Acordo atordoada sem lembrar onde estou, mas por um lado estou feliz por não ter cheiro de mofo igual a minha casa antiga. Ao olhar a decoração do quarto, lembro que estou no quarto do Liam, pois é todo cheio de plantas, parece mais uma floresta.
- Não foi um sonho!! - grito e quando levanto acabo pisando em alguma merda e caindo.
Quando vou olhar a merda que me fez cair, percebo que é a Cléo dormindo no chão.
- Tá fazendo o que aqui no chão, imunda? - perguntei enquanto ela esfregava os olhos.
- Tô fazendo pão! - diz ironicamente. - Tava dormindo, tá cega?!
- E por que no chão se tem uma cama que cabe três jegues?
- Porque tu me chutou até eu cair, fez a mesma coisa com a Emma.
- E cadê ela? - balanço a cabeça procurando a abestada, mas ela não tá em canto nenhum.
- Já foi se pegar com o Zayn, aquela piranha.
(...)
Depois de tomar café de gente - coisa que nunca tinha tomado antes, pois eu sempre comia ração do gato da vizinha, por isso não nos gostávamos - os meninos nos chamaram pra falar algo importante.
- Desembucha! - ordenei com toda a minha moral.
- Vamos fazer uma turnê na Austrália. - Louis começa falando.
- Gostamos muito de vocês, mesmo que sejam idiotas, então queríamos que fosse conosco... - Liam completa.
- Acabamos de sair daquela joça e vai nos levar pra lá de novo?! - resmunguei.
- Mas está na época das tartarugas marinhas sai dos ovos e vão pro mar, então vamos sim! - Cléo fala batendo palmas, empurro ela do sofá, fazendo ela cair pra deixar de ser besta.
(...)
Finalmente chegamos no aeroporto, um monte de gente fica gritando e tentando tirar fotos, e eu mostro o dedo do meio pra eles.
- Que demora do cão. - falo quando finalmente estamos no jatinho particular, bem chique esse bicho.
- Eu tenho medo... - Cléo disse e começou a chorar. - Nunca andei num desse.
- Urubu pobre. - Zayn fala.
- Me respeite, mundiça! - xinguei ele. - Sou pobre também, vadio! Nunca andei, mas não tenho medo de nada.
Veio uma mulher veia besta metida à modelo e passou conferindo alguma coisa em nós, ela olhou pra mim, sorriu pra mim com a sua boca de sapo e disse:
- Senhorita, por favor, coloque a sua poltrona em coluna vertical e afivele os cintos.
- Saiba você, putinha, que eu sou muito rebelde e só faço o que eu quiser, ouviu?!
- Desculpe. - ela pede. - Mas é para sua segurança.
- Para sua segurança é melhor calar a boca antes que eu dê uma voadora.
Eu já via bater naquela peste ousada, mas o Harry me segurou com uma força do cão, ajeitou minha poltrona e me amarrou com aquele cinto, enquanto eu batia nele.
Enquanto o jatinho desembarcava, a Cléo começou a tremer igual uma gelatina. Cão besta!
- Calma. - a Emma pede. - Veja pelo lado bom, se o jatinho cair no Oceano Atlântico podemos nadar.
- Mas o Oceano Atlântico não fica nos Estados Unidos? - Harry pergunta e dou um tapa na boca dele, porque estou com raiva dele por ter defendido a vagabunda.
- Todo mundo sabe que a China pegou o Oceano Atlântico na Segunda Guerra Mundial. - falei com todos os meus conhecimentos históricos.
(...)
No outro dia estávamos na praia de manhã pra Cléo ver as tartarugas.
- Que demora pras elas saírem logo do ovo. - resmunguei e quebrei um ovo pra ajudar elas, mas acabou acontecendo algo trágico que prefiro não relatar em meus próprios pensamentos.
O que pareceu dois anos depois, elas finalmente saíram do ovo, mas é uma lerdeza tão grande pra ir logo pro mar, misericórdia!
Decido ajudar de novo, pego elas na mão e coloco elas na margem do mar, assim elas vão mais rápido.
- Pronto. - falei satisfeita comigo mesma.
- Rikki! - uma voz do além disse e passei a mão pelos meus cabelos loiros cacheados que eu estava a a 12 dias em pentear e procurei o infeliz que estava me chamando. Era meu ex namorado chato: Zane.
- O que você quer, peste?!
- Quero dizer que os pais das suas amigas estão procurando elas, e os seus pais apenas disseram que você fugiu com o namorado! - ele diz. - Mas eu sei que não é verdade, sei que ainda me ama e... - ele olha ao redor e parece se tocar. - Os caras da 1D, massa! Mas vocês sabiam que um funcionário do pai da Cléo tá pegando tartarugas?
- Vou salvá-las! - Cléo grita e corre em direção ao mar.
- Ela é doida ou o quê?! Vai morrer afogada! - Zane diz com a sua burrice do mundo todo.
- Chispa, mundiça! - dei um tapa na cara dele e ele foi embora.
Emma e eu fomos pro mar procurar a burra da Cléo, ela podia estar em problemas..
Quando finalmente a encontramos, ela estava presa numa rede de pescadores e não conseguia sair. Do lado de cima, os vadios gritavam "tubarão, tubarão!"
Nadei até a superfície, deixando só minha cara de fora, pra eles não verem minha cauda.
- Seu rabo! - gritei. - Solta meu ursinho, mundiça!
- Ei, garota! Vai se afogar! - o cara falou assustado.
- Sou a pequena sereia, monamour. - falei e mergulhei novamente, eles soltaram ela da rede e nadamos de volta.
- Consigo ficar meia hora debaixo d'água! - ela nos contou.
Emma e Cléo decidiram voltar pras suas casas, e eu, bem... Meus pais não sentiam a minha falta, então decidi continuar no hotel com os meninos, mas eu sabia que a nossa aventura de sereias não havia terminado. Aliás, estava apenas começando.
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