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História Guided Forth Anew (Fanfic Larry Stylinson) - Guided Forth Anew


Escrita por: PrimmadonaGirl

Notas do Autor


Quem é vivo sempre aparece!

Capítulo 40 - Guided Forth Anew


Oito Cristais, banhados pela luz das estrelas e pela profundidade da escuridão descansam suavemente em seus postos, tentando neutralizar as ondas de poder escuro que Zemus emana, em um lugar próximo dali. O clima não era dos melhores: depois da quase semi discussão entre os cinco, a sombra da derrota os perseguia sem dar trégua.

Todas as pedras lustrosas, pela primeira vez em que o que parecia ser muitos e muitos séculos, estavam finalmente reunidas em um só lugar. Isso era, ironicamente, o que o grupo esteve tentando evitar por todo esse tempo; mas ali estavam eles, mais uma vez, prontos para partirem ao núcleo, com a premissa de que os Cristais os guiariam.

Os cinco viajantes se juntam de modo organizado, perto dos corredores daquele Palácio de Cristal, onde haviam conhecido Halsey pela primeira vez. Como algo especialmente enfeitado para aquele momento, havia uma espécie de marca no chão, como se as pedras estivessem explicando em qual posição eles deveriam ficar para serem levados.

Com os pés rígidos sobre a superfície, o cabelo de Harry é bruscamente espalhado por todo o seu rosto, por conta do vento repentino que toma o antes pacífico local.

— Iremos guiá—los. — O ambiente se torna um breu total após tal frase; o homem está tremendo da cabeça até os pés. É agora, é agora, é agora...

Pequenas partículas de luz se ajuntam ao redor dos cinco, os abraçando para um destino incerto, quase não tateável... e para talvez, só talvez, se tudo finalmente desse certo para aquele grupo de pessoas tão diferentes porém tão iguais... a batalha final.

X

O subterrâneo Lunar era, escancaradamente, o lugar mais infernal que Harry já havia estado, e olhe que os cinco viajantes já haviam visitado o Underworld. Por conta de sua proximidade com o núcleo da escuridão que assombrava os planetas, monstros e mais monstros surgiam de todos os lugares, fazendo a passagem ser, bem... chata pra caralho.

E, mais ironicamente, quando Harry finalmente acha que havia achado algo valioso no meio de toda aquele monstruosidade, ele de repente descobre que as armas sagradas também estavam sendo guardadas por bestas. É, aquele jogo de gato e rato realmente não era nada divertido.

Dragões com asa, dragões sem asa... o Paladino estava cansado de vê—los, e principalmente, de ser atacado incansavelmente por eles.

Por essas e mais razões, visto que ainda haviam mais aberrações para matar, é com grande alívio que Niall anuncia que havia achado um lugar propicio para descanso. Aquela parte da caverna, bem escondida, parecia ser o suficientemente segura para montar uma pequena tenda.

— Acho que podemos fazer uma espécie de rodízio. — Ele explica, avaliando o local. — Tipo, tudo bem que aqui tá bem calmo, mas acho que não podemos dar mole pros monstros, sabe?

— Tudo bem. — Zayn acena com a cabeça. — A prioridade vai para quem estiver mais ferido. — Ele olha de relance para Liam, que estava cheio de machucados no rosto.

— Ei, o que vocês estão olhando? — O Ninja rosna, o que faz com que o outro solte uma gargalhada altíssima. — Eu só sou muito rápido, o.k.? É por isso que sempre tomo tanto dano. Acabo me apressando demais.

— Se é o que você diz... — Ele murmura, por mais que saiba que não é verdade.

— É um estilo de vida e batalha, eu acho. — Niall dá de ombros, tentando não deixar óbvio que estava tentando tornar a situação de Liam um pouco melhor.

— Bem, já que estamos falando de estilos de vida, — O Ninja começa, deixando o assunto vergonhoso para lá. Ele firma um dos postes da barraca no chão, o conectando em cima com o da ponta inversa. — o que vocês pretendem fazer depois que tudo isso acabar?

— Pretendo voltar para a Feymarch, — O loiro cerra as sobrancelhas, ponderando sobre o assunto. — por mais que eu saiba que eles não vão me deixar ficar lá por muito tempo.

— Mas por quê?

