Carol Pov.
Minha casa estava um brinco se eu não tivesse melhores amigos como os meus acho que nunca ia terminar a tempo e não teria o elogio belíssimo dos meus pais. Virei-me na cama em busca do meu celular.
Peguei-o imaginando que tivesse alguma mensagem do meu namorado. Nada. O Louis era um viado, ele tinha desaparecido no meio da minha festa e até agora eu não tinha noticias dele, como ele pode fazer isso? Se ele me procurar e não tiver uma desculpa descente. Eu o mato.
Pulei da cama indo me vestir e me arrumar, ia na casa dele tirar tudo isso a limpo e esperava que ele tivesse uma historia descente. Peguei a chave do carro de mamãe que ela havia deixado para mim hoje e acelerei para casa do Louis.
[...]
Dei um ultimo retoque antes de descer do carro. Caminhei ate a frente da casa dele e toquei a campainha devagar, Lottie apareceu com um short verde e a blusa combinando, com certeza deveria ser de pijama. Ela deu um sorriso quando me viu e me abraçou-me, não lembro de ter visto Lottie na festa.
- Por que você não foi? – disse.
- Desculpa, Cah eu fiquei doente. - ela disse me largando – achei que o Boo tinha te avisado.
- Não avisou, por falar nisso, onde ele esta?
- Acho que no quarto dele – ela disse dando espaço para eu entrar – por quê?
Ignorei a pergunta de Lottie me dirigi ao corredor dos quartos com a maior rapidez que tinha, a porta do quarto dele estava fechada e geralmente quando ela estava fechada ele estava dentro, dormindo. Escancarei a porta e, dito e feito.
Louis estava deitado ainda com a roupa da festa, agora que diabos ele estava fazendo lá? Respirei e me aproximei, olhando ele dormir toda raiva que eu ainda tinha havia sumido. Ele parecia um anjo sem asas, todo inocente e todo lindo.
- Amor – dei beijos na cabeça dele
Louis deu um pulo e sem querer me empurrou para fora da cama. Eu sorri, apenas eu.
- O que você está fazendo aqui?
-Boa tarde para você também – resmunguei me levantando e lembrando o motivo para qual eu estava lá
Louis deu os ombros e voltou a deitar.
- Ei não está me vendo aqui não?
- Estou
- E então?
- O que?
- O que você tem hein? Primeiro você some da minha festa e não dá noticias e agora isso– cruzei os braços – e pelo visto não ia dar noticia se eu não tivesse batido aqui.
Louis lançou um travesseiro longe e levantou ficando cara a cara comigo. Ele estava zangado, agora por qual motivo era que eu estava afim de descobrir. Ele ficou calado me encarando.
- O que aconteceu, Louis? – quebrei o silencio.
- Quando você ia me contar que ia para Paris?
- Como ficou sabendo? – tremi.
- Todo mundo ta sabendo Carol... menos eu – ele respirou e se sentou na cama
- Você está zangado por isso? – falei abaixando – amor eu ia te contar... só estava esperando passar meu aniversario e...
- E chegar mais parto da sua viagem? Para não ter desculpa de você não ir? Ou desistir?
- O que? Claro que não Louis! Eu só estava esperando passar meu aniversario para te contar da promoção – franzi o cenho.
- E você vai?
- Lógico que eu vou!
- E eu?
- Eu só vou passar um mês fora.
- Em um mês muita coisa pode acontecer... – ele levantou e tirou o terno do qual ele estava vestido.
- O que você quer dizer com isso? – Louis me observou e respirou fundo
- Você pode mudar e eu posso mudar... muita coisa pode acontecer
Fiquei seria abraçando-me, eu temia que ele estivesse querendo dizer o que eu achava que ele estava querendo. Se ele fizesse isso... eu ia surtar.
- Lou, deixa de loucura – respirei tentando não ficar louca – eu não vou mudar, por favor né? Isso é o meu sonho.
- Parabéns.
- O que?
- Divirta-se em sua Paris – ele debochou – vai ser perfeito.
A raiva me subiu novamente, quem ele pensava que era para ficar agindo assim comigo? Como se o fato de eu ter ganhado uma promoção me fizesse a vilã da historia, desculpe querido, mas eu não era a vilã por tentar seguir meu sonho.
- Tomlinson eu não acredito no que eu estou ouvindo... você é um egoísta sabia? Um cara mesquinho que só ta pensando em você! Se você acha que eu vou ficar pra sempre nessa cidade, você está muito enganado, eu tenho sonho – respirei quase chorando – e pretendo alcança-los você me apoiando ou não.
Louis me encarou mais serio do que estava antes, àquela altura ele já estava sem camisa e apenas com a calça jeans escura, ele colocou as mãos no bolso e mexeu em algo, logo depois olhou pra mim.
- Faça bom proveito da viagem!
- Por que estamos brigando por isso, Lou? – disse já chorando.
