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História Half Bloods - Interativa - Shopping - Lilly


Escrita por: dorkyeoI e obrienn

Notas do Autor


gente, admito que me mandaram esse capitulo faz um tempinho então mE DESCULPEM. SAKPOSKAPOSA
eu fiquei cheia de coisa e dai demorei, me desculpem, serio.
e vou dizer um negocio: revisei tudo, fiz capa e quando fui postar, o note não tava conectado na internet e APAGOU TUDO.
mas olha só: meu instinto disse "copia" e CONSEGUI SALVAR. SAKPOSAKOPSAKSOPAKS
thanks consciência.
é isso.
digo pra vocês que eu me apaixonei por esse capitulo por eu ri demais. sakopsakops
acho que dei um tiro no escuro, mas acabei acertando o alvo.
eu pelo menos acho. KOPAKSOA
AMO VOCES SEUS LINDOS.
BEIJINHOS E ATE O PRÓXIMO.

Capítulo 17 - Shopping - Lilly


Fanfic / Fanfiction Half Bloods - Interativa - Shopping - Lilly

Assim que tranquei a porta, volto para a minha cama, enquanto resmungava em um tom de voz baixo. Deito na cama e coloco a minha máscara para conseguir dormir, o que foi uma tentativa falha, já que aquela peste havia me acordado domingo de manhã. Como posso a manter a minha beleza sem ao menos conseguir ter um bom sono? 

Faço um leve bico em meus lábios, tirando a máscara, me levanto e pego um casaco para cobrir pelo menos a blusa do pijama que eu vestia, já o short... Já vesti mais curtos para dormir. Saio do quarto e sigo em direção a sala, esperando que ele estivesse lá. Quando chego à sala, olho para Kyth, que assistia televisão.

Cruzo os meus braços e resolvo falar. 

– Bom dia! – Me pronunciei, chamando a sua atenção. 

– Veio me pedir desculpas depois de tudo que fez? – Ele fala de um jeito brincalhão. 

– Não sou de pedir desculpas, principalmente quando não fiz nada. – Assim que eu falo, sento do seu lado, ainda brava. – E não fala besteira porque eu vim jogar com você. 

– Não acredito que uma menina como você saiba jogar esse tipo de jogo. – Responde em um tom de desafio. 

– Ué, meninas bonitas e ricas também gostam de bons jogos. Afinal, não posso matar todo mundo que me acorda em plena manhã de domingo, então desconto nesses jogos. – Dou um sorriso sarcástico. 

Enquanto conversava com Kyth, fiquei olhando para o seu abdômen. Era como se eu não conseguisse controlar. Bem, meninos bonitos me agradam, mas meninos bonitos com um belo abdômen me agradam mais ainda. Volto a olhar para seu rosto, esperando que ele não tenha notado aquilo, ou eu seria a tarada da vez. Pior ainda: as pessoas iriam descobrir o meu segredo. Não quero descubram o meu lado estranho do tipo: “ela guarda revistas de garotos sem blusa embaixo da cama”. 

Escuto uma risada vinda de sua direção, ficando preocupada e me perguntando se ele havia reparado. 

– Vou pegar o meu notebook e você pega o seu. – Kyth fala dando alguns passos para trás. 

Solto um suspiro, já aliviada por ter percebido que ele era lerdo demais para reparar aquilo. Antes que ele fosse embora, seguro a sua mão e o olho, notando que o menino estava confuso pelo meu ato. 

– Bem... sabe o que deixaria o jogo mais divertido? – Pergunto, voltando a dar o meu “sorriso normal”. 

– Apostar? – Okay, ele não é tão idiota assim. 

– Isso. Se você perder, vai ter que carregar as minhas compras por duas semanas. – Cruzo minhas pernas e o encaro com um sorriso vitorioso. 

– Não acredito que faça compras toda semana. – Respondeu, fazendo uma expressão de “então tá”. 

– Não duvide. – Falo, colocando as minhas mãos na cintura. 

– Mas e se eu ganhar? – Pergunta animado, como sempre. 

– Não vai ter essa de você ganhar, mas posso admitir que estou curiosa para saber o que você quer... – Analiso a unha de meu indicador antes de voltar a encará-lo. Kyth ri da minha fala e logo resolve me responder. 

