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História Hades (Camren) - Bem-vinda ao Meu Mundo


Escrita por: lmfs13

Capítulo 7 - Bem-vinda ao Meu Mundo


Dei uma olhada ao redor, desorientada, e o meu corpo tremeu dentro daquele fino vestido de seda. Não lembrava como chegara ali. Meus cabelos estavam banhados em suor, e as asas de mentira da minha fantasia tinham desaparecido. Devem ter ficado frouxas e sido arrancadas durante a turbulenta viagem. Não havia nada por ali que fosse vagamente familiar. Eu estava de pé num beco escuro e pavimentado. Uma névoa envolvia meus pés, e o ar estava tomado de um cheiro forte e estranho. Parecia um ponto abandonado de uma cidade qualquer, pois podia ver a sombra esfumaçada de edifícios e topos a distância. Mas nada parecia real — era como um arranha-céu de uma foto antiga, sem detalhes, borrado. Tudo o que havia onde eu estava eram muros de tijolos cobertos de pichações. A argamassa estava destruída, caindo aos pedaços, abrindo buracos cobertos com jornais. Ouvi (ou imaginei ter ouvido) o barulho de ratos por trás deles. Caçambas que transbordavam de lixo e estavam dispostas em vários lugares, e as paredes não tinham janelas, exceto uma ou duas, mas estavam tapadas. Quando ergui os olhos, percebi que não havia céu, apenas uma estranha escuridão, um pouco aquosa em alguns pontos e muito espessa em outros. Essa escuridão parecia respirar e ia muito além da simples ausência de luz.

Um velho poste lançava uma luz leitosa que me permitia identificar a motocicleta preta parada alguns metros à frente. O motociclista não estava por ali. Ver a moto fez com que minha mente girasse e me forçasse a focar no perigo que eu corria. Tentei pensar no que havia acontecido, mas a memória não me ajudava. Imagens soltas tomaram conta da minha mente, mas sem uma sequência lógica. Lembrei-me de uma casa próxima a uma estrada, de uma abóbora com uma vela dentro e também das risadas de um bando de adolescentes. Depois me lembrei do som de um motor sendo acelerado e de alguém me chamando. Mas essas imagens eram um quebra-cabeça que eu apenas começava a montar. Era como se a minha mente tivesse acesso negado às minhas próprias memórias por medo de que eu não conseguir lidar com elas. De repente, uma imagem vivida conseguiu vencer a barreira e fez com que eu soluçasse. Enfim, percebi que estava de volta ao mundo subterrâneo, imobilizada pelo medo, e que fora levada até ali por uma motocicleta que atravessou um buraco aberto no asfalto. Como isso fora possível? Eu estava de pé num beco deserto, mas não saberia dizer quanto tempo tinha passado. Meus pensamentos ficaram confusos, e tentar decifrá-los era impossível. Esfreguei a testa e gritei. O que quer que tenha acontecido me enfraqueceu fisicamente, e minhas pernas começaram a tremer, como se eu tivesse acabado de correr uma maratona.

— É preciso um ou dois dias para se acostumar — disse uma voz doce, e MGK se materializou em meio às sombras, surgindo de pé ao meu lado. Falava como se nos conhecêssemos há tanto tempo que podíamos dispensar as formalidades. Sua aparição repentina me deixou em alerta. — Até lá, você sentirá a garganta seca, ou certa desorientação. — O tom casual dele era incrível. Mesmo confusa, eu queria gritar, mas a garganta parecia recém-chegada de um passeio no deserto.

— O que você fez? — consegui perguntar. — Onde estou?

— Não se desespere — respondeu ele. Fiquei imaginando se ele não estaria tentando me acalmar, mas para MGK não seria fácil manter o papel de condescendente. Olhei para ele e não escondi o ceticismo. — Fique tranquila, Mila. Você não está em perigo.

— O que estou fazendo aqui, MGK?

Minha voz ganhou o tom mais de uma exigência que de uma pergunta.

— Não é óbvio? Você está aqui como minha convidada, Mila. Cuidei de tudo para que a sua estadia seja a mais prazerosa possível.

