História Half a Heart - Fique longe de mim.

Ariel Pov.

Estavamos ainda na casa da Carol, eu adorava ir pra lá por dois motivos: o primeiro é que as minhas melhores amigas sempre iam e o segundo era o irmão gatinho dela, tinha uma queda por ele, só que tipo eu não deixava isso tão fácil e aparente, se eu fosse fácil desse jeito acha que os garotos iam me dar bola? Não mesmo, eu seria uma Perrie da vida lá na escola, apenas mais uma puta comida. Sorri pensando sozinha. Essa vida de puta eu fazia questão de deixar só pra Perrie mesmo, afinal a inveja que ela sentia de mim era tão grande que quem eu pegava... ela ,por sua vez, fazia questão de pegar. Quebrava a cara lindamente.

Por que eu odeio tanto da Perrie assim? Muitas pessoas me fazem essa pergunta e eu sempre invento respostas, eu odeio ela pelo simples fato dela ter nascido e também por ela respirar o mesmo ar que eu. Na minha opinião deveria ser proibido que animais silvestres estivessem soltos, ainda mais uma cobra como ela.

O caso é o seguinte, a Perrie e eu éramos muito amigas – brincávamos uma na casa da outra sempre, éramos a loira e a morena, nós nos amávamos por que crescemos juntas, meu irmão tinha uma tara por ela e nós duas sorriamos disso, ela era a única pessoa que eu deixada me chamar de Bonnie, éramos inseparáveis –, melhores amigas na verdade, ate um dia em que eu peguei ela beijando o garoto que eu mais amava no tempo e o pior de tudo era que ela sabia que eu gostava dele e a única coisa que ela me disse foi “Desculpa Bonnie, ele é muito pra você sabia que não ia se importar dele ficar comigo”  e depois disso eu dei um tapa na cara dela, foi daí o final da nossa amizade e eu tenho ódio dela e dele ate hoje. Quem é ele? Zayn Malik. Coincidência ou destino no dia que isso aconteceu a irmã dele me encontrou chorando no ginásio da escola e assim nos tornamos melhores amigas, se não fosse a Milla com as meninas, Cah e Vih, não sei sinceramente o que seria de mim. Depois disso ela deu pra todos os garotos da cidade – e se duvidar da cidade vizinha também – e é chamada de “a rata rodada” por todo mundo, sabe quem criou esse apelido lindo? Eu, claro.

Voltei minha atenção pras meninas que estavam falando de roupas e de shopping, saudades de ir pra capital pro shopping. Íamos toda a semana era divertidíssimo.

- Eu quero simplesmente um shopping, morar em área rural é um saco – Camila disse

- Pense pelo lado bom, somos ricas – Carol disse e todas sorrimos

- O que isso tem haver? – Gabi perguntou

- é que se fossemos pobres seria mais chato por que nossa única diversão seria darmos por ai sabe – expliquei e as quatro caíram na gargalhada.

- Nossa que linguagem chula Bonnie – Milla disse e eu olhei fuzilando pra ela – ops desculpe Ari

- Melhor – disse e levantei.

- Onde vai guria? – Vitoria perguntou

- Beber água, suas caras abacates.

- Não começa com seus apelidos escrotos Ari,por favor – Carol disse entre gargalhadas.

Dei língua pra ela e desci em direção a cozinha da casa da Cah, lá era lindo, eles eram donos de plantação e então deve imaginar como deve ser perfeito o “quintal” deles, só pra ter uma ideia ia ate o rio o terreno da família da Cah.

Eu costumava vir dormir toda semana aqui, era uma coisa bem rotina, todo final de semana eu estava na casa de Carolina Payne. Eu amava demais ir pra lá, tinha a Cah, tinha os pais dela, que era uns doces, e tinha claro o irmão dela que era o maior gostoso do planeta. Nos dias que eu ia dormir lá, eu pegava o Liam só de cueca no quarto – cueca Box branca com aquele corpo totalmente sarado e gostoso, ele era jogador de basquete da escola então era alto e bem definido na parte do abdômen, deixava qualquer louca -, mas ele não sabia que eu via ele. Se eu tinha uma queda por ele? Não, só um penhasco, mas não era por ele em si, era pelo corpo dele. Aquele corpo me deixava sem ar.

