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História Guerra e Paz - Rusted


Escrita por: TrumanBlack

Notas do Autor


Olaaaa
Muito obrigado por todos os comentários, favoritos, acompanhamentos e visualizações hahah
sério, tudo isso dá uma super inspiração pra mim, e muita vontade de escrever, muuuuuito obrigada <3
E, sejam muito bem vindos ao clube das sokovianas tristes.

Capítulo 8 - Rusted


Fanfic / Fanfiction Guerra e Paz - Rusted

O laboratório estava completamente vazio. Tudo que preenchia aquela imensidão era a música baixa que eu havia deixado lá, eu tinha pensado muito, desde que eu saí da minha última consulta com Niara.

Eu tinha sentido uma súbita vontade de voltar a minha vida normal, porém o máximo que eu poderia chegar disso era sentar num banco alto sobre uma larga bancada branca coberta de microscópios e frascos químicos, eu balançava um frasco pela metade de um líquido azulado que eu não sabia o que era. Tudo que eu conseguia pensar eram as consequências e eu por mais que odiasse admitir, estava extremamente curiosa em saber qual era o projeto que Stark estava trabalhando e principalmente sobre o que ele queria a minha ajuda.

Eu não queria ajudar, não mesmo, mas perguntar machuca? Me senti tentada a pegar o telefone é fingir cooperar com ele por um segundo e descobrir sobre o que se tratava. Eu balancei a cabeça, estava definitivamente ficando louca. Ajudar Stark? Qual era o meu nível de solidão e tédio? Além do mais eu não sabia de eu poderia ser útil, apesar dele pensar que sim. Eu tinha que me colocar em primeiro lugar.

Senti um aperto familiar sobre os meus ombros, vários dedos firmes se uniram amassando os meus músculos em busca de aliviar a tensão deles.

―O que essa cabecinha está pensando? ― a voz baixa de Bucky surgiu muito próximo aos meus ouvidos.

―Você vai rir disso ― respondi, colocando a minha cabeça sobre a sua mão e me aconchegado.

―Me diga, e eu decido isso.

―Eu estou pensando em ligar pra Tony Stark. E perguntar mais sobre a proposta que ele tem pra mim. ― Bucky não riu, apenas o seu aperto se intensificou um pouco nos meus ombros doloridos.

―Eu acho que você deveria ligar, pelo menos ouvir o que ele tem a dizer. ― sugeriu, dando um beijo na minha têmpora. ― Deve ser algo grande.

―E perigoso.

―Estamos falando do mesmo homem que criou ultron.  É perigoso. Mas você é muito esperta pra se machucar, ou se deixar levar pelos delírios de grandeza dele.

―Ele arrancou o seu braço fora ― Eu disse e como resposta a sua mão de metal tocou o meu pescoço segurando a minha mandíbula e colocando o meu rosto pra cima, e descendo o seu rosto em direção ao meu, me beijando.

―Eu ainda acho errado ― eu disse, com a minha boca ainda colada na dele, apenas aproveitando a sensação dos lábios dele sobre os meus, como a sua barba pontiaguda fazia cócegas em meu rosto,  seus lábios secos completavam os meus e os aquecia.

Suas mãos deixaram os meus ombros indo até a cadeira e a girando, me deixando de frente pra ele suas pernas ficando entre as minhas, suas mãos segurando o meu queixo. Eu sentia tanto a falta dele.

―Não se sinta assim, só liga, pergunta o que ele quer ―Com uma das mãos ele apertou um botão que erguia a cadeira, me deixando quase da sua altura, ele beijou o meu rosto ―Descubra quais são os planos dele.

Suas mãos tocaram as minhas coxas suavemente  com as pontas dos dedos. E por puro instinto, num segundo as minhas mãos tocaram os seus ombros e ele sorriu pra mim as suas mãos mais firmes nas minhas pernas, apertando-as suavemente, colocando seus dedos em volta da minha perna e se inclinando para um beijo apaixonado, seus lábios se chocando contra os meus como se estivessem famintos, suas mãos me puxando para cada vez mais perto, minhas mãos tocando as suas costas, e realmente nada mais importava.

Seus lábios espalhavam uma trilha de beijos por todos o meu colo, mas por mais que eu quisesse deixar a minha cabeça no momento, a minha mente teimava em voltar para Tony.

