História Half a Heart - Sempre é o que a gente pensa;

Vitória Pov.

Eu mato Gabrielle, eu mato ela com todas as minhas forças quando a encontrar eu vou esgana-lá até os olhos dela pularem pra fora do corpo e se eles não pularem eu faço questão de arranca-los com as minhas próprias mãos, macabro demais?

 Estava caminhando de um lado para o outro no meu quarto, tentando achar um jeito de achar a Gabi e enganar o Marcus quando ele chegasse. A única que tinha descoberto que ela tinha fugido era eu, pois o Niall e a mamãe não estavam nem ai e quando a Molly pergunta eu dizia que ela havia saído.

Ai meu Deus e se ela foi sequestrada? Minha nossa senhora. Eu mato ela, mas antes eu vou fazer de tudo para achar ela. Fiquei imaginando para onde ela poderia ter ido! Tem os nossos amigos, mas eu acho que ela não iria pedir ajuda para eles... A não ser que...
Peguei o celular e liguei de imediato para o Zayn.

(Ligação On)
- Z, ta ocupado?                                   
- Não Vih, o que houve?
- Você sabe onde se enfiou minha meia-irmã? – disse.
- Quem? A Molly?
- Oh idiota! A Gabi sabe onde ela está?
- bem... eu... eh... sabe... não vejo ela a dias, mas por quê? – ele hesitou? Por que ele hesitou?
- Por que ela fugiu de casa!
- Ela o que?? – ele disse gritando no telefone – Vih eu vou ter que desligar, tenho que resolver uma coisas aqui com a... Milla.
- Tudo bem, se achar a Gabi avisa para ela que eu não vou conseguir aguentar essa casa sozinha – sorri – preciso dela aqui.
- Pode deixar eu falo para ela – ele sorriu e se calou – Digo... Quando eu encontra-la ... Quer dizer se eu encontra-la por que você sabe que eu não a vi e tal...
- Ta Zayn já entendi, beijos
- Tchau.

(Ligação Off)
 

Coloquei o celular na mesa e caminhei ao quarto da Gabi. Duas coisas eu já tinha acabado de descobrir:

1 – o Zayn sabia onde ela estava;

2 – Ela não contou que tinha fugido;

 Ela poderia está em qualquer lugar, eu preciso dessa égua aqui comigo tipo agora, o Marcus ia voltar de Nova Iorque e obviamente a minha mãe ia fazer um escândalo, não tava afim de aturar isso sozinha.

Abri o notebook que estava em sua escrivaninha e felizmente ele estava sem senha então dava para mexer. O seu email estava aberto, cliquei no email que dizia : passagens. Tinha uma passagem de ida para Nova Iorque, era isso que essa vaca estava planejando, voltar para Nova Iorque? Mais essa agora.

Fechei o email e olhei outros, eu sei que é invasão de privacidade, mas ela não estava ali mesmo então nem saberia. Fui aos enviados e tinha um email para a amiga dela... A amiga que tinha morrido. Senti um frio na espinha mais mesmo assim abri.

“Malu, eu não aquento mais. Preciso sair daqui o mais rápido possível, a Margaret e o Niall vão me deixar doida, o meu pai não passa de um capacho dela, a Vitoria é legal, mas não sei como aguenta ficar aqui, se eu fosse ela ia morar com o pai dela em qualquer lugar que ele estivesse, era melhor do que ficar nesse inferno. Amiga já comprei as passagens e quando eu chegar a primeira coisa que eu vou fazer é te visitar, prometo.
Da sua melhor amiga, Gabi.”
 

Era doido saber que a Gabi não acreditava... melhor, não aceitava a morte da amiga, acho que por elas terem crescido e convivido juntas todo esse tempo, era difícil de aceitar... Não é para tanto elas era praticamente irmãs.

- invadindo o quarto dos outros – a voz fina do Louis me tirou dos pensamentos.

- Boo – falei levantando e indo abraça-lo – o que faz aqui?

- Vim desafiar o Niall no vídeo game – ele sorriu – e você o que faz aqui?

