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História Hades (Camren) - O Mensageiro


Escrita por: lmfs13

Capítulo 15 - O Mensageiro


Quando consegui me projetar novamente, chovia forte na minha rua. O barulho da chuva no telhado abafava todos os ruídos. O beiral da casa encheu de água, que caía em enxurradas, arrasando a grama do jardim, como se alguém a tivesse cortado com uma barra de ferro. O barulho arrancou Fish de seu sono e o levou às janelas, para ver o que estava acontecendo. Ao perceber que não era nada que precisasse de sua intervenção, voltou à sua caminha e se deitou com um longo suspiro. Acontecia algum tipo de reunião. Normani, Ally e Lauren estavam sentadas ao redor da mesa de jantar, cheia de caixas de pizza e latas de refrigerante — algo que raramente víamos na nossa casa. Não devia haver guardanapos, pois usavam um rolo de papel-toalha. Algo me dizia que a rotina habitual da casa fora alterada, pois não cozinharam nem fizeram compras. Normani e Lauren estavam sentadas uma de frente para a outra, as duas imóveis como pedras. De repente, Ally se levantou da mesa e começou a tirar os pratos, colocando água para ferver. Seja lá o que estivessem discutindo, tinham chegado a um impasse. Buscavam uma inspiração, alguma ideia nova. Mas suas mentes estavam tão exaustas quanto elas, o que complicava as coisas. Pouco depois,  Normani abriu a boca, pois tivera uma ideia. Mas desistiu, não disse nada, e seu rosto voltou a ficar distante.

Todos ficaram paralisados quando a campainha soou, quebrando o silêncio. Fish levantou as orelhas e teria ido à porta caso Normani não tivesse olhado para ele, fazendo um gesto de silêncio. Fish ficou parado, mas não sem antes soltar um leve murmúrio de reclamação. Mas ninguém se moveu, e quem estava à porta tocou novamente a campainha, dessa vez por mais tempo, mais impaciente. Normani curvou a cabeça e suspirou ao ter uma visão de quem era a visita.

— Deveríamos atender — disse.

— Mas tínhamos combinado: nada de visitas — respondeu Ally.

 Normani franziu o cenho.

— Acho que não temos escolha. Ela não irá embora sem uma explicação.

Ally não parecia concordar com Normani, preferia refletir sobre o assunto mais tarde. No entanto, a tensão na sala era muito grande, e ela foi abrir a porta. Minha irmã continuava caminhando de forma graciosa, os pés mal tocando o chão. Dinah, por sua vez, entrou na sala com o rosto vermelho. Quando falou, notei que mantinha seu costumeiro tom direto.

— Finalmente — disse, nervosa. — Onde vocês estavam?

Fiquei feliz ao ver que Dinah não mudara em nada, mas, ao vê-la, fui tomada pela tristeza. Até aquele momento, não havia percebido o quanto sentia a sua falta. Ela era a minha melhor amiga, um dos meus laços mais fortes com o mundo dos humanos. E, naquele momento, ela estava muito perto e muito longe ao mesmo tempo. Observei as suaves pintas na ponta do seu nariz, a pele cor de pêssego, os cílios longos. Fiquei horrorizada com a ideia de começar a perder minhas lembranças da vida na Terra e agradeci o presente que Tucker me dera. Seria terrível lembrar-se apenas dos cachos e do sorriso de Dinah. Graças àquele novo dom, poderia observá-la quando quisesse. Naquele momento, seus olhos brilhavam, acusatórios, e ela pousou uma das mãos sobre os lábios ao observar minhas irmãs e Lauren, como se as desafiasse.

— Que bom ver você, Dinah — disse Normani, tentando fazer de conta que falava sério e querendo quebrar o gelo. — Por favor, junte-se a nós.

— Aceita um chá? — perguntou Ally.

— Não vim aqui para bater papo. Cadê ela? — perguntou Dinah. — Na escola disseram que está doente, mas há quanto tempo?

— Dinah — começou Normani, falando lentamente. — O assunto é complicado... Difícil de explicar.

