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História Guided Forth Anew (Fanfic Larry Stylinson) - Hope


Escrita por: PrimmadonaGirl

Capítulo 29 - Hope


Enquanto Harry cai e seus olhos continuam abertos, ele espera.

Espera para sentir a mesma dor que sentiu quando caiu no chão da aeronave, naquela vez quando ainda estavam no subterrâneo do local. Se sentiu incrivelmente sozinho, não conseguindo nem ao menos olhar ao seu redor e observar se seus companheiros também estavam lá, até que tudo parou.

Bem, não exatamente. Não foi usado uma espécie de vira—tempo ou algo do tipo, mas por alguns segundos, tudo ao redor do homem de olhos verdes pareceu parar.

Esperou seu corpo cair de todo no chão em um baque só, quebrando tudo que havia dentro de si, mas esse momento nunca chega, uma vez que quando Harry olha para seus pés, observa que eles sequer tocam o chão.

Estava flutuando.

Olha de relance para os amigos, constatando que todos também estavam parados, estáticos. Finalmente, tenta encontrar o olhos de Louis no meio daquilo tudo. As janelas azuis do garoto estavam fechadas fortemente, e é só aí que Harry percebe o que estava rolando.

Louis havia os salvado. Literalmente, e o mais inacreditável: fora apenas com um único feitiço.

É em um baque que os pés do homem de olhos verdes tocam o chão assim como os do resto do grupo ao que os olhos do namorado finalmente se abrem, tornando a fitar os amigos.

— Louis... — Harry murmura, perplexo ao que se aproxima do outro em passos lentos, ansioso para abraçá—lo. — você nos salvou.

O corpo do homem logo é envolvido por todo o grupo, fazendo com que sua pessoa se sinta quentinha e acolhida. Estavam gratos por ter Louis, literalmente gratos. Se ele não tivesse usado o feitiço, o que seria deles? A altura era absurdamente maior do que a última vez que haviam caído em uma armadilha; a ação de Lou certamente fora um milagre.

O garoto de olhos azuis e destemidos estava bastante orgulhoso de si, de fato. Desde o começo, o que sempre estava tentando fazer era provar que seu trabalho não era somente curar alguém com uma magia ou duas, mas agora ele entendia o sentido real da coisa. Não era sobre desvalorizar o que ele era, não era sobre ignorar a magia que percorria por entre suas veias: a coisa mais importante mas que ele sempre esteve ignorando esse tempo todo que ser um mago sempre seria uma parte de si, então a única coisa que ele poderia fazer era simplesmente aceitar e sentir orgulho de quem ele era.

Suas pálpebras começam a ficar pesadas ao que sua garganta também se fecha, mas pela primeira vez em muito tempo, as lágrimas não vem para acompanhar dor ou pêsames. As lágrimas são de felicidade, amor, paixão... orgulho.

O abraço é finalmente desvencilhado ao que o grupo decide que é hora de tentar procurar um meio de sair da Torre. Cogitam a ideia de se separarem em grupos para fazer uma busca mais rápida, mas logo descartam tal opção por medo de algo pior acontecer se estivessem separados. Juntos são mais fortes, de fato.

Após passar algum tempo procurando por alguma passagem secreta na parede ou um modo de ascender de volta ao nível anterior, finalmente encontram uma porta meio enferrujada. Zayn e Liam imediatamente usam força para abri—la, mas é só com um feitiço estranho de Niall que eles conseguem por fim adentrar a sala.

O garoto de cabelos loiros castanhos é o primeiro a pisar no local devido a sua proximidade com a porta, logo parando de andar ao que arregala os olhos, tamanha surpresa pelo o que estava a sua frente.

O céu é totalmente aberto, mostrando como a Torre de Babil era de fato esplêndida. Nuvens pequenas contornam o azul, contrapondo com o verde da grama lá de baixo. Porém, não foi isso que surpreendera Niall: o que havia feito o garoto arregalar os olhos não é nada mais nada menos do que o simples fato de haver a porra de uma aeronave estacionada bem ali.

Era um pouco menor do que as de Baron, e por essa razão, provavelmente conseguia planar pelos ares com mais velocidade. Seu chão é de um assoalho de madeira clara, o que indica que havia sido construída recentemente. Há um mastro alto na cor cinza segurando uma bandeira branca. Harry estreita os olhos, por fim concluindo que não havia nada escrito na mesma. Era nova.

— O que é isso? — Ele indaga, olhando de relance para os amigos. Onde estavam, afinal? E por que havia um dirigível no porão de Golbez?

— Tudo bem! — Liam exclama ao que abre um sorriso, se aproximando do veículo com asas. Acaricia suas bordas sutis, logo saltando da ponte de madeira para a parte de dentro da embarcação, já ansioso para pilotá—la. Harry e sua admiração por aeronaves que se fodessem. — Podemos fugir nessa belezinha aqui!

— Você ficou louco?! — O moreno na armadura azul escura sussurra de modo ríspido, já sacando sua lança para o caso de serem atacados. Era uma coisa dele, sempre querendo proteger os outros. — É uma aeronave do inimigo.

