História Habitué ( Imagine Rap Monster - BTS ) - Cortesia de Aniversário

Estávamos eu e minha colega de trabalho, Hyo-jin, mais uma vez feito loucas tentando dar conta de todos aqueles executivos atrasados – que lotavam a recepção do hotel –, no intuito de fazer seus check-outs*.

Eu simplesmente não entendia. Já que eles tinham hora certa para sair, porque não adiantavam o processo? Mas todos, por obra do destino, resolviam sair ao meio dia, que era o horário limite para permanecerem em seus quartos sem precisar pagar qualquer excedente.

Fora todos os check-outs, ainda tínhamos quinze hóspedes aniversariantes. Todos os dias, além da entrada e saída de hóspedes e as rotinas internas da recepção, nós puxávamos uma lista com a relação dos apartamentos que haviam hóspedes aniversariantes, pois tínhamos suas datas de nascimento em seus cadastros.

Após, entrávamos em contato com a cozinha do restaurante, para que os preparassem alguma sobremesa de cortesia. Quando prontas, uma das recepcionistas, levava até seus apartamentos, junto com um “lindo” cartão, lhes felicitando por mais um ano de vida.

Agora, depois de bastante tempo, tínhamos apenas três hóspedes no balcão, aguardando para dar saída, então, Hyo-jin pediu para que eu adiantasse a tarefa das cortesias, que ela daria conta dos hóspedes restantes.

Peguei a lista e fui para a sala atrás da recepção, onde tínhamos uma mesa com um computador, para realizarmos tarefas internas.

Me sentei, e acessei minha senha no sistema do hotel. Pus a lista ao meu lado e fui abrindo apartamento por apartamento, para ver o nome dos hóspedes e anotar no papel. Coisa que já deveria sair impressa pelo próprio sistema, mas, inconveniências à parte.  

Abri o cadastro de cada quarto, até que cheguei no 512. Respirei fundo ao ler o nome do hóspede, e senti meu peito apertar.

– Aigo, não acredito que é aniversário dele! E ainda por cima, eu que o entregarei a cortesia! – Reclamei comigo mesma.

O hóspede que fazia meu coração palpitar, era Kim Namjoon. Um tipo de hóspede que chamamos de habitué, pois, ele praticamente mora no hotel. Namjoon ia para casa, apenas nos finais de semana por conta da companhia para qual ele trabalha.

Ele se dava super bem comigo, até mais do que deveria. Sempre recorria a mim quando precisava. Às vezes se ele necessitasse de algo em um turno que não fosse o meu, ele me aguardava até a manhã seguinte e pedia para mim. Assim, criamos um certo vínculo.

Mas, Namjoon, não era apenas mais um hóspede. Não para mim. Eu sentia algo diferente. Ficava nervosa, sem falar que ele já havia me convidado para sair, para conversarmos um pouco, mas nunca pude aceitar. Primeiro, se alguém soubesse, perderia meu emprego e segundo, eu nunca tinha tempo.

Interrompo meus devaneios e volto a realizar minha tarefa. Termino as anotações e ligo para a cozinha do restaurante, passando para eles a quantidade de sobremesas que deveriam ser preparadas, e avisando que eu já estaria livre para buscá-las assim que estivessem prontas. Após finalizar a ligação, volto para a recepção, que estava vazia. Hyo-jin estava perdida no meio de diversos papéis, que eram os processos dos check-outs para organizar.

– Quer que eu faça isso e você entrega as cortesias? – Chego mais próximo e ajudo a organizar a papelada.

– Não, porque? É sempre você quem as entrega! – Riu de leve.

– Aish... vai você hoje, por favor? – Faltou pouco me ajoelhar a seus pés, pois, realmente tinha vergonha de lidar com Namjoon. Ainda mais, “à sós”.

– O que houve? Aconteceu alguma coisa? – Hyo-jin agora me fitava séria.

– Então, – respirei fundo – Kim NamJoon, é um dos aniversariantes.

Um sorriso cresceu em seu rosto. Hyo-jin sabia das intenções de Namjoon comigo, pois, além de sermos colegas de trabalho, havíamos nos tornado amigas então sempre lhe contei sobre suas abordagens a mim.

