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História ''Uma Guerra Fria dentro do meu peito.'' - Você está gostando dele?


Escrita por: IvinnyLima

Notas do Autor


Oláaa, eu sei que eu sumi, mas digamos que eu desanimei um pouco, eu sinto falta dos comentários, mas só de estarem lendo, eu já fico muitoo feliz, então é isso, não vou desistir dessa história, vou continuar escrevendo pra vocês.
Boa leitura....

Capítulo 7 - Você está gostando dele?


Fanfic / Fanfiction ''Uma Guerra Fria dentro do meu peito.'' - Você está gostando dele?

    A diretora adentrou a sala de aula fazendo um breve anúncio, ela havia avisado que a professora de português havia faltado, ou seja, as duas últimas aulas deste dia seriam livres, uma notícia que realmente teve a capacidade de alegrar a maioria das pessoas da turma.
    Rosalya tinha em mente que essa seria a oportunidade de ouro pra conversar com Ivinny sobre os últimos acontecimentos, ou melhor dizendo, sobre as situações que davam muitos indícios de que algum sentimento estava nascendo naquela garota, e com essa conversa ela teria a chance de alerta-la sobre qualquer sentimento que viesse a existir por Castiel e assim poupar o coração de sua amiga. Rosalya sempre teve consciência de que com sentimentos não se brinca, quando os sentimentos começam a ser alimentados eles acabam tendo uma influência sobre a pessoa que os sente, podendo a fazer florescer, ou simplesmente a magoando profundamente.
    Não que Castiel fosse um cara ruim, ele realmente seria a melhor companhia e amor que Ivinny poderia ter, mas isso a um ano atrás, antes da existência de Debrah na vida daquele garoto, Debrah tinha sido a Ex namorada de Castiel, o tipo de garota que nem vale a pena comentar, ela havia destrupido a vida de Castiel da pior forma, o tornando isso, um depósito de mal humor e frieza. Rosalya pensava no Castiel de agora que no momento não estava apto a poder se instalar no coração de ninguém pois qualquer sentimento que existisse não seria reciproco da parte dele, e ela temia por Ivinny.
    Estavam todos entregues ao tédio esperando que o tempo passasse quando finalmente ou infelizmente o ruivo apareceu, ele sentou entre Lysandre e Ivinny que estava perto de Rosa e dos outros, porém a sua chegada não mudou nada para os outros, com exceção ao coração de Ivinny que logo se agitou. Seu coração deveria ser conhecido por ser intrometido e amostrado, ele simplesmente resolvia mostrar o quanto era potente quando Castiel aparecia.
    Estar próxima a Castiel era sempre assim, desesperador, avassalador e agoniante, não uma agonia ruim, mas algo que a fazia perder a estabilidade. De alguma forma era estranho pensar assim já que durante toda sua vida Ivinny fora uma garota centrada que não se deixava levar facilmente por nenhum ''sentimento''. Ela conseguiria se segurar, não se deixaria levar facilmente, não dessa vez, tudo bem que Castiel poderia ser visto como um Deus pela maioria das garotas daquela escola, mas Ivinny não se deixaria levar por isso, afinal, não é porque todas o querem, que ela também tinha que querer, em seu coração não havia espaço pra um sentimento tão grande e bonito quanto o amor.
    Porém, algo entre eles era reciproco, isso ambos tinham que admitir, e esse algo era chamado ''atenção'', Ivinny realmente atraía a atenção do ruivo, oque talvez também significasse que ela mexia em algo nele, ao menos ela conseguia o incomodar facilmente, seja isso de uma forma boa ou ruim, pode-se dizer que quando ele menos percebia já estava a encarando, a olhando intensamente sem exitar.