O rosto dele estampava uma imagem estranhamente alegre, tanto que fiquei um momento sem saber o que responder. Fitei-o com os olhos arregalados.

— Não se preocupe, Mila. Este lugar pode ser muito divertido quando estamos com a pessoa certa.

Como se quisesse ilustrar a fala, o chão começou a tremer. Uma música que conheci no verão anterior começou a tocar e num volume tão alto que reverberava nas paredes. Parecia vir de trás de umas portas sólidas de aço no fim do beco, cujo aspecto lembrava uma entrada de uma prisão de segurança máxima. Mas aquilo não era uma prisão e, sim, uma espécie de bar, cujo nome estava indicado num letreiro em neon que piscava acima das portas: ORGULHO. O primeiro O se desdobrava num fio de neon que fazia desenhos formando uma pluma de pavão.

— Esta é uma das nossas boates mais populares — disse MGK. — E a única entrada. Vamos? — Com um movimento floreado de braços, ele indicou que eu deveria entrar na sua frente, mas minhas pernas pareciam presas ao chão e se recusavam a cooperar. MGK foi obrigado a tomar meu braço e a me carregar. A névoa ficou menos densa, e um jovem e uma mulher se revelaram parados na porta. A mulher era muito magra, pálida, e não vestia nada além de um short preto, um sutiã de couro e os sapatos de plataforma mais altos que eu já tinha visto. Finas correntes de prata pendiam do sutiã até o umbigo, criando uma cortina metálica à frente do seu torso. Os cabelos loiros platinados estavam cortados curtos, e um cigarro pendia dos seus lábios pintados de preto. Fiquei surpresa ao ver que o jovem estava ainda mais "produzido" que a companheira. Seus olhos estavam pintados de preto, e as unhas tinham um esmalte da mesma cor. Ele usava um colete de couro sobre o peito nu e calça xadrez até os tornozelos. Havia piercings em todos os pontos visíveis do seu corpo. A mulher traçou o contorno da boca com a língua, onde pude ver um piercing prateado. Seus olhos destilavam desejo ao passear por toda a extensão do meu corpo.

— Nossa... — disse ela, enquanto nos aproximávamos da entrada. — Olha só o que ele trouxe até aqui. Uma boneca que brilha no escuro.

— Boa noite, Larissa, Elliott — disse MGK, cumprimentando-os e sendo correspondido com silenciosas e simultâneas inclinações de cabeça.

Elliott abriu um sorriso afetado e lançou um olhar de aprovação a MGK.

— Parece que alguém pegou algo que não lhe pertence.

O rosto de MGK estampava um sorriso aberto.

— Na verdade, acho que ela me pertence.

— Agora sim, certamente — disse Larissa, sorrindo e lançando no ar um som gutural, surdo. O lápis nos olhos dela terminava com uma curva para cima, deixando-a com um ar felino.

Eles falavam de mim como se eu não estivesse ali, e isso me deixou sem ação. Estava me sentindo uma espécie de troféu. Se não estivesse tão desorientada, teria levantado a voz. Mas perguntei apenas o que veio à minha cabeça, e a voz soou infantil, como se eu fosse uma criança abandonada.

— Quem são vocês?

Elliott fez um barulho com a língua, um som de desaprovação.

— Ela obviamente não sai muito.

Isso me deixou nervosa.

— Você não tem nada a ver com isso! — retruquei, fazendo com que os dois começassem a rir.

— Mas ela é divertida — comentou Larissa. Os dois inclinaram a cabeça e continuaram a me observar, com uma intensidade perturbadora. — O que mais ela sabe fazer?

— Ah... o de sempre — respondi, nervosa. — Dou saltos mortais, posso engolir fogo, esse tipo de coisa.

MGK suspirou, demonstrando um repentino acesso de tédio.

— Podemos entrar, por favor?

Larissa deu de ombros e curvou o corpo para me olhar diretamente. — Você quer saber quem somos, bonequinha? Somos as door bitches.

— O quê? — retruquei, assustada.