— Não se preocupe, eu acho que ela também prefere ser pilotada por nós.

— Bem... — É a vez de Louis entrar na conversa, também ansioso para sair dali. — eu não acho que tem algum problema em usá—la por uma boa causa.

— O que você acha? — Os olhos de cachorrinho de Liam se encontram com os verdes e dóceis de Harry, como em um pedido silencioso para que seus pais o deixassem adotar um animal de estimação. — Podemos ficar com ela?

— Ela? — Louis indaga, cerrando as sobrancelhas. Desde quando uma aeronave tinha nome e sexo, afinal?

— Sim. — O garoto responde ao que abraça o leme da embarcação, alheio aos olhares estranhos dos outros sobre si. Sinceramente, as vezes aquele ninja era tão estranho que chegava a ser engraçado.

O grupo dá de ombros, e é assim que um por um entram na aeronave, finalmente certos de que conseguiriam deixar a Torre majestosa que Babil era.

— Você não acha que isso aqui poderia ser mais uma armadilha, não? — Niall indaga baixinho ao que roê as unhas, realmente amedrontado. Não sabia se seus Eidolons iriam conseguir ficar de pé depois de tantas lutas.

— Essa belezura?! Não mesmo!

— Tudo bem, então... — Zayn deixa uma risada curta escapar, finalmente se rendendo a ironia da situação. — do que a chamaremos, então?

— Hmmm... a chamaremos de... de... Direction!

E é assim que o grupo de viajantes finalmente deixa a Torre de Babil, rindo para tudo e nada. Poderiam estar na pior situação possível, mas a verdade é que a amizade sempre conseguiria tornar tudo mais leve para os cinco — por mais que tivessem o peso do mundo em seus ombros e a missão de salvar o planeta e tudo o mais.

Você sabe, o usual.

X

— Nós falhamos de novo, Rei Giott. — Harry suspira de modo triste, ajeitando sua postura perante a realeza a sua frente. Haviam chegado da Torre faz algum tempo, e a primeira decisão tomada foi pedir uma audiência com o Rei. Precisavam de um plano C, urgentemente.

— Eu vejo... — O outro responde, formando uma linha firme com seus lábios. Seu semblante demonstrava um grande cansaço, afinal, comandar tropas e mais tropas de soldados para contra—atacar a força área militar mais forte do mundo não era nada fácil. Tinha que ter outro jeito de conseguir concertar a situação, não era possível que tudo fosse terminar daquele jeito. — Golbez tem realmente se empenhado para conseguir O Último, de fato. Está tentando encontrar um modo de abrir a Sealed Cave enquanto conversamos.

— Acho que é só uma questão de tempo até ele conseguir fazê—lo. — Liam comenta o óbvio.

— O que faremos, então? — É a vez do moreno na armadura azul escura indagar ao que se aproxima da cena.

— Vocês poderiam entrar na Caverna e resgatar o Cristal, antes que fosse tarde demais...

O grupo se entreolha de modo breve, debatendo silenciosamente se deveriam aceitar a proposta ou não. Depois de alguns segundos nesse vai e vem, uma decisão finalmente é tomada. Harry dá um aceno com a cabeça ao que profere as seguintes palavras, decidido:

— Nos conte mais dessa caverna, então.

— A Sealed Cave fica ao Suodeste daqui, perto de um vilajeiro chamado Tomra. Sua entrada é contornada por diversas cordilheiras; sua única entrada é através de uma chave especial.

— Chave? — O Arqueiro balbucia, repetindo a palavra em sua mente como se para checar se havia ouvido direito. Não era possível que a proteção para algo tão importante fosse algo tão simples.

— Sim. — O Rei confirma com a cabeça, não conseguindo deixar escapar um sorriso orgulhoso. — Chave que está muito bem guardada.

— E como ela é por dentro?

— Aí que está o problema. — Ele suspira. — Caverna Fechada não é um nome simplesmente de fachada: por toda a extensão da gruta há diversas portas que se transformam em monstros quando abertas. É como um labirinto.

 

Porra. Por essa eles definitivamente não esperavam.

— Isso é um aviso? — Harry solta uma lufada de ar após algum tempo, uma vez que ninguém havia dito mais nada. Estavam todos estáticos: o medo era maior que tudo.

— Bem... eu só não quero que vocês vão desavisados. — O outro dá de ombros, como se toda aquela situação fosse mais simples do que parecia ser. — A caverna não tem muitos lugares para descansar, visitá—la sem treinar o suficiente é como cometer suicídio.

— Alguma sugestão, então?

— Treinem. Muito. Bastante. O máximo que conseguirem e um pouco mais.

— Bem, — É a vez de Niall proferir. — se vocês e os soldados conseguirem segurar Golbez um pouquinho mais, acho que tenho a solução para o nosso problema.

— E qual seria a solução, Sr. eu sei de tudo? — Liam indaga debochado, encarando o outro de modo desafiador.

— Feymarch.

— Feymarch? — A voz do resto dos presentes sai em um uníssono, como se para provar que ninguém havia entendido nada. Niall e suas charadas, humft.

