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História Guided Forth Anew (Fanfic Larry Stylinson) - Underground Waterway


Escrita por: PrimmadonaGirl

Capítulo 7 - Underground Waterway


— Então o que você está tentando me dizer, é que só há uma chance de conseguirmos um remédio? — Harry indaga, sentado em uma cadeira da Biblioteca de Kaipo.

— É, foi isso mesmo que eu li. — Niall rola os olhos, impaciente — Na verdade, foi a única coisa que eu consegui ler sobre.

O Cavaleiro suspira, olhando para seu colo de modo ressentido. Ainda não estava vestindo sua armadura, uma vez que havia feito pouco tempo desde que os dois acordaram. Fisicamente, Harry estava se sentindo bem mais leve, mesmo que seu coração pesasse de medo e remorso.  

A verdade era que tudo estava sendo muito intenso — primeiro perder o emprego, depois incendiar uma Vila inteira no momento em que ele pôs seus pés dentro da mesma, perder Zayn para um terremoto, ser perseguido por Guardas, e então, descobrir que Louis simplesmente havia desmaiado por conta da porra da febre do deserto de Kaipo. E você sabe o que eles dizem sobre febres... se não tratá-la, é muito fácil simplesmente perder sua vida para a mesma.

Tudo estava indo uma verdadeira merda, para ser bem sincero.

E, para piorar a situação ainda mais, como se tudo não estivesse sendo uma bela bosta de Chocobo como cereja em cima, segundo relatos dos moradores, Louis havia andado todo o caminho entre Baron e Kaipo, apenas e somente para procurar por Harry.

Mas por quê, se o homem de olhos verdes havia o prometido que ficaria bem?

O Cavaleiro realmente não sabe, mas se ele por acaso descobrisse que há alguém amedrontando seu Louis...

— Quantos anos você tem, afinal?

— Vai me dizer que você está duvidando das minhas habilidades de leitura?

— Não, não é isso...

— Só me escuta. — O garoto de olhos azuis o interrompe. — O livro diz algo sobre uma caverna perto de Damcyan e um remédio para febre... e você também me disse que temos que contar para outras nações sobre o que vimos em Mist. É o plano perfeito, será que não consegue ver?

— Eu só estou preocupado.

— Então pare de ficar! — Niall exclama, logo engrossando a sua voz para zombar do homem de olhos verdes. — Quantos anos você tem, afinal?

Harry o ignora.

— E como vamos ir para lá?

— Tem uma via fluvial subterrânea não muito longe daqui. — Niall explica, checando mais uma vez o que está escrito no livro em seu colo. Se sentia a pessoa mais perdida do mundo, tendo sua Vila destruída a apenas um dia e sem lugar algum para ir, mas algo o dizia que ele tinha que seguir aquele Cavaleiro, então obviamente, é isso que ele iria fazer. — Atravessando–a, chegaremos ao Castelo de Damcyan.

— Então temos que ir para lá o mais rápido possível... — O homem de olhos verdes murmura para si mesmo, decidido. — Você já está se sentindo melhor? Acha que consegue correr?

Niall sacode a cabeça para os dois lados minimamente, sem entender.

— Por que eu precisaria correr? Minhas magias são fortes o suficientes para me manter a salvo.

— Se é o que você diz... — Harry olha para a janela ao seu lado, pensativo. — Só vamos passar na loja de armaduras antes, acho que você poderia fazer um bom uso de algo para proteger a sua cabeça.

X

Na manhã seguinte, Harry e Niall atravessam o deserto, indo para o Norte – já que, segundo livro, era lá que se encontrava a entrada do Subterrâneo. Por pura sorte, eles conseguem ir tão rápido que não são atacados por nenhum monstro. O Caminho era como todos os outros, com apenas o barulho das fortes rajadas de vento e conversas pequenas ressonando pelo local.

Ao entrar no Subterrâneo, a primeira coisa que percebem é um forte cheiro.

— Você tem certeza que é aqui mesmo? — Harry diz, enquanto abana o ar que o rodeia, afim de fazer o cheiro se dissipar.

— Absoluta. — Niall olha ao seu redor, avaliando o local. — Anda, vamos.

— O.k. — O homem de olhos verdes responde, logo se agachando para ficar na mesma altura do garoto ao seu lado. Olhos azuis claros o encaram de volta; Harry não consegue evitar de pensar que nada no mundo se compararia com os de Louis. — Me prometa uma coisa. Em hipótese alguma, saia de perto de mim, ouviu? A não ser que eu mande você correr... aí já é outra história.

