História Guided Forth Anew (Fanfic Larry Stylinson) - Disgrace

Por que as coisas tinham que ser daquele jeito?

Por que tudo não podia ser mais fácil?

Por que Marina tinha que morrer de modo tão trágico?

Foi um sacrifício, o.k., mas o vazio não deixa de estar lá enquanto o grupo torna a descer a Torre, com os cliques de seus sapatos e botas ressonando pelas paredes.

Louis simplesmente não conseguia se concentrar em lançar um feitiço de teletransporte no grupo, uma vez que estava tremendo feito uma vara em uma ventania. Harry também não podia ajudar, já que ainda não havia aprendido tal feitiço — sinceramente, suas magias eram estúpidas comparadas a do homem de olhos azuis — o que faz com que o grupo tenha que sair da Torre a pé.

Monstros tornavam a aparecer a cada andar que o grupo descia, — de verdade, de onde aqueles demônios estavam saindo? Vaso ruim realmente nunca quebra? — fazendo com que Zayn simplesmente enfie sua lança neles sem dó nem piedade, ansioso para finalmente sair daquele lugar.

A ponte já podia ser vista de longe; os ouvidos do homem de olhos verdes já haviam parado de zumbir.

Harry é o primeiro a correr em direção a luz que emanava do lado de fora, com sua longa capa balançando graciosamente atrás de seu corpo. De repente, sente algo em seu coração, como uma palpitação, o que faz com que ele pare sua trajetória e comece a respirar pesadamente tamanho nervosismo. O resto do grupo o alcança no mesmo momento em que o ambiente se torna totalmente azul, e não, aquilo não podia e não devia estar acontecendo.

— Vocês são muito mais intrometidos do que eu pensava que fossem. — A famosa voz grossa ecoa de sabe—se lá aonde, fazendo Harry engolir a seco.

Será que eles nunca tinham um pouquinho de sorte?

— Golbez! — Louis exclama, dando alguns passos a frente para ficar ao lado do namorado a fim de protegê—lo.

— Parece que ratos gostam de brincar enquanto o gato não está em casa. — Ele cospe. — Mas receio que o nosso jogo chegou ao fim... a hora de seguirmos caminhos diferentes chegou.

A ponte começa a sacudir e sacolejar, como se as correntes que estivessem a segurando tivessem sido cortadas ou algo do tipo. Zayn imediatamente foca sua atenção no que estava acontecendo atrás de si, arregalando os olhos ao ver que os pedaços da ponte estavam se despedaçando.

— Adeus!

O grupo começa a correr, é claro, do que parecia ser somente mais uma das desgraças que ainda iriam acontecer com eles.

Os pedaços da conexão de metal caem freneticamente e de modo estupidamente rápido, fazendo com que Harry seja o primeiro a tropeçar em seus próprios pés por conta de sua altura, escorregando em um dos fragmentos. Ele é o primeiro a cair, mas porém, também não foi o último: eventualmente Louis, Zayn e Niall caem também, desaparecendo no escuro que era aquele abismo.

— x —

Já aconteceu com você?

Estar quase dormindo, depois ter a sensação que está caindo desesperadamente sabe—se lá de onde, e bam, de repente, você acorda.

Algumas pessoas gritam, outras pessoas pulam.

Já Harry... Harry simplesmente acorda.

Desorientado, ele tateia o chão ao seu redor a procura de algo que o lembre de quais foram os últimos acontecimentos. Pega de mão cheia as botas de alguém, e logo uma mão é estendida em sua direção para ajudá—lo a se levantar.

— Vem, levanta. — É a voz de seu amigo moreno que chama.

Já de pé, ele sacode a poeira que havia se acumulado em seus ombros. Não checaria os ferimentos por pura preguiça, não poderia ligar menos para isso. Sinceramente, ver tanto sangue branco ultimamente já estava virando algo rotineiro.

Estavam no dirigível, ele percebeu.

— Ufa! — Ed suspira, girando o leme da aeronave de modo gracioso. — Sinceramente, não achei que íamos conseguir... foi por pouco, viu!

Então todos estavam bem, o homem de olhos verdes conclui enquanto olha ao redor.

— O que aconteceu, afinal? — Harry se aproxima, coçando a parte de trás de sua cabeça.

— Basicamente, a ponte caiu e eu fui rápido o suficiente para voar bem embaixo de vocês e pegá—los antes que caíssem na lava. — O ruivo dá de ombros, dando outra manobra com o volante. — Ponto para o Ed. — Ele sorri vitorioso.

— Ed! — Louis finalmente se intromete na conversa. — Você sabe que não foi bem assim!

— Sério? Para mim pareceu exatamente isso. Edward salvou o dia, resta aceitar. — Ele dá uma gargalhada alta, deixando a cabeça cair para trás. — Sei que é meio estranho perguntar, mas hmm, onde Marina está?

— Ela... — O outro homem responde cabisbaixo, como se um cometa de emoções tivesse entrado bem no meio de seu coração. — ela se sacrificou para parar os canhões.

