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História Guided Forth Anew (Fanfic Larry Stylinson) - Fragile Precious World


Escrita por: PrimmadonaGirl

Notas do Autor


Primeiramente, Feliz Natal adiantado. Não faço ideia se irei ver vocês antes do Ano Novo ou sei lá, então já vou desejando tudo de bom para vocês nesse 2017 que chega por aqui mesmo. Como presente, estou preparando uma atualização dupla no Wattpad (tô ralando pra terminar aquela porra) mas como eu já disse antes, aqui no Social aqui as atts tão atrasadas em uns 3 capítulos, então para vocês, só sera um mesmo agora, e depois irei postando o restante :)
Porém, esse capítulo tem 1500 palavras A MAIS do que costuma ter. Então Ho, Ho, Ho. Feliz fic gay pra vocês. <3

Não esqueçam de votar se gostarem :)

Capítulo 35 - Fragile Precious World


 

A cabeça de Harry estava pulsando. Todo esse tempo... lutando por algo que tecnicamente não era real. Lutando por nada. Por coisas não exatas, errôneas. Como a verdade conseguia o cegar tanto? Será que alguma vez eles iriam, de fato, acertar?

Ele se levanta de abrupto da cadeira que estava sentado, deixando seus dedos — agora frios por conta da revelação abrupta — desencostarem dos de Louis. Afastamentos súbitos não eram mais ricos e bem explicados que isso. Passa as mãos por entre seus fios longos de cabelo castanho, constatando que estavam sujos. Existia água na Lua, afinal? Queria voltar para casa. Queria retornar e chorar suas mágoas para fora de si, em cima de um travesseiro de origem duvidosa.

Casa, casa, casa. Era só isso que ele queria.

Mas não havia tempo para isso, quando a verdade estava gritando, o obrigando a ouvi-la. Ele levanta o olhar para a mulher a sua frente, esperando para ela dizer outra coisa, apenas qualquer coisa que o acalmasse, mas ela apenas continua fazendo como as Red Wings em Damcyan, jogando bombas e mais bombas em cima de sua pessoa, o impedindo de respirar e até mesmo, pensar.

Harry não sabe por quanto mais de tempo ele vai aguentar.

— E a Lunar Whale? — É a voz pequena de Niall que atravessa o ar. — Você sabe de alguma coisa dela?

A mulher apenas solta um suspiro, como se para contrariar os pensamentos silenciosos do homem de olhos verdes sobre bombas e tudo o mais.

— Ah, a nave... Meu irmão mais novo, Desmond, a construiu para voar até o Planeta Azul. Ele levou consigo muito de nossos segredos Lunarianos, como a Devil's Road e o segredo das aeronaves — você vê, — Ela olha para a janela do pequeno quarto, encarando os morros cinzas de diferentes tamanhos e formas. Um universo totalmente novo para ser explorado. Devia ser inspirador, mas não é. — há um cálculo muito específico para fazer essas coisas pesadas voarem.

Ela pausa por um tempo; Harry se pergunta o que está se passando na mente dela, se ela está pensando se vale a pena continuar ou se era melhor continuar a deixá-los no escuro. A coisa é que ele simplesmente odeia não saber das coisas. É como se as pessoas tivessem algum tipo de controle sobre você, podendo manipular as informações para conseguir o que querem.

— Desmond era fascinado por seu planeta. — Há um traço de sorriso morto em seu rosto, uma pitada de tristeza. — Ele se apaixonou por uma mulher enquanto esteve por lá. Seu nome era Anne. Eles tiveram duas crianças.

— Eu não sei como você vai reagir, mas... — A voz da mulher de cabelos castanhos beira o arrependimento. Antes que ela consiga pensar duas vezes, resolve continuar. — uma dessas crianças, era... você.

Sons de arquejo inundam o cômodo repentinamente enquanto a mente de Harry cai em um completo abismo.

— Eu...?

— De certo modo, você se parece muito com ele em seus dias mais novos. — A mulher mostra um sorriso dessa vez enquanto se lembra de quando os dias eram longos e fáceis. Quando não havia preocupação de um de seus pupilos destruir o mundo. Sempre havia um preço a se pagar pela felicidade.