– Se eu ganhar, você banca os meus doces por duas semanas. – Sorriu, cruzando os braços. 

– Fácil, pena que isso não vai acontecer. Te encontro na cozinha. – Me levanto do sofá e nós dois seguimos rumo aos corredores. 

Então saio da sala e volto para o quarto das meninas, pego o meu notebook que estava sobre o criado mudo e vou para o lugar combinado. Sento em uma das cadeiras da mesa e ligo o computador. Levanto o meu olhar da tela em direção a porta quando percebo a presença do meu rival, que logo sentava na minha frente.

De novo, meu olhar ia em direção a sua barriga. 

– Hum... Será que tem como você colocar uma blusa? Está me dando agonia você assim, nesse frio.. – Indago, tentando esconder a minha tara. 

Ele acaba dando de ombros, voltando para o seu quarto e logo aparecendo com uma blusa de frio, mas esta se encontrava aberta. 

– Pronto. – Se sentou. 

– Eh... dá para fechar ela, por favor? – Perguntei e ele apenas obedeceu. 

Era o meu dia de sorte, pois não havia escutado nenhum questionamento por parte do garoto. Aguardo ele entrar no jogo. Assim que conseguimos entrar na sala do jogo, volto a minha atenção para a tela do meu notebook, escuto a voz dele quando a partida começa. 

– Prepara o bolso, Lilly, vai gastar toda a mesada com os meus doces. – Estalou os dedos. 

Dou uma risada irônica com o que diz, mas prefiro ficar concentrada no jogo ao invés de ficar respondendo. Ando pela fase do jogo que era um tanto escura, isso deixava o jogo um pouco complicado. Reparo que já estava próxima dele e por pouco os seus tiros me acertaram. Perdi metade do life no nosso primeiro encontro. Agacho o meu personagem e me retiro do local. 

Caminhando mais um pouco, o encontro novamente. Ele começa a disparar e deixo meu personagem escondido, atirando e acabando por acertar o outro na cabeça, ganhando a partida. Solto uma risada e reparo na expressão do menino, qual parecia não acreditar naquilo. 

– Que engraçado, Takumi fez essa mesma cara quando jogamos. – Falei, sorrindo enquanto limpava embaixo da unha do dedo médio. 

– Não sabia que jogava tão bem. Deixa ir mais uma, hein, eu peguei leve com você. 

– Ah bom, que cavalheiro você é. Tá bom. Está um a zero, agora é jogar pra valer. 

Voltamos a jogar e no final foi a mesma coisa: outro head shot, mas desta vez não levei um tiro se quer. Levanto os meus braços, me espreguiçando e me levantando. 

– Espero você arrumado. Hoje à noite, vamos fazer compras. 

Depois do jogo voltei para o quarto onde tinha descontado o tempo que eu havia perdido jogando com Kyth. Agora não precisava pagar ninguém para carregar as minhas compras, apesar de que dinheiro nunca foi um problema para mim, mas vai ser divertido o fazer carregar as várias sacolas. 

Quando a noite chegou, visto um vestido da cor rosa e um pequeno casaco preto, que combinava com os meus sapatos. Fui de encontro à Kyth, qual estava na sala. Chego e o olho da cabeça aos pés. Ele vestia uma calça jeans escura com rasgos no joelho, juntamente com uma camisa social azul e bandana na cabeça, deixando sua franja em pé. Estava sentado no chão, em frente ao sofá, com Honey ao seu lado. Ambos pareciam muito fixados na TV.

– O que está fazendo? – Pergunto, me aproximando e ele me olha nos olhos. 

– Estou buscando minha vingança. – Respondeu de um jeito dramático, fazendo MinSoo e Takumi rirem da cozinha. 

– Eu já disse que você vai me dar esse chocolate custe o que custar. – Honey se pronunciou e logo pude ouvir o jogo anunciar o início da luta. 

– Não vou, não. – Respodeu decidido e ambos começaram a apertar os botões dos joysticks rapidamente. 

– VAI SIM! – Gritou Honey, aumentando sua velocidade. 

– NÃO VOU, NÃO! – Berrou Kyth e não demorou para que a Honey pulasse e gritasse um “HÁ, NA SUA CARA!”, apontando para o viciado em doces. 

