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História Half a Heart - Descoberta


Escrita por: batatadahanna_

Notas do Autor


Oie gente, então to postando hoje porque não vai dar pra postar amanha kkkk bom eu espero que vocês não me matem com esse capitulo, por favor. Aproveitem beijos.

Capítulo 76 - Descoberta


Fanfic / Fanfiction Half a Heart - Descoberta

~ Três dias depois ~

Esperamos todos saírem de casa, meu pai tinha ido trabalhar, Niall havia dormido na casa do meu namorado, Vitoria com absoluta certeza estava na casa da Ariel, a Molly havia ido para casa de uma amiga brincar e eu e a Margaret estávamos em casa, nós preparando para voltar ao hospital. Eu passei três dias fazendo os exames escondida e agora que eles estavam na mão da minha madrasta iriamos leva-lo para o doutor Rafael para ele poder me explicar por que diabos eu havia feito tanto exame.

- Margaret você já esta pronta? – gritei pela quarta vez do hall.

Ela estava a um bom tempo no quarto se arrumando, pelo amor de Deus ela ia á um hospital não a um desfile de moda, a mesma desceu a escada com sua famosa saia branca e uma blusa bege de manga, por dentro da saia, o salto? Gigante e pra completar ainda tinha bolsa e o óculos na mão. Como eu havia dito, ela não parecia que ia a um hospital.

- Vai ao shopping? – zombei.

Ela revirou os olhos ignorando-me se dirigindo a porta de saída, segui ela em direção ao carro.

Não vou negar que nesses três dias eu não me preocupei, fiz exames atrás de exames para descobrir o que era uma simples dor de cabeça e uma retina vermelha que eu tinha. Isso era de assustar qualquer um, quando perguntei ao doutor a ultima vez que nós encontramos o que eu tinha, ele fez questão que só queria confirmar uma suspeita, e que não poderia me falar nada. Como assim cara? Eu era a pessoa que ia fazer os exames, precisava saber quais eram as suspeitas, no fim eu queria brigar, mas resolvi deixar por isso mesmo.

Quando eu comecei a fazer os exames, e comecei a escutar o que os enfermeiros falavam comecei a ficar com receio de ser algo mais serio. Conversei com Margaret e ela pediu para eu não me estressar com tudo isso. Ah claro, como se fosse fácil não se estressar com o que ouvia os enfermeiros falando.

Respirei fundo e voltei a vida real, meu nome foi chamado na recepção, nos dirigimos a sala do doutor. Margaret entrou primeiro na sala e logo após eu entrei, sentamos uma do lado da outra, o Dr. Rafael entrou e simpaticamente nós cumprimentou. Margaret retirou os envelopes lacrados da bolsa e entregou ao doutor, o mesmo abriu cada um e retirou as imagens do meu cérebro de dentro. Aquilo era sinistro.

Ele olhou bem e colocou me uma maquina onde dava para ver melhor o cérebro, o doutor olhou bem para a foto e sua feição mudou, ele leu os exames feitos e depois me observou, olhou novamente para os papeis e olhou para mim. Aquilo estava me deixando tensa.

- Então Dr. Rafael? O que eu tenho? – disse com um nó na barriga.

Ele sentou novamente e retirou os óculos respirando fundo e olhando para mim, sua feição estava mais rígida, totalmente diferente da que ele tinha assim que adentrou a sala.

- Bom Gabrielle, analisando seus exames eu infelizmente confirmei minha suspeita – ele parou e eu continuei olhando-o – Você tem Astrocitoma de quarto grau, muito avançado.

Olhei para Margaret e as mãos dela fora na boca, sua expressão agora estava igual ao do médico, eu não sei porque estava me sentindo estupida por não saber do que ele estava falando.

- Desculpe Dr. Rafael... o que é Astrocitoma?

- Ele é mais conhecido como um câncer cerebral no sistema nervoso, é um tumor maligno nos lóbulos frontal, parietal e temporal do sistema nervoso, ele se divide em dois tipos: o primário que cresce no local e o de metástase, que são fragmentos de tumor que percorrem o corpo e se alojam no cérebro, o seu no caso é o primário.

Ele calou e eu não consegui falar nada, olhava para ele assustada, na verdade eu estava assustada. Tumor? Como assim eu tinha tumor cerebral? Esse medico esta simplesmente louco, ou os exames foram trocados com alguém que tinha o mesmo nome que o meu. Eu não tinha nenhum tipo de tumor. Não poderia ter.

Comecei automaticamente a chorar, como uma pessoa diz para outra que ela tem uma doença sem nem pensar nas consequências que essa noticia pode fazer? Meu deus.

- Calma Gabi – Margaret disse, pela primeira vez ela me chamou de Gabi.

- Gabrielle você precisa se acalmar.

- Você diz que eu tenho um tumor e quer que eu me acalme? – gritei - Que espécie de medico é você? – disse batendo forte na sua mesa.

- Você precisa me escutar, por favor – ele disse calmo – sente-se.

Fiz o que ele havia pedido ainda me banhando em lagrimas.

- O seu caso é raro – ele respirou fundo – adolescentes da sua idade costumam tem tumor de primeiro grau, são mais propicies nessa idade, porém seu caso é diferente, o seu tumor é de quarto grau que é mais propicio aparecer na idade de 50 anos por ai, no seu caso o único jeito de eliminar é a cirurgia...

E quando eu pensei que nada podia piorar, vai e piora. E piora muito. Agora eu teria que passar por uma cirurgia porque eu tinha um tumor cerebral, que ótimo. Meu coração apertou, aquilo não era... não era real! Fechei os olhos e gritei mentalmente para esse pesadelo acabar. Meu Deus precisava acabar.

