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História Guerra e Paz - Capítulo XIX - A Terceira Guerra dos Deuses -


Escrita por: KimonohiTsuki e JonhJason

Notas do Autor


Vale lembrar que esta estória trabalha com reencarnações, o número de personagens originais é mínimo (quatro). Vocês são capazes de descobrir quem eram os personagens que irão aparecer ou já apareceram em suas vidas anteriores?

Capítulo atualizado em: 09/06/2023
Betado por: JonhJason & Rêh-chan

Capítulo 20 - Capítulo XIX - A Terceira Guerra dos Deuses -


Fanfic / Fanfiction Guerra e Paz - Capítulo XIX - A Terceira Guerra dos Deuses -

Capítulo XIX - A Terceira Guerra dos Deuses -

Havok encarava o homem de orbe esmeralda sem ter certeza do que responder. Ele havia se apresentado como Astrapí, o primogênito dos Solo. Porém, Bian de Cavalo Marinho estava nesse mesmo instante defendendo com sua vida os aposentos de Astrapí, uma vez que sua saúde era muito instável impossibilitando de movê-lo sem que todos os equipamentos médicos ligados a ele fossem levados juntos. Algo completamente inviável uma vez que a mansão estava sendo atacada.

No entanto esse homem tinha exatamente os mesmos olhos que o senhor Solo.

Foi então que a frase que seu pai sempre disse aos marinas veio a sua mente: "Um dia o verdejante das árvores estará nos olhos de alguém, as correntes do rio indicarão uma melódica tranquila, mas forte como o som de um trovão e pulsante como o coração de um amigo."

Era sobre isso que tentava avisar?! Embora Io e Kasa sempre insistiram que essa espécie de profecia não possuía qualquer lógica, fazia muito sentido agora que parava para pensar.

- Senhor... Astrapí, meu pai e meus companheiros estão em perigo! - Exclamou aflito, já havia sido salvo por ele, nesse momento crítico tinha que acreditar nesse coração.

- Eu sei, a aura da morte está sobre eles, mas acredito que ainda temos tempo. O que acha Kairos?

O menino se sobressaltou quando, ao lado do jovem de voz tranquila apareceu outra pessoa, de sorriso irônico, cabelos castanhos desgrenhados e intensos olhos vermelhos.

- Eu diria que chegamos no momento mais oportuno. - Comentou animado. - Tanto para impedir quanto para assistir algumas mortes.

Havok retrocedeu, protegendo com seus braços o jovem adolescente às suas costas.

Contudo, o seguinte ato o faria cair no chão de surpresa, se as correntes negras não o tivessem segurado, surgindo de sua sombra.

Um enorme vulto surgiu do lado esquerdo do suposto Solo, a princípio o marina pensou se tratar de um enorme pássaro, e não estava completamente errado.

Um terceiro elemento ergueu-se após sua aterrissagem, as grandes asas negras de sua armadura se recolhendo em suas costas, seu olhar era feroz e expressão de poucos amigos. Ele voltou-se a Astrapí em tom irritado.

- Droga Shun! Não faça isso! Um minuto você está todo incomodado com o mundo dos vivos, e no outro, simplesmente desaparece nas sombras!

- Desculpe Ikki. - Respondeu modesto, passando uma das mãos na nuca. - Acho que eu tive uma crise de irmão mais velho, senti que Neroda* estava em perigo e antes mesmo de perceber o que eu estava fazendo, já estava aqui.

- Um grande amor nos sustos se confirma. – Ironizou Kairos lançando um olhar provocador de soslaio ao espectro de Benu. – Me pergunto... Onde será que eu já vi um irmão mais velho desesperadamente preocupado com seu mais novo... Quem saberia.

Enquanto Ikki parecia a ponto de querer matar seu companheiro, pois este alardeava que era incapaz de entender essa história de amor de irmãos, da forma mais teatral que podia conseguir, o marina seguiu questionando o imperador.

-...Por que ele te chamou de Shun? – Perguntou Havok ignorando os outros dois, voltando a se focar apenas no homem que o salvou.

- Atualmente, eu posso dizer que tenho muitos nomes. Mas não se preocupe. – Disse em tom melódico. – Não somos seus inimigos. – Ele virou-se para aquele que se chamava Ikki. – Eu preciso ir até os aposentos principais da casa, posso sentir que Bian está sendo consumido pelo miasma. Ele não pode morrer agora, serei incapaz de ressuscitá-lo outra vez com a pouca energia que possuo.

- Eu vou com você! – Anunciou firme Benu. – Justamente por ter pouca energia, você pode ser um alvo fácil.

- Eu preciso que você cuide de Havok e Neroda. – Colocou sério. - É uma questão de tempo para que venham atrás deles. As almas Podres, através de Chronos, podem saber dos movimentos deles, mas não podem prever os nossos.

- Eu não vou ficar cuidando desse pirralho enquanto você se arrisca sozinho em território inimigo! – Exclamou irritado.

- EU NÃO SOU UM PIRRALHO! – Berrou o menor. – Eu sou um marina também!!