As palavras rolavam com tanta naturalidade... Harry quase não acreditava que aquela era a realidade, que aquela era a sua vida.

— Então outra pessoa boa se perdeu...

Ouvem—se soluços e choramingos, fazendo com que Ed vire a cabeça na direção do som.

Definitivamente não lembrava daquele garoto trajado em roupas verdes e bejes, virado para o lado contrário de sua visão.

— E quem seria esse? — Ele indaga, olhando de soslaio para o garoto.

— Esse é Niall, um sobrevivente de Mist. — É a vez de Zayn responder.

Ouve—se outro barulho, dessa vez não sendo fruto de nenhuma lágrima ou algo do tipo.

Era o som de algo que depois de todo esse tempo juntos, o grupo já havia se acostumado.

Hélices.

— Uh—oh! — Ed aperta alguns botões do painel a sua frente, preocupação tomando conta de seus traços. — Acho que fomos seguidos.

Zayn imediatamente coloca a cabeça para fora dos limites da aeronave, arregalando os olhos ao ver um dirigível da Red Wings os perseguindo.

Ah, que surpresa!

— Você não pode despistá—los?! — Ele exclama.

— Esse deveria ser o dirigível mais rápido, eles devem ter feito alguma melhora nas enginas!

Os acontecimentos seguintes passam rapidamente. Primeiro, ao olhar para baixo, Harry vê fogo, depois cidades diferentes do Underworld — as quais ele nunca teria a chance de visitar, caso não saísse dali vivo. A brisa forte faz com que seus cabelos voem para trás como em um filme; alguns fios até conseguem entrar em sua boca.

— Eles estão se aproximando! — Niall berra, ajeitando seus cabelos loiros—castanhos.

— Vamos lá, Enterprise! — Ed profere, girando o leme de modo mais firme e rezando para que aquilo seja o suficiente.

Mas obviamente não era, uma vez que o grupo começa a ouvir sons de bombardeios vindos em sua direção.

A aeronave dá todo um giro de cento e oitenta graus, tentando driblar o oponente. Por alguns momentos, Harry realmente achou que ele iriam acabar por bater contra a parede, mas graças a excelência de Ed e suas habilidades, isso de fato não ocorreu.

— Tá bom. — O arqueiro comenta, dando uma rápida olhada para trás e constatando que ainda estavam sendo seguidos. — Agora sim, estamos fodidos.

Ed sacode a cabeça mais uma vez em decepção, ainda apertando de modo inútil os diversos botões presentes. Ele dá um último suspiro, se afastando do leme e correndo em direção a um dos armários presentes.

— Harry, — Ele berra, abrindo uma das diversas gavetas e pegando algo que o homem de olhos verdes não conseguiu identificar. — assuma o controle!

— Ed! — Louis exclama, arregalando os olhos.

— O que deu em você?! — É a vez de Niall indagar, bloqueando a poeria que teimava em voar perto de seus olhos.

Ele se aproxima de uma das bordas do dirigível, se virando para encarar o grupo e sorrindo orgulhoso.

— Uma vez que vocês subirem para a superfície, — Ele olha para cima, constatando que estavam perto de sair daquele lugar escuro. — eu vou fechar o buraco que abrimos lá em cima, com isso! — Ele mostra o objeto em suas mãos. Pelo o que Harry conseguiu entender, era uma espécie de bomba.

— Não, Ed! — Zayn berra. — Não você também!

Eles finalmente sentem a sucção do ar da superfície, indicando que se Ed estivesse realmente falando sério, a hora do show era agora.

Ele se vira para encarar os olhos de Harry e Louis, sorrindo de modo triste.

— Eu estava esperando conseguir ver as crianças de vocês um dia, mas parece que alguém tem que fazer companhia à Marina. — O coração do homem de olhos azuis se estilhaçou em mil pedaços. Golbez, a Guerra, Marina, Ed... aquilo não podia ser real.

— Edward! — Era a voz de Zayn que estava embargada agora. — Você não precisa fazer isso, acharemos um jeito, olha...

— Voem em direção a Baron. — Ele instrui, ignorando os pedidos do grupo. — Falem com os meus garotos lá.

— Porra, Ed, mas você vai morrer! — O garoto loiro berra. Será que aquele velho era tão estúpido assim?

— E tão novo! — Ele solta um muxoxo, gesticulando com as mãos e olhando para baixo.

E é naquele momento que ele pula do dirigível, fazendo com que vários arquejos sejam soltos entre o grupo.

Ed era simplesmente corajoso.

— Bombas a vista! — O grupo consegue ouvir o homem proferir lá embaixo, enquanto eventualmente cai no que quer que seja o seu destino. — Tente parar isso, Golbez! — Ele zomba. — Meu primeiro vôo sem paraquedas!

E então, quando o dirigível finalmente alcança a superfície, claridade tapa os olhos dos viajantes.

