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História Guerra e Paz - Daybreak


Escrita por: TrumanBlack

Notas do Autor


Heeey, capitulo novinho,mais uma vez obrigado pelos comentários lindos, os favs e todos os fantasminhas lendo espero que gostem <3

Capítulo 9 - Daybreak


Fanfic / Fanfiction Guerra e Paz - Daybreak

Haviam se passado duas semanas desde que eu havia conhecido o resto da turma, e eu realmente queria ter feito mais amizades do que eu fiz, eu conversava muito com Sam, às vezes com Steve, juro ter me pegado uma ou duas vezes ouvindo de Clint sobre as suas flechas e comentando de verdade e com interesse em melhorá-las.

Eu me sentia de volta na escola, tentando fazer amigos sendo a mais esquisita da turma. Na hora do almoço eu gostava de me esconder no meu quarto onde eu era frequentemente encontrava por Wanda, que por ser familiar, eu acho, gostava da minha companhia.

Na sexta feira eu estava comendo uma das minhas comidas prescritas pelo nutricionista e francamente, era o melhor e pior comida que eu estava tendo na minha vida, eu gostava dessa coisa de ser saudável, quase me fazia pensar que eu realmente era assim e que eu podia me dar bem, com todos os treinos e alimentação saudável, que eu realmente  poderia dar a volta por cima e aprender a lutar e realmente fazer algo por mim mesma, me defender e não ser mais um peso morto. Mas, eu queria de verdade um big mac.

Eu havia conversado com os meus pais, tranquilizado eles sobre a minha situação, ter me afastado deles tão nova fazia isso de eles se preocuparem comigo a distância, eles haviam ido me ver na torre algumas vezes.

Eu mal consegui dormir a noite inteira. Algumas horas apenas por pura exaustão, e pela manhã eu ainda estava cansada, eu acordava muito cedo para as minhas sessões de fisioterapia, as aulas de defesa pessoal e por mais humilhante que fosse, eu estava precisando ajuda para voltar a falar inglês fluentemente.

Por volta do meio dia eu estava exausta novamente, aproveitando a hora do almoço para tirar uns cinco minutos para dormir, o que me deu mais pesadelos.

Senti um aperto em meus ombros, mãos grandes e firmes tão familiares que por um segundo eu pensei que fosse Bucky. Steve se sentou ao meu lado, trazendo consigo um pedaço de bolo de frutas e um copo com o que parecia ser suco de laranja com gominhos dentro.

―Olha só para você, tão saudável, Steve ― reclamei, olhando para o meu bolo de chocolate sobre a mesa e o leite, já que refrigerante era proibido para mim, o que só aumentou a vontade de comer uma coca cola gelada.

―Você também, Effy ― ele olhou pro meu prato, procurando algo para elogiar ― leite é muito bom pros ossos.

― experiência própria? ― perguntei, em tom de brincadeira cortando um pedaço do bolo com um garfo, Steve gargalhou.

― Sim, o segredo para chegar aos 97 anos de idade é leite e ossos fortes e legumes, faz milagres.

― ficar por 70 anos num bloco de gelo não contribuiu em nada? ― eu disse, tentando não rir muito alto.

― esse é o segredo máster, além de se submeter a procedimentos duvidosos, no mínimo.

Steve era um amigo bom, alguém com quem eu podia contar além de Wanda, que lia os meus pensando por mais que ela tentasse não fazer isso.

― Você está bem?― ele me perguntou.

― Essa é uma pergunta muito difícil, próxima.

― Não existe essa opção. ― respondeu gentilmente, juntando as suas mãos sobre a mesa que estávamos. Eu hesitei.

― Eu estive lembrando de coisas, a maioria delas não eu sei se é verdade é francamente espero que seja, eu não saberia lidar com isso ― me virei para Steve, a sua expressão atenta, ele era tão alto quanto Buck, e talvez por tudo que eu estava passando ele me lembrava muito o soldado, o que tornava tudo mais difícil  ― Tem coisas que eu sei que aconteceram eu posso verificar, mas, tem as coisas que eu não posso fazer o mesmo. Que eu não sei se a hydra colocou na minha cabeça só pra me torturar ou o que eu fiz de verdade o que eles me forçaram.