– Agora mesmo que não vou! – Riu – Aigo, deixe de ser boba! Ele está em qual apartamento?

– No 512. Ele está sozinho nesse andar, e seria o último que eu entregaria também!

– Olha que coisa maravilhosa! Já que vocês nunca conseguem sair, pelo menos vão poder trocar algumas palavras em particular. – Voltou a organizar os papéis, rindo.

– Unnie, por favor? Você sabe que eu já morro de vergonha de atendê-lo aqui, na recepção, quem dirá lá em cima, sozinho. – A fitei cabisbaixa.

– Bom, seu turno termina às três e vinte e já são duas e meia. Se continuar enrolando, você vai passar da hora. Se não fosse aniversário dele eu até iria, mas como sou sua amiga e te amo, vou deixar que você mesma faça isso!

– Eu odeio você! – Disse emburrada enquanto ela ria.

Ajudava Hyo-jin, a organizar os fechamentos quando o telefone toca e ela atende. Não presto atenção à sua conversa, mas rapidamente ela desliga e dirige a palavra a mim.

– Amor da minha vida... as sobremesas estão prontas. – Sorriu largamente, enquanto eu afundei meu rosto no papel que continha em mãos.

– Não! Porque eles são tão rápidos? – Hyo-jin puxa a folha de minhas mãos e segura em meu rosto.

– E porque você é tão fresca? – Ri e me solta, pegando os papeis que organizei, os juntando aos seus – Se fosse eu, já teria aceitado sair com ele. – Sussurra. – Agora vai logo!

– Você é louca! – Rio e me retiro da recepção, indo em direção à cozinha.

Chegando na porta da cozinha do restaurante, um dos cozinheiros já me aguardava com um carrinho, contendo as cortesias. Cada uma em uma bela caixinha, com o número de seu devido quarto, junto com o cartão.

Respirei fundo e me dirigi até o elevador de serviço – que era utilizado apenas por funcionários – subindo em direção ao andar do primeiro quarto.

Entreguei todos os “presentes”, exceto um... o de Namjoon. Entro novamente no elevador, e crio coragem suficiente para apertar o botão do quinto andar. Elevadores sempre demoram, mas dessa vez, ele fez questão de ser rapidíssimo.

A porta se abre e eu saio, indo em direção ao quarto 512. Um silêncio agoniante tomava conta do corredor, e tudo que se ouvia, era o eco de meus saltos batendo contra o chão. Paro em frente à porta, fecho os olhos com força e toco a campainha.

Duraram alguns segundos até que ela fosse aberta por Namjoon, que para “piorar” minha situação, estava sem camisa, vestindo apenas uma calça de moletom preta.

Me amaldiçoei por arregalar os olhos, e não conseguir esconder minha reação ao ver seu tronco desnudo.

Vejo um sorriso se formar no rosto do mais velho, e sinto não apenas meu rosto esquentar, mas meu corpo inteiro.

– Oi... você tá bem? – Perguntou, me fazendo perceber que fiquei por longos segundos o admirando.

Meu Deus, o que eu estou fazendo?

– S-sim, Oppa. Bem, e-eu... trouxe uma cortesia do hotel, por seu aniversário. – Peguei a caixa e o entreguei – Feliz aniversário e tenha um ótimo dia! – Atropelei as palavras.

Me virei de costas rapidamente puxando o carrinho comigo.

Aigo! Aonde foi parar o script que eu usei com os outros hóspedes?

– Ei! Espera! – Namjoon me chamou.

Eu não estava muito longe, então, parei no mesmo lugar e me virei o fitando.

– S-sim?

– Vem aqui! – Pediu, então, entrelacei as mãos à frente de meu quadril e andei devagar em sua direção.

– Precisa de ajuda com algo? – Desviei o olhar, não podia me perder em seu abdômen novamente.

– Entre! – Abriu a porta sorrindo, me dando passagem.

– Oppa, você sabe que só tenho autorização para entrar no quarto de um hóspede, caso haja algum problema. – O lembrei, cabisbaixa.

– Não seja por isso! Só um momento.