— Porque eu sou humano... e eles são... bem, Eidolons. Dá para viver em harmônia perfeitamente, mas eles dizem que lá não é o meu lugar, então talvez eu acabe aparecendo pelos Reinos de novo depois de alguns anos. — Ele pausa, logo adicionando. — Tirando as vezes em que visitarei vocês, é claro.

— Bem, eu pretendo voltar para Eblan e ajudar a reconstruir o local. — Liam comenta, com orgulho transbordando de sua voz. Ele realmente era bastante patriota, afinal, era o próprio Príncipe Herdeiro. — Praticamente todos os Reinos foram destruídos pela Guerra, então acho que teremos bastante ajuda.

— E você, Zayn? — Niall levanta os olhos para encará—lo, visto que o homem havia ficado em um silêncio total. — O que pretende fazer?

— Bem... — Ele hesita, ponderando se devia compartilhar seus futuros planos ou não. — olha, me prometam que vocês não vão contar isso para o Harry nem para o Louis, o.k.?

— Hmmm... — Eles murmuram, ironicamente no mesmo tempo. — o.k.?

Ele fecha os olhos.

— Pretendo testar a mim mesmo no Mount Ordeals, assim como Harry fez. — Ele revela, com a voz firme. Os olhos de Niall estavam arregalados: ele realmente não podia estar falando sério! — E então, quando eu me tornar um Dragoon ainda melhor que meu Pai, bem, talvez aí eu possa retornar.

— Zayn... — O Ninja murmura. — você não acha que essa decisão é tipo, extrema demais?

— Depois de tudo que eu fiz? — Ele balança a cabeça em negação, já decidido. — Não mesmo.

— Bem... só se lembre que você é sempre bem—vindo em casa.

Zayn acena com a cabeça novamente. Estava extremamente feliz que aqueles dois haviam entendido a situação e não tentaram o puxar além de seus limites, diferente do que Louis e Harry provavelmente fariam. Ele sabe que eles agem assim porque se preocupam demais, mas a coisa era que ele já estava decidido. Não havia volta.

— E Louis e Harry? O que vocês acham que eles vão fazer?

— O Rei de Baron morreu, certo? — Liam indaga. — Bem, parece que eles precisarão de um herdeiro... e como Harry é quase um filho adotivo do mesmo, acho que seria ele, eu acho?

— É, talvez. — Zayn dá de ombros, sabendo que aprovaria qualquer decisão do melhor amigo. Nem ao menos sentia inveja do mesmo, os tempos para tais coisas haviam ficado lá atrás. Depois de tudo que havia acontecido, só queria o melhor para os dois. — Mas não dá pra saber agora. Não quando esses dois estão passeando por aí em vez de trazer mais madeira para a fogueira!

— É verdade, cara. — Niall bufa. — Vamos deixar eles de vigias pela noite, combinado?

— Combinadíssimo. — Liam afirma, se levantando ao ver que finalmente havia terminado de montar a tenda.

Quando a noite parece cair, — afinal, não havia um pingo de luz na caverna, só o sentimento de se estar cansado o suficiente para declarar que a hora de dormir havia chegado — Harry e Louis finalmente retornam para a pequena gruta, carregando vários pedaços de madeira.

Breves cumprimentos e xingamentos cômicos são trocados entre os cinco por conta da demora da entrega, e então, depois de algum tempo, Harry e Louis estão do lado de fora da barraca novamente, servindo de vigias pelo o resto da madrugada.

Se Harry deixa Louis dormir em seu colo por conta da canseira que foi ficar passeando por aí ao invés de ajudar a proteger o pequeno acampamento, ninguém, absolutamente ninguém, precisa saber.

No dia seguinte, eles provavelmente teriam a batalha de suas vidas. Naquele momento, com sua espada descansando ao lado de seu corpo, pronta para dar um ataque ou dois, Harry sabe que não poderia fazer nada além de esperar pelo melhor.

X

No dia seguinte, como previsto, eles finalmente haviam chegado ao último nível do subterrâneo. Não era tão longe do local que eles haviam descansado, mas mesmo assim, pelo o que tudo apontava, eles haviam chegado... atrasados. 

— Golbez! Halsey!

A batalha já havia, ironicamente, começado. A figura de Zemus, pela primeira vez sendo conhecida pelos cinco viajantes, flutua sobre o chão, criando uma sombra gigante bem atrás de si. Ele não era a maior criatura que Harry já havia enfrentado, mas também não parecia ser a mais fácil. Por seu corpo, uma longa capa preta cobria toda a extensão. O rosto era totalmente negro, quase não dava para ver as feições — talvez essa fosse uma das consequências de ser tão amigo da escuridão.