- Eu não estarei sozinho, Kairos irá comigo.

- Quando dois andam a cavalo, um deles tem que ir atrás. – Entoou com importuno sorriso a seu companheiro. – Parece que chegou a hora de eu acompanhar nosso jovem mestre!~

- Você não pode ir sozinho com esse maldito! – Enfureceu-se, seu cosmo queimando ao seu redor. - Ele já nos traiu uma vez, na última Guerra Santa, quem garante que não o fará de novo!

- Eu garanto. – Disse Shun firme, surpreendendo seu irmão. – E preciso da habilidade dele, caso os marinas estejam muito perto da morte, parando o tempo conseguiremos segurar suas vidas até que um atendimento adequado chegue. Além disso, você é o mais apropriado para proteger os dois, uma vez que é o mais forte.

Finalmente Ikki acalmou-se pelo último comentário, enquanto Kairos bufou alegando dramaticamente que isso só acontecia porque ele não dispunha de toda sua energia atualmente.

Antes que toda a disputa recomeçasse o Imperador das Trevas deu um passo adiante, pisando sobre a sombra do jovem Dragão Marinho.

- Não se preocupe Ikki, eu irei me cuidar e não me colocarei em perigo desnecessário. – Virou-se para os dois com um meio sorriso no rosto. – Não deixarei que me prendam, ou sequestrem. Afinal, eu sei bem o trabalho que dá para o resgate depois.

Em sua cabeça, Hades que havia mantido silêncio até então começou a rir, enquanto Ikki bufou com o gracejo, mesmo achando certa graça, ainda não havia se acostumado completamente ao humor algo sarcástico que seu irmãozinho desenvolveu nos últimos vinte anos.

No instante seguinte, o Senhor das Almas foi coberto de uma fina névoa negra, que o envolveu completamente até que sua figura se difundisse com ela, tornando-se uma massa escura que caiu ao chão como se fosse água, desaparecendo completamente na sombra do marina que observou a cena estupefato.

- Parece que ele realmente aprendeu o truque de se mover pelas sombras como Violate de Behemoth. – Comentou o deus do tempo. – Muito bem! Os que não sabem governar, que obedeçam! É melhor eu segui-lo. – Lançou um último olhar brincalhão ao outro espectro. – Boa sorte sendo babá, meu caro Benu~

E desapareceu num piscar de olhos.

- EU AINDA MATO ESSE MALDITO!! – Berrou o ex-cavaleiro, seu cosmo flamejante deixando marcas no rochedo.

- Ele... Ele se moveu pelas sombras?! - Impressionou-se Havok. – E o outro... O que foi aquilo? Teletransporte?!

- Não, ele é apenas um maldito rápido. – Rosnou, observando a mansão razoavelmente distante.

- E o que nós vamos fazer? – Colocou exasperado o jovem guerreiro realocando Neroda em suas costas. – Apenas ficar aqui esperando?!

O espectro observou a criança. Apesar de tão jovem, até mais novo do que eles eram quando lutaram por Athena, ele tinha uma expressão determinada em seu rosto. Claramente queria lutar, ajudar de alguma forma seus companheiros.

Afinal, era o Dragão Marinho, por excelência deveria ser o líder do exército de Poseidon. Por alguns instantes, não pôde deixar de lembrar de Seiya. Ele não era o mais forte, nem de longe o mais inteligente, tampouco o melhor estrategista.

Mas sem dúvida era o mais teimoso, até mais do que ele mesmo, sempre insistindo em levantar-se e seguir lutando, motivando assim todos a também seguirem com ele.

Sem perceber Ikki sorriu. Uma sensação de nostalgia no peito.

- Meu senhor deu a ordem de que eu deveria cuidar de vocês. - Seu sorriso ampliou. – Mas não disse aonde.

Antes que o menino pudesse replicar, foi simplesmente tomado pelo colarinho e jogado para as costas do espectro. Mal teve tempo de segurar o filho mais novo dos Solo com firmeza, quando as grandes asas se abriram e o Benu prendeu voo em direção à mansão.

-.-.-.-.-.-.-.-

A tarde se estendia pelo santuário de Atena, o coliseu estava lotado de aprendizes que após fazer suas refeições e terminar seus aquecimentos, voltavam ao treinamento pesado. Eram tantos que era preciso dividir os futuros cavaleiros em grupos que seriam treinados em escalas diferentes.

June observava entretida como cinco iniciantes tentavam juntos acertar um soco em um homem alto e forte que sabia se chamar Aldebaran, embora já não tinha certeza se ele ainda era o cavaleiro que defendia a casa de Touro. Enquanto esperava Soleil ir encontrá-la. No começo do dia anterior o jovem rapaz havia lhe mostrado quase todo o santuário num silêncio praticamente absoluto. Não foi difícil perceber que apesar de jovem, tratava-se de alguém metódico, sério e extremamente responsável. Porém, era notório que o rapaz era uma boa pessoa, e muito querido nas terras de Athena. Enquanto subiam as doze casas para se apresentar ao Grande Mestre, Kiki que a saudou calorosamente como os velhos amigos que eram, também brincou com Soleil, perguntando como andava seu trabalho na biblioteca.