Steve colocou as suas mãos sobre as minhas, as aquecendo e fazendo com que eu me sentisse ainda pior.

―Eu não lembro como eles me fizeram desse jeito, e a pessoa que poderia me dizer isso está a literalmente galáxias de distância, e, eu quero realmente lembrar do que eles fizeram comigo? O que eu fiz com outras pessoas.

―Você não precisa se lembrar disso…

―Sim, eu preciso desesperadamente, Steve. ― eu hesitei, desviando meu olhar para uma parede amarela com alguns quadros pintados de guerreiros em poses imponentes ― eu tenho tido esses flashbacks, sabe porque Tony finalmente me deixou sair da torre?

― T’challa me mencionou algo sobre um acidente.

― Hydra deixou pra trás um botão de autodestruição em mim, Tony me deixou vir porque eu ia me atirar de uma janela. Por que eu saí completamente de mim mesma e tive uma memória tão forte que eu ia me jogar da janela, e a pior parte é que eu fazia isso com ele Steve, eu o torturei nessa memória, eu o obriguei a ir numa missão.

E nesse momento eu me sentia tão envergonhada que eu não podia mais olhar para Steve, apenas a parede.

―Eu não quero que isso seja verdade, isso não pode ser verdade eu não quero ter feito isso, como eu poderia sequer olhar pra ele de novo? Se eu o fiz sofrer dessa maneira, se eu o manipulei, eu o usei a favor da hydra.

―Não é sua culpa, effy ― Steve puxou o meu queixo delicadamente em sua direção, me olhando profundamente enquanto eu tentava me recompor ― você não é o que eles fizeram de você, e você pode não ter feito isso. Como você disse, eles podem ter colocado isso na sua cabeça da última vez que te pegaram, lembra que você não lembrava de nada? Eles te apagaram completamente? O que te garante, que com a sua relação com ele, a hydra não implantou isso?

― Mas e se for verdade? ― respondi, desolada.

―Se for a gente se vira, se ele queria casar com você, Effy ele não deve se importar.

― Ou ele não se lembra, ele não sabe que eu sou um monstro.

― Você não é um monstro ― Steve me disse, com muita convicção ― é por isso que não vai mais vê-lo?

― não consigo me suportar olhando para ele.

― Então você vai ter que aprender como ― me disse.

Era um fato que Steve sempre estivesse fora em missão, ele passava mais tempo fora da base do que nela, ele soltou as minhas mais levando uma delas até o bolso de trás da calça que vestia e puxou um livro de capa dura vermelho, com uma estrela na capa, nesse momento eu parei de respirar.

Com um misto de orgulho e talvez uma tristeza súbita Steve o colocou sobre a mesa e eu toquei a capa firme do livro e o abri, completamente em alemão eu conhecia bem o idioma e conhecia o livro.

― É esse o famoso livro vermelho?― tremendo um pouco eu toquei a capa dele.

― É esse mesmo ― eu me senti triste em.tocá-lo.― você vai acordá-lo agora?

―Sim, nós vamos. ― minha mente explodiu numa supernova, me forcei a sorrir. ― Isso vai ser bom, Effy.

― eu sei, tenho certeza disso, só estou nervosa, ainda não sei como vou reagir.

Steve apertou a sua mais sobre a minha, tentando me passar paz, eu sorri para ele dessa vez de verdade. Era reconfortante.

― Quanto tempo demora pra ele voltar? ― Steve perguntou.

―Uma hora mais ou menos ― respondi, me soltando minhas mãos ― eu vou pro meu quarto, trocar de roupa, tomar um banho, eu não o vejo em tanto tempo, quero ficar bonita.

Steve soltou a minha mão, permitindo que eu saísse da sala e fosse até o meu quarto, prendendo a minha respiração, desde o meu sonho no laboratório eu estava evitando Bucky, eu ainda ia visitá-lo porém com uma frequência bem menor porque eu realmente não sabia o que pensar sobre o meu sonho.