Castiel se aproximou da garota e se sentou numa cadeira vazia ao seu lado sem se encostar totalmente na cadeira, ele tinha um fone de ouvido branco pendurado em seu pescoço se destacando em meio ao tecido da camisa preta lisa que ele usava, oque também causava um enorme contraste com seu cabelo rebelde. Ele apoiou o cotovelo sobre a mesa da menina que mesmo com a proximidade dele não se afastou.
— Sabe oque percebi? — Falou Castiel baixinho, perto da orelha de Ivinny para que apenas ela ouvisse — Você ainda não me disse de onde veio.
    A garota ignorou a pergunta em frações de segundo, se sentindo ameaçada com aquela proximidade, não ameaçada fisicamente, na verdade ela sentia que qualquer toque da parte dele poderia a fazer perder seu alto controle mental que logo faria com que seu interior se agitasse, oque na verdade já estava acontecendo. Ela sentia que a rebelde dentro dela estava gostando de algo que parecia dar início a mais um daqueles jogos de provocações, ela com toda a certeza se interessava pelo que viria acontecer, porém Ivinny não faria os gostos de seu interior.
— De onde vim não importa, agora estou aqui, não é mesmo? — Ela perguntou ao sair do desvaneio em que se encontrava observando a rebelde dentro de si.
— Porque nunca fala de sua família, Ivinny? — Perguntou ele a chamando pelo nome, oque dava a entonação de estar falando em um tom sério, oque não era típico de Castiel, já que sempre se absorvia ironia em sua voz.
— Você também nunca me falou sobre a sua família, Castiel. Há muitas coisas que você ainda vai saber sobre mim, só precisa saber esperar a hora certa. — disse ela sem expressão alguma, não muito afim de explicar nada pra ele, mas ela sabia que ele ainda iria insistir.
— Eu só acho que você evita de mais tudo isso, você age como se fosse abrir uma porta onde sabe que há fantasmas lá dentro prontos para se lançarem sobre você. — Castiel disse a encarando.
— Tudo que você tem que achar é que eu não tenho nada pra dizer por enquanto. — Ela disse o fitando friamente.
— Por enquanto.. Já é um bom começo. — Castiel disse, dessa vez rindo.
— Encare como quiser. — Ivinny disse segurando o riso. — Sinceramente você é bem insistente. — Completou a garota percebendo que não dava pra ficar irritada com ele por muito tempo, apesar das perguntas incômodas que ele as vezes sabia.
— Consigo ser bem insistente quando quero. — Ele disse rindo. — Quer um conselho?
    Ivinny o olhou sem falar que sim nem que não, apenas esperando ele falar, afinal, aquilo era uma pergunta retórica, apenas esse tempo de convivência deixava bem claro que ele falaria mesmo que ela negasse querer saber.
— Não fuja de si mesma. — Ele disse com convicção.
— Porque está falando isso? — Ela o encarou inclinando um pouco a cabeça pra o lado como se isso a fosse fazer entender.
— Porque eu sei que pode aparentar ser a solução mais fácil, mas esse nunca vai ser o melhor caminho a percorrer. — Ele disse se aproximando um pouco mais dela e lhe entregando um dos lados do fone que pendia no pescoço dele, o qual ela pegou sem exitar e colocou no seu ouvido sendo invadida pela música que Castiel escutava, mas ao mesmo tempo sendo preenchida pela dúvida em saber de onde havia vindo tudo que Castiel lhe disse a alguns minutos, era como se ele pudesse a enxergar.
— Não estou fugindo de mim mesma, Castiel. —  Ela disse após pensar um pouco enquanto a música invadia os seus ouvidos.
— Não acho que você tenha tanta convicção disso. —  Ele disse observando as sobrancelhas da garota que estavam franzidas, e passou o indicador ali, entre as sobrancelhas da garota fazendo com que ela as afastasse novamente parecendo perceber apenas agora oque estava fazendo.
— E porque você parece ter tanta convicção do que está dizendo sobre mim? — Ela falou voltando a fixar o seu olhar nas próprias mãos sobre a mesa.
    Castiel soltou uma leve risada irônica.
— Não estou convicto sobre você, mas sim sobre mim, acha que eu fujo de mim mesmo? —  Ele perguntou a olhando, mais ainda assim ela não lhe devolveu o olhar.
    Então ele viu ela balançar levemente a cabeça para um lado e para o outro num sinal de negação, fazendo com que seus cabelos também balançassem junto aquele gesto contido, então ele continuou:
— Acha que um dia eu já fugi de mim mesmo? — Ele perguntou de novo, e dessa vez ela levantou os olhos bem abertos fixando o seu olhar no dele.
    Não houve resposta, porque os olhos de Castiel contavam aquela garota que um dia ele já fugiu dele mesmo, e ele sabia que ela podia ver isso, estranhamente ele se sentiu exposto a ela por alguns segundos. Então eles apenas se ajeitaram novamente em suas cadeiras como se estivesses desconfortáveis e continuaram presos e ao mesmo tempo ligados aquela música.