— Não se preocupe, cara. — Niall sacode a cabeça em afirmação, não entendendo o porque de Harry ser um homem tão dramático. — Eu vou ficar bem.

O Subterrâneo era extremamente maior do que o Vale de Mist: diversas partes do canal atravessavam por entre as rochas, formando diversos níveis de terra.

Um pouco depois da entrada, eles se depararam com dois caminhos diferentes. Decidiram, por fim, explorar o do Norte primeiro. Infelizmente, era um trecho sem–saída, porém, pelo menos tinham algumas poções com a validade ainda em dia perdidas por ali. Harry se perguntou quantas pessoas já haviam feito o mesmo trajeto — quantas pessoas haviam morrido achando que ia ficar tudo bem.

Ele só queria que o universo fosse simpático com ele, pelo menos dessa vez.

Depois de voltar para a entrada, iluminando o caminho com a luz do sol, o Cavaleiro Negro e o Invocador foram explorar o caminho da esquerda. De primeira, tiveram que atravessar uma extensa ponte de madeira, enquanto matavam monstros muito mais fortes do que o do deserto. Talvez o ambiente abundante de água só os atrapalhasse, no final de tudo.

Niall alternava entre ataques elétricos e feitiços de cura, infligindo um dano considerável, mas também mantando a saúde do grupo estável quando sobrava tempo. Harry matava os porco–espinhos gigantes com a sua espada, e, gradualmente, um por um iam ao chão.

Ao se virarem para o Norte, como o caminho praticamente os obrigava a fazer, eles se deparam com uma espécie de silhueta em pé. A mulher parecia estar esperando alguma coisa,—qualquer coisa, apenas algo  — enquanto encarava a correnteza bem abaixo de si, provavelmente perdida em seus pensamentos. 

De longe, Harry vagamente conseguia ver o que a mulher trajava: um conjunto de blusa social com uma saia longa, contornada por flores grandes e de coloração vermelha. Ela aparentava ser simpática, mas por conta da pressa que os amaldiçoava, Harry decide que é provavelmente melhor passarem por despercebidos. 

No entanto, não é bem assim que as coisas acontecem.

— Ei, você, cavaleiro! — A voz da mulher dava a impressão da mesma fazer parte da faixa dos trinta, talvez quarenta anos. Não dava para saber de verdade. — Consegues manejar com sucesso a sua espada, não? Então me ajude, por favor! 

— O que houve? — Harry franze a testa, se aproximando da senhora.

A verdade era que nem ela mesma sabia por onde começar.

— Minha filha... ele foi enganada por uma Barda. A mesma a levou para o Castelo de Damcyan, — Algo na mente de Harry instantaneamente clica. — e eu sinto que não tenho muito tempo: tem algo muito estranho no ar.

Talvez só seja o cheiro de peixe morto, Harry pensa.

— Eu acho que já ouvi essa história em algum lugar... Qual o seu nome?

— Hum... — A mulher olha para o chão, como se não soubesse o que responder. Quando os levanta, no entanto, seus olhos transmitem algo que Harry não consegue desvendar. — O meu nome... É Elizabeth. Sou Elizabeth.

— Ah. — Harry assente, meneando a cabeça. — Precisamos chegar a Damcyan também.

— Mas eu vou logo avisando... — Elizabeth diz. — um grande monstro vive por aqui, e ele não me deixa passar. E olha que a besta é bem forte, viu? Minha magia sozinha não consegue derruba–lo. Mas com a sua espada, provavelmente conseguiremos.

Ela dirige seu olhar para Niall, que estava olhando ao redor da Caverna, procurando por qualquer coisa brilhante, algo que pudesse levar para Casa — ou pelo menos, algo que o lembrasse do que estava vivendo no momento e que pudesse levar consigo para sempre.

— E esse garoto! — Exclama, arregalando os olhos.

Niall dá um passo para trás, se escondendo atrás da sombra de Harry ao ficar ridiculamente assustado. Bem, ninguém podia o culpar de verdade: aquela mulher não aparentava ter muita sanidade mental. Provavelmente era o nervosismo por ter sua filha raptada e tudo o mais — sempre era.