– É impressão minha ou você costuma perder para as garotas em todos os jogos? – Comentei, sentando no sofá e cruzando os braços diante do peito.

Takumi colocou a cabeça na sala, deixando o seu corpo escondido atrás da parede que separava a sala da cozinha. 

– Huuu, não provoca. Eles estão jogando no joystick, fica mais fácil para ele. – Comentou e logo eu vi Dave colocar a cabeça sobre a de Takumi. 

– Não provoca, pelo amor de Zeus. Vai que eles passam a jogar sério. – Falou e logo MinSoo surgiu em cima de Dave. 

– Se eles começarem a disputar sério, o prédio vai ao chão e debut só no Tártaro. – Completou e os três voltaram para a cozinha.

Prendi o riso da cena que os três fizeram e voltei a prestar atenção em Kyth e Honey. O garoto agora possuía uma expressão séria, quase irritada. O segundo Round começou e eu só podia ver o personagem dele soltar uma série de golpes em uma sequência considerável. Honey conseguiu reduzir o life dele pela metade em apenas uma sequência. Ele realmente é gamer? 

Mas no final, Kyth soltou um poder, derrotando Honey. O Round Final me surpreendeu. Honey não conseguia mexer sua personagem, enquanto que o dele jogava o personagem dela de um lado para o outro, mal deixando o personagem se levantar. 

– HÁ, GANHEI! – Se vangloriou, levantando-se e começando a fazer uma dancinha engraçada. 

– Não é justo, isso foi apelação. – Comentou Honey, o puxando para o chão. – Revanche. Está de 6X5, quem ficar com três pontos de diferença primeiro, vence. – Ela já ia escolhendo o personagem. 

– Nada disso. Agora ele é meu, com licença. – Me pronunciei, me levantando do sofá e retirando o controle da mão do garoto, que fez um biquinho fofo. 

– Mas já? – Perguntou ele e eu apenas respondi um “já”. Ele suspirou e se levantou. 

– Aonde vocês vão? – Perguntou Honey com uma expressão confusa. 

– A gente vai sair. – Kyth respondeu e Honey deixou o queixo cair. Não entendi a reação dela e duvido que Kyth tenha entendido. 

– GEEEEENTE! VOCÊS?! Nunca imaginei. – Apontou para nós dois. – MAL COMEÇAMOS E VOCÊS JÁ ESTÃO SAINDO? – Gritou e só então eu percebi ao que ela se referia. Abri a boca para tentar negar, mas logo metade do HBLD já estava na sala. Minsoo, Dave e Takumi voltaram a colocar as cabeças na porta da cozinha outra vez 

– QUEM ESTÁ SAINDO COM QUEM? – Marie chegou correndo, se jogando ao lado de Honey. 

– N-não é nada disso, Honey. – Tentei me explicar. – Não estamos saindo. – Cruzei os braços. 

– Então, não vamos mais sair? Ótimo, vamos continuar. – Kyth foi buscar o joystick ao lado da TV. 

– Nada disso, vamos sair, sim. – Rapidamente o puxei pela camisa. 

– Olha, se decide: ou a gente sai ou a gente não sai. – Resmungou o garoto, começando a brincar com a camisa que só então percebi estar aberta. 

– Ei! Fecha isso, está cafona. Antes de começarem a pensar coisa errada porque ele está saindo comigo, queria dizer que isso não é um encontro, ele é tipo um empregado. – Me defendo e vejo o rapaz começar a fechar a peça de roupa, mas ele estava indo muito devagar.

– Empregado é? Sei. – Honey ergueu as sobrancelhas em uma careta maliciosa. Kyth deu língua para a maknae antes de voltar a fechar os últimos botões. 

– Zeus, anda logo com isso. – Reclamo. Kyth para e me encara enquanto diminui ainda mais a sua velocidade. – Argh! Me dá isso aqui. – Bati em suas mãos de leve e ele soltou os botões enquanto eu mesma terminava aquilo. 

– Desde quando ele é seu empregado mesmo? – Perguntou Honey, encarando a mim. Devolvo o olhar e percebo que todos estavam fixados em mim. 