- Procuro o paradeiro da Gabi, ela fugiu de casa – disse, já menos preocupada dessa vez.

- Ela vai aparecer.

- Eu sei que vai, ninguém aguenta muito tempo longe de mim – Louis caiu na gargalhada e bagunçou meu cabelo.

Caminhei com ele para fora do quarto da Gabi e ele disse que queria conversar comigo, então fomos ao meu quarto que por um acaso era mais seguro do que o corredor.

- Então fale – disse me sentando na cadeira da escrivaninha.

- Você e o Ian – ele disse indo se sentar na cama

- O que tem?

- Estão juntos?

- Por que quer saber?

- Por que não saber? – detestava quem respondia minhas perguntas com outras perguntas.

- O Harry te mandou perguntar isso? – ergui a sobrancelha e ele engasgou

- Eh... não, claro que não!

- Aham, sei – revirei os olhos – eu não entendo o seu amigo, Louis! Ele me trata mal, me bota no chão, diz que eu não sou nada pra ele coisas do tipo e depois ele vem e começa a se declarar pra mim! O Harry acha que eu sou um brinquedinho que pode usar e depois descartar...

- Eh...

- e tem mais – disse interrompendo ele – se ele acha que vai estragar a minha amizade com o Ian ele esta muito enganado, avise ele que eu prefiro mil vezes o Ian, a um bruto como ele.

Estava com raiva, o Harry me tirava realmente do serio me deixava com ódio. Mas o minha maior raiva mesmo era só por gostar dele.

- Ei relaxa, vamos fingir que nem tivemos essa conversa, pode ser?

- Eu adoraria Lou – sorri e abracei ele – Você é o melhor.

Me aconcheguei no peito do Louis e ele me apertou, de todos os meus amigos o Lou era o que eu mais amava, o Niall tinha ciúmes quando eu dizia isso mais era a verdade, o Louis é o meu irmão- urso me ajuda todas horas, apesar do meu melhor amigo ser o Ian... O Lou era o segundo e também muito especial.
                                                     Carol Pov.

Peguei minha bolsa e desci do carro, precisava correr até a Vitoria e contar a ela que meu irmão e a Ariel estão oficialmente namorando. Eu e a Vih somos um tipo de “Gossip Girl” adorávamos nós juntar e comentar sobre os acontecimentos diários e disso eu saberia que ela queria saber, até por que o Liam já deu em cima de todas, eu repito, TODAS as minhas amigas e as que também não são minha amigas – tipo a Dani, líder de torcida de basquete, a Eleanor, a Perrie, prima da Ariel, a Lottie, irmã do Louis, a Sasha, líder do debate acadêmico da nossa escola... ele só deu em cima dela por que queria que a mesma passasse respostas da prova para ele -, em geral resumindo.

Como cheguei e a porta da frente estava aberta, deduzi que ela estaria na sala. Errado, encontrei a Molly e ela disse que a Vih estava no quarto, dei-lhe um beijo na cabeça e subi com rapidez, ouvi vozes no quarto da Vih e abri a porta de vez.

- Amiga você nem... – parei subitamente, ficando boquiaberta.

Meu susto aconteceu ao olhar a Vitoria se abraçando com o Louis, aquilo me corroeu, como se o ciúme estivesse invadindo o meu corpo da mesma forma que uma doença forte invade, rápido e dolorosamente.

Eu estava imóvel, uma mão minha estava no trinco da porta e a outra estava na parede, as duas servindo para eu me apoiar e não cair com o enorme susto que eu havia levado. Vitoria e Louis pararam e me observara, também não falaram nada. Eu engoli a raiva e o ciúme, repirei fundo e sorri.

- Desculpe atrapalhar o casal – disse soltando o trinco da porta.

- Amiga não é nada disso que você ta pensando.

Eu adorava Vitoria, mas ela mexeu com a garota errada, caralho ela sabia que eu gostava dele e agora ta ai se agarrando com ele. Ta tudo bem eles não estavam se beijando, mas ele estava apertando ela isso já era alguma coisa, o pescoço ela estava encaixado embaixo do dele e se ela o suspendesse se beijariam então aquilo era sim alguma coisa.