Golbez, ou melhor dizendo, Gemma, estava finalmente sem a armadura cobrindo seu rosto. O cabelo era curto, talvez no máximo na altura das costas, em uma tonalidade castanho quase loiro, bem claro, algo que claramente se opunha ao que até então parecia ser a personalidade da mulher. Como se isso realmente significasse alguma coisa, no final das contas. Quando o dia virava noite, ela continuava sendo uma caixinha de mistérios.

Não se sabe a quanto tempo o confronto já estava rolando, mas Harry assume que foram pelo menos meia hora gastadas ali, uma vez que Zemus parecia estar bastante debilitado. Os feitiços das duas mulheres combinados realmente faziam um estrago e tanto.

Gemma remexe os ombros de leve, estalando os dedos. Depois de ter visto seu pai morrer por simplesmente não conseguir salvá—lo, uma vez que ela era incompetente demais para masterizar cura, havia decidido que sua penitência seria aprender todos os feitiços possíveis e existentes, dentro e fora do mundo em que vivia. Por isso havia tanta surpresa em seus traços quando viu Elizabeth usar Meteor pela primeira vez — algo que a fez, consequentemente, perder todas as faíscas de vida que habitavam seu corpo, tamanho poder que a magia exigia.

Mas agora, junto com todas as verdades que haviam sido reveladas até então, Meteor não era nada mais que um feitiço normal, uma vez que a Cavaleira sabia que até mesmo o amigo de seu... irmão sabia o lançar. As coisas estavam, finalmente, voltando ao seu lugar de origem. Tudo estaria limpo, as confidências nunca mais existiriam.

O corpo de Gemma gira em um semi—círculo, abrindo a mão para clamar por faíscas. A sensação de chamas pairando sobre as palmas é tensa, calorosa e assustadora, logo sendo acompanhada por outra impressão. Olhando de relance, a Cavaleira vê Halsey girando o cetro em um movimento certo e rígido, juntando pequenas partículas de luz na bola cristalina. Uma combinação de Firaga e Holy — algo perfeito para fazer a criatura das sombras cair.

A explosão é intensa. Vermelho e branco atravessam o céu em ações perfeitamente calculadas, atravessando de modo firme o coração de Zemus. Ele cai no chão em um baque só, se apoiando com os joelhos. De modo arrastado, geme algumas palavras que provavelmente não pertenciam a língua dos terráqueos, algo que faz com que Gemma queira rir por dentro: mesmo se ele tentasse invocar um demônio para ajudá—lo, não daria mais tempo: seu destino já havia sido traçado há muito tempo, quando decidiu fazer as coisas que fez.

— Está quase acabado! — Halsey murmura, acenando com a cabeça. — Dê o seu poder para Meteor!

— Muito bem. — Gemma concorda, sem argumentar.

— Sim... — A voz da criatura chia, vagarosamente. — usem todas as suas forças.

As duas mulheres juntam as mãos, alinhando as palmas perfeitamente. Fechando os olhos, se poem a sussurrar pedidos a todas as criaturas mágicas existentes — porque não importava se a pessoa que uma vez foi Golbez estava ali; o destino do mundo estava em jogo. O acertamento de contas iria ficar para depois. Ifrit, Asura, Leviathan, Ramuh...

Como em todas as outras vezes, os meteoros caem do céu de modo rígido, em uma chuva que seria linda não fosse a tensão que se fazia presente no ar. Eles rasgam o tempo, livres e desgovernados, na direção do ser de capas escuras como um buraco negro. As explosões seguem, causando uma cegueira temporária e imaginária em todos os sete: por alguns segundos, não podia—se ver nada, tamanhos estragos que o feitiço sempre causava.

Parece que realmente tinham botado um fim em toda aquela história.

— Mesmo quando a minha proteção mortal se vai... — Gane, se tornando mais escuro do que já era. Ao redor do corpo, grandes pilares negros surgem, criando uma espécie de buraco no chão. — o meu espírito irá continuar....

Ele por fim desaparece.

— Nós... — A Cavaleira está boquiaberta, sem realmente acreditar. — conseguimos.

