta olhando para o placar e bufando frustrada, logo mirando Aaron que roubou a bola e saiu no contra-ataque – esse é meu garoto – ela grita fazendo suas amigas lhe encararem.

— Seu é? – Meaghan diz com um sorrisinho cínico – vocês dois – ela nega e volta a prestar atenção no jogo.

O jogo estava emocionante demais e os Dreamers estava perdendo de três pontos. Mas claro que aquilo não durou muito, depois da cesta de três pontos do Gilinsky, aquele garoto era um monstro no basquete.  Os meninos correram pela quadra, em busca da virada e conseguiram.

O jogo se seguiu bem, até o primeiro intervalo, ali o caos veio à tona. A garota parada na lateral da quadra fez questão de correr e pular no colo do loiro que a segurou assustado, mas tratou de largar imediatamente quando os lábios dela tocaram os dele, todos olhavam para os dois, principalmente a namorada dele.

Ele olhou para a arquibancada em busca dos olhos dela e a encontrou seria, sem nenhuma reação, eles haviam decidido que agiriam como um casal, e todos já sabiam deles dois, era claro que aquele beijo fora uma afronta.  Aileen se levantou e desceu as escadas com paciência e elegância, até chegar onde os dois estavam.

— Sabe Dália, eu já esperava isso de você – Aileen diz, todos haviam parado para ver aquilo, parecia um filme de drama diante dos seus olhos – do jeito que você é podre, não sei porque não fez pior, aliás, eu sei sim, é porque você gosta de chamar a atenção.

— Olha como fala garota.

— Eu falo como eu quiser – Aileen deu um passo à frente e rosnou – eu acho que você precisa voltar para a terapia, está começando a deixar evidente a sua falta de controle sobre si mesma, mas sabe Dália, isso não é vergonha, mas é o que me dá, pena de você – Aileen suspira dramática e dá de ombros – você usa a sua condição psicológica para manipular as pessoas, usa disso para fingir que está mal, mas eu sei o seu joguinho, e não irei ceder.

Dália rosna e sai pisando firme para longe da quadra.

— Vamos terminar esse jogo ou não? – Camila grita animada e todos se alegram, gritando enquanto os times iam se reorganizando.

— Eu... – Johnson suspira cansado, enquanto tinha uma mão segurando a mão de Aileen – me desculpa.

— Não se desculpe baby, ela joga sujo, apenas se cuide, okay? – Aileen alisa o rosto dele com carinho, mal ligando para o suor.

Johnson apenas assente e deixa um beijo na bochecha dela, a vendo voltar para seu lugar e receber toques de suas amigas, definitivamente Dália iria aprender onde se meter.

O jogo acabou com a vitória dos Dreamers, Aaron deu todo seu suor para ajudar os colegas de time, e valeu a pena cada esforço. Os meninos foram para o chuveiro enquanto riam e comentavam do jogo, mas a presença de Shawn ali os fez estranhar.

— Precisa de algo? – Nash pergunta confuso.

— Eu soube o que aconteceu com a Dália e o Johnson, eu...

— Se não veio aqui para pedir desculpas por ter nos deixado na mão, nem se desgaste – Johnson diz, curto e grosso.

— Vocês não entendem – Shawn diz meio choroso.

— Então nos ajude a entender – Cameron diz indignado, pela primeira vez levando algo a sério.

E Shawn apenas se calou, optando por sair dali, seus amigos não faziam ideia do que ele estava passando, mas se ele não dissesse, é claro que ninguém ia adivinhar.

...

A conversa na mesa estava mais do que animada, o jantar fora repleto de risos e conversas sobre o emocionante jogo.

— E aquele passe do Nash, foi incrível – Marjorie fala, sendo incentiva por Poliana e Aileen, que mirava os dois com sorrisos cúmplices.

— E o meu? Aquele que joguei para o Aaron e ele deu uma cambalhota e passou por baixo da perna do adversário? Achei que estava em um filme do Jackie Chan – Cameron diz sugestivo e Marjorie ri, assentindo, mas não prestava atenção em Cameron.

— Foi incrível mesmo – Marjorie diz, fazendo todos na mesa rirem e trazê-la de volta a realidade – o que?

— Você precisa aprender a disfarçar melhor – Mahogany diz se sentando ao lado da castanha.