Ficou muito impressionada ao descobrir que agora o Santuário dispunha de uma instalação dessas. Num sorriso nostálgico, Kiki explicou que essa era uma influência positiva que Shun havia deixado no Santuário, seu amor por livros havia inspirado Shiryu a criar a biblioteca, começando com os livros do aposento do Grande Mestre, e os pessoais de cada um dos cavaleiros e da própria Athena. De acordo com as contagens de Soleil, agora possuíam a maior coleção de livros da Grécia, além de uma das maiores tiragens de livros em braile no mundo. Tinha virado uma espécie de tradição sempre que um cavaleiro saía das terras de Athena, trazer consigo um livro na linguagem dos cegos quando retornasse, uma forma de mostrar o respeito e carinho que todos possuíam com o líder do Santuário, que se viu impossibilitado de exercer uma das atividades que mais gostava até que aprendeu essa nova linguagem.

As demais casas zodiacais estavam vazias, seus donos estavam treinando ou ainda em viagem.

Shiryu, que também a recebeu com muito saudosismo, igualmente parecia ter carinho pelo mensageiro, depois que conversou casualmente com June sobre a vida dentro e fora das terras sagradas, agradeceu veementemente o jovem pelos últimos livros que o indicou, alegando que eram todos excelentes como sempre.  Essa foi a primeira vez que a Amazona viu Soleil sorrir, e teve uma intuição de porque ele tinha esse nome, era um sorriso bem iluminado.

Quando desceram as doze casas, encontraram-se com Seiya em Sagitário, que recebeu ambos com piadas nada engraçadas, June até forçou um sorriso, mas seu acompanhante não parecia gostar muito do cavaleiro de Sagitário, talvez por possuírem personalidades muito opostas.

 Quando voltaram às partes inferiores do santuário, a amazona resolveu começar a falar sobre literatura, conseguindo finalmente que seu acompanhante começasse a conversar, mesmo em seu tom realmente baixo, e até mesmo a sorrir com mais frequência.

Ao final do dia, quando se despediram e combinaram de se encontrar novamente no coliseu no dia seguinte para conhecer a biblioteca, a antiga Camaleão concluiu que o menino era muito agradável, inteligente e esforçado, apesar de sua personalidade rígida e quieta.

Voltando a prestar atenção nos aprendizes que tentavam golpear Aldebaran, notou que continuavam não tendo qualquer sucesso, enquanto o taurino ria a cada nova empreitada.

- Eles parecem estar se divertindo... - Comentou em voz alta, distraída observando como um rapaz moreno por pouco acertou o cavaleiro, mas acabou caindo de cara no chão quando este desviou, e mesmo com a boca sangrando o menino não parecia desanimar.

- O grupo de Aldebaran é sempre muito motivado. - Subindo pelas arquibancadas, Soleil veio em sua direção. – De acordo com as minhas anotações, entre os aprendizes eles são os mais esforçados, mesmo não sendo os mais fortes. – Ele repetiu a reverencia de quando se conheceram, como se estivesse frente a própria Athena. – Pardonnez-moi Mademois. Eu estava ocupado com alguns pequenos detalhes da biblioteca e não pude chegar antes.

- Tudo bem. – Sorriu, escorregando para o lado, permitindo assim que o outro sentasse. – Eu estava apreciando os treinamentos. Eles parecem bem mais... Amistosos do que na minha época.

- Acredito que é porque não há uma guerra tão iminente quanto antes. – Explicou em seu tom mínimo, fazendo a ex-amazona se concentrar muito para conseguir ouvir. – Isso tira um peso enorme dos ombros dos cavaleiros, imagino eu.

- Sim... Faz sentido. – Mas algo mais na frase chamou sua atenção. - Suas anotações?

- Sim, eu costumo anotar dados e informações de cada novo aprendiz e cavaleiro formado aqui.

June impressionou-se.

- Então você tem anotações sobre todos no Santuário?

Um sorriso orgulhoso brotou dos lábios do mais novo, enquanto um brilho parecia ter tomado seus olhos, como se estivesse esperando ansiosamente que essa pergunta fosse feita.

- Sim, na verdade eu tenho. – Agilmente ele tomou uma bolsa lateral que trazia consigo e de lá tirou um imenso caderno de folhas enrugadas e incontáveis marcadores. – O que você gostaria de saber?

- Hãa... - Isso a pegou desprevenida, mas ele parecia tão animado que não teve escolha além de seguir o jogo. – Bem... Você disse que os aprendizes de touro não são os mais fortes... Então, quais seriam?