―Ele não tem como saber sobre Oskar, certo? ― eu senti Bucky sorrindo no meu pescoço, ele sempre reclamava de eu ser uma estraga prazeres com as minhas preocupações.  ―eu sinto muito, mas eu não consigo deixar de pensar nisso, porque eu? se fosse por informações para a hydra ele não seria tão misterioso, se fosse só pra atrair o team cap ele teria espalhado isso por aí até que eu alguém fosse me pegar. Ele teve chances, mas não o fez, então ele quer alguma coisa de mim. Porém meu cérebro está muito danificado para ser alguma coisa da hydra, tem que ser algo fora da hydra. Meu irmão. Eu acho que eu sei como salvá-lo.

Isso fez Bucky se afastar, com seus lábios rosados ainda entreabertos, suas mãos em meu pescoço e seus olhos levemente arregalados.

―Desde quando?

―Eu não sei ― respondi com a maior franqueza que podia ― Isso só me surgiu a cabeça agora, eu só sei.

―Talvez seja você querendo voltar a sua vida normal. ― sugeriu.

―Não, isso é diferente, é como se eu tivesse passado a mão num espelho embaçado e eu pudesse ver meu reflexo, está em mim, no meu sangue. ― Meu olhar se desviou dele, tentando olhar algo muito além disso ― Por que está no meu sangue? Bucky, porque está no meu sangue? Quem colocou ai.

―Talvez você tenha colocado, você sempre foi tão cheia de segredos, planos e armações…

―O que você quer dizer com isso? ― ele beijou a minha bochecha.

―Nada só o de sempre, você sempre foi cheia de planos e não dizendo coisas, talvez tenha escondido isso de si mesma, como todas as outras coisas.

―Que outras coisas? O que mais eu escondi de mim mesma?

―Você e eu ― alegou,  e eu sorri  confusa, inclinando o meu corpo para trás ― Não se lembra mesmo? Por todo o seu tempo na hydra, onde eu ia você ia também, eles precisavam de alguém dócil, um novo conforto que pudesse me controlar.

―Não, você está falando sério.

―Você sabe que eu estou. ― ele se inclinou pra me beijar novamente quando eu me afastei o suficiente para acordar do meu sonho. Sam estava perto de mim, e eu completamente deitada sobre a área de trabalho.

―Por favor, me diga que você não estava tendo um sonho molhado com o picolé invernal.

―Eu estava tendo um pesadelo na verdade ― respondi, ainda tentando me adaptar a realidade, os detalhes do meu sonho vividos na minha cabeça.

―Ainda bem que eu te acordei então ― sorriu Sam, ele tocou o meu ombro ― você tá bem?

―Sim, claro.

―Então levanta, tenho uma pessoa pra te apresentar, uma amiguinha pra você fundar o clube das Sokovianas tristes, é algum tipo de tradição do deu país? ―Eu me levantei imediatamente, realmente querendo sair daquele lugar sem realmente ter o que fazer, e segundo a Niara poderia me ajudar falar com pessoas, interagir e talvez ouvir um sotaque familiar.

―Você sabe que eu sou búlgara não sabe? ― perguntei, enquanto ele me escoltava para fora do laboratório dando ombros pra minha afirmação de nacionalidade, por um caminho que eu nunca havia ido antes, afinal era enorme aquele lugar, assim como os laboratórios era o palácio real.

―Sim, claro. ― Sam me olhou com um rabo de olho. ― Você parece muito assustada.

―Sonho muito ruim, eu já deveria estar acostumada, mas por algum motivo parece que eu nunca vou me acostumar.

Por mais que eu tentasse pensar em alguma coisa diferente, tudo teimava a voltar no início, os pesadelos a hydra e a razão de eu cair em primeiro lugar.

―Sam, posso te perguntar uma coisa?

―Sim, eu estou solteiro. ―brincou ― pergunte.

―Você sabe exatamente porque eu estava em Berlin?

―Não tudo, eu sei que eu fui com alguém lá, mas não lembro com que e nem o que eu fui fazer lá. Eu sei sobre o monolito, mas eu não sei pra onde ele leva. Eu achei que você ou Steve poderiam saber de alguma coisa.

―Honestamente, eu só sabia que você estava em Berlim quando você já estava hospitalizada. ― Respondeu Sam, enfiando as suas mãos nos bolsos ― A princesa elsa só saiu no meio da noite e não voltou mais, ele te transferiu de volta para a Romênia e ficou por lá, simplesmente sumiu do mapa por cerca de um mês, quando houve o ataque em viena e ele foi acusado, em um mês ele estava irreconhecível, e tudo fazia crer que ele realmente havia feito aquilo.

Eu não respondi nada, apenas avaliando como era fácil para as pessoas apesar da convivência acreditarem que ele ainda era o soldado invernal.