Balancei a cabeça tentando afastar esse pensamento bobo e abri a geladeira, pus água no copo e me encostei na pia bebendo em goles e olhando pra água cristalina do copo. Ouvi um barulho de alguém se aproximado, deveria ser o pai da Carol que estava por lá hoje.

- Liam onde você disse que estava mesmo? – Ouvi a voz e quando olhei pra porta lá estava Zayn Idiota Malik – ah... oi não sabia que estava aqui.

- Como poderia? Você não é vidente! – Disse e terminei de beber a água pondo o copo na pia

- Wow, ainda ta cedo pra dona Bonnie já esta dando pedradas – ele disse levantando as mãos.

- Querido não há hora exata para dar cortes em idiotas – sorri – e não me chama de Bonnie, Malik!

- Ta exaltada Styles? – ele abriu um sorriso.

- Zayn, desaparece!

Ele virou e caminhou, mas subitamente parou e voltou a me olhar.

- Não, agora só por que você quer que eu vá, eu fico.

- Tudo bem então, eu vou – revirei os olhos e caminhei ate a porta da cozinha.

Quando passei por ele senti um pouco do seu perfume, era bom demais... Pisquei duas vezes e quando o vi, estava me encarando.Por que esse filho da puta faz isso? Fica me olhando como se não soubesse de nada, como se não soubesse que eu o odiava por que ele pegou a minha melhor amiga – tudo bem que ele não sabia no tempo, mas eu aposto que a vaca da Perrie contou pra ele depois -  eu odeio ele por fazer isso comigo, ele me fez chorar e e eu prometi depois daquele dia que não choraria mais por ninguém e eu não choro... mas só que olhar pra ele é... sei lá, difícil. 

Virei e caminhei, mas senti uma mão puxar meu braço e me fazer voltar com força. Meu corpo colocou no de Zayn.

- Me solta Jawaad! – Fiz força mais ele ,por sua vez, colocou mais força

- Por que você me odeia? – ele perguntou olhando dentro dos meus olhos

- Pelo fato de você ter nascido! – disse fria

Ficamos um pouco daquele jeito, só nós encarando, queria saber o que passava pela cabeça dele... não, na verdade eu não queria!

- Você é tão infantil... – Ele disse me largando.

Balancei meu braço e o vi dando as costas pra mim, não eu não ia sair assim, ele me chamou de infantil por uma coisa que ele fez. Esse viado vai pagar.

- Você tão frágil que não consegue ouvir a verdade dos outros – sorri ainda de costas.

Senti pelos seus passos ele parar e respirar profundamente. Respirei fundo uma duas vezes antes de virar pra encarar.

- Zayn você é tão frágil que da pena, não sabe se denfender tem que esperar a maninha ou os amigos – sorri e cruzei os braços – chego ate pensar que você é gay

Puta merda, falei demais! Uma coisa que eu sabia do Zayn era que ele odiava ser chamado de gay, merda mas já era tarde tinha que sair dali antes que alguma merda acontecesse. E se acontecesse eu me arrependeria pra sempre.

Virei automaticamente de costas, se eu tivesse feito isso um pouco mais rápido eu poderia ter conseguido fugir. As mãos grandes de Zayn me puxaram e ele olhou dentro dos meus olhos.

- Vou te mostrar o gay, fedelha!

Zayn pressionou seus lábios contra os meus mesmo eu não querendo, só que ele era forte o que me dava mais raiva. Ele forçou um beijo que não era pra acontecer, sua língua fazia força pra entrar na minha boca e eu me debatia. Que ódio eterno dele, quando não teve jeito, ele me beijou, eu continuei lutando e quando ele havia prendido minhas mãos, eu o mordi, o que fez ele se afastar rapidamente com uma parte da boca sangrando.

 - Ta doida Ariel? – ele gritou

- Não toca em mim nunca mais Zayn – Falei.

Ele estava colocando a mão na boca e olhou pra mim, ele deu um sorriso e veio se aproximando de mim, levantando suas mãos. Ainda bem que meu maninho tinha me ensinado algumas coisas. Zayn voltou a se aproximei e eu chutei os ovos dele o fazendo cair automaticamente no chão ficando em posição fetal e pondo suas mãos no seus ovos.

- Você vai pagar – ele falou.

- Fique longe de mim e você presa suas bolas.

Cuspi nele e sai dali o mais rápido possível, voltei pro quarto e paras minhas amigas. Era oficial eu tinha declarado guerra.