— Que desperdício. — Halsey estala a língua, em um gesto de desaprovação. Ela olha para o céu, tornando a murmurar. — Todos esses poderes incríveis, direcionados para meios pertencentes a escuridão. — Era quase como a situação de Gemma, não fosse a parte que ela não esteve totalmente sã enquanto cometia os atos crus e insensíveis.

— Hey! — Liam grita, correndo na direção das duas.

— Ah, vocês vieram!

— Parece que estamos atrasados. — As mãos estão no joelho, em um gesto falho de tentar recuperar o fôlego. No entanto, ele continua. — Vocês deveriam ter deixado ele para mim!

As gargalhadas de ambos os pequenos grupos eclodem todas ao mesmo tempo, um sinal de alívio e um gesto de agradecimento ao universo. Elas haviam conseguido. Isso realmente era algo a ser comemorado.

— Harry... — A voz da garota de cabelos loiros é tremula, baixinha. Se tudo realmente tivesse acabado, então aquela seria a sua última chance.

Ele permanece calado, dirigindo o olhar para a superfície de Cristal que abriga seus pés.

— Harry... — Louis insiste; naquele momento, o homem de olhos verdes é alguém inalcançável.

Atrás deles, um show de sombras começa a se refazer. As estacas aparentam ser maciças, duras feito pedra, e vão desde o chão até o teto. Em seu topo, lâminas nasce das pontas, como um escudo para a pessoa que surgia ali dentro, calmamente. Como uma erva daninha pronta para machucar todas as plantas que visse pela frente.

— Eu sou o manancial da escuridão, — A voz rouca torna a proferir, agora mais arrastada do que nunca. — alimentado por todo o ódio de Zemus. Eu sou Ele quem é chamado de Zeromus. Eu sou quem conhece nada porém ódio!

A cabeça da criatura está curvada. Seu corpo começa a levitar ao mesmo tempo em que as pilastras também aumentam de tamanho, o teletransportando para algum lugar bom, onde ele finalmente poderia dar seu golpe final.

As lâminas caem, cortantes e afiadas, bem na direção do chão de vidro, o que faz com que vários pedaços sejam lançados pelo ar, tapando a visão dos sete por mínimos instantes. Infelizmente, nada para aqueles sete vinha tão fácil assim do universo. É claro que Zemus tinha que, tipo, voltar das criaturas banidas da luz e tudo o mais.

Vultos de escuridão passam por ambos os lados de Harry, tão rápidos quanto Chocobos em uma corrida. A escuridão é cortante, machuca, e quase engole seu coração por inteiro. Fincando seus pés no chão, ele tenta se estabilizar, por mais que saiba que a tentativa não daria em nada: era impossível lutar contra as sombras, não daquele jeito.

Halsey coloca os braços contra o rosto, tentando se proteger:

— Não! A morte só aumentou ainda mais a escuridão no seu coração.

Os passos de Gemma são pesados. De um em um, ela tenta se reerguer, aproximando—se da pilastra escura que girava sem parar pelo cômodo.

— Zemus... não... — Ela finca as mãos no chão, cheia de raiva. — Zeromus! Dessa vez, eu terminarei o que eu havia começado, de uma vez por todas!

— Zeromus, diga Adeus! — É a vez de Halsey completar, juntando as palmas com as da Cavaleira do mesmo modo que havia feito antes. Seus pedidos estavam num nível de calamidade extrema agora, uma vez que sabiam que a situação estava realmente fora de controle.

É o mesmo feitiço, talvez mais fraco ou mais forte, Harry não consegue decidir. As labaredas envolvem as colunas de negritude, tentando tomá—las para si, ou pelo menos pará—las. As explosões seguem, como em todas as outras vezes — no final de tudo, quando o show de luzes havia acabado, Zemus não parecia ter sido ferido, nem mesmo um por cento.

O coração de Harry começa a se desesperar, olhos arregalados.

— Não tem uso! Meteor não está funcionando! — A Anciã berra, voz beirando o choro. Nunca, em sua vida, pensou que o feitiço lhe falharia. Ela olha para a mulher pairando ao seu lado. — Gemma, use o Cristal!

A garota acena a cabeça rapidamente, acostumada a receber e seguir ordens. Com as mãos também tremelicando sem trégua, procura pela pedra cristalina, um dos pedacinhos das Oito que havia se empenhado tanto em roubar. Os olhos passam de relance pelo objeto, observando o brilho que, antes faiscante, acabava por diminuir mais e mais a cada segundo que passava.