- Isso é fácil. – Ele habilmente abriu seu caderno e parou numa folha de cor, observando de lado, a amazona pôde notar que todas as folhas estavam enumeradas. – Atualmente eu divido os cavaleiros em três gerações. Os Alfa, ou seniores, os Beta e os Gama. Os Alfa são aqueles que já eram cavaleiros da patente mais alta antes da última Guerra Santa, desses apenas Máscara da Morte, Shaka, Milo e Afrodite seguem defendendo suas casas zodiacais sozinhos. Há ainda o caso de gêmeos, defendida por Saga e Kanon.

A antiga camaleão guardou silêncio. Ela já havia escutado a história do perdão dos dois cavaleiros da terceira casa por Athena. Seu coração se dividia quanto a isso, uma vez que tantos haviam sofrido sob o domínio vil de Saga no santuário e pela traição de Kanon ao manipular o renascimento de Poseidon. Contudo, a própria deusa havia lhe dito que ambos não estavam exatamente sãos quando realizavam tais barbaridades, imaginava então que não seria justo de sua parte condená-los para sempre, embora duvidasse que ficasse à vontade na presença de qualquer um deles.

-...Os Beta. – Seguia explicando Soleil. – São aqueles que foram aprendizes dos cavaleiros seniores, ganhando oficialmente seu título apenas após a Guerra Santa. Como Kiki de Áries e Hyoga de Aquário. Entre esses há também aqueles que são filhos de sangue ou adotivos de um dos Alfa, alguns estão pleiteando armaduras de prata, outros de ouro. E alguns já substituíram seus pais como é o caso de Julian de Leão.

Saori havia mesmo lhe dito que nesses vinte anos que trabalhou nas empresas Kido, vários cavaleiros haviam se tornado pais, fruto da época prospera de paz que viviam.

-...Por último, os Gama, são aqueles que substituíram ou substituirão os cavaleiros da segunda geração nas casas douradas, sendo filho de sangue ou adotivo de algum deles, ou estão sendo treinados por algum dos Beta. Por exemplo a lemuriana Hayata, a amazona de Grou, que apesar de possuir apenas doze anos já é uma guerreira da patente de prata, discípula de Kiki, portanto, consequentemente a seguinte guardiã da primeira casa. Falta apenas a ela despertar o sétimo sentido para poder assumir seu novo papel.

-...Chega a ser absurdo pensar que Kiki já deixará a casa de Áries. – Comentou impressionada June, vendo como Aldebaran, sem sequer descruzar os braços, conseguiu derrubar todos os cinco aprendizes de uma única vez. -...Parece que o tempo passou tão rápido.

- O tempo tem esse efeito, ainda mais quando não vemos algumas pessoas por alguns anos, quando nos é dito ou vemos todas as suas realizações durante o período de separação, é natural associarmos a ideia de que o tempo correu mais rápido para ela ou nós. Mas tal sensação não passa de uma ilusão, uma vez que o andar do relógio é igual para todos. – Declarou sério. A loira apenas sorriu sem graça, esse jovem realmente não deixava escapar nada.

- De qualquer forma, respondendo sua pergunta, eu diria de acordo com as minhas anotações que o aprendiz mais forte atualmente trata-se do Beta: Tokumaru Albafica II. Apesar de ser um aprendiz sem patente, ele está a dois meses de se tornar o seguinte cavaleiro de Peixes. O que, pela lógica, o torna mais forte que os demais.

June imediatamente reconheceu o sobrenome, havia trabalhado com um rígido Tokumaru durante os últimos vinte anos na mansão Kido. Mas não se surpreendeu que seu companheiro de trabalho nunca tocou no tema, ele jamais misturaria assuntos familiares ao seu serviço, mesmo tratando-se de seu sobrinho-neto. Embora tinha a leve impressão que Saori havia citado alguma coisa um dia desses com o Mordomo.

De todo modo, teve que perguntar.

- Quem é o pai dele?

- Afrodite de Peixes. – Respondeu com simpleza, virando uma página. – Também foi o responsável por seu treinamento. Não é normal que um cavaleiro possua um sobrenome, uma vez que toda a sua vida pertence a Athena. Contudo, já que sua esposa possuía um nome de família, Afrodite pediu autorização à deusa para que seu filho o herdasse. Quanto ao nome, é uma homenagem a um antigo cavaleiro da decima segunda casa, que morreu na última Guerra Santa.

-...Isso é... Muito humano da parte dele. – Comentou a Amazona sorrindo tristemente, não pode deixar de recordar que Shun também possuía um nome de família. Kido. O mesmo de Athena. A principio pensou que era por ter sido adotado pela fundação Kido, para descobrir depois que na verdade era um dos filhos do Senhor Mitsumasa. Mesmo não simpatizando com as ações do senhor, o virginiano ainda assim gostava de levar esse segundo nome.

