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História Guided Forth Anew (Fanfic Larry Stylinson) - Savior


Escrita por: PrimmadonaGirl

Capítulo 23 - Savior


Harry não queria morrer.

Não naquele dia, não derrotado por Golbez, não daquele jeito...

Ele havia feito uma promessa, afinal. Na verdade, havia feito várias, mas a única que rodeava sua mente no momento, pertubando e torturando seus pensamentos, era a que havia feito a Louis em Baron.

Nós iremos ficar bem, ele havia dito para o namorado, enquanto encarava aquelas piscinas azuis.

Mas agora, com sua visão embaçada e preenchida por névoa, as coisas estavam tudo, menos bem.

Então ele esperou.

Esperou com seu coração palpitando em seu peito, esperou achando que aquele seriam os últimos segundos de sua vida. Esperou sabendo que era um covarde... apenas um covarde que não conseguia lutar contra as ondas.

Esperou morrer.

Mas não foi isso que aconteceu.

A névoa, antes impregnada no ar e tornando tudo um misto de tormento e confusão para o homem de olhos verdes, havia se dissipado repentinamente.

Ele sentiu uma movimentação leve ao seu redor, logo engolindo a seco, uma vez que tinha a plena certeza de que o dragão alado também pertencia a Golbez. Quer dizer, ele possuía um dragão das sombras... por que não um de névoa para combinar?

Porém, quando o homem de olhos verdes finalmente adquiriu coragem para abrir os olhos, nenhum dos dois dragões podiam ser vistos.

O que estava acontecendo, afinal?

— Um Eidolon... — É Golbez quem quebra o silêncio, também surpreso. — Meu Dragão, derrotado por pura... névoa.

Então o Dragão Negro havia sido... derrotado? E, espere... o que um Eidolon estava fazendo ali?

Mas Golbez não estava com medo. Sabia que derrotaria Harry de qualquer jeito, o Dragão não era necessário para tal ação ser realizada. Porém, antes que pudesse se aproximar do homem de olhos verdes outra vez para acabar com o que começou, sua ação é interrompida.

Primeiramente, foi um barulho alto. Depois, um silêncio total se instalou na sala. Por alguns segundos, Harry não conseguia ouvir nada, nem mesmo sua própria respiração. E então, de repente, o Dragão voltou, abrindo a boca e soltando outra rajada.

Em algum momento entre Golbez caindo no chão e Harry arregalando seus olhos, ele foi solto de sua paralisia. Alguém ou algo deve ter usado alguma magia nele. Mas quem, se todos os seus amigos estavam caídos no chão?

— Está tudo bem. — Alguém proferiu, era quase com se Harry conhecesse a voz... — Você pode se mover agora!

O homem simplesmente não sabia o que fazer. Deveria correr e clamar por ajuda nos corredores? Será que havia tempo o suficiente para tal ação? Ele precisava de ajuda, precisava que seus amigos sobrevivessem. Não conseguiria deixá—los sozinhos, muito menos curá—los sem a ajuda de outra pessoa.

E então ele viu.

Era um garoto de estatura média, de cabelos loiros e olhos quase tão azuis quanto os de Louis. Suas feições não podiam ser muito identificadas, mas ele tinha certeza que o mesmo estava fazendo muito esforço, já que lançava os feitiços mais fortes que Harry já vira.

Blizzaga, Thungaga e Firaga.

Um de cada vez.

Harry não teve muito tempo para pensar mais afundo sobre o assunto; uma vez que soube qual era sua missão quando o garoto se virou para encará—lo, gritando em um fio de voz:

— Vá chamar ajuda!

E foi isso que ele fez.

De verdade, até que poderia se sentir de certo modo aliviado por não ter que enfrentar Golbez. Mas aquele garoto... ele ia lutar sozinho contra o mesmo. Não era meio egoísta fugir?

Ele sacudiu os pensamentos de sua cabeça, correndo rapidamente pelos corredores. Suas botas clicavam conta o chão freneticamente, precisava encontrar alguém para ajudá—los, era a única esperança existente para os dois.