— Só quero saber onde ela está e o que aconteceu — disse Dinah, com voz trêmula, revelando toda a emoção que lutava para conter. — Não vou embora sem essas respostas.

Ally ficou parada, de pé, com seus longos dedos traçando os desenhos da toalha de mesa.

— Camila ficará fora por um tempo — disse minha irmã, que era tão ruim quanto eu contando mentiras. A honestidade a traía. A voz soava muito artificial, e o rosto não mentia. — Ela recebeu um convite para estudar fora e resolveu aceitar.

— Claro... E foi embora sem avisar aos amigos?

— Foi tudo muito em cima da hora — respondeu Ally. — Tenho certeza de que ela teria avisado se tivesse tempo.

— Deixa de bobagem! — respondeu Dinah, interrompendo-a. — Não acredito em nada disso. Já perdi uma das minhas melhores amigas, não quero perder outra. Chega de mentiras!

Lauren se levantou, respirando fundo e expirando bem alto, e Dinah girou a cabeça na direção dela.

— Não pense que você está livre dessa. — Dinah aproximou-se. Lauren nem levantou a cabeça, mas ela continuou: — Por meses foi impossível arrancar Mila do seu lado, e agora ela desapareceu da face da Terra, e você está aqui, tamborilando os dedos na mesa, sem fazer nada.

Não gostei do tom de Dinah, que com certeza soou como um tapa na cara para Lauren, que já estava sofrendo muito para aguentar novas críticas.

— Talvez eu não seja campeã olímpica de matemática, mas não sou uma completa idiota — disse. — Sei que algo está acontecendo. Se Mila fosse apenas passar um tempo fora, vocês não estariam reunidos aqui. Teriam ido com ela.

— Bem que eu gostaria... — respondeu Lauren, com voz embargada, mas mantendo os olhos fixos no chão.

— O que isso quer dizer? — perguntou Dinah, ficando pálida ao pensar no pior.

Com medo de ter revelado coisas demais, Lauren se afastou. Ela parecia tão consternada pela situação que Normani tomou a frente.

— Camila não está mais em Venus Cove — explicou, calma. — Nem na Geórgia... Mas ela não teve escolha.

— Isso não faz sentido. Pedi que não mentissem para mim!

— Dinah... — disse Normani, atravessando a sala e tocando firme nos ombros dela. Ela o encarou da forma como encaramos alguém que acabou de fazer uma coisa estranha. Eu estava tão perto que quase senti o seu tremor. Normani nunca a tocara antes, e ela notava em seus olhos que Mani estava transtornada. — Acreditamos saber onde Camila está, mas não temos certeza. É isso que estamos tentando descobrir.

— Você quer dizer que ela desapareceu? — perguntou Dinah, sem fôlego.

— Desapareceu, não... — respondeu Normani, hesitante. — Eu diria que ela foi sequestrada.

Dinah tapou a boca com as mãos, e seus olhos se arregalaram, alarmada. Lauren ergueu a cabeça, observando sua reação.

— O que foi? — perguntou Ally, posicionando-se entre Normani e Dinah. Mani soltou-a.

— Não há motivo para mentir — disse Mani, decidida. — Ela é tão próxima de Camila quanto nós. E não chegaremos a lugar algum sozinhas. Dinah poderá nos ajudar.

— Como? — perguntou Ally, a voz afiada e os olhos cortantes como gelo. — Ela não poderá fazer nada.

— Não? — interrompeu Dinah, feroz. — Se um louco sequestrou Mila, o que poderíamos fazer?

— Viu o que você arrumou? — murmurou Ally. — Os humanos não poderão nos ajudar neste momento. — E olhou resignada para Lauren. — Sobretudo os envolvidos emocionalmente.

— Nós não estávamos lá naquela noite — disse Normani. — Os humanos são as únicas testemunhas que temos.

— O quê? — perguntou Dinah, encarando-as. — Vocês estão me chamando de humana? Eu não sou a única humana nesta sala.

Normani a ignorou e seguiu a sua linha de pensamento.