– Eu perdi uma aposta para ela hoje pela manhã. – Kyth a respondeu no meu lugar enquanto todos faziam uma expressão “oh, entendi”.

– Enfim, vamos indo, antes que a Honey invente mais alguma história. – Puxei-o pelo pulso para fora do apartamento. 
 

 

Nós caminhávamos pelo shopping tranquilamente. Eu carregava duas bolsinhas pequeninas em um pulso e na outra mão, a minha bolsa. 

Analisava as vitrines com atenção enquanto passávamos pelas lojas daquele andar. Haviam algumas peças que estavam... nossa. Eu precisava MUITO delas. 

Notei uma blusa azul que lembrava muito o estilo que as deusas usavam. Ah, iria combinar perfeitamente com uma saia que eu comprei. Bati palminhas algumas vezes antes de adentrar a loja. 

Assim que entro, lembro-me de olhar para trás para me certificar de que aquele idiota não iria passar direto. Logo Kyth passou pela porta, carregando as oito sacolas em suas mãos. Ele olhava a loja entediado. 

Pedi o modelo para uma atendente e outra fora falar com o idiota. Ele a dispensou educadamente, enquanto se aproximava de mim. 

– Quanto mais isso vai durar? – Perguntou, se sentando no banquinho que ficava de fronte ao provador. 

– Até eu não ver mais nenhuma roupa que me interesse. – Respondi, estendendo minha bolsa para ele segurar, juntamente com as sacolinhas que eu carregava. 

– Lilly-ah, pra quê tanta roupa? É uma para cada dia do ano? – Bufou e adentrei o provador, mas deixando minha mão esquerda do lado de fora dando dedo para ele. – Nossa, bem High Society. – Comentou e não pude deixar de sorrir. 

– Só me deixa. – Comecei a me trocar. 

Depois de me vestir, peguei o meu celular com Kyth e tirei uma foto para perguntar a Ming se ficou bonita a combinação, mas ela pareceu ter arranjado algo melhor para fazer do que me ajudar em minhas compras. Ah, me arrependi tanto de não tê-la trago comigo. Mandei uma mensagem para Marie, qual também não me respondeu. Nenhuma das garotas deu sinal de vida. Suspirei frustrada com aquilo. Queria muito levar essa blusa, mas queria saber se combinava com a saia. Não tinha outro jeito. 

Abri o provador e me coloquei do lado de fora, fazendo Kyth me encarar confuso. 

– O que você acha? – Perguntei e o vi erguer uma sobrancelha. Ele fez uma cara de pensativo e começou a balançar a cabeça levemente. Se ele me disser que tanto faz, vou fazer ele engolir essa roupa. 

– Não tá batendo. Como você quer usar isso aí? – Me perguntou e fiquei um tanto perdida. 

– Eu... queria usar em algum evento, sei lá. Achei que ficava bom... Me lembra as roupas das deusas. Achei que combinava com o nosso conceito. – Dei uma voltinha e Kyth se levantou. 

– Eh... você queria usar com alguma roupa que compramos hoje? – Se aproximou. 

– Sim, uma saia que compramos na primeira loja que fomos. – Respondi, observando ele ir até as sacolas e verificar a roupa que falei. 

– Se pretendia usar em alguma apresentação nossa, perdeu o tempo. A saia é muito grande, você pode tropeçar na coreografia, mesmo que usasse o cinto prendendo a saia um pouco mais em cima. – Gesticulava tudo o que falava. 

Fiquei impressionada. Achei que ele seria daqueles que apenas mexia no celular e esperava o “tour” acabar. 

– Então, acho que não vou levar. – Me virei, encarando o meu reflexo no espelho. 

– Queria usar como as deusas? – Perguntou e sem me virar para o encarar, apenas meneei com a cabeça. – Ok. Agora preciso que você confie em mim. – Falou, me deixando confusa. 

Kyth sumiu por alguns instante e voltou com uma saia da mesma cor da blusa.

– Vista isso. – Jogou a saia em minha direção, fechando o provador em seguida. 

Me troquei e a saia batia em meus joelhos. Desamarrei uma das alças da blusa, assim como ele disse, mas esta ficou caindo. 

– Isso que dá confiar em homem para moda. – Murmurei, o ouvindo bater na porta. 