— Ele é um Invocador, não é? — A mulher de cabelos castanhos quase brancos pergunta, por mais que já saiba a resposta. A névoa da magia era algo palpável no ar. — E pelo o que posso ver, um com grande potencial.

— Então não temos tempo a perder. — Harry por fim diz, sentindo a força da esperança bombear por entre suas veias. — Depressa, vamos!

X

Elizabeth era, provavelmente, a maga mais forte que Harry já havia conhecido. Tudo bem que ele havia viajado bastante e não conhecido muitas pessoas de verdade por conta da rapidez em que tudo se passava, mas bem... Beth continuava sendo a porra de uma Anciã super-hiper-mega sábia. Não havia dúvidas nisso. Era tipo uma verdade universal.

Obviamente, ela lutava apenas através de encantos mágicos, uma vez que sua idade não a deixava ser muito ativa no combate físico. Entretanto, também carregava uma espécie de Cetro para ajudar nos monstros insistentes, aqueles que mesmo depois de muito tempo ainda cismavam de se apegar aos últimos restos de vida que lhes restavam.

E então, naturalmente, não é surpresa alguma dizer que, com a ajuda da feiticeira, a travessia pelo Subterrâneo é feita de modo muito mais tranquilo e simples do que estava sendo antes. 

A medida que avançavam, os caminhos de terra firme apenas diminuíam, o que faz com que eles descubram que iriam ter que fazer parte do caminho andando pelas águas rasas e com cheiro bastante estranho.

— Eca. — Niall diz quando pisa pela primeira vez no riacho a sua frente. — Só espero que não tenha esgoto misturado com isso aqui.

Passando por debaixo de algumas pontes, os três acabam encontrando Globins e alguns outros tipos de monstros que se regeneravam sozinhos, fazendo com que eles tivessem que criar estratégias para cada tipo de grupo.

Atacar, cura, atacar, feitiço elétrico, atacar, cura, atacar, feitiço elétrico, Niall repetia em sua cabeça. Como dito na cidade de Kaipo, o garoto de olhos azuis não se deixava intimidar por nada: por mais que ainda fosse uma criança, não tinha corrido de uma luta sequer, algo que era realmente impressionante.

Depois de um tempo caminhando, eles resolvem descansar no que acham que seja um tipo de Interseção entre nos níveis médios do Subterrâneo e os níveis mais fundos. O local parecia suficientemente seguro, então eles logo se apressam em montar suas tendas para ter uma boa noite de descanso. Após acenderem uma pequena fogueira para fazer algo para comer, Niall é o primeiro a cair no sono.

— Já adormeceu. — Elizabeth aponta, observando as chamas da fogueira que ela mesma havia acendido com sua magia. — Ele deve estar exausto. Aquela criança — de onde ela veio?

— Ele é um Invocador da Vila de Mist. — Harry responde, logo dando uma mordida na maça em suas mãos. Queria poupá-la dos detalhes sórdidos, tal como a Vila havia sido incendiada por sua culpa e de suas preocupações sobre Baron.

— De fato. Então os meus olhos não estavam enganados. — A mulher assente. — Como eu já disse, acho que ele tem um grande potencial: com prática, pode aprender vários feitiços. Niall também me lembra um pouco da minha filha Kendall, quando ela era mais nova.

O Cavaleiro põe as mãos embaixo do queixo em uma pose interessada, atento e curioso ao que a mulher tinha a dizer.

— Sua filha?

— Minha primeira e única. — Ela olha para seu colo, ressentida. Todas as coisas que ela considerava serem o fim do mundo, tudo, mas tudo mesmo, não significava nada no final das contas. Seu maior desejo agora é apenas ver sua filha mais uma vez. — Ela fugiu para Damcyan com uma Barda... e tudo porque me recusei a abençoar o casamento delas. 

—E você? — A mulher levanta seus olhos cor de mel na direção do cacheado. Ele poderia até parecer assustador par algumas pessoas, mas a coisa era que a mulher sinceramente já havia passado por tanto que ela nem ao menos conseguia sentir medo agora. — Que necessidade te leva à aquela cidade?

— Um amigo meu... ele está com a Febre do Deserto em Kaipo.

— Entendo. — Ela assente com a cabeça. Era incrível como mesmo por razões realmente distintas, os três acabaram no mesmo lugar: bem no fundo do poço. — E você precisa de uma Pérola de Areia, então.