Namjoon entrou no quarto, enquanto o aguardei. Logo ele voltou dizendo:

– Pronto. Minha TV não funciona. – Sorriu de lado, me fazendo soltar uma leve risada.

Ele não desiste!

Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha, e entrei no quarto. Fui em direção à televisão, e ouvi a porta bater.

– Talvez ela não esteja funcionando, porque você esqueceu de ligar na tomada! – Ri, sendo acompanhada por ele.

– Nossa, como eu sou desatento! – Riu e veio em minha direção.

Mantivemos nossos olhares fixos um no outro. A cada centímetro que Namjoon se aproximava, meu coração batia mais forte. Ele já estava próximo o suficiente para que nossas respirações se mesclassem.

Meus olhos não sabiam se fitavam o profundo olhar de Namjoon, ou seus lábios cheios, que eram tão convidativos.

– Hoje é meu aniversário. Não vai me fazer desfeita, vai? – Ouvir sua voz grossa, fez com que cada pelo de meu corpo eriçasse.

– O que você quer, Oppa? – Soltei quase em um sussurro.

– Quero você! – Finalizou levando uma de suas mãos à minha nuca, onde segurou forte e colou nossas testas, sua outra mão livre foi à minha cintura.

– Oppa... você sabe que não pos...– meus lábios foram calados pelos de Namjoon.

Não tive outra reação, além de retribuir na mesma intensidade. Era loucura, mas o fato de estar em meu local de trabalho, e o risco de ser pega por alguém, tornava aquilo ainda mais excitante.

Os lábios de Namjoon, pareciam que foram esculpidos para moldarem os meus, pois eles se encaixavam perfeitamente.

Entrelacei meus braços em seu pescoço, e o beijo foi intensificado assim que sua língua acariciou a minha. Suas mãos estavam agora em meus quadris, onde ele apertava com força, me fazendo soltar um leve arfar entre o beijo.

Nos separamos por conta da falta de ar, mas mantivemos nossos rostos juntos, sorrindo contra os lábios um do outro.

– Oppa, isso é loucura! – Ri baixo – Eu deveria voltar para a recepção, alguém pode perceber.

Muito contrariada, me desfiz de seus toques. Claro que por mim, pausaria aquele momento por uma eternidade.

– Você vai me deixar assim? – Namjoon umedeceu os lábios e mordeu o inferior.

– A-assim como? – Indaguei confusa, fitando seu rosto.

Namjoon me virou de costas e segurou em meus quadris, me puxando com força fazendo com que nossos corpos se chocassem. Pendi a cabeça para trás, e a apoiei em seu ombro, assim que senti sua ereção.

– Não tem dó de mim? – Sussurrou em meu ouvido.

– Ah, Namjoon... – Sorri e rebolei de leve contra seu íntimo.

Não sei o que se passava por minha cabeça. Na verdade, eu não pensava, apenas sentia.

– Isso... – O ouço puxar o ar entre os dentes – Juro que não vou demorar.

O mais velho me vira de frente para si novamente, caminha comigo até a cama, onde me deita, ficando por cima de mim.

Meus lábios são novamente tomados por ele, mas seus beijos descem para meu pescoço, enquanto ele ajeita seu corpo entre minhas pernas. Solto gemidos baixos, enquanto ele deixa chupões em minha pele. Suas mãos vão à barra de minha saia, e ele a sobe até a altura de meus quadris, expondo minha lingerie de renda rosa.

Dois de seus dedos tocam meus lábios, e eu os chupo, os umedecendo. Ele se levanta um pouco e com sua outra mão, afasta para o lado minha calcinha. Com os dedos que foram umedecidos por mim, me penetra lentamente.

Mordo o lábio com força, com medo de soltar algum gemido que pudesse ser ouvido por alguém.

Enquanto seus dedos me penetravam devagar, seu dedão massageava meu clitóris. Eu tentava me conter, mas era difícil, então apenas me contorcia sob seu corpo.

– Ei, geme pra mim. – Sussurrou em meu ouvido aumentando a velocidade e indo mais fundo.

– Hmm.. Oppa.. a-alguém pode ouvir! – Disse baixo.

– Estou sozinho nesse andar, e você sabe disso. – Finalizou mordendo o lóbulo de minha orelha, e logo sussurrou – Geme pra mim... geme gostosa! – Sua voz me excitava, me deixando cada vez mais molhada.

