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História Half Blood Hospital - Chato dos olhos verdes


Escrita por: Elizabeth17

Notas do Autor


Hey pessoal, já voltei 💕
Nesse capítulo vocês vão conhecer um pouquinho mais sobre a Annie e seu passado, mas ainda não vão ficar sabendo do acidente dela.
Bem, espero que curtam!

Capítulo 2 - Chato dos olhos verdes


-Ela roubou! Roubou minha cirurgia!-eu praticamente gritava no meio do bar


-Hey, calma-disse Thalia.-Veja pelo lado bom, pelo menos isso te fez voltar a vir no bar. Beber sozinha não estava tendo graça. 


-Era o meu aneurisma! Thals, eu passei a ultima semana entalada na cardiologia e quando eu finalmente consigo uma cirurgia, aquela vadia da Rachel simplesmente pega de mim! 


-Entalada? Annie, eu passei o dia hoje em cardio, e o Percy é simplesmente um gênio. Eu não sei o que você fez pra ele, porque ele não é um monstro comigo.. 


-Hey meninas. -disse Nico, chegando e pedindo uma vodca. 


-Nico, o Percy não é um idiota?-eu perguntei.  


-É, Absolutamente todas as mulheres daquele hospital tem uma queda por ele. Ele é insuportável. 


-Tá vendo, Thals?


-Nico só tá com ciúmes.


-Até você Grace?-disse Nico


-Cala a boca Di Ângelo.


*** 


-Dra. Chase, tenho algo hoje que pode te animar.-o Dr. Jason me disse enquanto chegávamos no quarto do nosso paciente. -Dra. Chase, esse é o George Kand, 43 anos, e apresenta um tumor na medula espinhal. 


-Oi doutora, tudo bem? -o senhor me perguntou 


-Sim, e você? Sentindo alguma dor...-eu disse, abrindo seu prontuário para analisar seu caso. 


-Annie, esse é o detalhe. O sr. Kand consegue andar, e seu tumor não apresenta nenhum sintoma. 


-Que? -eu disse impressionada. Era muito raro um rumor na medula espinhal que não tornasse a pessoa paralítica, ou que pelo menos gerasse uma dorzinha. -Bem, quanta sorte, anh?


-Mas mesmo assim é preciso retirá-lo, pois pode levar a morte.-me avisou Jason.


-Ok então, vou marcar uma cirurgia.-eu disse e me despedi do paciente. Realmente, era impressionante o tumor não ter apresentado nenhum sinal, mas esperava mais do Dr. Jason.


-Annabeth, quer dar uma olhada nos resultados da ressonância magnética do George? 


-Ah, ok.-eu disse e nós fomos checar. Quando o Jason me mostrou os resultados eu simplesmente choquei. 


-Jason, não tem como tirar esse tumor sem paralisar o paciente. Ou sem matá-lo. 


-E você acha que eu não sei? Paralisa-lo é simplesmente nossa melhor opção. Mas ele quer o procedimento. Na verdade, era pra ter sido feito semana passada, mas eu preferi esperar para que você pudesse participar. 


-Muito obrigada, Jason. 


-Mas você não vai ficar só assistindo, ou dando sucção. Quero que você realize o procedimento. 


-Jason, eu poderia.. 


-Annabeth, você está pronta. O mesmo que você poderia fazer, eu poderia. -Jason disse e me deu um sorriso reconfortante. Eu concordei com a cirurgia e ele saiu da sala. Eu olhei de novo pros exames e pensei no quão ferrada eu estava. 


***


-Você não vai nem comer?-disse Thalia, enquanto eu estava no laboratório, tentando praticar para não ferrar com tudo na cirurgia.


-Thals, eu não posso. Eu tenho cirurgia hoje. 


-Eu também tenho, mas comida em primeiro lugar. 


-Thals, a cirurgia é tão difícil que a minha melhor opção é paralisar o cara. 


-Pera, não tem outra solução? 


-Tem, mas é praticamente impossível. Se eu não matá-lo já to feliz. 


-Por isso eu não gosto de neurologia. 