– Está pronta? 

– Não, a blusa fica caindo. – Suspirei, me assustando quando ele adentrou o provador. – O que está fazendo?! – Exclamei, segurando a blusa para que ela cobrisse o que deveria cobrir. 

– Ok, segura isso aí que vou terminar o resto. – Comandou, me virando para o espelho e puxando a alça da blusa. 

Kyth deu a volta em meu corpo com ela e a amarrou onde deveria, mas sem passar por meu ombro. Quando dei por mim, ele se abaixou e levantou minha saia, me assustando. 

– Segura aqui. – Pegou minha mão, a levando até a saia. Circulou minha cintura com suas mãos e dei um leve salto. Prendeu um cinto ali e começou a ajustar a saia para cobrir o cinto. Agora a saia ia até um pouco antes do joelho, a blusa cobria o meu busto, mas deixava um dos meus ombros a mostra. 

Realmente parecia muito com o que eu esperava atingir. 

– Nossa. Onde aprendeu isso? – Indaguei ao me olhar no espelho. 

Ele riu minimamente antes de começar a mexer em algo nas minhas costas. Seu toque meio bruto na minha pele desnuda me fazia ter arrepios. Sua mão subia e descia, me fazendo sentir um leve calor pelo carinho recebido. 

– Quando você tem uma mãe igual a minha, é forçado a aprender algumas coisas. – Em segundos, parou o que fazia com suas mãos e pude sentir a ponta de seu nariz em meu pescoço. – Adorei o perfume. – Sussurrou no meu ouvido e saiu do provador, me deixando arrepiada e em choque. 

Onde estava o idiota infantil com quem apostei hoje? 

Fiquei um tempo parada, apenas pensando no que Kyth fizera antes de sair do provador. Por que ele fez isso? Digo... não me pareceu algo normal do feitio dele. Se bem que não há nada normal naquele garoto. Ah, por que eu estou pensando nisso? 

Tirei uma foto minha e mandei para a Ming. Comecei a me trocar. Quando saí, ele não estava mais ali. Olhei ao redor e não o encontrei. Se ele acha que vai se safar de carregar as minhas compras, está muito enganado. Decidi ir logo ao caixa pagar por tudo, e não é que eu o encontrei lá? 

Kyth estava passando algumas roupas. Quando ele teve tempo de escolher tudo aquilo? Ah, deve ter pego tudo sem nem olhar se servia ou ficava bonito. 

– Se acha que vai se safar de carregar minhas compras, pode ir tirando o cavalinho da chuva. – Joguei as roupas em cima do balcão.

Ele me olhou confuso, depois olhou ao redor, como se procurasse por outro alguém. 

– É comigo? – Perguntou, me encarando. Suspirei ao revirar os olhos. É sério isso? 

– Claro que é com você, idiota. Acha que só por que trocou de roupa e penteou o cabelo para o outro lado acha que vai me enganar? – Indaguei e ele ficou um tempo me olhando fixamente. 

– Ah, você não tem graça. Estragou a minha brincadeira. – Falou fazendo bico e pegando as sacolas onde estavam suas roupas. 

– Tapado, vai pegar as outras sacolas enquanto eu pago aqui. – Bufei e ele correu para um lado. – Elas estão para cá. – Virou-se, voltando para onde eu tinha indicado, causando risos na atendente. – Vê se eu posso com uma coisa dessas. – Revirei os olhos, a fazendo rir mais. 

Assim que paguei, joguei as sacolas nas mãos de Kyth, voltando a caminhar. Fomos na próxima loja e fui pegando várias roupas enquanto ele apenas caminhava com as sacolas novamente, mas algo me parecia estranho: não estava com a mesma cara de tédio que estava quando chegamos no shopping. 

– Você está bem? – Levantei uma sobrancelha enquanto pegava mais algumas peças. 

– Estou, por quê? – Respondeu e fomos na direção dos provadores. 

– Nada... você me parece mais animado. – Murmurei e um estalo veio em minha cabeça. 

Será que tem alguma coisa a ver com o que aconteceu no provador? Digo... não aconteceu nada demais, ele só sentiu o meu perfume, mas... sei lá, vai que ele pensou em alguma outra coisa...