— E o monstro? — Harry muda de assunto, se recusando a pensar que algo de ruim iria acontecer com Louis. Tudo ficaria bem. O garoto não era de vidro, no final das contas. Ele mesmo havia dito isso, naquela última noite em Baron. Era preciso ter fé. — Como ele é?

— Sem querer exagerar, mas é simplesmente horrível. — Elizabeth arregala os olhos, fazendo gestos engraçados para dar uma explicação mais clara. — Uma criatura com oito grandes tentáculos, prontos para prender e esmagar qualquer um.

O Cavaleiro solta um suspiro baixo, uma vez que odiava ver as pessoas ao seu redor inseguras. Por que todos não podiam ficar felizes? Ele realmente não conseguia entender. Então é por isso que ele coloca o semblante mais simples que conhece em sua face, junto do sorriso mais amarelo, tentando passar uma confiança inexistente.

— Você sabe que conseguiremos matá–lo, certo?

— É isso que espero. — Ela encara a parede de rochas a sua frente.

X

No dia seguinte, eles prosseguem pelo subterrâneo.

— A partir daqui, não tem mais volta. — A mulher de cabelos castanhos avisa, com sua voz sendo abafada por conta do barulho da ação da cachoeira. O local era bonito, porém não deixava de ser assustador. — Se quiserem descansar mais um pouco antes de descermos, a hora de falar é agora.

Um silêncio confortável segue pelos próximos segundos.

— A besta nos espera lá embaixo. — Ela continua. Logo pula pedra abaixo, abraçando o próprio corpo com os braços, afim de sair o menos ferida possível. Harry vai logo atrás, já se preparando para a dor da queda que muito provavelmente iria sentir.

— Eu não acredito que estou fazendo isso. — Niall diz, por fim saltando das rochas e emitindo um grito algo enquanto seu corpo cai em direção ao desconhecido.

X

— Se preparem. — Elizabeth profere quando eles finalmente chegam perto dos tentáculos. — Aqui está ele! É um Octomammoth!

— Niall, — Harry diz. — lembre–se, ataques elétricos!

A besta, como Elizabeth havia dito no dia anterior, tinha oito longos tentáculos na cor laranja com listras roxas. Os seus olhos eram brancos, e seus dentes, afiados. Parecia um demônio de um conto de ficção; o homem de olhos verdes se pergunta se ele era uma espécie de protetor do local, como o Dragão de Mist. Entretanto, como não há muito tempo para refletir sobre tal, o simplesmente começa a lutar, esperando pelo melhor. 

Harry é rápido em golpear os tentáculos do Polvo com a sua espada, imaginando que se os tentáculos não estivessem saudáveis, a criatura muito provavelmente não teria como lutar. Niall e Elizabeth combinam ataques elétricos, intensificando o dano dos mesmos.

Depois de algum tempo repetindo a mesma estratégia, o Polvo finalmente começa a ficar enfraquecido. Seus tentáculos caem no chão um por um, e no final, o que resta é apenas a sua grande cabeça laranja.

— Excelente! — Elizabeth exclama, continuando a lançar raios. — Mas não se enganem em achar que já ganhamos, o.k.? Uma besta machucada é uma besta perigosa.

Eventualmente, os três derrotam o Polvo.

— Vamos. Damcyan é logo atrás dessa cachoeira.

X

Ao sair do Subterrâneo, Harry, Niall e Elizabeth se encontram na entrada de um deserto. O sol cega os olhos dos que não estavam acostumados a ver a luz por muito tempo, fazendo com que eles tenham que colocar a mão em cima da testa para poder caminhar.

Com as instruções de Elizabeth, eles logo chegam na frente do Castelo de Damcyan.

Antes que possam sequer se aproximar mais do mesmo, há uma grande ventania, fazendo com que os cabelos de Harry tapem seus olhos por alguns milésimos segundos. Dirigíveis de Baron, como indicado pela bandeira enorme exibida no mastro, passeiam pelo céu, começando a jogar várias bombas na direção da estrutura. O coração de Harry está palpitando tão forte em seu peito ao pensar nas pessoas que vivem lá, que ele é rápido em concluir que aquela era, definitivamente, uma declaração de Guerra.

E Guerras não eram vencidas com bondade.

— Kendall! — Elizabeth berra de modo aflito, se apressando em entrar no Castelo destruído.

Harry e Niall vão logo atrás, não conseguindo acreditar no que estão vendo.

 



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