- Agora seguindo a lista dos mais fortes. – Continuou Soleil ignorando o momento nostálgico de sua acompanhante. – Em segundo lugar a Gama Hayata como aprendiz de Áries, terceiro a também Gama Suite de Pégaso, filha adotiva de Seiya de Sagitário, como aprendiz de Aquário, e o quarto Beta Shijima, aprendiz de Shaka para a casa de Virgem. Eu não sei muito sobre esse último, porém, Shaka um dia surgiu com ele no santuário, no mesmo dia que Máscara da morte trouxe seu próprio aprendiz. Na verdade, ninguém sabe muito sobre ele, apenas que é muito habilidoso e mudo de nascença. Embora, se você for telepata, é capaz de conseguir alguma resposta dele provavelmente. O último seria Piada Mortal*, aprendiz de Máscara da Morte. Embora ele passe a maior parte do tempo apenas pregando peças no santuário ao invés de treinar de verdade.

A executiva não prestou muita atenção as últimas palavras de seu companheiro, o assunto sobre os nomes a lembrou de duas coisas do dia anterior.

-...Aquele rapaz, que te avisou por telepatia que eu estava no cemitério... Aquele era Albafica? - Questionou recordando-se do antissocial jovem das flores.

- Sim, ele mesmo. - Confirmou. - Ele não é de conversar ou sequer se aproximar dos outros. Deve ter falado com você, temendo que se ferisse com o veneno das rosas.

- Entendo... - Por isso havia o achado tão familiar. Tentou apagar de sua mente, sem muito sucesso, a imagem de Afrodite matando seu querido mestre. Jamais esqueceria aquele belo rosto que permeou muitos de seus pesadelos.

Ele agora era casado e mesmo pai de um prodigioso rapaz, enquanto seu mestre havia morrido antes de qualquer um desses luxos. Mas o pior era saber que tudo indicava que o cavaleiro de ouro era uma boa pessoa, apesar de tudo, fazendo com que odiá-lo pelo que fez fosse algo muito difícil.

Suspirou triste, sentindo-se sozinha. Nunca se casou ou teve filhos, e agora quase aos quarenta anos esse tipo de coisa começava a fazer falta.

-...Está tudo bem Mademoiselle? - Questionou o mensageiro sentindo uma súbita mudança de humor na mulher.

- Sim, sim...Me desculpe, eu estava apenas me lembrando de algumas coisas do passado. - Tentou sorrir. - Albafica me disse que você foi criado por um antigo cavaleiro de ouro. O seu sobrenome... Sintès, se me lembro bem, também vem de sua mãe?

Isso pareceu espantar Soleil.

- Ele chegou a dizer isso...?! - Mordeu o lábio inferior, parecendo repentinamente apreensivo -...Não... Meu pai não se casou e nunca carregou um sobrenome, como eu não sou... Um cavaleiro, ele achou que seria digno me dar um nome de família, por isso eu tenho o sobrenome de sua mãe, Hélène Sintès.

June logo notou que havia tocado num assunto delicado para o jovem desprovido de Cosmo, então pelo bem do ânimo dos dois, resolveu voltar ao assunto anterior.

- Que outras listas você tem?

Isso fez o mais novo voltar a sorrir, virando as folhas de seu caderno até as primeiras, onde existia até mesmo um índice bilíngue ao parecer.

- Muitas na verdade, sobre todo o tipo de temas. A dos cavaleiros mais forte por patente é a que mais me perguntam, embora entre os dourados ninguém realmente sabe se o mais forte são os gêmeos ou Shaka. - Comentou com o brilho de volta aos seus olhos. - Na patente de prata os cavaleiros de Altar e Taça são em muito superiores aos demais. Mesmo em bronze os primeiros colocados são muito divergentes em relação aos demais. Suite está num nível completamente diferente dos outros já que é uma aprendiz dourada e Jabu deveria ser aprendiz de cavaleiro de ouro também, se não tivesse irritado seu mestre e quase sido morto por ele em seu primeiro dia de treino.

- Ah... - Foi tudo que ela conseguiu responder, perguntando-se quem seria esse mestre, já que não sabia qual era o signo dele. Porém não houve tempo, porque Soleil seguia enumerando suas listas.

- Também uma lista sobre os mais habilidosos, os mais sociais, os mais populares...

- Até mesmo isso?! - Impressionou-se.

- Sim, num lugar fechado como o santuário, a popularidade está diretamente ligado ao carisma, e por consequência, a influência que alguém é capaz de exercer sobre as massas dos demais cavaleiros e aprendizes. - Declarou taxativo.

-...Eu não tinha pensado nisso...

- Aiolos está no topo da maioria dessas listas de cunho social. Seguido de perto por Shiryu e Kiki. Até por isso o Grande Mestre queria que um dos dois fosse seu aprendiz para assumir sua vocação.

- Shiryu já pensa em abdicar? - Colocou impressionada.

O jovem sorriu amplamente.

- Foi exatamente o que eles disseram, depois de enfatizar que o Grande Mestre era ainda muito jovem para pensar nisso. Ambos recusaram.

- É muito gratificante saber que Shiryu é tão querido aqui no Santuário. - Comentou a Amazona mais tranquila. Sendo a principal assessora de Saori para as Empresas Kido, frequentemente tinha que lidar com Shiryu, uma vez que por vias legais o Santuário era uma instituição de cunho privado para jovens excepcionais, ligada a área de treinamento físico e intelectual. - Eu sei o quanto ele é esforçado em sua função.