— Qual foi a última coisa de que você se lembra de Camila ter dito ou feito na noite do Dia das Bruxas?

O ar ao nosso redor trepidava. Ally tentava conter sua desaprovação. Obviamente, ela não concordava com a decisão de Normani de envolver Dinah. Minha irmã fechou os olhos e suspirou entre os dentes trincados. Eu podia ler a expressão estampada em seu rosto. Era como se estivesse se preparando para algo que, ela sabia, terminaria em desastre.

— Bem, ela estava... Chateada — disse Dinah, ficando muda.

— Por quê?

— A gente resolveu fazer uma sessão espírita durante a festa. Queríamos nos divertir, só isso. Mas, desde o início, Mila não gostou da ideia e não parava de dizer que deveríamos deixar essa história para lá. Mas não desistimos. No entanto, as coisas começaram a ficar estranhas, e acabamos perdendo o controle.

Dinah falava sem parar para respirar, tentando soar casual. Escutando-a, Ally ficou com os olhos arregalados. Suas mãos pálidas, instintivamente, se fecharam em punhos.

— O que você está dizendo? — perguntou ela, baixinho.

— Nós perdemos a cabeça e...

— Não, antes disso... Você disse que fizeram uma sessão espírita?

— É, mas estávamos brincando. Era Dia das Bruxas.

— Que menina mais tola — retrucou Ally. — Seus pais nunca disseram que não devemos brincar com o que não conhecemos?

Dinah ficou assustada, mas respondeu:

— Era apenas uma brincadeira, Ally. Qual o problema? O que uma sessão espírita idiota tem a ver com o que aconteceu?

— Tem tudo a ver — respondeu Ally, como se falasse consigo mesma. — Na verdade, poderia jurar que o problema começou nessa sessão. — Ally e Normani se entreolharam. Ela passou a falar diretamente com Mani: — Isso deve ter aberto um portal. Caso contrário, ele não teria como voltar a Venus Cove. Nós o banimos daqui.

— O quê? — perguntou Dinah, confusa.

Eu podia ver os parafusos girando em sua cabeça enquanto ela lutava para colocar as informações em ordem. Queria que eles parassem de falar, estavam revelando coisas demais. O Céu poderia não gostar, o que acabaria gerando novos problemas. De repente, Lauren pareceu ganhar vida. Ela girou o rosto, encarando Ally, ao mesmo tempo que lançava um olhar mortífero a Dinah. 

— Você acha que ele voltou por causa da sessão? — perguntou.

— Ele quem? — gritou Dinah, interrompendo-a.

— Eles podem ser muito mais poderosos do que a maioria das pessoas imaginam — respondeu minha irmã. — Mani, você acha que pode ser uma pista?

— Acho que deveríamos considerar todas as informações. Temos que encontrar um jeito de entrar lá.

— Entrar onde? — perguntou Dinah, nervosa.

Ela não gostava nada de ter sido excluída da conversa. Minhas irmãs se esqueciam da educação. Em condições normais, nunca agiriam assim. No entanto, eu sabia que, na cabeça delas, tudo o que importava era me encontrar. Por isso se esqueceram de Dinah e mantiveram as discussões.

— Mas como poderíamos encontrar um portal? — murmurou Ally.

— Você acha que deveríamos fazer outra sessão espírita? Não, isso seria muito perigoso. Não sabemos quem poderia se levantar da cratera.

— Cratera? Que cratera? Onde? — perguntou Dinah, cada vez mais alto.

— Cale a boca! — gritou Lauren, nervosa como eu nunca a vira antes. — Fique calada por dois segundos, por favor!

Dinah parecia ofendida, mas baixou os olhos, num gesto hostil, depois gritou:

— Cale a boca você!

— Você é sempre tão imatura? — perguntou Lauren.

— Acho que, neste exato momento, sou a única pessoa lúcida por aqui — respondeu Dinah. — Vocês estão loucas.

— Você não sabe do que está falando — revidou Lauren. — E não deveria estar correndo atrás do capitão de um time qualquer neste momento?

