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História Guerra e Paz - Heaven knows I'm miserable now


Escrita por: TrumanBlack

Notas do Autor


HEEEEEY THERE FOLKS!!!!!!!!!!!!
DID YOU MISS ME?????
Espero que sim. Estou de volta com maus uma deliciosa temporada quase pronta. Não me matem, esse capítulo é só um petisco do que está por vir.

Story time: Eu estou na faculdade, fazendo tcc, minha rotina só normaliza em dezembro, então as postagens semanais e regulares só vão voltar em dezembro, estou postando esse por que eu não aguentava mais esperar.

Amo vcs <3

Capítulo 1 - Heaven knows I'm miserable now


Fanfic / Fanfiction Guerra e Paz - Heaven knows I'm miserable now

Eu havia sonhado com o meu último dia bom. Eu estava em Bucareste, era um daqueles dias que ficam na memória como um longo dia de verão quando fez um sol perfeito desde o momento em que eu abri os meus olhos até o segundo em que eu os fechei, talvez tenha sido porque Bucky não havia saído do meu lado durante um segundo, o sentimento que naquele dia tudo poderia durar pra sempre e que o dia ia ser infinito. Eu tinha sonhado bastante com esse dia desde que acordei do coma, acho que é meu subconsciente tentando me manter confortada com a situação.

É um daqueles sonhos lúcidos, onde a primeira coisa que eu sinto é o calor, antes mesmo de ser transportada pra dimensão dos sonhos, eu sinto o calor familiar do corpo dele. A memória do meu corpo ainda se lembra perfeitamente da forma dos seus braços e como eles se encaixavam a minha volta. Como sua respiração calma e adormecida toca sobre o meu ombro esquerdo, como eu sempre acordei mais cedo que ele e ficava admirando um dos seus raros momentos de paz, quando ele dormia e não tinha pesadelos, quando a sua testa não tinha rugas de preocupação ou seus olhos aquele olhar de culpa que sempre estava escondido em algum lugar dentro dele, ele estava em paz em algum lugar que eu nunca poderia atingir, mas do mesmo jeito isso me deixava feliz.

Quando ele acorda e percebe que eu estou sendo esquisita, os seus braços ficam mais fortes ao meu redor, ele se estica um pouco mais na cama os seus lábios começando a se curvar num sorriso antes de se inclinar para me dar um beijo. Tomamos café no hotel e saímos para conhecer a cidade e os meus olhos mal podiam focar em como aquele lugar era bonito, a iluminação parecia tudo surreal, Bucky usava o seu boné de quem não queria ser notado na multidão, suas mãos cobertas pelas luvas de couro que ele sempre trazia consigo, seus dedos entrelaçados nos meus e éramos apenas mais um casal na multidão, de mãos dadas segurando um ao outro sem a menor preocupação. Caminhando pelas ruas tumultuadas e ensolaradas no nosso caminho até a praia, onde deitamos por horas, apenas conversando. Bucky sentado na areia apoiado em seus braços enquanto me contava uma de suas histórias do exército, histórias sobre Steve, sobre seus pais, como as coisas eram antigamente enquanto eu ouvia atentamente apreciando o meu sorvete, foi um dia bobo, fizemos coisas bobas, como andar na beira da praia e mesmo o mar estando gelado nós ainda entramos. Jantamos juntos assistimos um filme, afinal no outro dia seria importante ele iria viajar para mais uma missão e eu tinha a minha própria missão sobre a qual ele não sabia nada e dormimos de novo.

Então eu acordo, me sentindo com um vazio enorme no coração e sem saber como agir, fico por horas na cama até ser obrigada a levantar pela voz insistente de FRIDAY, para fazer fisioterapia. Mas a minha mente continua no sonho, no que eu poderia ter feito de diferente, se eu tivesse dito que eu iria para Berlin aquilo seria diferente? Se eu não tivesse ido para Berlin talvez tudo fosse diferente, talvez eu pudesse ter evitado tanta coisa. Eu poderia ter evitado que ele fosse perseguido por uma coisa que não fez, poderia ter conversado com Tony, eu poderia ter mudado alguma coisa, eu poderia não ter caído eu poderia estar com ele onde quer que ele esteja.