Castiel não sabia o quanto se arrependeria se ouvisse tudo que aquela garota não queria falar, não que a vida dela fosse conturbada, ele teve uma vida feliz em muitos aspectos, mas uma garota com perdas, uma garota com rachaduras e fendas espalhadas pelo seu lado sentimental, uma garota confusa e instável não parecia ser o tipo de garota a qual Castiel se aproximaria, e tudo que ela menos queria era o afastar, afinal, ela curtia os desafios que havia entre eles.
    Rosalya estava observando eles conversarem a algum tempo, junto com Lysandre, ambos observavam as expressões faciais dos mesmos, que às vezes revelavam dureza, e outras vezes irrelevância, mas o olhar de Castiel para com Ivinny, por incrível que pareça indicava preocupação. Eles tinham que reconhecer que Ivinny não sedia aos olhares de Castiel e ninguém jamais conseguia retribuir seu humor opaco ao mesmo nível, se ele a encarava ela fazia o mesmo, se ele a provocasse, ela logo maquinava um desafio pra ele, e se ele mostrava dureza, ela se mostrava uma completa fortaleza. 
    Rosalya logo se dirigiu a outra cadeira ao lado de Lysandre.
— Ta pensando no que eu to pensando Lys-Fofo? — Disse a prateada sem tirar os olhos de Ivinny e Castiel.
— Castiel nunca foi gentil, nem implicante desse jeito com ninguém, não depois da Debrah. — Disse o vitoriano também fitando ambos ao seu lado. — E Castiel nunca teve alguém que o desafiasse dessa forma, nem mesmo a própria Debrah fazia isso, Castiel nunca permitiria. — Completou Lysandre.
— Isso é muito estranho Lys, no primeiro dia que Ivinny apareceu, Castiel saiu a carregando nos ombros pela quadra. — Rosalya apoiou seu rosto na mão esquerda deixando os dedos tocarem seus próprios lábios.
— Não posso negar que esse não é o comportamento que a gente costuma ver vindo de Castiel. — Lysandre falou.
— Não sei se me preocupo, ou se fico em alerta. — Rosalya falou deixando a mão escorregar até a sua testa.
— Não pense muito Rosa, apesar de tudo isso Castiel é responsável, nem que seja bem lá no fim de sua consciência. — Nem mesmo Lysandre conteve um pequeno sorriso após seu comentário.
    Rosalya rapidamente se levantou, vendo que era a hora de intervir naquela conversa, então ela foi a encontro dos dois que pareciam conversar algo não muito agradável para ambos, era como uma confirmação de que talvez fosse realmente a hora certa pra uma conversa.
    Rosalya tinha que alerta-la antes que algo maior pudesse crescer no interior daquela garota. Rosalya não queria vê-la machucada como todas as outras que tentaram se aproximar de Castiel, se bem que as outras não valiam nada, como a Ambre por exemplo. Talvez tudo que Castiel precisasse pra mudar, fosse um bom desafio, e Ivinny com certeza era a melhor indicada pra o desafiar, mas Rosalya não queria arriscar.
— Ivinny, posso falar com você? Vai ser rapidinho — Perguntou Rosalya, atraindo a atenção não só de Ivinny mais dos dois a sua frente.
— Pode falar rosa. — Disse Ivinny franzindo o cenho sem entender oque Rosalya realmente queria.
    Não deu tempo de pensar, a platinada percebeu o quanto Ivinny ela lerda pra não perceber que era uma conversa a sós, então ela saiu a puxando pelo braço em direção ao banheiro.
    Ivinny não estava entendendo o comportamento de sua Amiga, sim amiga, por incrível que parece Ivinny já via Rosalya dessa forma, como uma verdadeira e ótima amiga, mas algo parecia a incomodar. Porém, logo logo ela saberia oque tanto a incomodava.
    Então a pergunta que a garota mais temia veio a tona.