— Como você ousa... — gritou ela. — Ariana contou alguma coisa? Não liguem para o que ela fala. Ela está chateada porque...

— Chega! — gritou Lauren, batendo forte com as mãos na mesa, frustrada. — Não estamos nem aí para as brigas adolescentes entre você e Ariana. Camz desapareceu, e você não está ajudando em nada... Por que não vai embora?

 Dinah cruzou os braços.

— Não vou a lugar algum.

— Vai sim...

— Você vai me obrigar?

— Não duvide... 

— Chega! — gritou Normani, num tom cortante, decidida. — Isso não vai nos ajudar. — E olhou para Ally. — Está vendo? Dinah sabe coisas que não sabemos.

— É verdade — confirmou Dinah. — E não vou contar mais nada até descobrir o que está acontecendo de verdade.

Lauren a encarou. Ally murmurou alguma coisa e pousou a cabeça entre as mãos. Dinah era complicada.

— Sendo ou não amiga de Camila, essa menina é cansativa.

— Acho que deveríamos tentar explicar a Dinah o que aconteceu — sugeriu Normani, num tom mais gentil.

Lauren ergueu os olhos.

— Vá em frente, isso pode ser muito interessante.

— Sente-se, Dinah — pediu Normani. — Tente escutar sem me interromper. Caso tenha perguntas, responderei mais tarde.

Obediente, Dinah se sentou no sofá, enquanto Mani caminhava para a frente e para trás, sem saber por onde começar.

— Nós não somos quem parecemos ser — disse ela, finalmente, escolhendo as palavras com cuidado. — Explicar tudo isso é complicado, mas preciso que você confie em mim. Você confia em mim, Dinah?

Dinah a observou com atenção, dos pés à cabeça. Ela era tão bonita que notei o rosto de Molly se iluminando, e fiquei em dúvida se ela conseguiria se concentrar. Um aro de luz dourado parecia irradiar do seu corpo, deixando um rastro misterioso por onde ela passava.

— Claro que confio — murmurou. E entendi que Dinah gostava de ser o centro das atenções, e queria perpetuar o momento. — Mas, se vocês não são quem parecem ser, quem são vocês?

— Isso não posso dizer — respondeu Normani.

— Caso contrário, você teria que me matar? — perguntou ela, rolando os olhos.

— Não — respondeu baixinho. — Mas a verdade poderia comprometer a nossa segurança. 

— E ela sabe a verdade? — perguntou Dinah, apontando para Lauren. 

Percebi que o relacionamento das duas descia ladeira abaixo, e gostaria de estar por perto para curar as feridas.

— Ela é uma exceção — respondeu Ally, de imediato.

— Sério? Mas por que não posso ser uma exceção também?

— Você não acreditaria na verdade, se eu contasse — respondeu Normani, tentando acalmá-la, mas Dinah gostava de desafios.

— Por que não tenta?

— O que você me diz do sobrenatural?

— Encaro numa boa — respondeu. — Sempre gostei de assistir a Charmed, Buffy, esse tipo de coisa.

— Não é exatamente a mesma coisa — comentou Normani, suspirando de leve.

— Certo. Mas escute uma coisa: semana passada, meu horóscopo na Cosmopolitan disse que eu encontraria um desconhecido encantador num ônibus e que esse cara pediria o meu telefone. Desde então, resolvi acreditar em tudo.

— Parece que você realmente enxergou a luz, Dinah — comentou Lauren, agitada.

— Você sabia que os sagitarianos têm problemas com o sarcasmo? — perguntou Dinah.

— Isso explicaria tudo, mas sou de câncer.

— Claro, e todo mundo sabe que são um bando de idiotas!

— Meu Deus, conversar com você é como discutir com uma pedra. 

— Uma pedra é você!