― FRIDAY, toca pra mim La Vie En Rose ― eu disse, ainda me espreguiçando na cama macia e enorme.

Quando eu acordei, eu estava sozinha no hospital, meu primeiro pensamento foi que talvez Bucky tivesse ido pegar um café ou algo do tipo, mas enquanto o tempo ia passando o meu desespero ia crescendo. Eu mal podia me mover na cama, falar era difícil porque tudo que eu tinha para dizer apenas não saia da minha boca parecia que eu estava presa dentro da minha cabeça do mesmo jeito que eu estava presa na cama.

Mas a pior parte foi que James nunca apareceu. Eu estava sozinha, num lugar que eu não conhecia sem poder falar, me mexer e sem saber o que estava acontecendo. Todo o vocabulário que aparecia disponível na minha cabeça parecia uma mistura de polonês com búlgaro e eu não conseguia entender nada do que me diziam, nada fazia sentido, se eu estava na Alemanha como eu havia parado aqui? Precisaram me sedar algumas vezes até que eu estivesse calma, eles nunca arranjaram um tradutor pra mim, me deixaram sozinha sem poder me mover no quarto do hospital.

Pareceram muitas horas até que uma enfermeira apareceu no quarto, colocando uma rosa vermelha perto da minha cama e um pequeno aparelho com um telefone que tocava La Vie En Rose e outras músicas repetidamente. Quando ela saiu e o cansaço e os sedativos finalmente estavam agindo novamente, tudo que eu pude fazer foi chorar e constatar que eu estava sozinha e alguma coisa estava muito errada.

Horas mais tarde quando eu acordei, não estava mais sozinha, apenas da minha visão turva eu pude ver Tony Stark sentado na poltrona azul onde Bucky deveria estar. Ele estava vestido casualmente, lendo uma revista com uma foto dele na capa.

― É incrível a habilidade dos tablóides de inventarem histórias malucas. ― ele disse, assim que percebeu que eu estava acordada.

― Eu não entendo o que você diz ― respondi, na minha mistura falha de idiomas ele franziu a testa, sem entender nada do que eu disse. Eu suspirei, me sentindo mais isolada do que eu estaria se estivesse presa na Rússia durante o regime comunista. Rapidamente Tony pegou o seu telefone digitando rapidamente e em seguida me mostrando a tela.

“como pode perceber, as coisas deram errado, pessoas se machucaram e seu namorado foi acusado disso tudo. Eu não sei onde ele está agora ou quando ele vai voltar, eu quis te ajudar então te trouxe para a América, pode ficar na torre dos vingadores até a poeira baixar e você se recuperar. Os médicos disseram que é um milagre você estar viva”

Peguei o telefone ainda sem saber o que responder, eu tinha tantas perguntas e nenhuma forma de expressar todas elas, o que ele queria dizer com as coisas deram errado? A lei tinha passado? Steve estava com Bucky? Eu não tinha nenhum motivo para confiar em Tony Stark, mas talvez o desespero de estar completamente sozinha e perdida me fez ir para a casa dele, onde todo o restante dos Vingadores tinha deixado o lugar, deixando a torre imensa e inabitada. O único dos Vingadores que continuava lá era Visão e com visitas casuais do Homem Aranha e o estagiário que Tony havia arrumado para ajudá-lo a fazer Deus sabe o que. Eu particularmente achava que o menino Peter era uma forma de suprir tudo que havia acontecido, um amigo que ele podia controlar e passar o seu conhecimento “de pai, para filho” já que Peter era órfão, morava com a tia e Tony tinha um péssimo histórico com crianças, paternidade e relacionamentos.

Eu não tinha interesse em saber o que ele estava fazendo e francamente muitas vezes eu achava melhor não saber. Um mês depois de treino diário, o meu inglês estava voltando aos poucos e eu conseguia andar pela torre, sempre evitando as janelas ou qualquer outra coisa do tipo. A minha perna ainda doía incessantemente, apesar da fisioterapia que ajudava bastante e ocupava a maior parte do meu tempo, tanto a física como a psicológica, os meus dias eram longos e absolutamente entediantes. Eu tinha um pouco de medo misturado com curiosidade cientifica com o Visão, ele sempre parecia um fantasma naquele lugar, uma presença constante e onipresente que me dava calafrios, sempre aparecia perto de mim como um cão de guarda, geralmente quase me matando de susto.