— Amiga, você está gostando do Castiel? — Rosalya foi bem direta ao ponto.
    ''Maldita a minha situação, e os jogos que eu tento jogar, com todas essas coisas presas em minha mente'' Ivinny lembrou-se instintivamente da tradução de uma música que ela gostava bastante e que a pouco estava ouvindo nos fones de Castiel, com certeza todos os jogos de palavras afiadas que haviam entre ela e Castiel haviam feito Rosalya perceber algo, pensou a Garota, mais perceber oque? Se ela dizia a si mesma que não sentia absolutamente nada por ele. Ela não conseguia achar palavras para dizer, as coisas estavam definitivamente presas em sua mente, era como se tivessem acabado de dar um nó em seus pensamentos, que a faziam se contestar em relação a estar sentindo algo por Castiel. De alguma forma a pergunta de Rosaly a havia atingido, por alguns segundos ela sentiu-se como se estivesse sido descoberta.
    Ivinny estremeceu, seu coração palpitou, ela teve a leve impressão de que se Rosalya estivesse mais perto ela ouviria as batidas, altas, fortes e constantes de seu coração. Seus sentidos foram abalados, haviam sido descobertos? mas oque havia pra se descobrir? Nem ela sabia, não, não gostava do ruivo, ela odiava aquele garoto, ele apenas bagunçava toda sua vida que ela sempre tentou manter tão impassível, ela apenas gostava dos desafios internos que ambos tinham, nada mais que isso, ela odiava ele.
    Ela tinha bastante consciência de seu estado emocional e ela sabia que existia uma coisa que nunca poderia dar a ele, seu coração, afinal o coração dela nunca poderia ser a casa de Castiel, pois ela sabia que se houvesse um sentimento entre ele e ela, um dos dois sairia machucado nisso e ela temia pelos dois, pelo seu coração e pelo dele também. Se é que ele tinha um.
— De onde surgiu esse pensamento Rosa, eu odeio aquele garoto! — disse ela após voltar da viagem totalmente confusa que acabara de fazer em seu interior.
— Não é oque vocês dois tem mostrado. — disse a amiga intrigada.
    Como assim os dois mostravam? ele também aparentava isso? Aparentava que ele gostava dela? Porque ela não tinha percebido nada? isso instantaneamente a abalou. Ela podia sentir os muros que construiu ao seu redor balançarem, ela não via nada a não ser as besteiras que saiam da boca de Castiel e os olhares maldosos que ele tinha sobre ela, tentando imaginar oque havia por baixo de suas roupas. Mas ela não viu por distração ou porque simplesmente não quis ver?
— Você ta sonhando, nunca vai haver nós, sempre vai ser ele pra lá e eu pra cá, cada um no seu canto, é impossível que cresça algum sentimento entre mim e ele que não seja raiva, esse sim cresce a cada dia.
    Rosa riu maliciosamente, em seguida fingiu que acreditava, já que Ivinny havia negado os sentimentos dos quais ela tinha certeza da existência, por toda essa negação ela percebeu que aquele não seria o momento da conversa, mas ela sabia que havia algo a mais do que apenas ódio.
    Ambas saíram do banheiro e retornaram a sala de aula para assim se juntar aos outros, pelo visto essas duas últimas aulas, que na verdade seriam vagas, iriam durar bastante. Ivinny sentia o tempo a massacrar se mostrando presente e passando lentamente deixando a sensação de sufoco se fazer presente.


Notas Finais


A música que foi citada é da banda Oasis - Don't Go Away, caso queiram escutar, fiquem a vontade, eu a ouvi enquanto escrevia tal capítulo.


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