Cansado das respostas de Dinah, Lauren se afastou dela, sentando-se no sofá mais distante. Lentamente, Ally balançava a cabeça, como se não acreditasse que estivessem perdendo tanto tempo com aqueles assuntos triviais. Eu não sabia o que pensar. Normani de fato contaria a verdade a Dinah? Era improvável que minha irmã, tão resistente na hora de incluir Lauren na nossa família, aceitasse mais um membro. Devia estar desesperada. Normani olhou para Lauren, como se avisasse que provocar Dinah não resolveria a situação.

— Dinah, vamos conversar na cozinha.

Ao passar por Lauren, ela lhe lançou um olhar de triunfo na sua direção. Mas foi muito educada com minha irmã.

— Como quiser.

Mas algo aconteceu, abalando a decisão de Normani. A sala começou a tremer. O chão se movia, a luz tremulava. Mesmo em espírito, senti uma enorme pressão atingindo a sala. Ally e Normani se aproximaram. Não estavam assustadas, mas não entendiam o que acontecia. Lauren se levantou do sofá, passando os olhos pela sala, buscando a fonte do perigo. Ela queria lutar, todos os músculos do seu corpo estavam preparados, e seus pés prontos para saltar. Deu uma olhada nos vidros das janelas, depois examinou o ponto onde Dinah estava parada, de pé, no centro de uma rachadura. Lauren correu na direção dela, calculando os riscos. Seu instinto protetor fez com que agarrasse Dinah, atirando-a ao chão, o seu corpo servindo de escudo. Pouco depois, as janelas explodiram, lançando cacos de vidro nas suas costas. Dinah gritou, mas as minhas irmãs não se aproximaram delas. Ficaram paradas feito pedras, enquanto atraíam os estilhaços de vidro, que caíam como chuva sobre elas, mas sem feri-las. Pareciam tão indestrutíveis que imaginei que nem um incêndio ou uma chuva de enxofre fariam com que se movessem. Seja lá o que estivesse por vir, não demonstravam medo. 

— Protejam os olhos! — gritou Normani para Dinah e Lauren, que continuavam estiradas no chão.

Primeiro surgiram raios e trovões. Depois uma luz branca tomou conta do ambiente, envolvendo os ocupantes. Era como se a sala tivesse se transformado numa fornalha quente e branca, mas, na verdade, a temperatura caíra pelo menos uns dez graus. Senti frio, mesmo não estando ali em carne e osso. Procurei um lugar para me esconder e me postei atrás do sofá. Um zumbido alto tomou conta do cômodo, como se fosse um canal de televisão fora do ar, porém tão intenso que invadia todos os cantos da nossa mente. Quando o anjo enfim apareceu, ele ficou de pé no centro da sala, com a cabeça baixa e as asas completamente abertas, ocupando todo o espaço disponível, de parede a parede. Suas asas lançavam uma sombra que atingia toda a sala. Uma luz irradiava de sua pele, emanando do seu corpo, escorrendo pelo chão, como um rio, onde se dissolvia. Quando ele ergueu a cabeça, vi que seu rosto era lindo, um rosto de querubim, infantil. No entanto, era possível notar algo mais perigoso, impositivo. Em sua forma verdadeira, os anjos são bem mais altos que os mais altos dos humanos, e o corpo grande e poderoso daquele anjo ficava evidente sob o manto metálico que vestia. Não parecia humano, era impossível não ficar boquiaberto. Era como se, num piscar de olhos, ele pudesse transformar tudo o que havia naquela sala em pó. A beleza infantil contrastava com a força do seu corpo, que parecia esculpido em mármore. Os olhos brilhavam, e o rosto não demonstrava nenhuma expressão, embora parecesse estar sonhando acordado, e não frente a uma platéia embasbacada. Ele moveu a cabeça, mas parecia rígido, pois não estava acostumado à atmosfera. Seus olhos apavorantes observaram a sala, fixando-se em algo que os demais não podiam ver. Ele me encarava, diretamente. Não precisei olhar duas vezes para saber de quem se tratava. Eu o reconheci de imediato: era o arcanjo Miguel.


Notas Finais


Chegou a cavalaria!
Dinah agr vai saber de tudo
Norminah rola ou n?!


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