Pelos Cristais... se sentia um covarde.

— Na Sala do Cristal, — Ele berra, com os olhos arregalados em direção aos soldados presentes. — ajudem, por favor!

X

Quando Harry finalmente volta para a Sala de Cristal, aflito como sempre, sinceramente esperava que alguma merda tivesse acontecido. Quer dizer, como um simples garoto com Eidolons conseguiria derrotar Golbez sozinho?

Era impossível, certo?

Não.

E é isso que faz o homem de olhos verdes olhar boquiaberto para o homem de armadura escura, ajoelhado no chão.

Inacreditável. Simplesmente inacreditável.

O garoto de antes estava de pé na frente da figura escura, dando uma risada baixa. Seu corpo era trajado por uma capa verde de tamanho médio, com detalhes brancos em suas mangas. Sua blusa era de um amarelo pastel; suas calças, de um tom escuro. Seus pés calçavam botas marrons, e, quando ele finalmente se virou para se encontrar com os olhos verdes de Harry, o homem simplesmente nao conseguiu acreditar no que estava vendo.

Seria uma miragem?

— Niall...?!

O garoto — agora muito mais velho — sorriu minimamente, feliz por ter chegado na hora certa. Mais cinco segundos atrasados, e Harry com certeza estaria morto.

— Sim, — Ele ofegou, cansado por conta da batalha. Harry ainda não conseguia acreditar: Niall, aquele simples garoto de Mist, havia derrotado Golbez. Sozinho. — sou eu.

— Você salvou as nossas vidas! — O homem de cabelos longos exclama, arregalando os olhos no mesmo momento em que alguns soldados do Castelo entram para levar os feridos a enfermaria. — Mas... como? E—eu achei que você estivesse morto!

— É uma longa história. — O outro suspirou, brincando com a tiara de pérolas em sua testa. — Acho melhor eu explicar quando todos estiverem acordados.

— Tudo bem. — Harry olhou de relance para o rosto cansado de um Louis inconsciente, realmente preocupado com a saúde dos amigos. — Vou com eles para a enfermaria, preciso ajudá—los... Venha se quiser.

O garoto loiro deu de ombros, logo se apressando para seguir o resto do grupo. Não era como se tivesse algo mais importante para fazer, no final das contas.

Naquele momento, definitivamente soube que havia tomado a decisão certa. Seu lugar era ali, derrotando homens altos e em armaduras escuras.

Como um pseudo–salvador.

X

A enfermaria por sorte não era muito longe da Sala do Cristal: se localizava no mesmo andar da mesma, depois de atravessar dois corredores e uma interseção. As paredes do local tinham um acabamento bonito, com desenhos que lembravam vagamente o movimento gótico. Seu chão era composto por uma madeira nobre de cor clara, também havia um tapete laranja com a logo do Reino em cima do mesmo. Pequenos móveis completavam o espaço, tornando tudo bem acolhedor.

Os três viajantes já estavam deitados em diferentes camas, ressonando calmamente. O médico havia os dado alguns remédios e poções, alegando que eles ficariam bem, uma vez que seus ferimentos estavam sendo cuidados a tempo.

Porém, mesmo com todas essas afirmações, Harry não conseguia ficar calmo.

O homem de cabelos longos estava andando para lá e para cá faziam uns bons minutos, refletindo profundamente sobre tudo que havia acontecido nas últimas horas. Niall estava vivo. A única pessoa que ainda se encontrava desaparecida no naufrágio, estava viva. E, por sinal, muito maior, ele concluiu, olhando de relance para o garoto loiro que estava sentado confortavelmente em uma das cadeiras acolchoadas da enfermaria.

Sinceramente, como ele conseguia ficar tão calmo?

— Poderia pedir para o seu amigo sossegar por pelo menos um minuto, por favor? — Uma das enfermeiras, trajada em um avental rosa escuro e em um vestido branco, murmura.

Harry suspira pesadamente, caminhando em passos pesados até uma das poltronas presentes no quarto, ou mais precisamente, a mais perto da cama de Louis que ele conseguiu identificar.