Ela levanta o pequeno seixo na direção da criatura obscura, fechando os olhos por puro medo do que viria acontecer.

No entanto, quando os abre, depois de alguns segundos, percebe que absolutamente nada havia saído do lugar.

A risada de Zeromus ecoa bem ao pé de seu ouvido, totalmente zombeteira, um som realmente assustador. As lágrimas rolam livremente pelo rosto da garota. Todas as esperanças que aprendera a ter, construídas por concretos segundos, haviam sido estraçalhadas, bem na frente de seus olhos.

— Você escolheu o caminho de escuridão. — As sombras comentam, sarcasmo transbordando da voz. — O Cristal não vai te centelhar com luz. Suas mãos... elas só vão torná—lo mais escuro do que já está! Morra!

E, quando Gemma menos espera, o feitiço havia virado contra o feiticeiro: atrás das sombras, grandes meteoros surgiam dos céus, em uma imensidão de vermelho. As pedras vulcânicas vão em cheio na direção das duas mulheres que teimavam em salvar a última chama de esperança que ainda existia.

Foi em um baque que o corpo da Cavaleira foi ao chão. Quando se dá conta, seu corpo estava sucumbindo ao mundo dos sonhos, onde a noite e as trevas tinham controle de tudo. Naquele momento, tudo parecia ter sido perdido.

X

Harry não sabe por quanto tempo ficou apagado.

Ele presume que foram poucos minutos, uma vez que todos os outros seis também estavam na mesma posição de antes, deitados e sofrendo. De modo triste, o homem de olhos verdes não consegue impedir de pensar que todos os esforços, tanto seus tanto de seus amigos, haviam sido para nada. No final do dia, a escuridão ainda era forte o suficiente para conseguir pegá—los.

— Conheçam o sofrimento, conheçam a morte! O meu ódio não vai ser estancado até que ele consuma tudo que vive! — O corpo de Zeromus flutua, a última criatura que ainda estava de pé naquele meio preenchido de calamidade. — Vocês são os próximos. Venham, se banhem na escuridão que inunda o mundo!

Ao ouvir tais palavras, Harry sente como se houvessem abrido um buraco em seu coração. Pensar que, o mundo que uma vez ele conheceu e que considerava sua casa seria totalmente tomado pelas trevas não era algo feliz e propício para o momento, mas de novo, ele não consegue evitar.

Será que todos no Planeta Azul morreriam? Será que eles conseguiriam resistir, assim como seu coração e corpo faziam agora? O que seriam de Camila e Lauren, ainda crianças? Será que elas conseguiriam fugir para um lugar seguro? Será que Cara já teria coragem o suficiente para proteger as pessoas que ela ama? Como Ed se sentiria ao saber que ele não vai poder estar ali para ver o que acontece depois do felizes para sempre?

A mente de Harry está gritando, em uma batalha contra si próprio. Desistir agora, sabendo de todos os sacrifícios que as pessoas lembradas anteriormente fizeram, seria como cometer suicídio, porque no final das contas, ele ainda não estava morto. Não havia nenhuma espada empunhada contra a sua garganta; a escuridão também era forte, mas ainda assim não conseguia o fazer perder a própria mente. Desistir agora seria ir contra tudo que ele acreditava e tudo que o levou até ali, quando sangue inocente ainda era derramado de sua espada.

— Irmão... — A voz fraca de Gemma sussurra. Agora, sem os poderes de Zeromus para controlá—la, a garota também havia se tornado vulnerável as trevas. — Use a luz consagrada que existe dentro de você e de todos que você já conheceu.

— Tem que ser você. — Ela repete. — Realmente tem que ser você.

— Irmã... — Harry sussurra de volta, sem ao menos pensar duas vezes sobre a palavra que havia escolhido usar.

As mãos da mulher se abrem, revelando o Cristal que protegia com as mãos. Provavelmente eram pedacinhos dos Oito, uma vez que seu tamanho também não era do maior. Nas pontas, a pedra cristalina estava começando a se tornar obscura, um aviso claro de que a luz seria engolida pela negritude da sala caso algo não fosse feito.