– Ah Namjoon! – Gemi puxando seus cabelos.

Ele ia cada vez mais rápido, e eu já estava a ponto de me desfazer em seus dedos, mas, ele os tirou antes que isso acontecesse.

Se pondo de joelhos na cama, ele tirou sua calça, ficando apenas com a boxer branca que marcava seu membro. Me apoiei nos cotovelos e o observei. Namjoon se sentou, e sorriu malicioso, levando sua destra a seu membro.

Me pus também de joelhos e apoiei minhas mãos no colchão, levando meus lábios ao seu ouvido, onde sussurrei:

– Porque não me deixa fazer isso para você? – Sorri e roubei um selar de Namjoon, que pôs a mão por dentro de sua boxer, puxando seu membro para fora da mesma.

– Faça o que quiser. – Disse em um tom extremamente sexy.

Sorri e levei minha destra à base de seu membro, o envolvendo. Fui deslizando devagar, enquanto dava um último beijo em Namjoon, antes que meus lábios ajudassem a minha mão.

Lambi sua glande lentamente, e pude ouvir o delicioso gemido rouco de Namjoon. A introduzi em minha boca, e suguei delicadamente, enquanto masturbava o restante. Fui introduzindo cada vez mais de seu membro, até que o maior segurou de leve em meus cabelos e começou a se movimentar, da maneira que lhe agradava.

Sou pega de surpresa, quando ele segura em meu rosto me puxando para cima, me beijando de maneira desejosa.

– Estava uma delícia... mas não podemos demorar. Então vamos logo ao que interessa. – Disse assim que separou nossos lábios.

A primeira gaveta do criado mudo fora aberta por ele, onde pegou sua carteira, tirando de dentro dela um preservativo. Sorri e mordi o lábio, enquanto ele tentava abrir o pequeno pacote, mas, fomos interrompidos pelo toque do telefone de seu quarto.

Nos encaramos. Posso jurar que meu coração, estava tentando sair de dentro do meu peito.

Apenas a recepção tem acesso aos telefones dos quartos. Então, ou era uma ligação de fora, que a recepção transferiu para o quarto de Namjoon, ou era Hyo-jin.

  Ele ajeitou sua boxer e eu, me levantei ajeitando minha saia.

  – O que eu faço? Posso atender?

  – Sim, mas por favor, se for Hyo-jin diga que não estou aqui. – Pedi apreensiva.

  Namjoon então, atende o telefone.

  – Alô... Não, ela me entregou uma caixa e um cartão, mas logo saiu... T-tudo bem, um minuto. – Estendeu o telefone para mim e eu arregalei os olhos.

 – É Hyo-jin... ela disse que não vai nos dedurar. – Disse sorrindo.

 Peguei o telefone e a atendi:

 – S-sim...

 – Será que vocês podem transar outra hora? Preciso da sua ajuda!

 – E-eu só estava ajudando ele com a televisão.

 – Tá bom, conta outra. – Riu – Anda, vem logo, já está quase na hora de irmos embora!

 – Está bem, Unnie, já estou indo.

 Desliguei o telefone e respirei fundo, fitando Namjoon.

 – Ela sabe algo sobre nós? – Perguntou rindo.

 – Mais ou menos. Ai meu Deus, o que eu tenho na cabeça? – Andava nervosa pelo quarto – Olha, eu tenho que ir. Licença.

 Fui em direção à porta, mas Namjoon segurou em meu braço, me fazendo virar de frente para ele.

 – Acho que não tem mais motivos de não sair comigo, não é? – Perguntou, mas, eu apenas sorri de cabeça baixa – Vamos jantar juntos hoje?

 – Está bem, eu pego seu número no sistema e te mando uma mensagem. – Lhe dei um breve selar – Até mais tarde!

 Me desvencilhei de seu toque e saí de seu quarto. Andei pelos corredores do hotel sorrindo, como uma adolescente apaixonada. Realmente, depois do ocorrido, não haviam motivos para recusar a companhia de Namjoon. Espero que tenhamos um bom encontro, e que possamos terminar o que começamos.