Não se passam nem cinco minutos com Harry encarando o rosto pacífico do homem de olhos azuis deitado na cama ao seu lado que ele resolve se levantar novamente, alegando querer dar uma caminhada para acalmar os nervos.

A porta da enfermaria range quando fechada, com Harry deixando um Niall entediado em uma cadeira acolchoada não muito tempo depois.

Resolveu, por fim, checar o Cristal na Sala Azul, também querendo saber qual fora o destino de Golbez, uma vez que tinha quase a absoluta certeza de que os soldados eram quem estavam encarregados de levar o homem até a prisão que ficava no Subsolo do Castelo.

Porém, quando ele abriu as portas cristalinas da Sala, nem o Cristal nem Golbez podiam ser vistos.

Não.

Não, não, não!

Aquilo não podia estar acontecendo. Haviam viajado para o Submundo justamente para proteger o Cristal... será que eram tão idiotas a ponto de perde–lo de modo tão vergonhoso?

Pelos Cristais. Tinha que ser um pesadelo.

Tudo bem, Harry, o.k. Respire fundo. Quais foram últimas coisas a acontecer antes de sua pessoa e Niall caminharem em direção a enfermaria? O.k., Niall havia derrotado Golbez, os soldados haviam chegado para levar Louis e o resto... e depois, nada. Ele só se lembrava de ir para o mini—hospital, e depois disso, nada vinha a sua cabeça.

Será que ninguém havia se encarregado de prender Golbez?

A resposta muito provavelmente — e infelizmente — era não.

Por tudo mais sagrado que existia, como eram idiotas! Naquele momento, a coisa que Harry mais queria era bater com sua cabeça contra a parede.

Ele suspira pesadamente, se perguntando como iria dar as boas—novas ao resto do grupo.

O universo definitivamente conspirava contra Lorde Harry Edward.

X

Quando Harry finalmente voltou a enfermaria, depois de contar sua última descoberta à Rei Giott — o qual já tinha bolado outro plano para resgatar o último Cristal, muito obrigado —, todos já haviam acordado.

Obrigada, forças superiores!

Marina já estava forte o suficiente para passear pela enfermaria inteira de modo impaciente, porém, Zayn e Louis ainda estavam deitados, sentindo pontadas de cansaço os consumindo. Harry adentrou o local calmamente, logo dando um abraço em cada um de seus amigos, realmente feliz por todos estarem bem. Por mais que tivessem perdido o Cristal, ainda estavam no meio daquele mar de confusão, então saber que todos estavam vivos era algo que o acalmava.

O homem de olhos verdes se sentou novamente na mesma poltrona que estava à algumas horas atrás, iniciando uma conversa breve com os amigos. Explicou resumidamente sobre Golbez e o roubo do Cristal, o que gerou vários murmúrios e xingamentos.

— Então... não que eu esteja reclamando, — Louis divagou após algum tempo. — mas podem me explicar o que Niall está fazendo aqui ou...?

Niall deu uma risada alta, se ajeitando em sua poltrona.

— Você não estava tipo... morto? — Foi a vez de Marina indagar, realmente confusa com toda a situação. Niall havia tecnicamente ressuscitado, era simplesmente algo surreal.

— Então, o que aconteceu foi que — O loiro começou, com seu sotaque diferente dos demais ressonando pelo quarto. — lembra quando fomos atacados no barco? Então, o Leviathan me engoliu. E eu juro, gente... quanto mais fundo ele nadava, mais minha certeza de que eu era um homem morto aumentava. Mas, para a minha surpresa, ele me levou para um lugar chamado Feymarch — A Terra dos Eidolons.

— Nunca ouvi falar. — Zayn murmurou, ajeitando uma almofada embaixo de seus braços musculosos.

— Feymarch... o lugar que eles chamam de casa. Eu vivi com eles e fiz muitos, mas muitos amigos. — Niall suspirou pesadamente, já sentindo saudades. Porém, ele tinha uma missão a ser cumprida: não podia ficar se lamentando. — Também não consigo mais usar magia branca, mas minhas magias negras e minhas invocações se tornaram incrivelmente mais fortes. Porém, o tempo na Terra deles corre de modo diferente...