— Me deixem – Marjorie cruza os braços emburrada e todos riem.

O braço de Aileen foi puxado, não dando tempo nem dela raciocinar o que estava acontecendo, Shawn a estava puxando pelo braço com bastante força, bem desnecessária para o momento.

— Que porra você acha que está fazendo? – a morena se recuperou e puxou seu braço de vez, se soltando do aperto do Mendes.

— Eu preciso de ajuda.

— Não, você não precisa, precisa é de educação – Aileen se afasta dele, já tendo Poliana e Nash ao seu lado.

— É importante – ele súplica e Aileen nega.

— Não Shawn, se quiser ajuda peça aos seus amigos, ou a Dália, eu cansei de tentar salvar alguém que não quer ser salvo.

E ela deu as costas e largou ele lá, sendo acompanhado pelos outros dois, podia ter um certo receio daquilo ser sério, mas não poderia ceder toda vez que Shawn viesse com suas atitudes impensáveis e sem fundamento.

— Aileen – ele chama novamente, mas ela o ignora, deixando-o sozinho no meio do refeitório, enquanto as pessoas cochichavam.

— Vem comigo – Camila diz pegando na mão dele e o tirando dali, levando-o até o corredor dos quartos – você não parece que tem dormido.

— Eu não aguento mais Camz – ele tampa o rosto com as mãos e começa a chorar, deixando para a morena a missão de acalma-lo.

— Me conta o que está acontecendo, por favor – ela súplica e ele apenas olha para ela, com o rosto ainda banhado em lágrimas.

— Vem comigo – ele diz e leva ela até o quarto dos meninos. Shawn dormia no mesmo quarto que Johnson, Gilinsky, Aaron, Nash e Cameron.

Assim que passaram pela porta, Shawn olhou ao redor para saber se alguém estava o espionando e fechou a porta, se virando para Camila.

— Agora me explica – Camila diz impaciente e Shawn aponta para a cama.

— Você ouviu minha discussão com Dalia no final do semestre passado, certo? – ele pergunta e ela assente – acontece que na festa dos veteranos eu bebi tanto que apaguei, mas quando eu acordei, tinha roupas intimas femininas na minha cama e a Dália estava acabando de sair do banheiro, com marcas de chupões, de repente ela começou a chorar e dizer que não queria ter feito aquilo, mas que eu a forcei – Shawn suspira – Camz, eu juro por tudo que é mais sagrado, eu não fiz nada, eu nunca tomaria uma atitude dessa nem bêbado e nem sóbrio.

Agora Camila entendia o porquê Shawn estar tão colado em Dália, e aquilo nem era o pior que ela havia aprontado, bem, tinha muito mais coisas, mas que o moreno guardou para si e Poliana quem teve que dar conta de cuidar dele.

— Então desde que voltou, que ela descobriu que eu tenho tido um interesse na Aileen, ela tem sido obsessiva, eu evito que elas se aproximem, mas não posso ficar atras da Dália o tempo inteiro – Shawn se senta ao lado de Camila e suspira – ela pede coisas absurdas e se eu nego, ela ameaça fazer barbaridades.

— Que tal procurar um adulto? Shawn, nós somos adolescentes, os pais dela precisam tirá-la daqui, você não pode carregar o mundo inteiro nas costas.

— Eu sei, mas... eu fico pensando, e se eu fiz mal a ela Camz? E se eu...

— Não ouse terminar essa frase – Camila rosna nervosa e se levanta, andando de um lado para o outro – aquela garota precisa de tratamento, por favor, apenas conte para a diretora, apenas... a Dália pode se tornar perigosa Shawn, ela beijou o Johnson hoje, no meio da quadra.

Shawn assente meio triste, ele havia visto, e viu também o quanto Aileen parecia ter se segurado para não voar no pescoço da garota.

— Se ela está se movendo, precisamos nos mover também, antes que tudo vá por água a baixo – Camila diz – vamos tirar essa história a limpo.

— Ninguém quer estar perto de mim – Shawn diz cabisbaixo.

— Bem, que tal começarmos com um “por favor” e “obrigada”?

Shawn semicerrou os olhos e apenas assentiu, sabia que no fim de tudo Camila tinha razão e com a ajuda dela, talvez as coisas melhorassem.



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