Nesse instante todo o coliseu tremeu, e vários estudantes caíram no chão enquanto a areia da erosão tomava todo o coliseu como uma bomba de fumaça. Aldebaran resolveu finalizar o treinamento, nocauteando os cinco com quem treinava com as ondas de Cosmo de seu Grande Chifre, porém, conseguindo também derrubar outros seis que duelavam entre si sobre a vista de um cavaleiro de prata, que acabou caindo também, e mesmo outros dois que corriam em volta da arena tropeçaram um contra o outro.

Quando a poeira baixou, o brasileiro ria ruidosamente frente a todos os aprendizes e do cavaleiro de prata ao chão, mesmo na plateia, os sentados pareciam zonzos e desorientados. Mas logo sua atenção se voltou ao único que ficou de pé, frente a outros dois.

Um homem alto, de cabelos azuis escuros e espetados que chegavam até um palmo após seus ombros, espetados em cima, e intensos olhos castanhos estava parado com os punhos fechados sobre o peito, havia detido o ataque do dourado com o escudo prateado que seus braços unidos criavam, num formato similar ao símbolo de Yin Yang.

Atrás de si, June foi incapaz de perceber quando o cavaleiro de prata apareceu para deter o ataque, também não tinha certeza quando Soleil havia tirado o lenço branco que levava no pescoço e jogado para ela, para protegê-la do pó que tomou o coliseu.

Ao seu lado, o mensageiro tossia, desprotegido da poeira.

- Você está bem? - O recém chegado virou-se para o rapaz, que levantou a mão esquerda indicando que esperasse, enquanto tentava se livrar da tosse.

Então voltou-se para o dourado na arena.

- Por favor, seja mais ponderado senhor Aldebaran. Caso não queira dois de seus velhos companheiros muito irritados com o senhor. - Dando um passo para o lado indicou o jovem que tentava se recompor.

- Opa! - Exclamou impressionado. - Soleil, meu garoto! Eu não tinha te visto aí!

-...Estou bem... - Disse em tom rouco. - Não se preocupem.

- É assim que eu gosto! - Recomeçou a rir com vontade. - Estão vendo rapazes? Soleil nem sequer é um cavaleiro e ele está bem! Então levantem seus traseiros do chão e vão fazer cem flexões e dez voltas por todo o santuário para aprenderem a ser fortes como ele!

- Não é justo pai! - Exclamou um dos cinco que treinava antes, aparentemente o mais novo - Ele foi protegido pelo cavaleiro de Taça!

- Mais dez voltas pela reclamação!

- Por Zeus, cale a boca Pedro! - Exclamou o moreno que parecia ser o mais velho, dando-lhe um tapa na nuca.

- Mas...! - Resmungou.

- Querem trinta?

Os outros quatro fulminaram o menor, que finalmente calou a boca.

Enquanto os aprendizes começaram a sair do coliseu, e os demais a se levantar. Taça voltou-se a ex-amazona com as sobrancelhas franzidas.

-...Eu não me recordo de te ver por aqui antes, mas você me parece familiar senhorita, nos conhecemos? - Questionou curioso.

- Venho escutando muito isso ultimamente. - Brincou a amazona, dando tapinhas nas costas de Soleil. - Devo ter mesmo um rosto muito comum. Mas eu acredito que não, faz vinte anos que eu não venho ao Santuário. Meu nome é June, costumava ser a amazona de Camaleão.

-...Desculpe. - Comentou analisando o rosto da mulher. - A senhorita não parece ter mais que vinte anos...

- O que é isso Suikyo! Está cortejando a jovem assim tão rápido!? - Aldebaran que subiu até onde eles estavam após dispensar seus alunos comentou alegre. - Eu seria mais cuidadoso, ela é uma figura muito importante para Athena até onde sei. Acho que você está andando muito com o velho Dohko!

- Não estou cortejando-a. - Defendeu- se constrangido. - Só estou sendo justo.

- Tudo bem! Tudo bem! - Deu uma tapa em suas costas, fazendo a armadura de prata ressoar. – Você está chegando naquela idade, é normal! Metade dos meus filhos já passou por isso!

Um pequeno silêncio se fez, enquanto o mensageiro tampava o rosto pelo comentário, June segurava uma risadinha e Taça respirava profundamente.

-...Eu não sou mais um adolescente Senhor Aldebaran. – Respondeu, conseguindo se manter impassível, apesar do assunto constrangedor. – Eu já tenho 19 anos. De todo modo...

Fez uma reverência exagerada para a ex-amazona, a igual que Soleil, impressionando o Alfa de Touro, como se isso não fosse normal.

- Eu sou Suikyo de Taça, é um prazer conhecê-la.

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Daidalos observava com atenção pelo espelho negro que ficava ao lado do trono de seu senhor a figura de June, sua antiga aprendiz e quase uma filha.

Ela estava no que reconheceu ser o coliseu do Santuário, sorria tímida a algo que era dito, mas parecia feliz estendendo a mão para o jovem Taça.

