História Half a Heart - Garota de Nova York

Eu não sabia nem onde eu estava só sabia que tinha árvores, muitas árvores, corri mais um pouco e me deparei com um campo, jura? Depois da florestinha vem o campo? Legal isso oh! Parei de correr bufando, quase colocando o coração pra fora pela boca. Queria arrumar um jeito de pegar algum ônibus, avião, jato e se fosse o jeito ate cavalo pra ir pra casa ou ir pra capital para depois pegar um avião e voltar pra Nova York. Realmente queria acabar com tudo isso.

Parei e olhei adiante e vi o horizonte, era lindo, campos verdes e as vezes um pouco amarelo, olhei pra trás e tinha paredões com árvores e arbustos, ok olhando por um lado bom aquele lugar era lindo, lindo mesmo.

- Ta perdida? – uma voz me fez olhar pra trás. Era um cara de cabelos cacheados, lindo.

- Não... – disse seca e olhei para um lado e por outro sem saber nem de onde eu vim – na verdade, eu to sim – sorri tímida.

- Você não é daqui né?

- Ta muito na cara?

- ta sim – ele sorriu e se aproximou um pouco, o cara era lindo – geralmente as pessoas daqui gostam de andar mais com cavalos do que a pé.

Comecei a caminhar e ele foi me seguindo pela minha lateral e dando um sorriso lindo, ele tinha olhos verdes marcantes, dentes perfeitamente alinhados e brancos e covinhas nas bochechas ele era lindo, muito lindo, pelo o que eu pude perceber e quando o vento batia no seu cabelo o bagunçava e o deixava mais lindo... é ate que essa estadia aqui vai ser bem agradável se tiver caras iguais a esse, ui ui.

- Você deve ser a exceção, certo? – sorri e parei de caminhar.

- Errado – ele apontou pra trás e tinha um lindo cavalo preto amarrado em um tronco de uma árvore.

- Quem é você?

- Eu? Sou o misterioso – ele veio se aproximando mais de mim ate ficar a uma distancia que dava para ver cada detalhe do seu rosto – e você quem é?

- Eu? Eu sou uma garota querendo ser deportada de volta pro meu estado.

- hmm e qual seria? – ele disse olhando dentro dos meus olhos. QUE CARA GOSTOSO MEU DEUS!!

- Nova York

- então você é a garota de Nova York

- e você é o garoto dos olhos verdes – sorri e me senti corar

- Pelo visto sim. – ele se aproximou mais de mim – prazer Harry Styles

Olhei pro tempo um pouco e vi que estava escurecendo, tinha que voltar pra aquela casa antes de ficar mais tarde e eu nem saber o caminho de volta. Olhei pro Harry e pros olhos verdes lindos dele e sorri.

- Esta ficando tarde, eu tenho que ir -  disse dando as costas e saindo ele ficou parado e depois correu um pouco pra me alcançar.

Harry pegou meu braço e me puxou contra o seu corpo, fiquei meio sem reação, mal conhecia o guri e ele já estava daquele jeito com uma estranha.

- Qual é o seu nome? – ele falou baixo um a voz rouca deliciosa.

- Me chame de garota de nova York.

Estava parada em frente a escadaria que leva a porta principal, era normal eu ter a mínima vontade de entrar la, afinal eu sabia que iria me irritar e ainda ia falar poucas e boas e todos iam me odiar, e por mais que eu quisesse ser deportada de volta pra NY sabia que minha mãe ia reclamar e não ia me receber. MEU DEUS DO CÉU EU TAVA PERDIDA! Minha nossa senhora da bicicletinha, minha melhor amiga morta, eu estava sem namorado, minha mãe estava querendo se ver livre de mim e eu odiava a família do meu pai e os amigos dele, tinha como piorar?!

Me sentei no parapeito da escada e fiquei pensando, poderia fugir e tentar encontrar o Harry Styles e pedir abrigo ou um lugar pra eu ficar ate o fim do verão, ele poderia me ajudar, sim claro, vou fugir dessa vida e me meter em outra fazenda e me esconder ate a hora de eu voltar pra Nova York será perfeito.

Um barulho de porta de espantou e quando olhei pra trás a Molly estava parada já vestida com um pijama rosinha em uma mão um ursinho.

- Gabi... – ela falou baixo e eu só a observei – prazer Molly

- olá – ela não tinha culpa de ter a família que tem, acho que era única inocente e ingênua nisso tudo.

-  você não pode ficar aqui fora sozinha, faz frio a noite, vem entra eu te mostro o seu quarto – ela sorriu, caminhou ate mim e pegou minha mão me guiando pra dentro de casa.

Estavamos no quarto e minhas malas já estavam lá em cima, a garotinha não era tão mal assim, ela era bem boazinha e bem doce, eu gostava dela, aliais era a minha Irma mesmo.

- Eu vou dormir Gabi – ela disse e se levantou – ate amanha

- Boa noite Molly – ela caminhou ate mim e me deu um abraço bem apertado depois desapareceu pela porta.

Fechei minha porta e olhei pra minha mala no chão, era um pouco tarde, mas eu me acostumei a viver em festas,  a sair toda noite a viver uma vida totalmente diferente da qual a minha mãe queria. Aquele horário pra mim não era nada. Pequei meu celular e fui checar se tinha algo na caixa de entrada “uma mensagem recebida” mensagem do tom.

“Sinto sua falta e por mais que eu tente, eu não consigo te esquecer”