— Controlamos a entrada. Ninguém entra ou sai daqui sem a nossa aprovação.

— Mas, como você é uma VIP, pode entrar — disse MGK. — Embora talvez fosse melhor dizer "pode descer", certo?

E os dois começaram a rir.

— E se eu não quiser? — desafiei.

Elliott ergueu uma das sobrancelhas e fez um aceno na minha direção.

— Querida, você está vendo algum outro lugar para onde poderia ir?

Tive que admitir que ele tinha razão. Os arredores do beco não passavam de uma escuridão opressora, do tipo que parece pronta a nos devorar. Havia apenas um caminho, com uma porta no final. Apenas uma direção que todos poderíamos tomar. E, embora a mera ideia de ultrapassar aquelas portas fizesse com que me sentisse mal, sabia que não poderia ser algo tão perigoso quanto caminhar sozinha em meio à escuridão. Não sabia o que ou quem poderia encontrar por lá. E continuava sem saber onde estava quando senti o hálito quente de MGK na minha nuca.

— Está tudo bem — murmurou. — Vou cuidar de você.

Era estranho, mas todos esperavam para ver o que eu faria — como se eu tivesse alguma escolha. Estiquei as costas e dei um passo à frente, com uma decisão que nem eu mesma entendia. Larissa abriu um largo sorriso antes de agarrar o meu pulso e girá-lo. A mão dela era fria e forte como uma garra, mas tentei não tremer. Ela mantinha o meu pulso firme enquanto Elliott pressionava algo contra a minha pele. Imaginei que fosse sentir dor, mas ao olhar para baixo vi que ele apenas deixara uma marca de tinta. Era um selo de admissão à boate em forma de sorriso.

Ela tocou uma campainha, e as pesadas portas se abriram. MGK me levou a um espaçoso hall acarpetado, de onde saíam estreitos degraus que se bifurcavam em várias direções, sempre levando para baixo, como um labirinto. Não tive tempo para inspecionar nada enquanto ele me levava gentilmente à escadaria central. A música ficava mais alta a cada degrau que descíamos. O som era tão pesado que, hesitante, dei uma olhada na porta aberta às minhas costas. Larissa parecia tentar ler a minha mente.

— Tarde demais para mudar de ideia, querida. Bem-vinda ao nosso mundo.

E as pesadas portas se fecharam. 


*** 

                                             

Segui MGK pelas estreitas escadarias até chegarmos a uma pista de dança onde vários corpos se pressionavam uns contra os outros, com os punhos no ar e as cabeças balançando, seguindo o ritmo da batida. O piso da pista era um tabuleiro de luzes coloridas que acendiam e apagavam. Fiquei surpresa ao ver que pessoas de diversas faixas etárias dançavam juntas por ali. As pernas tortas e envoltas em couro dos mais velhos contrastavam com as carnes firmes e expostas dos jovens. No entanto, chocante mesmo foi ver algumas crianças. Elas limpavam as mesas e serviam as bebidas. A única coisa que os unificava — jovens e velhos — era a expressão vazia em seus rostos. Era como se estivessem presentes apenas fisicamente, como se algo de sua força vital não estivesse junto a eles. Era como se estivessem sonâmbulos, ou fossem seres consumidos por movimentos mecânicos, interrompidos apenas para tomar novas doses de bebidas.

