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História Guerra é Guerra - A terrible and incredible disaster


Escrita por: autora_santiis

Capítulo 8 - A terrible and incredible disaster


O silencio no quarto dizia absolutamente tudo, eles estavam perdidos em pensamentos. O corpo do garoto estava encostado na parede e a garota entre as pernas dele, apoiando as costas contra o peito dele, era uma cena romântica de se pensar, mas eles estavam mal-humorados demais para pensar em algo. O toque de recolher tocou e ela olhou para ele cansada.

— Te vejo amanhã? – ele pergunta já se desvencilhando do corpo dela, ao mesmo tempo que as outras habitantes do quarto adentrava o quarto.

— Te observarei – ela sorri fraco e ele deixa um beijo no nariz dela, dando um selinho em seguida.

— Tchau meninas – ele diz.

— Tchau Johnson – Marjorie responde, já que havia sido a última a entrar no quarto, vendo o garoto sair e logo trancando a porta, se escorando ali – seria crime matá-la sem querer?

— Controle-se – Meaghan sai do banheiro já com seu pijama e se joga em sua cama – mas eu sei esconder um cadáver, só por precaução.

— Você poderia alegar legitima defesa – Giulia dá de ombros e tira a tala do pé – aquela vaca me paga.

— O que mais ela é capaz de fazer? – Franciele pergunta curiosa.

— Ela não pode piorar né – Meaghan dá uma risada nervosa, bem, ela podia e elas tiveram a prova daquilo no dia seguinte.

As seis olhavam para o pequeno palco onde fariam uma noite de karaokê, elas até cantariam, bem, agora não mais, faltavam apenas duas horas e os equipamentos estavam destruídos, os instrumentos da sala de música, e os equipamentos eletrônicos estavam todos molhados.

— O que... – Nash parecia perplexo, ele e os meninos haviam acabado de arrumar os cabos e como só havia ele, Matthew e Jacob, os outros haviam ficado com outras tarefas.

— Estamos acabados, isso vai nos atrasar em horas, e não vamos arrecadar o tanto de dinheiro que precisamos, aliás, os ganhos do mês passado? Esqueçam, vamos ter que concertar isso – Aileen diz frustrada e se afasta para sentar em uma das cadeiras postas ali.

— Não podemos concertar? – Matthew pergunta com um biquinho nos lábios, era fofo.

— Não dá Dino, todas as lojas estão fechadas – Marjorie diz também se sentindo frustrada, não tinha outro jeito, tiveram um prejuízo e ainda perderiam mais dinheiro do que havia arrecadado.

O silencio reinou por ali, não havia mais o que dizer, o que estava feito, estava feito.

— Vou falar com a diretora – Aileen se levanta e olha para Nash – pode vir comigo?

Nash apenas assente e juntos os dois saem dali em direção a sala de Katherine, eles precisavam avisar a ela o que aconteceu e como não podiam provar quem havia sido, não tinha jeito, apenas arcariam com suas consequências. Mas ao chegar na recepção ouviram as vozes exaltadas ali de dentro, algo estava acontecendo.

— Mais uma, e eu te levo embora daqui Dália – a voz grita ao mesmo tempo que a porta é aberta e a garota de cabelos rosas sai da sala, encarando Aileen com ódio.

— A culpa é sua – Dália diz com toda raiva que tinha em si, desejava acabar com a morena, que lhe olhou com deboche, não fazia ideia do que havia acontecido, mas a mulher saindo da sala da diretora poderia facilmente explicar o comportamento da garota.

— Eu arcarei com as despesas diretora, e sinto muito pelo trabalho – a loira diz mirando Dália que rosna e sai pisando forte – ela tem um gênio difícil.

— Isso já passou de um gênio difícil senhora, isso já é vandalismo e nós não toleramos isso na Dreamers, espero que entenda – Katherine diz seria e mira os dois sentados na cadeira da recepção.

— Compreendo – a mulher diz – bem, obrigada pela atenção e até breve.

— Até – Katherine se despede e suspira ao ver seus alunos – sinto muito pelo que estão passando, vamos entre.

E os dois apenas obedeceram, o que acontece é que por um azar de Dália, uma câmera havia a pego destruindo os equipamentos, por isso a mãe dela foi chamada e Dália repreendida, receberia uma mancha no histórico nada impecável.

— Por favor, adiem o evento para amanhã, substituiremos os equipamentos – Katherine diz cansada.

— Bem... – Nash diz parecendo pensativo – eu acho que tive uma ideia – seu sorriso era sugestivo por si só, e Aileen apenas sorriu junto com ele, aqueles dois com certeza aprontariam alguma.

Johnson tocava violão, Carter decidirá ficando no bongô, Mahogany na mesa de DJ que tinha no seu quarto, Lauren, Ally e Normani no coro e Grace na meia-lua, enquanto Aileen fazia a abertura do evento.

Os outros serviam as bebidas e comidas pelas pessoas presentes, eles mesmos haviam preparado os lanches, e organizado a decoração. E sem querer, Dália os uniu, até Shawn estava por ali, apreciando, enquanto Camila apenas estava ao seu lado, ela só estava esperando o momento certo, precisava descobrir o que aconteceu realmente na noite da festa dos veteranos. Odiaria descobrir que o moreno era tão fútil, mas não perdia as esperanças em descobrir o que quer que precisasse.

Quando o evento acabou e tudo foi arrumado de volta no lugar, eles deitaram na grama para olhar o céu.

— Porque não contou aos outros? A Poli, ela é sua irmã – Camila sonda, virando o rosto para olhar o moreno.

Ele suspira e faz o mesmo movimento que ela, apenas para ter a certeza de que ela continuaria confiando nele.

— Eu tive vergonha, medo dela me olhar com outros olhos – Shawn diz, tinha os olhos brilhantes em lagrimas, seu maior medo era ser odiado verdadeiramente pela irmã, sabia que a relação entre eles era amor e ódio e viviam se provocando, mas também sabia que ela não o deixaria na mão caso precisasse, por isso tinha medo de que aquilo mudasse quando ela soubesse da verdade que ele tinha para si, e disfarçava isso com ego, a mantendo afastada.

— Isso quer dizer que não tem vergonha de mim? – ela dá um sorrisinho, fazendo o rir meio nervoso e voltar a olhar o céu – vou entender isso como um sim – ela dá de ombros com um biquinho e o silencio volta a reinar sobre eles, até Shawn quebra-lo.

— Eu saí com a Aileen na esperança de conseguir a ajuda dela, e de certa forma até quem sabe conhece-la melhor – ele suspira cansado – mas ela não é para mim, nunca seria, não porque não somos compatíveis, mas porque eu sei que o coração dela já tem dono.

— Ela ama o Johnson – Camila diz sorrindo e ele assente.

— E eu o amo demais para me intrometer nisso – Shawn suspira e se senta – preciso ir – ele levanta e estende a mão para Camila, a ajudando a levantar – obrigada por hoje – ele diz e ela apenas assente, sabia o que significava, por isso apenas sorriu para ele que lhe deu um beijo na testa e saiu.

Ela se livraria de Dália e de quebra, ainda o faria viver plenamente, sem medo, era tudo que Camila desejava.



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