- Senhor Daidalos. - Desviou o olhar para encontrar Verônica trajando sua sobrepeliz, de cabeça baixa em sinal de respeito. Se seu senhor não desejava que se ajoelhasse em sua presença, imaginava que o novo general tampouco desejaria tal ato.

- Apenas Daidalos é o suficiente. – Disse voltando-se completamente ao espectro. - Como estão seus ferimentos?

- Estou novinho em folha novamente.~ - Cantarolou o jovem andrógeno jogando seus cabelos com uma das mãos. - Havia me esquecido como as chamas do Rio Phlegethon* podem ser revigorantes~

- É bom saber disso - Colocou com um sorriso diminuto.

-...Isso claro, quando você é um espectro ou uma alma. - Continuou o francês com o rosto franzido. - E não uma pessoa ainda viva.

- Refere-se ao caso da primeira Amazona? - Questionou o argentino.

Chris surpreendeu-se.

- Sabe sobre isso?

- Este foi um acontecimento difícil de esquecer, a amazona que se lançou viva no rio de chamas para que seu companheiro de batalha pudesse escapar, seu sangue correu por todo o Flegetonte*, e continuaria correndo a cada nova reencarnação, dando origem ao rio de sangue fervente. - Narrou sem titubear. - Eu posso não ter sido sempre um espectro como o resto de vocês,  mas para estar no cargo que estou o mínimo que se espera de mim é conhecer a história do Submundo, principalmente o que diz respeito a primeira Guerra Santa contra Athena.

- Compreendo. - Afirmou analisando o homem no topo da escadaria. - Me perdoe a curiosidade~ Mas Kairos me disse que antes de servir a nosso senhor, foi mestre dele quando mortal. Um cavaleiro de prata.

- Isso é verdade. - Confirmou em tom sério. - Mas garanto que não precisa questionar minha lealdade para com o senhor do mundo inferior.

- Eu não estou em posição de questionar a lealdade de ninguém! - Levantou as mãos em sinal de rendição. - Apenas estou curioso sobre a opinião de um antigo cavaleiro de Athena sobre a história de como essa guerra começou. Imagino que sua anterior deusa não costumava tocar nesse assunto.

O general suspirou longamente.

-...Não, não tocava... Foi uma surpresa até certa medida. Principalmente ao colocar-se do outro lado da moeda. Contudo, depois de tantos anos, tantas batalhas mortais e inocentes sacrificados, acredito que é possível dizer que nenhum dos dois lados estava mais certo nessa guerra.

Verônica abaixou a vista.

- Até a última reencarnação eu discordaria de você, mas agora acho que entendo. - Suspirou também. - Todos nós fomos longe demais. Porém, minhas lembranças, agora plenas, da primeira guerra ainda me impedem de ter qualquer simpatia para com aquela deusa. - Sua expressão amargou-se, manchando sua bela face. - A destruição causada quando Athena nos atacou atrás da cabeça de Ares...* Eu não sei porque nosso deus ofereceu refúgio a seu sobrinho... Mas esse reino nunca foi o mesmo depois daquilo.

Uma expressão triste se formou em sua face.

- A história dessa Amazona é um bom exemplo disso. Aiacos costumava ser muito benévolo em sua primeira vida. Aceitou o sacrifício dela em troca de deixar seu companheiro fugir. Esta foi nossa ruína, porque Erisictão não só conseguiu escapar do mundo inferior levando o maldito do Aquiles, como também foi capaz de levar a armadura divina até Athena. Dali em diante, não haveria qualquer tipo de piedade de nossa parte.

Daidalos manteve silêncio, da primeira vez que leu sobre este ocorrido, havia achado mortalmente cruel que o juiz dito como o mais complacente tivesse aceitado um sacrifício que valeria por reencarnações em troca de duas vidas. Hoje, olhando por outro lado, o Submundo estava sendo atacado por Athena e seus cavaleiros, tudo estava sendo destruído, e ainda assim, Aiacos perdoou Erisictão em troca de um ato derradeiro de arrependimento. Um sacrifício digno dos antigos mitos gregos.

Afinal, Andrômeda não havia sido acorrentada numa rocha obrigada a ser comida viva em sacrifício apenas porque sua mãe havia ofendido as nereides do mar por considerar sua filha a mais bela?

Prometeu não tinha sido condenado pela eternidade por roubar o fogo de Zeus?

Os castigos na era dos deuses e na era do caos* eram terríveis e inflexíveis. Não era suposto então pensar que Aiacos estava agindo apenas como era esperado dele?

Pensando assim, chegava a conclusão de que Aiacos sim havia sido benévolo, apesar de tudo, só não conseguia entender o porquê. Mesmo supondo que ele era o mais ponderado dos três, estavam em guerra, deixar o inimigo escapar assim era um movimento muito arriscado.

De todos os documentos que leu desde que chegou ao Submundo, só tinha visto algo similar entre o próprio Ikki e Hasgard de Touro. Em sua última reencarnação, Benu teve a vida poupada pelo guardião da segunda casa, de acordo com a transcrição de suas vidas, por ele ter visto algo de bom na alma do espectro.