Atrás deles, os outros cinco também estavam começando a se levantar após o baque tão forte que foi ver os poderes de Zeromus sendo liberados. Harry por fim agarra o objeto cristalino, sentindo todo o peso do mundo em seus ombros.

O corpo do homem se levanta sem ele nem ao menos sentir: dizem que nos momentos de pânico, o coração acaba agindo por contra própria, sem razão, somente emoção. Fechando os dedos ao redor da base da espada de luz, consegue se apoiar nela de leve, fincando a ponta aguda na superfície.

— Zeromus... — Ele sussurra, gradualmente conseguindo forças para aumentar o tom de voz. — Esse é o seu fim, não o nosso!

Harry por fim aponta a espada para a criatura das trevas, bem a sua frente. Atrás de si, sabia que seus amigos estavam o acompanhando, mesmo que ainda também fracos, porque afinal, esse era o poder da cliché amizade. Estar juntos até o final, não importa o quê.

— Lua, sagrada lua... os preencha de luz! — É a voz rouca de Halsey que implora, olhando para o céu.

E, quando Harry menos percebe, todos os quatro restantes estão bem ao seu lado, já preparados para lutar. Zayn, Louis, Liam e Niall. Ele acena com a cabeça de modo simplístico, estendendo o Cristal na direção dos cinco. O que estavam prestes a enfrentar era algo realmente imprevisível, mas Harry sempre foi quem acreditava que havia luz após a escuridão, não é mesmo?

— Iremos terminar isso juntos, como prometido. — Louis conclui, botando uma das mãos em cima da pedra.

— Harry, — É a vez de Zayn chiar, rolando os olhos de modo irônico. — você é tão cliché.

— Mas você o ama mesmo assim, incrivelmente, né? — Niall zomba, também botando a palma da mão sobre o Cristal.

— Vamos cortar a cara desse Zeromus em mil pedacinhos. — Liam promete, sorrindo de canto.

Ao fechar os olhos, o Cristal finalmente decide que aquele é o seu momento de brilhar. Em rápidos segundos, Harry sente todo o seu corpo sendo preenchido por sentimentos de luz, o que faz com que ele presuma que os outros também estão se sentindo assim.

O local de repente se torna totalmente branco, um contraste sórdido a escuridão que Zeromus emanava. Centelhas de luz viajam pelo céu, contornando o corpo da criatura em uma dança perfeitamente ensaiada, e então, tudo se torna alvo, até mesmo os pensamentos; quando Harry torna a abrir os olhos, vendo que Zeromus finalmente estava em sua verdadeira forma, — horrível, diga—se de passagem — ele sabe que aquela é a hora de botar um fim em tudo aquilo.

— Grr...gh...agh... — Ele berra no mesmo momento que Harry levanta sua espada novamente, em um movimento alinhado. Desde o fundo de sua alma até os dedos do pé, ele sabia: a batalha final, o que ele esteve ansiando por todo esse tempo, havia começado.

X

Como presumido por todos, o doce gosto da vitória realmente havia sido conquistado. Quando Zemus por fim foi derrotado, seu corpo, falando de um jeito simples porque nem mesmo Harry entende o que de fato havia acontecido, simplesmente explodiu. Pequenos pedacinhos de luz foram voando pelo céu, provavelmente os corações que ele pegou, se devolvendo para onde quer que seja que eles pertenciam.

É um sentimento acolhedor, estão todos quietos: a maior parte do grupo, ofegante por conta da batalha; e as outras duas mulheres, simplesmente perplexas, porque afinal, apenas aquele pequeno grupo de pessoas realmente tinha conseguido botar um fim definitivo em Zemus.

Mas o coração dos cinco ainda pesava — as últimas palavras de Zemus, elas simplesmente foram fortes demais.

— Eu não tinha ideia de que havia tanta força em vocês. — Halsey começa a discursar. Haviam traços de despedida em sua fala, os quais o homem de olhos verdes terrivelmente tenta ignorar. — Parece que vocês do Planeta Azul realmente se tornaram mais fortes que nós.

O Ninja apoia os braços atrás da cabeça, em uma pose distraída.

— Bem, as coisas são o que são, não é? — Ele solta uma gargalhada, finalmente sentindo que podia rir sem culpa e sem medo do que iria acontecer no dia seguinte.

— Mas... — É a vez de Zayn se fazer presente, para o alívio de Harry. Ele com certeza também estava perturbado pelo o que havia escutado. — e as últimas palavras de Zeromus?