– Não é nada demais. – Começou a mexer em seu celular. 

– Ok, me espera aqui. – Entrei no provador e experimentei várias combinações. 

Quando saí, Kyth já havia trocado de roupa de novo, ficando com a anterior, juntamente com o mesmo penteado de antes.

– Zeus, você tem problemas. – Balançei a cabeça para essa atitude dele. 

Kyth apenas me deu língua enquanto eu seguia para o caixa. Ele me acompanhou com as sacolas e logo fomos continuar a nossa seção de compras. Tinha voltado com a cara de tédio, mas notei que seus lábios tentavam reprimir um sorriso divertido. 

– Qual é a graça? – Franzi o cenho conforme caminhávamos pelo shopping. 

– Nada. – Deu de ombros. Pude perceber o olhar dele fixo em uma loja de doces. Havia um anuncio de um novo chiclete. 

– Quer um? – Apontei para a loja e ele praticamente correu na direção desta. 

Fiquei tentada com a quantidade de chocolates que havia ali, acabando por comprar uma barra para mim e disse para Kyth escolher um doce da loja. Escolheu um chiclete enorme, que duvido que ele consiga colocar aquilo na boca. 

Saímos da loja e me encantei por um relógio que estava na vitrine da loja ao lado. Pedi o modelo a vendedora e esta não demorou em trazer o pedido. Assim que me virei para irmos embora, o garoto havia trocado de roupa novamente. 

– Você sabe que isso é ridículo, não é? – Perguntei e o vi analisar a si mesmo. 

– Oquê? Minha roupa está ruim? – Perguntou, erguendo as sacolas. Ok, o outro me daria língua e se concentraria mais em seu doce do que em meus comentários. Tem algo errado aqui. 

– Abre a boca. – Ordenei, recebendo um olhar confuso. 

– O quê? – Franziu o cenho. Percebi pelo seu tom de voz que realmente estava mastigando algo. 

– Só abre a boca – Ele abriu e lá estava o chiclete vermelho. – Onde trocou de roupa? – Levantei uma sobrancelha, o vendo apontar para um lado, onde pude ver alguns provadores.

– Vamos? – Perguntou, tentando mascar a enorme bola vermelha que jazia em sua boca. 

Lá estava a sua expressão sorridente, mas sem o olhar de tédio novamente. 

– Tem algo errado. – Sussurrei, voltando a caminhar. 

Não achei mais nada de interessante, então dei a ideia de sentarmos numa cafeteria ótima que havia ali. Pedi um café e ele pediu outro. Ele pediu café? Enquanto mascava chiclete? Kyth levou a mão ao peito em busca de sua corrente. Era um tique dele que descobri quando estávamos nas primeiras lojas: fica brincando com o seu pingente de tridente sempre que está esperando alguma coisa. Percebi que agora não se tratava de um tridente e sim de uma foice. Estranho, ele nunca tirou o tridente do pescoço. 

– Por quê tirou o tridente? – Indaguei e Kyth sorriu, olhando para sua corrente. 

– Achei que precisava usar as outras que eu tenho. – Falou, sorrindo para a foice. 

– Qual o seu nome? – Perguntei de modo sério e novamente, o olhar confuso. 

– Kyu TaeHyung. – Sorriu. 

– Qual o nome do nosso grupo? – Continuei e ele sorriu, olhando para o lado. 

– Half Bloods. – O sorriso aumentou, me dando um pouco de medo quando se olhar focou-se em mim. 

– Qual é o meu nome? – Dessa vez, Kyth pareceu demorar a pensar. 

– Aonde quer chegar com isso? – Indagou, mas o ignorei. 

– Qual é o meu nome? – Perguntei meu nome e ele sorriu. 

– Lillyth. – Ainda sorria. 

– O que jogamos hoje pela manhã? 

– Vem aqui, ela pegou a gente. – Gargalhou baixo, me deixando confusa. 

Sabia que tinha alguma coisa errada, mas fiquei chocada quando vi dois deles. 

– Zeus, tem dois. – Murmurei ao ver Kyth se sentar ao lado do cara que tem uma foice no pescoço, qual tinha o mesmo rosto que ele. 

– Sempre fomos dois. – Kyth respondeu com cara de tédio enquanto mascava seu chiclete. 