―Effy, não fique zangada com isso, você estava inconsciente e ele poderia muito bem ter enlouquecido como ele realmente enlouqueceu em Berlin, ele era o soldado invernal, ele poderia muito bem ter achado um modo de se vingar pelo o que aconteceu com você e ter tomado uma atitude em relação a isso, ele poderia só estar bravo com essa história de funcionário público ou lá no fundo ele poderia apenas queria fazer isso. Nenhum de nós sabia o que fez com que ele saísse do hotel que estávamos em Berlim, ele sumiu no meio da noite, um mês depois uma bomba explode e ele é visto na cena do crime, depois disso descobrimos que ele voltou a Bucareste com um nome falso e não tínhamos nenhuma informação. Nós cogitamos tudo antes disso, que vocês poderiam ter fugido, passaram um ano desaparecidos não seria uma novidade, depois achamos que a hydra havia te sequestrado, só soubemos da base da SHIELD quando era tarde demais, então achamos que a hydra havia dado um jeito de colocar vocês dois de volta na coleira. Só soubemos o que tinha acontecido com você, quando chegamos aqui e ele contou, quando Steve foi te buscar já era tarde demais. Bucky é muito bom em manter segredos, ele estava preocupado e não disse a ninguém, fez o melhor que pode pra te proteger até o último segundo, por que a última coisa que ele pensou que poderia acontecer com você era Stark ir atrás. Eu não sei qual seria o plano dele depois que ele foi acusado de explodir a bomba, mas eu sei que nunca foi revelar onde você estava ou fazer algo que revelasse onde você estava, hydra ainda quer te matar, você é sortuda.

―Eu sei, só não me sinto dessa maneira. eu deveria ficar feliz, mas eu só consigo sentir que eu estraguei tudo, tinha tantas coisas que eu poderia fazer que eu poderia ter evitado e mudado tudo isso, tantas pessoas passando por tantas coisas que poderiam ser evitadas.

―Algumas coisas devem acontecer como devem acontecer, já dizia a minha mãe, ficar chorando sobre o leite derramado é inútil, não vai mudar a forma que as coisas aconteceram.

―Mesmo sabendo que eu podia? ― perguntei, enquanto sam tomava a frente abrindo as portas do que parecia ser uma sala de jogos.

―Mesmo assim. ― Respondeu-me, pressionando as minhas costas levemente para que eu entrasse, nem eu havia percebido que eu estava tão tensa.

Na sala havia haviam quatro pessoas, uma garota de cabelos longos e castanhos que estava jogando baralho com três outros homens, Steve que parecia bem descontraído com a sua camisa de manga longa segurando três cartas, um cara moreno com olhos verdes e camiseta que parecia mais feliz que pinto no lixo e um meio loiro com olhos cansados que parecia bem exausto de toda a situação.

―Viu vandinha, eu disse que ia achar uma amiguinha pra você! Já podem fundar o clubinho de vocês! ― exclamou Sam, arrancando um sorriso envergonhado da garota ― Pessoal, essa é a Freya, por favor não me façam passar vergonha.

Eu entrei na sala, tentando manter a minha confiança intacta o que era muito difícil quando você manca de uma perna, mesmo assim eu me sentei perto de Steve.

―Estamos jogando pife, quer jogar? ― Perguntou Steve, Sam do outro lado se jogava do lado de Wanda, já olhando as suas cartas e fazendo comentários.

―Eu não sei jogar isso ― comentei.

―Seu sotaque é muito forte, de onde você é? ―Wanda perguntou num sotaque levemente mais fraco que o meu.

―Meu sotaque é principalmente Sokoviano, vivi lá minha vida inteira. Bună Speranță. ― A moça sorriu para mim.

―Eu morava em A Libertății.

―Minha escola ficava lá, na Maica Marion. ―Sorri para ela.

―Eu também. ― E de repente o sorriso dela se apagou ―Ela foi destruída há uns anos atrás.

―Mama me disse isso, faz uns sete anos, não posso dizer que eu não adorei. Odiava aquela escola.― comentei ― Os rebeldes a queimaram não foi?

―O governo ― replicou.

―Não estou muito surpresa, Costel sempre foi contra a educação dos jovens, dava tão poucos recursos para a educação, acho que ele nunca quis crianças espertas que o pudesse tirar do seu cargo.

―Tá gente, isso não é realmente o clube das Sokovianas tristes, estamos aqui para jogar cartas.

E nós jogamos cartas, mas eu realmente não tava com humor pra isso e fui dormir mais cedo uma idéia horrível, já que passei até de madrugada encarando no meu celular o número de Tony Stark.

 



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