— Meu lar, basicamente. — O garoto de cabelos castanhos loiros responde com uma calma de outro mundo. — Pedirei ajuda para Leviathan, o Lorde de Todas as Águas, e Asura; a Rainha dos Eidolon. Eles certamente saberão o que fazer.

— Se você diz...

— Então enviarei mais tropas para reforçar a segurança em volta da Sealed Cave, — O Rei conclui, finalmente podendo soltar um suspiro de aliviado. Que os Cristais abençoassem Niall e sua cabeça loira, amém. — por mais que seja impossível entrar sem a Chave. Lali!

Um Soldado trajado em armadura azul e capacete de viking imediatamente se apresenta, fazendo uma reverência breve a Sua Majestade. Os dois conversam em um tom médio enquanto o resto do grupo por fim decide que — após uma conversa curta com Niall — partiria amanhã, sem mais delongas. Tinham que ser os mais rápidos possíveis.

— Partiremos no primeiro raio de sol de amanhã. — Ou seja lá quando fosse o período diurno no Underworld.

Assim que os dedos de Harry encostam nas maçanetas caras dos grandes portões de um dos corredores que levavam a Sala do Trono, algo — ou melhor dizendo, alguém — passa em um vulto pelo local, esbarrando em seu corpo de modo abrupto e quase o fazendo cair no chão.

— Ei, onde vocês pensam que vão sem me dizer ao menos um oi?! — Uma voz bem conhecida por quase todos exclama, animada e como se não tivesse acabado de sofrer um acidente a algum tempo atrás.

A barba do homem de estatura média não estava mais tão quanto antes, um claro sinal de que não se barbeava direito a algum tempo. Trajava uma simples blusa preta de mangas curtas, e em um de seus braços, só havia a porra de um gesso recém colocado.

Pelos Cristais. Tinha que ser uma miragem, ou será que Harry estava começando a ver e a falar com os mortos?

— Que cara é essa, gente? — As sobrancelhas do ruivo se cerram ao ver que ninguém havia proferido uma palavra sequer. Sinceramente, queria que sua entrada fosse um pouco mais triunfal, mas a sorte nem sempre estava a seu favor — a geografia também não, diga—se de passagem. — Parece que viram um fantasma.

E é em um piscar de olhos que seu corpo estava envolto por oito braços distintos, em um abraço forte e emocionalmente duradouro.

— Ei, ei, gente. — Ele tenta. — Meu gesso, ai.

— Edward! — A voz de Harry está totalmente embargada quando ele torna a abrir os olhos após piscá—los mais de um milhão de vezes, como se para provar para si mesmo que sim, aquilo era a realidade, e sim, Ed estava vivo.

— Como... você?! — É a vez de Zayn indagar, ofegante. O cara havia literalmente pulado da porra de uma aeronave e só havia quebrado um braço!

Senhoras e senhores, palmas para Edward Christopher por seus talentos em paraquedismo.

— E quem é esse cara fantasiado de Ninja? — Ele olha de relance para Liam, observando seu semblante irônico.

— Heh. Eu sou o Príncipe de Eblan. — Há uma pitada de egocentrismo em sua voz, o que faz com que Niall esbarre com seu cotovelo na barriga do outro de modo abrupto, como se para obrigá—lo a pedir desculpas. — Muito prazer.

— Ele tem uma língua afiada, só isso. — Zayn tenta, também encarando o garoto como se fosse capaz de matá—lo. Príncipes mimados, humft. Que eles se fodessem, também: Harry, Zayn e Louis haviam sido criados no Castelo e em seus arredores durante toda sua vida, e olhe, eles não eram nem um pouco filhos da puta. Alguém precisava ensinar uma lição ou duas para Liam.

— Não vamos esquecer da minha maravilhosa aparência e esplêndidas habilidades, por favor.

— Liam, qual é! — Niall por fim berra, cansado de ouvir aquela baboseira toda. Liam às vezes o dava nos nervos, apenas. — O cara tá machucado, pelo amor dos Cristais!

— Então quer dizer que o Niall conseguiu te domar com aquele rostinho bonito? — O outro comenta ao que observa a cena, tentando não rir.

— Q—quieto!

— E então, alguma novidade sobre Golbez?

— Derrotamos o Círculo dos Quatro, mas ele ainda possui Sete Cristais em suas mãos. — O homem de olhos verdes e de armadura clara explica, tentando ser o mais breve possível ao que eles não possuíam muito tempo.

— A aeronave que roubamos também não consegue atravessar o magma, uma vez que voa em altitudes muito baixas. — É a vez de Zayn apontar.

— Isso é um pedido para eu ajudar vocês? — O ruivo zomba, já pensando em quais ferramentas seriam aptas para o trabalho. — Sinceramente, acho que vocês, crianças, nunca conseguiriam fazer nada sem mim!

— Isso é um sim?

O homem dá de ombros, logo se pondo a correr em direção a saída. Os outros cinco fazem o mesmo, berrando coisas sobre como Ed deveria parar de correr antes que se machucasse mais.

Mas era algo do ruivo, no final das contas. Sempre correndo do tempo, sempre se apressando.

 



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