Como o capitão ressaltou, poderia ser só mais um gatilho da Hydra, mas poderia não ser eu poderia estar torturando ele por anos e talvez tudo que ele poderia sentir por mim fosse uma mentira. Eu não podia fazer isso agora, eu tinha uma hora.

Já no meu quarto, peguei o meu telefone e liguei pro numero que eu estava evitando a todos os custos, ignorando até as mensagens cheias de emojis e gifs. O telefone chamou duas vezes antes de ser atendido.

―Não diga, foi uma péssima ideia e você quer voltar pra casa? eu entendo Freya, é completamente normal. ― Tony Stark disse, me trazendo arrependimento imediato.

―Ok, péssima ideia, eu vou desligar ― avisei, começando a afastar o telefone do meu rosto, mas o desespero falou mais alto.

― Desculpe, desculpe o que aconteceu? ―perguntou.

―Eu vou aceitar a sua oferta, mas eu tenho condições antes. ― afirmei, indo até o pequeno closet e puxando a minha mala e já trazendo algumas roupas comigo.

―É o plano dentário? ele é bom, eu te garanto é o mesmo que o meu e você não faz ideia de quantas vezes quebraram os meus dentes…

―Não é realmente muito difícil de imaginar alguém quebrando os seus dentes, mas não é isso. ― não tinha tempo para dobrar nada, eu só estava enrolando e ensacando ― primeiro: se for um risco pra humanidade eu estou fora, se for pra brincar de deus, eu estou fora, se tiver destruição em grandes escalas, eu estou fora.

―Eu entendi.

―Segundo, ninguém pode saber onde eu estou, não importa pra quem você mentir, minha localização não deve ser dita sob nenhuma hipótese.

―Ok… ― ele respondeu hesitante.

― E tem duas coisas que precisamos fazer antes, uma está em Berlim e eu vou precisar de um laboratório para criogenia, e segundo ainda precisamos localizar, o monólito.

―Por que precisamos de um monolito?

―Você não precisa, eu preciso, antes de eu começar a trabalhar eu preciso ver uma pessoa, que acontece de viver bem longe da terra, o monolito é um portal. ― eu disse.

O silêncio dele durou menos de um segundo antes de me bombardear com perguntas e afirmações de que ele ria também, sempre quis sair da galáxia e essa seria uma oportunidade perfeita de conhecer outras civilizações. Mesmo com a minha explicação de que nem eu saberia como eu ia chegar nesse lugar, ele já estava fazendo os sanduíches da nossa viagem e uma playlist com os sucessos dos anos 80.

―Você não vai, Tony. ― respondi, muito seriamente tentando fechar a minha bolsa com muita dificuldade ― E, me encontre em portugal amanhã de manhã, eu vou falar com T’challa, eu estou indo embora o mais rápido possível.

―Ok então, até amanhã. ― ele respondeu, tentando se conter.

―Até amanhã.

Olhei no relógio, ainda faltava meia hora, tinha meia hora para falar com T’challa que muito provavelmente estava no laboratório com Bucky, não haveria nenhuma possibilidade de falar com ele agora, eu me levantei, ajeitando os meus jeans e fui andando o mais calmamente que eu podia até um grande escritório que pertencia ao pantera, uma moça negra com o cabelo raspado e um delineador rosa brilhante em seus olhos.

―Boa tarde, eu gostaria de falar com Nakia, é muito importante.― ela sorriu para mim, pegando seu telefone e discando um ramal e assim que foi atendido ela falou numa língua que eu não conhecia.

―Nakia disse para entrar ― me informou, apontando para uma grande porta.

Nakia era linda, usando um vestido longo e roxo escuro e um turbante combinando, ela estava sentada e parecia muito atenta no seu computador.

― Sente-se ― ela disse, me oferecendo uma cadeira e eu me sentei ― Em que posso ajudá-la?

―Eu gostaria de ir embora, imediatamente ― respondi.

 



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