Os pedaços haviam começado a se conectar na mente do Paladino — a sensação de terra sobre seus pés pesados e cobertos por botas de metal era novamente vivida por sua pessoa. A única coisa que seus olhos conseguiam decifrar era a visão do por do sol laranja no topo daquele Monte, onde ele havia jurado para si mesmo que abandonaria seus próprios pecados. O sentimento de ter aprendido coisas novas — de finalmente ter entendido que sangue nunca devia ser derramado sem aparente razão.

"— A sua virtude está provada. — A voz volta a proferir, logo após dando uma pausa. — Irei te abençoar com a minha consagrada luz, formada da minha própria alma. E que ela seja a sua força, por mais que seja a minha última.

Pedaços minúsculos de luz circundam o corpo de Harry, entrando em seu coração.

— Meu filho... você tem que parar Golbez!"

— Então a voz que eu ouvi no Mount Ordeals... era ele?!

— Era o espírito dele.

O homem não soube o que pensar. Por um lado, sentia que deveria se sentir feliz pelo espírito de seu pai ainda segui-lo, o que era um sinal de que o mesmo se importava com sua pessoa. Mas a coisa era que ele nunca havia o conhecido. Não tinha ideia de como havia nascido, não fosse pelo o que Halsey havia lhe contado a segundos atrás.

Anne. Desmond.

Como seriam essas pessoas?

Ainda havia o segundo filho do casal. Do jeito que Harry havia sido abandonado pelos arredores de Baron, a coisa mais provável era que o outro não havia sobrevivido. Não devia deixar suas esperanças lá no alto — nunca havia adiantado, no final das contas. Mesmo assim, ele não consegue parar de pensar em como sua vida teria sido se tivesse uma família biológica ao seu lado. Será que suas convicções e virtudes seriam diferentes?

Será que ele seria... feliz?

Não. Do que eu estou falando?, ele pensa. É óbvio que ele é feliz — há pessoas ao seu redor que o amam e que o querem bem. Passado nenhum iria mudar isso. O que estava na sua frente, era o que era real. Apenas isso. Ele não podia ficar se lamentando sobre um cometa que nunca iria voltar. Só existe o agora... e isso é o bastante.

Mas mesmo assim, ele continua tão confuso!

— Então... era o meu... pai. - As palavras parecem tão estranhas na sua língua, quase como se não pertencessem ali. Ele precisa de tempo, desesperadamente e inconsequentemente, tempo.

— Ele compartilhou de sua força para te ajudar a vencer Zemus. Pelo bem do meu Planeta e do de vocês, devemos-

Mas Harry não está mais ouvindo. Não porque ele é idiota ou mal educado, mas simplesmente porque aquilo é demais para ele. Ele não gosta de dar uma de estrelinha, mas já que os relógios estão correndo e não podem ter seus ponteiros quebrados, a única coisa que ele pode fazer é ficar sozinho, nem que sejam por alguns segundos.

Então é assim que seu corpo atravessa as grandes portas do Palácio de Cristal, deixando um grupo perdido e ressentido para trás.

X

O céu sempre será o mesmo, não importa onde eu estiver, é o que Harry decide enquanto está sentado em um pedaço de rocha pequeno.

A valsa das estrelas ainda acontecia pela aquela imensidão azul, um espetáculo bem na frente de seus olhos. Ele se pergunta se haviam outras pessoas assistindo aquele pequeno pedaço de show no mesmo momento que ele, se alguém estava achando a resolução de sua vida nos pequenos pontos luminosos, porque bem, ele não estava.

A dúvida sobre as constelações dali serem as mesmas vistas da Terra passeia livremente sobre sua mente, o distraindo momentaneamente de suas preocupações maiores, por mais que ele saiba que a paz que ele está procurando daqui a pouco vai ser quebrada. Haviam razões maiores para se preocupar — coisas enormes a se fazer. Não havia tempo para ficar chorando.

Mas ele não consegue parar de pensar sobre tudo aquilo. Não sabia como deveria se sentir. Será que era insensível por não sentir quase nada, nem mesmo um pouquinho de saudades de algo que ele nunca teve, ao pensar em seus pais biológicos? Será que ele realmente tinha que ficar preocupado com aquilo? Ele era sua própria pessoa e ponto final — havia chegado até ali sem saber, então por que aqueles fatos de repente deveriam se mostrar importantes?

O passado não iria voltar. Não havia uma ampulheta que o faria reviver aqueles momentos falados. As coisas, talvez infelizmente, — ele não consegue decidir — eram o que eram e apenas isso.

— Você sabe, já faz pelo menos uma hora que você está aí fora.