- O único jeito é a cirurgia? – Margaret falou interrompendo-o  - Não há outro tratamento?

- Bom, a cirurgia é a ultima escolha e pra sabermos como está o tumor teremos que fazer um exame mais profundo, seria mais indicado a quimioterapia e a radioterapia para a menina, entretanto só posso afirmar de fato quando os fizermos novos exames específicos.

- Isso quer dizer que eu tenho isso aqui- apontei para a cabeça - mas posso curar, certo? – perguntei apressada.

- Gabi, os cânceres nunca possuem cura completa, mas retirado do seu cérebro de acordo com o grau ele pode ou não retornar. Tudo depende dos exames – ele assinou algo – o que precisamos primeiramente saber, primeiramente é porque ele está mais evoluído em você, o de quarto grau é raro e por isso precisamos de exames específicos

Ele respirou fundo e sentou novamente, massageando suas têmporas.

- Retornem o mais rápido possível, pois se for caso de cirurgia precisamos transferi-la para Nashville o mais rápido que pudermos – ele sorriu – você vai ficar bem, não se preocupe.

Ele se levantou caminhando até a porta, cumprimentou Margaret e a mim enquanto saímos. Eu estava desacreditada, tumor? Eu? Logo eu? Fechei os olhos dentro do carro esperando ainda acordar desse pesadelo. Meu Deus, porque logo eu?

[...]

Acho que nunca tive vontade não ver nem falar com ninguém como eu estava naquele dia. A ultima vez que eu fiz isso eu estava de luto pela Malu, agora lá estava eu olhando para o espelho e tocando na minha cabeça. As palavras do doutor insidiam em minha cabeça “ Cirurgia o mais rápido possível” “ Os cânceres nunca possuem cura completa” “ Você tem Astrocitoma” aquilo não saia da minha cabeça em nenhum minuto e eu estava ficando louca.

Voltei a cama e me enrolei no edredom, voltando a chorar. A porta do meu quarto abriu e revelou Margaret com uma bandeja com chocolate quente e um sanduiche, ela sorriu assim que eu a olhei.

- Trouxe um lanche, já que você não desceu desde a hora que chegamos – ela colocou na mesa e limpou as mãos no macacão – imaginei que estivesse com fome.

- Obrigada, mas não precisava – respirei fundo – não estou com fome.

Ela se aproximou se mim e sentou do meu lado, ficamos caladas. Eu respirei fundo e voltei a chorar, eu queria fazer mais que chorar, eu queria gritar. Margaret se aproximou de mim e afagou as mãos sobre meus cabelos me fazendo carinho, enquanto eu desabava no colo dela.

Sim ela era a ultima pessoa que eu achava que eu fosse chorar no colo, mas sinceramente fiquei feliz por ela estar ali comigo. Por ela ter me levado no medico, eu devo isso a ela pois se não fosse sua insistência eu não descobriria nada.

- Me diz que isso tem cura? – falei entre lagrimas

- Gabi eu... eu não sei, mas vamos fazer o possível, o Dr. Rafael me garantiu que vai achar um jeito

Levantei meu rosto banhado de lagrimas e sentei na cama

- Por que esta fazendo isso por mim? Pensei que me odiasse...

- Eu odiava – ela sorriu – mas, a culpada dessa história sou eu que me apaixonei por um homem casado... e o meu ódio por você na verdade era por que você me fazia lembrar disso, o quanto eu fui cruel eu tirar o seu pai da família...

Fiquei boquiaberta.

- Eu queria te pedir desculpas... sei que é tarde demais depois de tudo que eu já te fiz – ela respirou fundo – você me perdoa? Me perdoa  por eu ter transformado sua vida em um inferno?

- Você tirou de mim tudo Margaret... mas, se não fosse por tudo isso eu nunca conheceria seus filhos, os nossos amigos e o Liam – eu não acreditava que aquilo saia da minha boca, mas saiu -  amo minha mãe, e sei que ela está muito melhor sem o meu pai e tecnicamente eu agradeço a você isso. Então sim, eu te perdoou.

Ela sorriu e me abraçou e eu voltei a chorar no seu ombro. Tudo bem, apesar de todo ódio que eu sentia dela, ter alguém do meu lado naquela fase que minha vida ia tomar, era melhor que continuar brigando. Respirei fundo e me afastei

- Eu só tenho uma coisa a te pedir.

- Diga.

- Não conte para ninguém sobre isso! Vai ser nosso segredo.

- Gabrielle não... seu pai, ele precisa saber

- Por favor, não conta agora... deixa os exames saírem e se realmente for grave...

- É grave Gabi! – ela me repreendeu.

- Caso seja muito grave, eu conto pra ele – respirei – só pra ele.

- Você tem certeza disso?

- Não! Mas é o melhor pra mim...

Ela assentiu e me deu um beijo no alto da cabeça. Por um momento percebi que a mulher que eu odiava não era a Margaret, quer dizer eu odiava uma madrasta na qual eu criava e não a que eu tinha. Por mais que ela tenha feito o que fez com a Vitoria e comigo, ela tinha uma alma ali dentro e só agora eu consegui enxergar. De todos ali presente, eu estava feliz por ela estar do meu lado quando eu recebi a pior noticia da minha vida. Que eu estava doente. 


Notas Finais


Não me matem por favoooor!!! Adoro vocês! Gostaram? Comentem.

Como não teve mais pedido de divulgação, hoje não vai ter kkkk beijos


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