Será que seria o mesmo caso? O juiz tinha visto algo na Amazona para aceitar tal sacrifício? Ou teria sido por Aquiles?

Observou de soslaio o espelho negro, vendo o Juiz em sua atual reencarnação como o cavaleiro de prata de Taça, levando palmadas amigáveis do anterior cavaleiro de Touro.

Logo teria a oportunidade de perguntar pessoalmente, de cavaleiro de prata para cavaleiro de prata, de espectro para espectro.

-...Não importa o que digam. - Verônica continuou falando, desmunhecando a mão para dar mais ênfase em suas palavras. - Eu duvido que a amazona fez aquilo por Athena, de qualquer ângulo que se olhe, isso soa como um sacrifício de amor. Ninguém está realmente isento de fazer uma loucura por um amor~

- De qualquer forma, de nada vale agora olharmos para o passado. - Enfatizou voltando-se completamente para Nasu. - Precisamos seguir em frente. E para tanto eu te darei sua primeira missão. Precisamos que você vá até o castelo Heinsteim e receba os espectros que se encaminharão para lá. Avalie o posicionamento de cada um em sua nova vida e nos informe. Para todos os questionadores, você foi contratado pelas empresas Solo e está lá para recebê-los em nome do senhor Astrapí. As duas passagens aéreas já foram enviadas para o seu endereço, assim você chamará menos a atenção.

- Muito bem então!~ Darei o meu melhor. - Fez uma sutil reverência. - Será um sacrifício para mim não chamar a atenção, mas farei o impossível~

E então retirou-se, deixando novamente o general sozinho, que voltou a olhar para o espelho.

"Ninguém está realmente isento de fazer uma loucura por um amor." - Pensava.

Talvez tivesse razão, levando-se em conta tudo que a palavra amor significava.

Voltou a olhar para June, enquanto esta se despedia dos outros dois cavaleiros. Era impressionante como havia crescido, e ainda assim, era incapaz de acreditar que ela tinha quase quarenta anos, como se a jovem tivesse parado no tempo aos vinte.

Daidalos então abriu os olhos em choque, vendo como a ex-amazona saía do coliseu.

-...Será possível quê...?!

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Notas Finais


* Neroda - Em grego moderno Nero é Água, o sufixo "Da" vem do grego antigo e tem o significado de "da Terra". O nome então teria o sentido de "Águas da Terra."

* Piada Mortal é o subtítulo de uma das HQ's mais famosas do Batman, que conta uma das origens do arqui-inimigo do herói, sendo um personagem trágico, um comediante mal sucedido que eventualmente ficou louco.

* Pyriphlegethon, Phlegethon e o simplificado Flegetonte referem-se ao mesmo rio, o rio em chamas da mitologia grega, porém, na divina comédia ele é representado como um rio de sangue fervente. Kurumada, por sua vez, inspirou-se nessa segunda versão. A mitologia ainda conta que ele possuía propriedades curativas, para que as almas que estivessem sendo castigadas no Submundo pudessem se recuperar para sofrer suas penas por mais tempo.

*De acordo com o livro Cosmo Special, uma espécie de enciclopédia sobre Cavaleiros do Zodíaco, a guerra contra Hades começou quando o deus do Submundo deu refugio à Ares após sua guerra contra Athena.

* As eras que antecedem a história original também são contadas nesse livro especial.

(Roteiro dos dias dos capítulos do presente para os perdidos.)
1° dia - início da tarde - June chega às terras de Athena, encontra um jovem carregando flores e conhece Soleil, o mensageiro do Santuário. Ikki tenta reunir informações em Rodorio, até ser encontrado por Máscara.
1° dia de tarde para noite - Kiki conversa com Shiryu sobre o que está para acontecer, e então desce as doze casas para cumprimentar June em Áries. Ikki vai até a casa de Afrodite e conversa com ele e Máscara sobre a situação.
1° dia - noite para madrugada do 2° dia - Chris é atacado em Paris (Fuso horário Paris 1 hora a menos que Atenas)
2° dia - primeiras horas da manhã - Daidalos vai buscar Ikki e deixa Shaka próximo a Rodorio.
2° dia - Submundo (sem fuso horário exato) - Shun desperta, Ikki fica ao seu lado, as resoluções dos cavaleiros e espectros e a decisão de Verônica.
2° dia - tarde - Lucius volta para casa de seu trabalho. (Oslo 1 hora a menos que Atenas) Shun, Ikki e Kairos vão até a Grécia.

Sobre Afrodite não ser gay, todos representarem ele assim apenas por ser metrossexual - E isso é só no anime - Para mim é um motivo muito superficial. Porém sua amizade com Máscara da Morte seguirá sendo muito forte. Esse detalhe sobre ele ser hétero ainda vai ser motivo de muita dúvida entre os cavaleiros rsrsrs

A claro, o grande enigma da vez... Qual a conclusão que Daidalos chegou?


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