Harry não precisa nem se virar para saber quem proferiu tais palavras — ele simplesmente a conhece. A sente todo dia em sua mente, o pertubando mais do que ele gostaria de admitir.

Alguns segundos em silêncio se passam, com apenas a brisa fraca daquela noite soprando em seus rostos. Há uma movimentação bem atrás de sua pessoa, o som de sapatos sendo arrastados contra a superfície da Lua que Harry ainda não tem um nome para chamar, até que há outro corpo sentado bem ao seu lado.

— Iremos para a Torre de Babil amanhã. O Gigante provavelmente já foi acordado. — Louis comenta, esperando ter alguma reação do outro. Como ainda não há nenhuma, apenas continua. — Você sabe onde fica, certo? É perto de Eblan, aquele monumento gigante no meio de uma cratera escura.

Harry solta um suspiro, girando seu rosto de modo que seus olhos fiquem conectados com o de Louis. Chega de mentiras — ele só queria a verdade, apenas isso, e se o homem de olhos azuis não pudesse realizar esse seu único desejo, bem... ele sinceramente não saberia o que fazer. Não era como se pudesse obriga-lo a contar a verdade, mas não custava nada tentar.

— Você sabia disso tudo? — As palavras saem em um sussurro; Harry sempre acreditou que se as palavras não fossem ditas em voz alta, não se tornavam reais.

A feição de Louis se torna algo indecifrável, contornado por traços feridos.

— Eu não vou mentir para você. — Ele finalmente resolve responder, desviando seu olhar para outro lugar, apenas qualquer coisa que não fosse os olhos verdes sofridos de Harry. Odiava magoa-lo, mas a coisa era que dessa vez, realmente não teve escolha se não o fazer. — Sabia, sim.

O outro homem morde os lábios, tentando reprimir um soluço. Não era tempo para chorar agora; simplesmente não podia deixar seus demônios vencerem.

— Por que... — Sua voz já está embargada. — por que você não me contou?

— Eu não tive escolha. — O homem de olhos azuis diz em um sussurro, olhando para seu colo de modo ressentido. Aquele velho ditado sobre "Se arrependimento matasse, eu já estaria morto" cruza seus pensamentos no momento em que o silêncio preenche seus ouvidos, mas a coisa é que não havia remorso pulsando em suas veias, uma vez que sentia que havia feito a coisa certa.

O punho fechado de Harry acerta em cheio a região de suas coxas, fazendo com que um estalo alto se espalhe no ar. Certamente a dor teria sido ridiculamente maior se ele estivesse trajando sua armadura no momento, mas graças aos Cristais, estava apenas usando simples calças de pijama e uma blusa de algodão.

Mas até que Harry queria ter sentido um pouco de ardência. Algo que o lembrasse que ele ainda era humano e que estava vivo, alguma coisa que o lembrasse que, uma hora ou outra, a tempestade ia se cessar.

— Você não teve escolha?! — Ele grita de modo incrédulo, com as veias em seu pescoço ficando protuberantes. — Esconder as coisas de mim agora é uma questão de escolha?

— Foi para o seu bem! — Louis berra de volta, inutilmente tentando manter a compostura. — Será que você não consegue ver? Eu nunca ia conseguir te explicar as coisas de modo tão claro quanto Halsey.

Harry sacode a cabeça em negação.

— Você me disse que estava tudo bem com um sorriso. Me chamou de um nome bobo — Diz ele, com lembranças de como ele havia estranhado tal apelido flutuando em sua mente. — e me pediu um abraço. Foi golpe sujo, Louis, — Torna a frisar, tentando fazer com que as palavras por fim entrassem na mente do outro e o fizessem entender que sim, ele estava bastante magoado. — sujo.

— Mas está tudo bem agora. — O Mago tenta, esperando que aquilo fosse o bastante para convencê-lo. Sabia que o outro tinha total direito de estar chateado com sua pessoa, mas a coisa é que ele realmente não teve escolha — e ainda não tem.

Olhos verdes o encaram de volta, intimidando qualquer traço de quietude e segurança que Louis possuía no momento.

— Será que está?

Passam-se alguns minutos até que a chamusca do olhar do Paladino seja quente demais para o Arqueiro aguentar. Uma pequena movimentação ocorre ao lado de Harry novamente, e então, Louis desaparece tão rápido quanto chegou, voltando a se esconder nas sombras do Palácio de Cristal.