— Enquanto houver escuridão... — O Arqueiro começa, divagando.

— Sempre haverá escuridão no coração dos homens. — Halsey completa, sorrindo de modo pequeno, para a surpresa de todos. Quer dizer que as palavras realmente estavam certas? — Todos nós carregamos escuridão, assim como carregamos luz. Assim como os Cristais Escuros, ou melhor dizendo, os conjuntos gêmeos.

— Assim como o Underworld, que resta abaixo da superfície do planeta de vocês. — Ela enumera. Realmente, haviam muitos exemplos a se dar. Agora, Harry até que consegue ver: a escuridão sempre esteve presente, de um jeito ou de outro, mesmo que inofensiva. Era quase como uma balança. Quase não; era. — Mas, enquanto houver escuridão, também sempre haverá luz.

— Como a luz que vocês possuem e fizeram uso para derrotar Zeromus. — Ela por fim adiciona.

O silêncio segue por alguns momentos, com o peso das palavras da mulher fazendo efeito na cabeça dos cinco. Aquela conclusão era a coisa mais verdadeira que Harry já havia escutado, o que faz com que ele se sinta um tanto tolo por não ter percebido isso antes. Todo o tempo que ele esteve tentando ficar de um lado só da balança, muita luz e pouca escuridão, ou pouca luz e muita escuridão... de nada adiantaria. Porque no final do dia, luz e trevas nasceram para ficar juntas, como as estrelas e o céu, como a madrugada após a noite tenebrosa. Elas haviam simplesmente nascido.

— Bem... — A voz divertida de Liam ressona pela sala, como em todas as outras vezes. — agora que você mencionou, até que eu senti um brilho mesmo!

Niall pisca lentamente, incrédulo.

— Você tá de brincadeira? — Ele rosna. Como ele podia fazer uma piada daquelas após ouvir um discurso tão lindo?! — Foi um milagre que Zeromus não te escolheu como peão!

Harry e Louis se entreolham, tentando esconder pequenos risinhos. Para eles, o que acontecia naquela cena era muito óbvio. Os adolescentes... eles realmente cresciam rápido, não é mesmo?

— O meu amor pela justiça o manteve longe, eu suponho. — Liam rebate, com a sobrancelha levantada em um tom desafiador.

Halsey pigarreia.

— Bem... a hora de eu voltar a cuidar dos sonhos finalmente chegou. Mas, não posso evitar de ficar curiosa: o que vocês irão fazer agora?

Os olhos verdes de Harry se conectam com cada um de seus amigos, buscando qualquer traço de objeção ao que ele diria a seguir. Como não encontra nenhum, apenas prossegue:

— Nós iremos retornar para o nosso Planeta.

— Os nossos amigos estão esperando! — Louis adiciona, sorrindo. Mal podia esperar para vê—los.

— Entendo. Vocês tem sorte de terem amigos tão bons. — Ela pausa, respirando fundo. — Eu estarei esperando ansiosamente pelo dia em que nos encontraremos novamente.

É nesse momento em que Gemma resolve se fazer presente na conversa. Do fundo de seu coração, sabia que não podia voltar para casa. Não depois de tudo que havia feito. Se o perdão realmente existisse, ele eventualmente o viria e a abracaria com todas as suas forças, porém agora, ela não podia exigir tal cosia de ninguém — não que ela se achasse merecedora, é claro.

— Eu posso... ir com você? — A voz da garota é hesitante, aparentando estar planetas de distância dali.

— Você quer... — Halsey não consegue evitar sua surpresa. Não era todo dia que o ex-vilão da história simplesmente escolhia um outro caminho ao invés de ser amaldiçoado a afundar na escuridão, não é mesmo? — me acompanhar?

— Eu não posso retornar. Não depois de tudo que eu fiz. — Ela afirma, logo adicionando. — E eu realmente gostaria de conhecer as raízes de meu pai. Os lugares em que ele foi, as pessoas que conheceu... ao menos uma vez.

— Entendo. — A mulher responde, após aparentar ponderar sobre a situação por alguns segundos. Não havia mal algum em acolher quem desejava se redimir. — O sangue dele também está em suas veias. Mas você sabe que este será um sono realmente profundo, certo?