Peter era uma criança, e desde que eu havia descoberto o escudo e o braço de metal de Bucky no laboratório de Tony eu não sentia nem vontade de olhar para ele. Eu conhecia a estrutura anatômica daquele braço do mesmo jeito que eu conhecia cada ligamento do meu próprio corpo, eu sabia que aquilo precisaria de uma força enorme para ser arrancado, era de armadanium, não teria saído durante uma luta qualquer e não era uma força qualquer. A única explicação que vinha na minha mente era que Tony havia arrancado aquele braço e francamente ele nem havia se dado ao trabalho de negar. Então me sentia como a Rapunzel. Presa numa torre esperando por algo que não viria.

Ouvi duas batidas na minha porta, antes que eu me afundasse mais ainda na cama a pessoa do lado de fora girou a maçaneta e eu me cobri com o lençol, eu realmente não queria me levantar daquela cama.

― Hm, Freya ― eu ouvi a voz razoavelmente familiar de Peter, me chamando inseguro ― Me desculpa interromper qualquer coisa, é só que o senhor Stark pediu pra te entregar isso, me disse que era o seu aniversário e que ele queria te dar isso de presente já que ele está com medo de você matar ele.

Eu não tinha motivos para ser grossa com Peter. Ele era um bom garoto, que sempre que me via na minha sombra fantasmagórica de mau humor me tratava bem, então eu sai debaixo da coberta.

― Ele pede que aceite esse humilde presente como forma de fazer as pazes.

Completamente desconfiada, porém curiosa, eu abri a caixa revelando uma pilha de documentos, em alemão, completamente amarelados. Enfiei as minhas mãos esquentando a minha mente tentando decifrar aquilo, entender alemão era de menos, o que estava escrito ali era que estava a velocidade de internet discada para ser processado.

― Isso é... ― ele começou a dizer.

― Não diga, eu vou descobrir, só vai levar um pouco de tempo.

― Tire o seu tempo, Freya.

― Pode me chamar de Effy.

Voltei meus olhos nos papéis, o nome do pai de Tony estava por todo lugar, com a data 1942 até 1945, junto com diversos outros, como Zola e caveira vermelha. Obviamente da segunda guerra mundial, um nome se repetia em tidos os lugares “Abraham Eskirne” demorou alguns minutos antes que a minha mente fizesse a conexão básica.

― Isso é...? ― perguntei, simplesmente chocada.

― Sim.

― Ele não deveria ter isso.

― Por que não? Eram do meu pai ― disse uma segunda voz, Tony no auge da sua cara de pau entrando no meu quarto ― Sempre esteve nas coisas dele e ciências biológicas não é exatamente uma coisa que eu gosto.

― Então você escondeu no porão uma das coisas mais importantes da humanidade? Como Doutor Eskirne fez o Capitão América! Se isso cair nas mãos erradas seria um desastre!

― Por isso ficava no meu cofre de segurança, até agora, que eu estou dando a você.

― Eu não posso ter isso, isso é um patrimônio da humanidade. Não pode pertencer a uma pessoa. E eu nem saberia como manter isso seguro, onde esconder.

Isso era completamente insano, Tony Stark era mais doido do que eu havia imaginado, como ele poderia manter algo dessa dimensão escondido?

― Então você teria que aceitar a minha proposta... ― respondeu, finalmente colocando as suas cartas sobre a mesa.

― Que proposta? ― respondi, pensando que ele tinha perdido de uma vez a cabeça.

― Você é especialista em derreter picolés, eu estou te dando à chave para fazer pessoas-picolé, super soldados ou o que você queira chamar.

― Eu não vou usar isso para fazer super soldados! Pelo amor de Deus Tony Stark você é incapaz de aprender com seus erros? E você quer um super soldado? Tem um desaparecido, Zemo deixou um escapar, não eram quatro backups e sim cinco. ― me revoltei, tentando controlar o volume da minha voz.