E a coisa era que Cristal era frágil — mais cedo ou mais tarde, ele se quebraria, deixando todas as mentiras e feridas abertas.

Harry não sabe se está preparado para isso.

X

Um tiro ricocheteou pelo ar.

De volta a Terra, Aeronaves vermelhas circundam o céu, atirando sem parar no mostro presente a sua frente. No combate terrestre haviam milésimos de tanques do Underworld, tentando fazer com que a criatura se enfraquecesse a qualquer custo.

A parte não submersa daquela Torre gigante se faz presente como uma espécie de cenário estonteante, cintilando suas pequenas luzes nos olhos dos viajantes. Ironicamente, ela sempre esteve lá, mas só agora estava sendo usada para seu destino final — garantir a certeza da guerra. 

Como previsto por Louis, O Gigante de Babil havia acordado e estava pronto para destruir qualquer forma de vida no Planeta. Em suas costas haviam duas protuberâncias que lembravam vagamente a forma de asas, como um demônio alado. Por seu corpo passam inúmeras linhas luminosas de energia, garantidas pelos Oito Cristais, que o davam poder o suficiente para acabar com tudo em poucos segundos.

Chega a ser engraçado como os humanos se prendem a pequenas luzes de esperança quando o mundo, de fato, não passa de algo de algo pequeno e frágil, assim como a própria vida. Um golpe de espada ou um tiro de canhão... tão rápido quanto veio, ela simplesmente se esvai.

Mas a coisa é que os tempos para reflexão ou arrependimentos ficaram lá atrás. Harry sabe disso agora. Enquanto sua capa branca e azul balança contra o vento, observando os bombardeios continuarem, ele simplesmente sabe: no final do dia, sempre vale a pena lutar pelo o que você acredita. 

E é por isso que ele continua. Lentamente e incansavelmente, ele continua.

No céu, o tiroteio continua enquanto a criatura dá mais alguns passos para frente, em um ato de intimidação. Não possuía vida nem vontade própria, é claro, mas Harry também não tinha total certeza se o monstro estava sendo controlado por Zemus — sequer sabe o que ele é, no final das contas, então apenas se contêm em semicerrar os olhos, esperando por ordens de Halsey.

— Estamos atrasados. — Ela comenta o óbvio, encostando uma de suas palmas na janela frontal da Lunar Whale, que estava parada um tanto longe do campo de batalha. Procurava por algo que não conseguia alcançar.

— Temos que agir rápido! — Niall berra, não entendendo o porquê de ninguém ter dado ordens ainda. — Algum de vocês tem um plano?!

— Podemos tentar entrar dentro dele. — O Paladino responde com convicção, observando a cena de batalha que se desmembrava bem a sua frente. Era bem mais real do que qualquer peça que ele já havia assistido, não importando o custo da produção. — Deve ter algum mecanismo que o desligue, algo do tipo.

— Mas nós vamos acabar morrendo! — Há um quê de medo nas palavas proferidas por Liam, o que faz com que o outro dê um sorriso ladino, soltando uma risada baixa.

— Não era você que bancava o corajoso?

— Bem... — Ele se perde nas próprias palavras, sem realmente saber o que dizer. No final do dia, continuava sendo um Ninja um tanto covarde. Era inegável. — não é isso, é só que...

Mais um bombardeio explode, causando um tremor de danos irreparáveis.

— Harry. — É a vez de Louis tentar, beirando ao desespero. O Paladino não estava pensando em se arriscar assim de verdade, ou estava? — Ele tem razão. É muito perigoso.

O homem de olhos verdes simplesmente encara o resto do grupo de modo silencioso, totalmente incrédulo.

— Eu juro que não consigo acreditar em algumas coisas que vocês falam. — Ele solta uma gargalhada tão prazerosa que o escárnio chega a transbordar de seus lábios carnudos. — Chegamos até aqui para amarelar no final?

Ele dá um giro de cento e oitenta graus, voltando a dirigir seu olhar para a janela a sua frente.

— Todos estão lutando porque acreditam na gente. — Harry discursa, de repente sentindo que havia sido teletransportado para uma situação que havia ocorrido há algum tempo, quando ainda era o Capitão da Red Wings e precisava acalmar os soldados na viagem de volta de Mysidia. Talvez seu talento obscuro fosse, de fato, conseguir tranquilizar — ou manipular, nunca se sabe — as pessoas. — Porque possuem esperança de no final dessa guerra, serem guiados para algo novo. Um caminho sem guerra. É isso que eles querem.