Ele me olhou e me ignorou totalmente, aquilo me matou. Cara ele era meu namorado ele era quem tinha que me apoiar, e não ficar como ele estava. E eu nem tinha entendido o porque dele estar assim! Merda!
- Você me surpreendeu, a única pessoa que eu queria de verdade que ficasse do meu lado – disse entre soluços – acabou de me virar as costas.
Sai de lá correndo, passando por Lottie que não entenderá nada do que estava acontecendo. Entrei no carro e acelerei, o que eu precisava era sair da-li, não queria ir pra casa... mas tinha um lugar que eu amava ir para pensar, era um coreto de madeira meio abandonado um pouco distante.
Ia com o Liam lá, nós amávamos ter nossos lugares para pensar, o Liam ele se escondia em uma gruta atualmente e eu ia para o meu coreto. Ele ficava um pouco perto das arvores e era virado para o riacho que corria, por causa da mata ele ficava meio escuro e toda vez que batia a luz, a vista ficava deslumbrante.
Caminhei um pouco depois de entrar na mata e cheguei ao coreto, ele parecia o mesmo, fazia um bom tempo em que eu não ia ali. Sentei no degrau e observei o rio correr. Como eu pude ser tão idiota? Idiota ao ponto de achar que ele fosse entender? Achei que ele fosse aceitar.
Comecei a chorar, senti o quente os meus olhos com lagrimas, eu queria gritar. Sempre soube que o Louis era família, mas nunca imaginei que ele quisesse ficar preso a um lugar só, e hoje eu havia descoberto que ele queria. A diferença entre nós dois é que eu quero subir, sair dessa cidade, ter outra vida.
Fechei os olhos almejando não chorar, porem foi inútil.
- Podemos conversar?
Uma voz vinda das arvores disse e eu pulei de susto. Era o Louis. Não me espantava ele estar lá, sendo que foi uma das únicas pessoas que eu mostrei o meu ponto de refugio. Ele se aproximou devagar, ele ainda estava com a calça da festa, só que com uma camisa vermelha.
- Nossa conversa acabou no seu quarto – disse – você deixou bem claro o que achava.
- Não retiro nada do que eu disse – ele falou e mexeu no cabelo.
- Você é um idiota!
- Escuta Carol, eu não quero que você vá porque tenho medo de tudo mudar entende? – ele tirou uma caixinha do bolso – eu não quero te perder, nem por um mês nem pela a vida inteira.
Louis se abaixou e abriu a caixinha na minha frente. Não! Não! Eu sabia o que ele ia fazer, eu não tinha idade pra isso, meu Deus! Se pra namorar meu pai quase me matou imagine se ele descobrisse que o Louis pediu minha mão em casamento.
- Eu te amo demais, para conseguir viver sem você por perto e por isso eu surtei, sei que é seu sonho, entendo. Mas eu não aceito.
- Você não precisa aceitar Louis, é o que eu quero e nada vai mudar isso.
- Nem se eu te pedir em...
- Não completa! – disse levantando rapidamente – eu sou muito nova pra casar, serio, se meu pai descobrir ele me mata e te mata também.
Louis caiu na gargalhada e todo o clima de briga tinha desaparecido, ele parecia uma criança sorrindo e eu não entendia o porque.
- Você achou que eu fosse te pedir em casamento? – ele disse gargalhando – Cah eu te amo, mas ainda tenho faculdade pra fazer e tal...
Respirei aliviada e o acompanhei na risada.
- Se não era em casamento, o que era?
- Eu ia te pedir em namoro só que dessa vez com um anel de compromisso – ele retirou - é que eu ia te pedir no seu aniversario, mas ai quando voltei do carro escutei você e a Gabrielle conversando, e quando ela disse que você ia para Paris eu surtei.
Ele levantou do chão
- Fiquei com raiva por você não ter me contado e fiquei com raiva porque eu talvez perderia você – ele respirou fundo – e então você chegou lá em casa, a gente teve aquela discursão e eu me toquei que eu nunca vou te perder... eu te amo Carol, e por mais que eu não aceite você ir não quero impedir seus sonhos.
Ele caminhou para perto de mim e levantou minha mão, meus olhos já tinham parado de lacrimejar e a essa hora eu estava com um sorriso estampado na meu rosto.
- Como não pude fazer isso ontem... você aceita ser minha namorada... oficialmente?
- Não sei – respondi rápido e ele ficou tenso – se você prometer cozinhar pra mim, fazer carinho, e me mandar flores todo dia eu talvez possa aceitar.
Sorrimos.
- Eu seriei seu escravo se você quiser.
- Sendo assim, aceito.
Ele colocou o anel na minha mão e me puxou delicadamente. As suas mãos foram parar no meu quadril puxando-me para mais perto sem deixar mais espaço, ele colocou a boca na minha e nós beijamos. Aquele fora um dos melhores presentes que eu podia ganhar.
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