A música não parava de tocar, eu dançava, dançava como se não houvesse um amanha, a música estava alta, eu via meus amigos dançarem. Malu - minha melhor amiga, éramos inseparáveis - estava completamente descontrolada ela e o Felipe, seu namorado, não paravam de beber.
Eu estava com Tom, meu novo namorado, que estava dividindo a vodka comigo, ele era um príncipe, pelo menos para mim. Estávamos todos juntos na festa de aniversário do Marcel o carinha lindo e perfeito do ultimo ano da minha escola, Marcel era super amigo do Tom que, por sua vez descolou pra mim, Malu e Felipe convites para sua festa e lá estávamos nós em uma festa cheio de drogados, alcoólatras e uma galera curtindo a liberdade do terceiro ano, isso tudo era o que eu esperava da minha vida futuramente. Meu grupo de amizade não era lá muito aceitável para minha mãe, ah mais que se foda! Os amigos são meus e não dela... Por falar em mãe ela tinha que atrapalhar minha noite,como sempre. A cada cinco minutos ela ligava e eu atendia? Claro que não!
Eu não queria atender, a chata e estraga prazer da minha mãe estava me divertindo e não queria que nada, nem ela, atrapalhasse isso! O Dj aumentou o volume da musica e todos saíram do chão dançando e pulando em um só ritmo, Tom me pegou de vez pela cintura e me deu aquele beijo quente que ele sempre me dava, fala serio de todos os namorados que eu tive ele era o mais gostoso, depois que nos separamos vi que meu batom estava totalmente borrado, dei um beijo no rosto dele e sussurrei no seu ouvido
- Vou ao banheiro, não saia daí – sorri e ele me deu um beijo antes de eu sair de vista.
Fui ao banheiro para ajeitar a minha maquiagem, me olhei no espelho e tudo em volta de mim começou a rodar eu não estava dando por mim, estava tonta, abaixei para pegar o meu lápis de olho que tinha caído e parece que tudo havia voltado e uma queimação tinha fincado na minha garganta. Abri rapidamente o vaso e vomitei, o cheiro estava repulsivo,era umas das coisas que eu odiava quando eu bebia muito, odiava ficar enjoada. Levantei minha cabeça devagar e arrumei meu vestido vermelho cor de fogo, felizmente nada não tinha respingado nada nele, dei duas olhadas no espelho arrumando o meu cabelo novamente quando meu celular tocou de novo, era minha mãe, aff deixa eu despachar ela de vez se não vai acabar com o que sobra de noite pra mim.
(Ligação On)
– Gabi onde você esta um a hora dessas? Eu quero você aqui em casa agora! – eu tirei o telefone do ouvido para poder ouvir seus gritos de longe.
– oi, pra senhora também, mãe da um tempo eu estou bem tá, que tal a senhora ir dormir por que já passou da hora de velho esta na cama.
- Gabrielle Miller Moore eu quero você em casa AGORA! – minha mãe gritou
- Vou chegar tarde tchau tchau – desliguei e joguei o celular de volta na bolsa.
(Ligação Off)
Umas das coisas mais chatas da minha mãe ela quer controlar minha vida de uma forma que me sufoca, preferia quando ela e meu pai ainda estavam juntos talvez assim ela fosse mais bem humorada. Ah é meus pais se separaram quando eu tinha 10 anos de idade, eu e minha mãe vivemos em Nova York e meu pai foi morar do Tennessee com a nova família dele, a família feliz tem a esposa perfeita, a Margaret, tem o filho homem que ele sempre sonhou o Niall que é gêmeo da Vitória, ambos já eram filhos da Margaret ,tem a filhinha caçula, a Molly e claro tem a mim a filha é a um peso na vida dele e que ninguém suporta! Eles moram em uma fazenda lá, vida de campo que,definitivamente, passa longe dos meus olhos.
Eu o via por um tempo mais depois ficou difícil eu ir todas as férias pra lá, mas isso faz sete anos e agora não vejo ele há uns seis anos, mais isso não me abala... Não mais. Olhei-me a ultima vez no espelho e respirei fundo, abri a porta e voltei à pista de dança e fiquei lá por muito tempo.
Ainda eram 03:50 da manha e eu ainda estava na festa, Malu estava namorando com Felipe, eles são lindo juntos, claro depois de mim e meu namorado. Tom vinha em minha direção com dois copos na mão, um tinha a cor alaranjada e o outro rosadinho,com certeza aquilo não era o que eu era acostumada a beber. Ele se aproximou e me deu um beijo.
– Vai escolhe a cor e cada cor tem um prêmio – eu sorri e peguei o copo com a bebida cor de rosa, não era minha cor preferida mais não suporto laranja... enfim...– nossa! Cor de rosa? Você é patricinha desde quando?
- Não enche amor – sorri – então pra que é isso?
- bem agora você vai ter que beber tudinho gata – ele levantou o copo com o liquido alaranjado brindando com o meu, depois bebi de vez, ele tinha um gosto meio amargo, ardia, queimava por dentro.
– o que é isso Tom? – ele me pegou pela cintura e me beijou bem intensamente e minha barriga começou a formigar.
– É um estimulante... Ele ajuda a você ganhar mais energia saca, a se divertir mais e ate a perder a consciência – ele deu uma gargalhada eu parei de dançar e o encarei seria.
- como assim perder a consciência Tom?
- Amor relaxa, isso é só uma comparação, vai ficar tão elétrica que talvez amanha nem lembre de tudo que fez, entende o que eu digo? – ele sorriu torto
- Você é doido sabia – sorri e ele me girou.
- E você me ama gostosa - me beijou novamente.
Aquilo q eu tinha bebido estava mexendo comigo internamente, comecei a sentir minhas pernas ficarem dormentes e meus braços também, Tom dançava comigo mais era como se eu não estivesse lá e nesse exato momento eu perdi o controle, tudo começava a ficar girando e eu não identificava mais ninguém a minha volta nem a mim mesma.
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