James acordou na manhã seguinte com a sensação que algo daria errado e sua intuição nunca errava. O mesmo se levantou da cama e se arrumou rapidamente depois de um banho rápido, ele precisava encontrar sua irmã, talvez ela soubesse algo que o ajudasse.
O filho de Caos seguiu pelo corredor em direção ao quarto da irmã, mas a melodia baixa ainda pode ser ouvida por ele que seguiu até o quarto de onde a melodia saia. O som baixo do piano lhe encantava e ver sua irmã tão distraída tocando o deixava fascinado.
Cerys havia deixado de tocar a anos e vê-la ali, daquele modo, fez com que o mesmo percebe que as coisas haviam realmente mudado desde a ida deles para aquele acampamento. A voz quase sussurrante de cerys, fez a atenção do garoto voltar-se para ela.
You've got a hold of me
Don't even know your power
I stand a hundred feet
But I fall when I'm around you
Show me an open door
Then you go and slam it on me
I can't take anymore
I'm saying baby
— Não deveria estar no refeitório? — o mesmo perguntou fazendo a loira pular da cadeira com o susto.
— James — reclamou.
— Eu estava te procurando — falou se sentando ao lado dela.
— Posso saber para que? — perguntou curiosa.
— Sim, mas antes, onde aprendeu essa música? — perguntou.
— Eu ouvi um dos semideuses cantando e ficou na minha mente, nada de mais — respondeu — Mas, o que queria mesmo?
— Estou com a sensação de que algo acontecera hoje — respondeu a encarando — Algo ruim.
— Então devemos avisar aos outros guerreiros — a mesma falou se levantando — Precisamos estar preparados para tudo.
Os irmãos então deixaram a sala de música que havia na mansão e seguiram até o refeitório onde sabia que os outros guerreiros estariam, assim que chegaram, estranharam a animação que estava ali, então logo trataram de se sentar em sua mesa.
— O que estar acontecendo com os semideuses hoje? — Cerys perguntou confusa enquanto servia seu prato com um sanduiche natural, um suco de maracujá e uma maça.
— Pelo que eu entendi, haverá um baile hoje à noite — Ruby respondeu logo dando uma mordida na fruta que possuía em mãos.
— Ok então — os irmãos deram de ombro.
Cerys avistou novamente o garoto da música, agora sentado afastado dos irmãos na mesa de Apolo, seu cabelo era castanho e seus olhos castanho claro.
— Aquele é o garoto? — James perguntou olhando na mesma direção do irmão.
— Sim — respondeu sem desviar o olhar.
— Tome seu campeão, minha irmã.
— O que? — a garota pergunto confusa.
— Você não prestou mesmo atenção na aula de Nyx, não é? — o garoto perguntou rindo.
— Só fala — a filha de Caos revirou os olhos.
— Quando nos tornamos guerreiros de Chaos, sabemos que um dia iremos teoricamente morrer e caso não tenhamos filhos, temos que deixar uma nova geração — James começou a explicação — Por conta disso, o "universo" escolhe por nós os mais poderosos guerreiros que poderão existir. Foi assim que fomos escolhidos e ao que parece, papai fez com que fossemos escolhidos no mesmo ano, o que é estranho, eu não havia nascido quando você desapareceu.
— Papai é estranho — a mesma falou.
— Tenho que concorda, agora vai.
Cerys se levantou da sua cadeira e seguiu até o garoto que a olhou confuso assim que a mesma parou a sua frente.
— Qual é seu nome? — perguntou.
— Benjamin — respondeu confuso.
A garota sorriu, o que fez todos na mesa de Apolo acharem estranho o fato de uma comandante, filha de Caos, estar falando com uma pessoa esquisita quanto o garoto.
— Eu gostei da sua música, ela é bem legal e fica na cabeça — ela elogiou fazendo o garoto sorrir.
Ele se lembrava dela e também se lembrava da música ao qual ela se referia, ele havia escrito ela a um bom tempo, exatamente a dois anos atrás, quando sua namorada o traiu com seu irmão e ele virou chacota de todo o acampamento.
— Obrigada, mas ela não é nada demais — agradeceu envergonhado.
— Não se engane — a mesma sorriu — Te vejo mais tarde, campeão.
A mesma se afastou deixando não só Benjamin, mas também todo o refeitório confuso os únicos que continuaram sem se importa era os guerreiros que já sabiam toda a história.
O silêncio do refeitório começava a irritar os guerreiros, contudo, nenhum deles ousou a se pronunciar, Quiron querendo uma explicação, assim como todos, resolveu perguntar, vendo que não saberiam sem perguntarem.
O centauro coçou a garganta chamando a atenção de todos para si, menos a dos guerreiros que continuavam a comer como se nada tivesse acontecido, então o centauro repetiu o gesto.
— Se tem algo a perguntar, pergunte — Emma falou dando mais uma mordida na maça em sua mão.
— O que ela quis dizer com campeão?
— Somos campeões de uma geração passada, o garoto pertence a futura geração de guerreiros de Chaos — respondeu Luna sorrindo — É uma grande honra ser um campeão, assim que a guerra acabar, os escolhidos iram com a gente para Chaos e serão treinados devidamente.
— Então qualquer um de nós pode ser um campeão? — perguntou uma garota na mesa de Afrodite.
— Nome? — Daniel perguntou sem muito interesse.
— Carmem — a garota respondeu animada achando que seria escolhida.
— Respondendo a sua pergunta, Carmem — Daniel falou fazendo o sorriso exibido dela morrer — Não, não escolhemos os guerreiros, sentimos a áurea dele, que muitas vezes, podem ser iguais ou maior que a nossa.
— Existem outros guerreiros por aqui? — Quiron perguntou interessado.
— Sim, vários — Ângelo respondeu — Mas, eles têm tempo determinado para serem reclamados.
Um chamado mudo foi ouvido pelos guerreiros que rapidamente se levantaram assustando todos no refeitório, a áurea de todos os doze estavam visíveis, amostrando a quem quisesse o nível de seus poderes. Em um passe de mágica, os doze estavam com suas capas e de rosto sério.
Cerys entrou machado e seria no refeitório, fazendo todos perceberem que o assunto era algo sério.
— Preparem suas armas, semideuses. Isso não é um treinamento.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.