O transporte voa lentamente em volta do buraco — agora fechado — que havia no meio de Agart, já que Harry não tinha forças emocionais suficientes para pisar com tudo no acelerador e tirá—los logo dali, por mais que esse fosse seu maior desejo.

Qual era o sentido de lutar pelo bem se tudo que acontecia com eles puxava para o mal?

Que luz de esperança ainda existia?

Kendall, Justin Camila, Lauren, Elizabeth... Marina, Ed... quem seria o próximo a cair?

— Edward... — Louis solta um muxoxo, escondendo seu rosto atrás das costas de Harry. A vontade de chorar, se enfiar dentro das cobertas e nunca mais aparecer era simplesmente imensa.

— Um atrás do outro... — Niall soluça.

— Correndo para morrer como loucos! — Zayn bate com seu punho contra a borda do dirigível, cheio de raiva. Por que eles tinham que se sacrificar, por quê?! Tinha que ter outro jeito...

— Nós iremos para Baron... — Harry conclui, finalmente traçando um plano em sua mente. Ele não podia chorar naquele momento. Precisava ser forte, precisava ser determinado... precisava ser um líder.

Então foi aí que ele percebeu: ele já era um.

Esse tempo todo. Ser um líder... era isso que ele esteve fazendo.

— Por Ed. — Ele completa, concordando com a cabeça e sentindo algo diferente em seu coração.

x

Baron só ficava um pouco mais ao Norte de Agart, então tudo que Harry tem que fazer é ir na direção contrária em que estava e simplesmente ir seguindo reto. Não podia mentir: estava adorando pilotar um dirigível depois de todo esse tempo longe do volante, por mais que as circunstâncias fossem drásticas.

Fala sério, quem não gostava de sentir a brisa fria em seu rosto, te deixando livre para ir onde quiser?

A imensidão azul embaixo de seus pés era simplesmente impressionante, fazendo com que Niall, Zayn e Louis fiquem na borda do dirigível, somente a observar como as ondas quebravam e voltavam a maré.

Elas tinham o próprio lugar no mundo; eles esperavam encontrar os seus lugares logo logo, antes que fosse tarde demais.

Cordilheiras, montanhas e a Floresta de Chocobos que ficava perto do Castelo já podiam ser claramente vistos, um claro sinal para os quatro começarem a arrumar suas coisas para desembarcarem. Harry iria deixar o dirigível em uma espécie de estacionamento subterrâneo no Castelo, a fim de não deixar pistar para Golbez sobre onde estavam.

Já estava anoitecendo, o céu estava em uma briga entre o amarelo e o azul. Um verdadeiro espetáculo da natureza.

Louis respirou fundo.

Como era bom estar em casa.

Ele olha de soslaio para a Cidade, pensando em como sentia saudades de sua mãe e de sua cama. Não havia falado com sua progenitora na última vez em que visitara o Castelo, tamanha pressa que ele e seus amigos tinham em chegar ao Underworld.

Agora, quem sabe, as coisas seriam mais fáceis.

Eles por fim entram na construção colossal que era o Castelo de Baron, cumprimentando os guardas que estavam de vigia nos portões principais. Eles vão com prioridade para a direita do corredor principal, descendo as escadas de interseção e acabando por se encontrar no pavilhão B do Castelo, onde ficava o caminho da cozinha e o da Torre onde Harry costumava dormir.

Parecia que tanto tempo havia se passado, mas a verdade é que o ano nem havia virado ainda.

Os amigos de Edward estavam sentados em um dos bancos de madeira presentes, conversando distraidamente entre si. Eles imediatamente se levantam quando vêem a súbita movimentação no local, logo os cumprimentando e perguntando como estavam as coisas.

— Lorde Harry! — Um deles, trajado em um macacão jeans escuro profere. — O nosso Mestre nos avisou que você viria.

— Mas ele... — Zayn tenta explicar a situação, logo sendo interrompido pelo mesmo garoto.

— Ele nos disse para colocar um gancho na Enterprise quando você viesse. Assim você poderá levar o aerobarco aonde você quiser.

— Só vai levar alguns momentinhos. — Ele continua, já pegando sua caixa de ferramentas. — Estamos melhorando no quesito rapidez.

— Tudo bem, então. — Harry dá de ombros, observando seus amigos se dispersarem e irem para seus próprios caminhos. — Mas sobre Ed, olha...

— Ele foi de boa ajuda, eu sei, mas não precisa contar o resto. — O garoto suspira, começando a caminhar em direção as escadas que levariam ao andar subterrâneo. — Aquele homem nunca descansa! Se você o matasse, aposto que ele iria ressuscitar dos mortos só para voltar a trabalhar.

— Bem, é melhor voltarmos ao trabalho. — Ele continua, acenando com a cabeça em um pequeno gesto de tchau. — Temos muita coisa para fazer. Espero que vocês tenham sorte em sua jornada!

Aquele garoto não podia estar falando sério... Ed ressuscitar dos mortos?

Hmft.

Claro que não.

Ou será que sim?

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