- Sabe o que é engraçado nessa frase “não é nada disso que você está pensando”? Que sempre é o que a gente pensa. – sorri e dei as costas.

Andei o mais rápido que pude em direção ao meu carro, ouvi o Louis e a Vitoria me chamando mas não dei bola, não iria ficar ali vendo o casal feliz se pegar e eu querendo matar os dois. Entrei no carro com brutalidade e respirei um pouco em frente ao guidon, senti algumas lagrimas brotarem em meu rosto, mas não ia deixar me abater. Dei a ré colocando o carro em direção a porta de saída, passei a primeira macha e acelerei, sentir o carro fluir. Quando vi o Louis tinha parado na frente do carro e eu freei bruscamente.

- Você ta louco Louis? Sai daí! – gritei.

- Não vou sair até você entender que o que você imaginou é uma besteira.

- Você não sabe o que eu imaginei! Não é vidente – disse – se você não sai da frente eu vou te atropelar.

- Atropela porra! – ele bateu na parte da frente do carro e logo depois abriu os braços.

- Sai daí Tomlinson!!

- Não!

- Você quem sabe! – dessa vez eu falei para mim mesma.

Apertei o acelerador ainda no porto morto só para fazer o barulho de que ele ia acelerar, para ele sair de lá. Não aconteceu nada, o Louis ficou parado. Mexi na macha e coloquei a primeira, logo depois acelerei o carro, vi uma fumaça de terra se formar atrás do carro, o Louis se jogou no chão para não ser atingido. Parei de repente, o que eu estava fazendo? Eu quase ia matando uma pessoa por ciúmes? É isso! Eu to ficando doida.

Desci do carro e quando a fumaça abaixou vi o Louis no chão, merda! Corri um pouco e quando vi Vitoria já estava lá abaixada ao lado dele. Raiva voltou a me consumir.
Louis se mexeu devagar e com a ajuda de Vitoria ele levantou, eu estava um pouco distante deles, mas percebi que ela olhava diferente para ele. Tudo bem eu ainda estava com ciúme, mas o Louis era uma pessoa e tinha, claro, vida.

- Louis você ta bem?

- Não graças a você! – Ele se apoiou em Vitoria.

-  Desculpa...

- Carol você quase me matou e eu só estava tentando te explicar que a Vitoria estava chorando por causa do Harry quando você chegou
Olhei pra Vitoria e ela assentiu. Como? Eles estavam tão juntos, tão grudados que eu não acreditava.

- Não acredito nisso.

- Não me importa mais! E se tivéssemos juntos, o que você tem haver com isso? Eu corri esse tempo todo atrás de você e nada de olhar na minha cara, você mesma diz que não gosta de mim, então pronto!

- Louis eu...

- Tchau Carol – ele disse largando Vitoria e indo de volta para a casa sozinho.

Olhei pra Vih e ela estava olhando seria para mim.

- O que foi? – gritei com ela.

- Nada Carol, você tem que se tratar desse ciúmes possessivo, antes você conseguia esconder...

- Isso não é da sua conta!

- é sim por que eu sou sua amiga e amiga cuida, amiga trata bem, amiga está sempre aqui pra te apoiar e amiga fala a verdade e não despreza

- Do que você está falando Vitoria? – suspirei.

- Nada, só pensa nas tuas atitudes antes que seja tarde... Qualquer coisa eu estou aqui, é só me ligar...

- Saiba que eu não vou – disse virando de costas e voltando para o carro.
Entrei no mesmo e deu partida.

- Mas mesmo assim eu continuarei aqui! – Vitoria gritou. 

Suspirei já chorando e acelerei. Eu era muito ciumenta e isso acabava comigo, sim eu conseguia esconder da maioria dos meus amigos a única que sabia do meu verdadeiro problema, era a Vih. Eu tinha ciúmes dela, do Louis, do Liam, dos meus pais, dos meus amigos. Tinha ciúme possessivo, pois para mim todos eram meus.