— Então é por isso que você cresceu tanto? — Louis solta um muxoxo, sentindo uma pontada de simpatia por Niall. Ele praticamente teve sua infância roubada, era algo realmente triste de se pensar.

— Infelizmente, sim. — Ele deu de ombros. Não era como se chorar fosse adiantar de algo, então a melhor e mais sensata coisa que podia fazer era simplesmente aceitar.

— Mas por que você veio nos ajudar? — Zayn indaga, realmente curioso. — Se não fosse por mim e por Harry, sua mãe ainda...

O loiro imediatamente sacode a cabeça em negação, interrompendo o moreno antes que ele pudesse terminar sua frase.

— Não diga outra palavra! — Ele exclama, se recusando a ouvir algo que não era verdade. Estava convicto: nada do que havia acontecido foi culpa de Harry e Zayn. — A Rainha dos Eidolons me disse isso: as rodas de um destino muito maior que todos nós estão girando no mesmo momento em que falo.

— Ela me disse que temos que lutar contra essas rodas... — Seus olhos azuis exalavam determinação.— e temos que lutar juntos!

— Niall... — A mulher de cabelos negros sussurra, sem saber o que dizer.

— De verdade, muito obrigado. — Harry profere, imensamente orgulhoso do garoto a sua frente.

X

No dia seguinte, após todos estarem devidamente recuperados, finalmente resolvem fazer outra visita a Rei Giott, ansiosos para saber qual seria seu plano para resgatar os Cristais — ou, pelo menos, proteger o Oitavo.

— Nos perdoe. — Harry torna a dizer. — Golbez escapou, e a culpa foi nossa.

— Não havia nada que poderíamos fazer para impedir tal coisa de acontecer, Harry. — Ele explica pela milésima vez. — Mas agora só um Cristal resta. Temos que guarda—lo como se fosse nossa própria vida em jogo.

— E onde esse último Cristal está escondido? — Louis indaga, se aproximando.

— Na Sealed Cave, ao Noroeste daqui. Golbez provavelmente deve ter ido para aquela direção, mas não tenham medo: a entrada está trancada, e só pode ser aberta por uma chave que só eu sei onde está.

— Hm... — É a vez do moreno murmurar.

— Então é aí que eu peço um favor à vocês. — Rei Giott completa. — Golbez foi até a Sealed Cave, e provavelmente vai perder muito tempo lá tentando arrombar a entrada. Esse é o momento perfeito para virarmos o jogo: enquanto ele procura pelo último Cristal, vocês resgatam os outros sete, entrando na Torre de Babil e os trazendo de volta.

— A Torre de Babil...? — Algo passa pelos olhos de Zayn por alguns instantes. Aquele nome... ele já tinha ouvido em algum lugar.

— Você está sugerindo que entremos no território do inimigo?! — Marina arqueja.

— Sim. — Ele confirma. — Veja, nossos tanques de guerra criam uma divisão. As forças inimigas saem para lutar contra nós, e então, enquanto elas estão ocupadas, vocês tem uma chance perfeita para entrar lá e pegar os Cristais.

— Se esperarmos mais, — Niall conclui. — Golbez irá voltar, e então a chance irá ser perdida.

— É perigoso... eu entendo se vocês não toparem.

— Mas se não arriscarmos, também não ganharemos nada. — O homem de cabelos castanhos comenta.

— Temos que agir agora, então. — Harry completa.

— Excelente! — Rei Giott comemora, se levantando do trono. — No sótão do Castelo há uma passagem que levará vocês para um lugar perto da Torre. Falarei com meus homens para combinarmos o resto.

— Tomem cuidado, e que a sorte os acompanhe. 


Notas Finais


Ae, caralho, o Niall voltou!
(Se você tiver chegado até esse capítulo, poderia dizer um oi ou algo sobre a história nos comentários? Significaria muito!)


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