― Sim eu aprendi, e é por isso que eu quero que você trabalhe pra mim, pra voltar atrás em alguns erros, você é a pessoa que mais entende de criogenia, você é uma especialista.

― Pra fazer o que?

― Bem, sinto muito, isso é confidencial, apenas se você decidir que vai trabalhar pra mim e assinar um monte de papeis de confidencialidade e que não vai contar nada, nunca a ninguém eu poderei te contar sobre o projeto.

― Você é o Homem de Ferro ou Homem Enigma? ― respondi ironicamente.

― Você vai trabalhar para mim ou não?

― Não Tony.

Tony Stark suspirou e colocou as mãos na cintura.

― Ainda é por causa do trem? Eu tenho certeza que te pedi desculpa por te assustar e tudo mais. ― me perguntou, eu dei mais uma volta na sala, me atendo a uma mistura química que eu não podia identificar, mais uma vez eu quis matar Felix com as minhas próprias mãos.

― É por que você arrancou o braço do meu namorado fora ― respondi antes que eu pudesse me conter, Peter por outro lado parecia completamente entretido na nossa discussão. ― Você criou uma perseguição a nível mundial sem nem ao menos se preocupar em ver se ele realmente era o culpado, você jogou um ano de trabalho que eu tive pra ele se recuperar no lixo. Eu não terminei, fica quieto enquanto eu estiver falando! ― gritei enquanto ele deu uma sugestão que começaria a falar ― Eu estou cansada dos seus motivos, ele matou seus pais, sim, para a HYDRA ele era um fantoche nas mãos da HYDRA ou você realmente acha que ele acordou e resolveu matar duas pessoas que uma delas trabalhou com ele? Uma pessoa inocente? Quer culpar alguém, culpe a HYDRA e eu estou bem aqui nessa sua prisão de ouro, estou cansada da sua indignação seletiva. Por que não está fazendo nada pra combater a HYDRA? Está esperando seu super carimbo da policia chegar já que agora é um funcionário público? E eu não comecei a falar do problema do Peter.

― Me... Meu problema? ― Peter pareceu confuso, me encarando ― Eu tenho um problema?

― Eu também não entendi o problema do Peter.

― Além de você ter levado uma criança pra Alemanha no meio de uma briga que poderia matá-lo e constantemente colocar a vida dele em perigo? Você o arrastou pra Alemanha e ele nem sabia por que estava lutando! As paredes desse lugar são finas Tony, eu sei o seu grande plano pra lei anti heróis se tornar mais popular e você nunca testou ele, como sabe que os poderes dele não são adquiridos, não tem um efeito colateral? Era a porcaria de uma aranha radioativa, não sabe os efeitos disso em longo prazo, como isso afeta na vida adulta dele.

Peter parecia levemente afoito, me olhando como se ele nunca tivesse realmente pensado nessas coisas, mas o garoto tinha poderes a menos de um ano, apesar de ser um gênio eu duvidava que ele tivesse imaginado o que aquilo poderia trazer no futuro.

― Eu tenho problemas ― ele falou atônito alguns segundos depois, enquanto seu olhar ainda flutuava de mim para Tony.

― Então faça isso, estude ele! ― sugeriu Tony.

― Você é inacreditável, sai do meu quarto. ― eu disse, e Tony obedeceu, talvez contente por eu não ter atirado nada nele até o momento. A caixa parecia uma coisa muito velha e amarelada na cama muito branca. Peter ainda não tinha saído no meu quarto.

― Você realmente acha que eu posso ter alguma coisa? ― ele perguntou, sentando na beirada da minha cama.

― Eu não sei, eu teria que fazer exames, muitos exames e investigar tudo em longo prazo. ― respondi, me sentindo meio mal por ter colocado aquilo na cara dele, eu não queria preocupá-lo com essas coisas que eram só teorias na minha cabeça.

― Você que pode fazer isso pra mim? ― ele me perguntou e eu realmente não sabia o que responder.

 


Notas Finais


<3


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