-E o que o chato de olhos verdes está aprontando com você? 


-Chato de olhos verdes não é um bom apelido, Annie. -Thalia disse após de dar umas risadas.


-Eu sei.-eu disse ainda rindo. O nosso celular tocou.-Emergência.. Vamos! 


Nós duas saímos correndo, e encontramos a emergência totalmente eu caos, e pelo que eu percebi, eram vítimas de algum incêndio. 


-O que temos?-perguntei a uma enfermeira, que tentava entubar um paciente inconsciente.


-Mulher, não sabemos a idade, queimaduras de segundo grau, mas desmaiada por causa da fumaça. Droga, eu não estou conseguindo entubar! 


-A traqueia fechou, não tem como enfiar o tubo.-eu disse, após tentar colocar o tubo que faria com que a paciente voltasse a respirar.-Vou ter que abrir a garganta..Bisturi! 


-Você vai assim, às cegas?-a enfermeira perguntou. 


-Se eu quiser salvá-la, é o melhor que temos. -eu disse e abri a garganta da mulher, e consegui entuba-la. Os sinais vitais voltaram a se estabilizar. 


-Parabéns, Dra. Chase.-disse a enfermeira, eu agradeci, e quando virei para o lado, vi que Percy me olhava, enquanto tratava de alguma queimadura muito séria. Ele desviou ao perceber que eu tinha notado-o. 


Segui meu caminho e tratei de alguns outros menores acidentes, já que os casos grandes já tinham sido pegos. 


*** 


-Preparada, Dra. Chase?-Jason me perguntou enquanto eu me lavava para ir operar no tumor do George. 


-Bem, não pratiquei muito, afinal fui chamada na emergência. 


-Não fique nervosa, você vai se sair bem. -Jason disse e foi se preparar também. Jason me apoiara assim desde que eu cheguei no hospital. Meu sonho, desde pequena, era neurocirurgia, por mais que minha mãe nunca me apoiasse. 


Quando eu comecei a estudar medicina, ela simplesmente parou de falar comigo, e eu entendo o lado dela. Meu pai, Frederick Chase, era um famoso Cirurgião Geral. Ele deixou a minha mãe, Athena, quando eu era uma criancinha, para ir seguir sua carreira.  Por isso minha mãe odiava a ideia de que eu fosse uma médica. 


Mas era meu sonho. E eu segui-o. Quando cheguei no hospital, todos conheciam o meu sobrenome, mas foi Jason que sempre me encorajou e nunca apontou o dedo quando eu cometia um erro. Jason era um pai pra mim, por mais que tivéssemos quase a mesma idade. 


-Ok, então. Vamos começar. Bisturi.-eu pedi e comecei a abrir o corpo do paciente. 


***


Sai da sala de cirurgia após oito horas de operação. Quando sai, todos estavam me aplaudindo. Eu havia tirado todo o tumor, sem romper nenhuma veia, nada, nada. O homem estava livre do tumor, e ainda poderia andar. Eu tinha feito um milagre. 


-Annie, eu disse que você estava pronta! Eu disse, eu não poderia ter feito melhor!-Jason disse e me abraçou. Eu estava tão feliz que não tinha palavras para expressar minha felicidade. Eu nem conseguia dizer nada. 


Depois de todo mundo me parabenizar, eu fui até a sala dos médicos tirar meu jaleco, pegar minhas coisas e ir embora. Quando me voltei para a porta, Percy me encarava de lá.


-Parabéns, Dra. Chase.-ele disse e eu o olhei. Deus, Percy Jackson era um deus grego. Eu conseguia sentir seu perfume incrivelmente cheiroso daqui, e seus olhos verdes brilhavam pra mim. 


-Er.. Obrigada, dr. Jackson. -eu disse, pegando minha bolsa e indo embora-Até amanhã. 


E quando eu fui dormir aquela noite, eu percebi que era a primeira em que eu não dormia pensando nele, ou no acidente. Não, nessa noite eu dormi sentindo aquele perfume e com aqueles olhos verdes na minha cabeça. 
 



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