De vez em quando, sob aqueles rostos mascarados, eu detectava um olhar nervoso ou uma piscadela, como se algo calamitoso estivesse prestes a acontecer. A música que tocava era um dance remixado, com apenas uma estrofe cantada e que se repetia infinitamente: "I'm in Miami, bitch" As luzes piscavam sob o piso de concreto polido, lançando sombras entre os corpos que dançavam em sincronia com a batida rítmica. O cheiro de cigarro, bebida e perfume era insuportável. Eu nunca havia entrado numa boate antes e não poderia compará-la com outra coisa, mas aquilo tudo parecia muito surreal. O teto estava iluminado por uma miríade de pequenas luzes, e as paredes revestidas de veludo vermelho, como se fossem sofás na vertical. Espalhados ao redor da sala, cubos brancos serviam como mesas, junto a poltronas baixas, também de veludo e com aparência de gastas. As mesas tinham lâmpadas brilhantes, em forma de cone, e o bar, situado num dos cantos da boate, imitava lava derretida. Por todo o lugar havia seguranças vestindo ternos pretos que nunca paravam de vigiar as bebidas. Atrás do balcão, uma mulher com olhar desafiador fazia malabarismos com copos e garrafas, como se estivesse num circo. Os cabelos cacheados, com fios dourados, emolduravam o rosto dela como uma juba, e ela usava um vestido vermelho tomara que caia com pulseiras de latão nos braços. Uma tatuagem de cobra subia pela pele morena do seu pescoço. Ela nos observava e não desviava o olhar nem quando alguém lhe pedia uma bebida. MGK e eu abríamos caminho entre a massa de corpos. Eles não paravam de dançar, mas seus olhos nos acompanhavam o tempo inteiro. Quando alguém tentava me tocar, MGK soltava um som baixo e assustador, além de um olhar mortífero, e a curiosidade, vinda de quem fosse, logo desaparecia. MGK cumprimentou a mulher do bar com um aceno de cabeça formal, e ela respondeu da mesma maneira.

— Quer beber alguma coisa? — perguntou, gritando para que eu o entendesse.

— Não. Só quero saber onde estou.

— Você não está mais no Kansas — respondeu, rindo da própria piada. E senti uma vontade louca de fazer com que ele me ouvisse, que enxergasse o meu medo.

— MGK — insisti, agarrando os seus braços. — Não gostei deste lugar. Quero ir embora. Por favor, me leve para casa.

Ele pareceu ter ficado tão assustado com o toque que não respondeu de imediato.

— Você deve estar muito cansada — disse, finalmente. — Deveria ter notado. Sou um insensível. Claro que vou levá-la para casa.

E fez um sinal para dois seguranças parados perto do bar. Eles vestiam ternos negros e óculos escuros, o que era absurdo, já que estávamos numa boate escura no subsolo.

— Essa jovem é minha convidada. Levem-na ao hotel Ambrosia — disse MGK. — E certifiquem-se de que seja acomodada na ala executiva, na cobertura. Estarão esperando por ela.

— O que você está fazendo? — perguntei.

MGK me encarou e abriu um sorriso, parecia gostar da minha dependência.

— Tenho alguns negócios a resolver. Mas não se preocupe, eles cuidarão de você. — E deu uma olhada nos guardas. — A vida dos dois depende disso.

Os seguranças não alteraram a expressão vaga, mas assentiram, ainda que timidamente. E me vi envolta por dois corpos musculosos que me levavam para fora da boate, abrindo caminho de qualquer maneira entre os dançarinos à nossa volta. No hall, dei uma olhada ao meu redor e observei que a Orgulho era apenas uma das várias boates que se abriam lá embaixo, como se fossem catacumbas. Das profundezas de uma das escadarias ouvi gemidos surdos, e dois homens de terno subiram arrastando uma menina descabelada cuja maquiagem estava borrada de tanto chorar. Ela vestia um corpete rendado e uma saia jeans que mal cobria a parte superior das suas coxas. A luta para livrar-se dos seguranças era inútil. Quando os olhos dela encontraram os meus, vi o horror estampado no seu rosto. Por instinto, dei um passo à frente, mas fui interceptada por um dos seguranças.

— O que aconteceu com ela? — perguntei, tentando soar casual.

Sabia que, quanto mais assustada parecesse, menos informações eles me dariam.

— Diria que ela está sem sorte — respondeu um dos guardas, enquanto o outro digitava alguns números no celular e murmurava a nossa localização ao interlocutor.

— Sem sorte? — repeti.

— No jogo — respondeu ele, como se a resposta à minha pergunta fosse óbvia.

— E para onde está sendo levada?