— Eu sei. — Gemma enuncia, mais hesitante do que nunca. Em seu coração, sentia que aquela era a última vez que poderia ter aquela chance, então era melhor simplesmente usá—la, certo?

Ela respira firme, tentando não desmaiar, tamanho nervosismo.

— Harry, — Diz, por fim. — você me chamou de irmã.

O homem permanece em silêncio, sem saber o que dizer. Naquele momento de desespero, a chamar daquele jeito pareceu tão natural, tão simplístico. Ele realmente não sabia como aquilo havia acontecido, mas pelo menos sabe que não há arrependimento pairando dentro de si.

— Eu suponho que eu não posso esperar mais do que isso. — Ela discursa, com a voz embargada. — Tudo que você sofreu até agora foi por minha culpa.

Ela pausa, ponderando se havia algo a mais que gostaria de dizer. Não sente nem vontade de murmurar um pedido de desculpas esfarrapado ou algo do tipo: não o faz porque sabe que não vai adiantar de nada. Gazes realmente nunca serviram para curar ferimentos maiores, e a situação é um exemplo perfeito disso. Desculpas não fariam a situação se reverter. O sangue já havia caído, manchando tudo com seu vermelho vibrante.

— Nós devemos ir agora. — Halsey retoma o rumo da conversa, sabendo que a tensão reinava por ali. — Iremos dormir, e rezar pela paz do Planeta de vocês.

A Cavaleira acena com a cabeça, seguindo a outra para onde quer que ela estivesse indo. Para longe dali, era tudo que ela queria.

— Harry! — Louis exclama, aproximando—se do homem. Com um toque no ombro, chegou a conclusão que ele realmente estava escolhendo ignorar a situação.

— É esse o certo a se fazer — deixa-lo ir? — Incrédulo, Zayn indaga. Não conseguia acreditar: depois de todo esse tempo, com a chance de fazer as coisas diferentes dessa vez, tudo terminaria daquele jeito, sem mais nem menos.

— Vocês são irmãos! — O Invocador vocifera, lembrando—se da época em que sua família ainda estava viva. Depois de tantas viagens à Terra dos Eidolons, parecia que muito tempo havia se passado desde então, mas não era verdade — afinal, ele envelhecera bastante enquanto estava lá.

— Harry! — Essa é a única coisa que Liam, assim como Louis, consegue dizer, tamanho o choque dos dois.

Halsey por fim desaparece como poeira, transportada pela luz dos Cristais, para sempre indo dormir em nuvens e esperar pelo melhor, protegendo os sonhos da escuridão. Golbez a segue, como prometeu, com a sua armadura formada por escuridão e pela noite mais tenebrosa clicando contra o chão de cristal.

Como em uma peça, é no último segundo em que Harry finalmente consegue acordar do transe em que estava e proferir alguma coisa. É naquele instante, o qual Golbez abandona a sua vida de pecados em busca de um novo começo, que Harry diz a última coisa que imaginara sair de sua boca, agora de modo totalmente voluntário, e não em um momento de desespero:

— Adeus... minha irmã.

E naquele momento, Golbez não mais é, e não mais representa a mesma figura que Harry conheceu há muito tempo atrás. Não é mais a figura assustadora com a força que ia além de uma mortal, uma cavaleira sombria, apenas uma alma controlada por Zeromus, vivendo nas sombras do mesmo.

Naquele momento, ela é apenas um menina, uma simples maga e cavaleira... e talvez, só talvez uma irmã.

Ao ouvir aquilo, Golbez se vira, os olhos dos dois se encontrando por um breve instante, mas logo seguindo adiante, sem mais olhar para trás. Porque a vida era feita de recomeços, de levantar a cabeça e tentar novamente, de aceitar que tudo bem ser um pouco escuro por dentro e que estava tudo bem em errar. Porque no final do dia, você sempre está sendo guiado para algo novo, não importam as circunstâncias.

Naquele momento, Harry simplesmente sabe: eles se encontrariam em outras luas.


Notas Finais


kkkkkkkkk guided acabou mesmo kkkkkkkkkk (cada k é uma lágrima) não vou enrolar muito aqui, vou botar tudo o que eu quero falar numa nota separada (mais conhecida como o próximo capítulo, se vc quiser ler, só vem) quem não vier, pode pelo menos falar se chegou até aqui, mesmo que nunca tenha comentado ou votado nos capítulos? quero dizer obrigada diretamente s2s2


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