Ele abre um pequeno sorriso, e Louis acha que aquela é, sem dúvida alguma, uma esperança na escuridão. A história começava a partir do desespero.

— E nós somos os únicos que podem dar isso a eles.

Do lado de fora, o Gigante levanta suas patas gigantes, deixando raios de alguma coisa que Harry não conseguiu entender o que é saírem de suas mãos e irem na direção do litoral. Em poucos segundos, pedaços de terra se levantam como em um terremoto, logo explodindo no ar por conta dos olhos vermelhos da criatura.

Os estrondos seguem por uma grande faixa de terra, levantando mares e os tanques de guerra presentes. Os gritos de surpresa vindos do lado de fora são tão altos que Harry jura que mesmo que estivesse na Lua, ainda assim conseguiria ouvi-los. Era desesperador.

Mas então ele vê: esferas flamejantes sobrevoam pelo céu em uma dança tão perfeita que parecia ter sido ensaiada, atingindo em cheio a cabeça do gigante. As consequências das erupções continuam fortes e inabaláveis por um tempo, até que de repente as brasas começam a envolver a criatura, criando múltiplos círculos de fogo ao seu redor.

Um silêncio de surpresa seguiu por alguns segundos: o Gigante havia, surpreendentemente, sido imobilizado.

— O que aconteceu? — Alguém indagou; Harry estava tão confuso e atraído pela cena a sua frente que nem ao menos conseguia distinguir uma voz da outra.

Para Halsey, tudo aquilo era meio óbvio.

— Algo... — A voz da garota transmite êxtase; ela estava sem palavras. — ou melhor, alguém lançou feitiços no Gigante.

Um ruído repentinamente eclode na parte dianteira da Lunar Whale, deixando todo o grupo alarmado.

— Que diabos...? — Os sussurros de Liam são vagos. Estava tremendo que nem uma vara.

O Invocador é o primeiro dos cinco a se mover, suas botas de cano curto batendo contra o chão metálico da nave a medida que seu ritmo aumenta. Se fossem morrer, pelo menos tivessem a audácia de morrer sendo corajosos, oras!

Suas mãos tateiam cegamente o painel de controle da área do comandante, — no caso, sendo apenas um Cristal Branco pois ninguém ali havia carteira de motorista lunar — procurando pelo botão que abriria as portas dianteiras. Quando finalmente os acha, torna a correr para um dos extremos da nave, parando repentinamente ao quase cair de cara no abismo que estava abaixo de seus pés.

Quando levanta seus olhos azuis claros, porém, sabe que conseguiria reconhecer quem estava ali na sua frente de mãos atadas e olhos vendados. Era, primeiramente, uma das aeronaves de combate da Red Wings, mas não foi isso que capturou a sua atenção e confundiu seus sentidos, porque afinal, que diabos estava acontecendo?

A coisa era que Ed estava ali — e, em um dos momentos raros de sua vida, estava trajando uma expressão bastante séria em seu rosto.

— Edward! — O corpo de Harry de repente está ao lado do de Niall. — Acha que consegue nos botar dentro daquele Gigante?

O homem de cabelos ruivos dá um sorriso aberto.

— Será que peixes conseguem nadar? Com quem você pensa que está falando?! — Ele berra, dessa vez realmente incrédulo. — Mas é claro que consigo! 

O Invocador dá um passo a frente, semicerrando as sobrancelhas.

— Então não temos tempo a perder. — Murmura ele. —Vamos!

— Espere! — É a vez do Ninja reclamar. — Como vamos deixar a Lunar Whale?

O engenheiro olha ao redor, suspirando ao ver que existia, de fato, um painel de controle.

— Não se preocupem. Um dos meus homens cuidará disso. — Responde Edward, olhando de soslaio para um dos tripulantes da aeronave bem atrás de si. — Certo, Eugene?

— Sim, Senhor!

Harry quase desaba de rir por conta das formalidades. Ver Ed sendo tratado como um Capitão era realmente muito cômico, mas naquele momento, não deixava de ser verdade.

Três homens trajando o uniforme tradicional da força militar de Baron entram correndo na nave, sentando nas cadeiras da área frontal e já começando a apertar alguns botões simultaneamente. Tecnologia de última geração podia ser até meio difícil de se lidar, mas a coisa era que aquilo não era nada comparado a incansável vontade que eles tinham de simplesmente continuarem vivos.