Dessa vez, ele só balançou a cabeça de um lado para o outro, parecendo não acreditar na minha ignorância, e me levou em direção a um carro espaçoso e com vidros escuros que parara na porta da boate. Era estranho ver um carro naquele beco, mas notei que os túneis eram muito largos, podendo abrigar dois veículos ao mesmo tempo, e que provavelmente serviam de ruas. A porta traseira do carro foi aberta para mim, e os guardas também entraram, cada um de um lado, e sentei-me entre eles. Os dois estavam impregnados de cheiro de cigarro. O carro rodou por algum tempo no interior de um túnel que parecia contorcer-se em direção ao nada. Pessoas bêbadas abriam caminho ao ver que nos aproximávamos. Enquanto nos afastávamos das redondezas da boate, percebi que as pessoas não eram tão festivas. Caminhavam aparentemente sem rumo, com olhares e expressões vazios, como zumbis. Ao observá-las de perto, constatei que a pele delas era cinzenta. Chegando ao fim de um túnel íngreme, nos aproximamos de um edifício enorme que algum dia devia ter sido branco, mas que ganhara uma pátina amarelada com o tempo. O prédio, de estilo arquitetônico clássico, tinha pelo menos vinte andares.

Portas giratórias revelaram o interior opulento. O hotel estava projetado de forma que todos os quartos, de todos os andares, dessem para a recepção. O efeito era como olhar para um labirinto. O que mais chamava a atenção ali era uma cortina de pequenas luzes claras. Ela pendia do teto ao chão, iluminando um chafariz de mármore adornado com ninfas de pedra no centro do hall. Ao lado do balcão da recepção havia um elevador de vidro em forma de cápsula gigante. A equipe do hotel usava uniformes claros, e o clima era o oposto do que eu encontrara na boate. Quando entrei, todos ficaram paralisados por algum tempo, me encarando fixamente, antes de voltar aos seus afazeres. Mesmo de aparência normal, eu sentia algo estranho naqueles olhares, algo que me fazia tremer por dentro. Naquele instante, agradeci a escolta dos dois seguranças, pois não queria estar sozinha ali.

— Seja bem-vinda ao Ambrosia — disse a mulher atrás do balcão, num tom de voz agradável e tranquilo. Com o terno ajustado ao corpo e os cabelos loiros presos num cuidadoso coque, ela era a imagem perfeita da eficiência. A única coisa que destoava era o olhar fixo, olhos que não piscavam. — Estávamos esperando por você. O quarto está pronto. — Mas aquela recepção calorosa não combinava com o olhar pesado. E as unhas longas e pintadas com perfeição faziam um barulho suave ao se moverem pelo teclado. — A cobertura foi reservada para a senhorita.

— Obrigada — agradeci. — O hotel é lindo, mas a senhora poderia me dizer onde estou?

A mulher ficou paralisada, deixando o profissionalismo de lado por um momento.

— MGK não contou nada a ela? — perguntou a recepcionista aos seguranças, que trocaram olhares como quem diz "Não me pergunte nada". Não estava conseguindo conter a ansiedade que crescia em meu peito. Ela crescia como um câncer. — Bem, minha querida — disse a recepcionista, com olhos profundos e brilhantes — estamos em Hades. Sinta-se em casa.

E me entregou um cartão de plástico que seria a chave do quarto.

— O quê? — perguntei. — Hades... Você não está querendo dizer que...

Eu tropeçava nas palavras, pois logo entendi o que ela queria dizer. Sabia que a tradução literal para o nome daquele lugar era "Reino dos Mortos". Mas a minha mente se recusava a processar a informação. Até que finalmente ouvi a palavra sendo dita em alto e bom som.

— Também conhecido como Inferno — disse a recepcionista, com tranquilidade. — Mas não diga essa palavra na frente do Sr. Baker. Ele prefere o nome clássico. E a senhorita sabe como os príncipes demoníacos podem ser pedantes. 

Só entendi parte do que ela disse, pois havia parado de escutar. Meus joelhos tremiam, e a última coisa que vi foram os guardas se aproximando no exato momento em que o chão de mármore preto parecia cada vez mais próximo do meu rosto.


Notas Finais


Bem vinda a Hades, Mila
Até o proximo capitulo ❤
Não se esqueçam de favoritar


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