Com um aceno de cabeça, os cinco tripulantes originais seguiram o engenheiro, tomando cuidado na hora de subir em cima da aeronave. Tão rápido quanto ascenderam, o dirigível voltou a planar livremente na direção da boca do Gigante.

O vento cortante balança os cabelos ruivos de Edward naquele mesmo instante.

— Sabe, Harry, — Ele sorri de lado para o homem que pairava bem ao seu lado, girando o leme para a esquerda e dando um perfeito giro em volta da grande Torre escura. — eu não sei você percebeu, mas bem, todos vieram para lutar.

O Paladino semicerrou as sobrancelhas.

— Todos...? — Arqueja Harry, tamanha surpresa. — O que você quer dizer com isso?!  

— Os Dwarfs do Underworld estão controlando os tanques. Cara Delevingne? Me ajudando na parte aérea. Permita-me adicionar que ela está muito mais corajosa comparada a última vez que a vi. — Com uma das mãos, o homem de olhos verdes cobre a boca em choque, sentindo seus olhos se encherem de lágrimas. Meneou a cabeça para os lados repetidas vezes, tentando procurar a Barda no meio daquela confusão. Não conseguia acreditar! Ela finalmente estava conseguindo se tornar a pessoa que queria, e isso era simplesmente maravilhoso.

— Camila e Lauren também estão ajudando. — O engenheiro continua. — O Ancião de Mysidia finalmente conseguiu achar um antídoto que fizesse verdadeiro efeito.

Ah. Agora as coisas estavam começando a fazer sentido! O fogo fazendo aquele círculo perfeito em volta do gigante... isso definitivamente era um trabalho de combinação entre magia branca e negra. Ironicamente, sua ressurreição havia acontecido na hora certa. Era uma baita sorte, para ser sincero, mas essa era a graça da vida: um conjunto de coisas ruins e boas acontecendo em momentos aleatórios. E quando você menos espera, é a sua vez de se levantar para tentar novamente, procurando a vitória sobre a coisa que te derrubou.

O ruivo morde os lábios, olhando de modo ressentido para o céu escarlate daquele fim de tarde.

— Eu tenho absoluta certeza que os que partiram também iriam querer nos ajudar. — Um suspiro foi solto entre os lábios pequenos do homem. Sacudindo a cabeça, voltou a ter a voz em um tom mais animado. Não havia tempo para ficar triste e se derramar em lágrimas, era hora de lutar! — Mas bem, como o próprio Ancião me disse quando estávamos traçando o plano de ataque, quero que vocês se lembrem que essa não é uma batalha solitária.

Ele deu mais um giro com o leme, posicionando a aeronave bem na frente do Gigante. Era hora do show.

— É uma Guerra de todos que vivem e respiram nesse Planeta!

Harry meneia a cabeça várias vezes, em um sinal de concordância. Abre um sorriso que mostra todos os seus dentes, batendo continência para o homem a sua frente.

— Sim! — Ele estufa o peito.—Entendido, Capitão Edward!

Antes que o ruivo sequer possa chama-lo de nomes chulos ou fazer reclamações por conta do mesmo estar fazendo piadas em um momento tão sério, a voz de Louis de repente se faz presente, avisando a Harry que aquele era o momento.

— Agora é a nossa chance! — O Arqueiro afirma, puxando o garoto de olhos verdes até a borda dianteira da aeronave. Abaixo de seus pés haviam rios e vales, um planeta que pedia desesperadamente para ser salvo por seus habitantes e simpatizantes.

Um, dois, três, aquele era o baque antes da salvação. A última chama de esperança antes do mundo ser envolto em destruição.

Harry por fim pulou, com as mãos suadas agarradas a de seus companheiros, na direção de um completo abismo. E a coisa sobre isso é que sempre há uma pequena fração de luz na escuridão, não importa como, quando e onde... a luz, uma hora ou outra, sempre voltará a transbordar. 

E é nesse conceito que Harry desesperadamente se agarra.

 


Notas Finais


Pra quem pegar a referência, o título do capítulo é realmente inspirado na abertura da primeira temporada de Owari no Seraph, XU. Our fragile precious world, must discard it, respond to the call...
Enfim, acho que é só!!! Falem comigo pelo twitter @larrypirocazada se quiserem, e divulguem a fic se puderem fkljfd
bjssss


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