Vi o da foice jogar o seu chiclete fora e logo os nossos cafés chegaram. 

– Quem é você? – Perguntei encarando o rapaz ao lado do idiota. 

– Me chamo Kyu Takemia, prazer. – Me estendeu a mão. 

– Kyu ... Vocês são gêmeos. – Conclui para mim mesma e pude ver os garotos sorrirem. 

– O que nos denunciou? – Perguntou Kyth, mascando aquela coisa enorme que comprei para ele na loja de doces. 

– Acorrente e o sorriso dele. Ele vive sorrino, você vive me dando língua. – Vi os dois se entreolharem antes de me encararem. 

– Você é uma das poucas que conseguiu... – Takemia se pronunciou. 

– Nos diferenciar desde que começamos a fazer isso. – Completou TaeHyung. 

– Não façam isso, é irritante. – falei e Takemia gargalhou enquanto bebericava de seu café. 

– Essa é a única coisa que não conseguimos mudar. Mudamos o jeito de falar, mudamos as roupas... 

– Pensamos em todos os detalhes, mas nunca conseguimos mudar o jeito que reagimos as coisas a nossa volta. – Finalizou Kyth novamente. 

– Eu já pedi para não fazerem isso. E como ele sabe o meu nome? – Perguntei e vi Takemia retirar um fone de ouvido Bluetooth de sua orelha. Kyth fez o mesmo. 

– Sempre que você perguntava, eu que respondia. – O idiota sorriu, guardando o fone no bolso. 

– Você o chamou aqui pra isso? – Encarei o idiota com indignação. 

– Não, eu estava fazendo compras quando você surgiu do nada falando comigo. Quando perguntei se era comigo, vi meu irmão aparecer atrás de você. – Respondeu Takemia.

– Fui procurar um sapato para você, quando voltei, não estava mais lá, mas sim no caixa, com o Kemia, então mandei ele colocar o fone de ouvido dele e fingir ser eu. – Explicou Kyth.

– Quando você ofereceu um chiclete para ele, ele pegou dois, você pagou um e ele o outro, para que você não desconfiasse só pelo chiclete. Bom, foi legal conhecer você e foi divertido brincar, mas eu tenho que ir. Vocês estão de carro? – Perguntou Takemia, encarando o irmão. 

– Quando ela quiser ir, a gente liga para a van. Não se preocupe. – O idiota devolveu o olhar. 

– Bom, se vocês fossem agora, eu dava carona. – Colocou uma quantia de dinheiro em cima da mesa. 

– Você já vai? – Indaguei e Takemia sorriu. 

– Eu ia, mas se você quiser, eu fico. – Corei um pouco, pedindo para que ele ficasse. 

Eu e Takemia conversamos por um bom tempo, enquanto Kyth apenas rolava os olhos toda vez que eu ria das coisas que seu irmão falava. Sabe, seria muito mais fácil conviver com Kyth se ele fosse como o irmão. Takemia é quieto, tem uma boa compostura e é bastante galanteador, devo admitir. Ele me jogou várias cantadas enquanto conversávamos. 

Saímos do shopping, recebemos carona do gêmeo do idiota até o apartamento. Eu e Kyth descemos assim que ele parou. 

– Qualquer dia desses, a gente poderia sair. – Falou Takemia, se curvando para poder me ver e eu fiz o mesmo. 

– Eu adoraria. – Sorrii e vi um braço tomar o meu campo de visão. Era Kyth, que apertou o botão para fechar o vidro do carro. 

– Foi mal, Takemia-yah. Estamos muito ocupados treinando. Te amo, tchau. Vá com cuidado. – Falou rapidamente enquanto o vidro se fechava. 

Mesmo lotado de sacolas, o garoto conseguiu me puxar para dentro do prédio. Assim que adentramos o elevador, consegui me soltar. 

– Qual é o seu problema? O seu irmão só estava sendo legal. – Resmunguei, o vendo fitar o indicador de andar com fúria. Mais alguns segundos e já estava esperando que lazer’s saíssem de seus olhos. 

– Eu não gosto quando as pessoas me ignoram, Lilly. – Cruzou os braços. 

– Era só entrar na conversa. – Ele falava como se a gente tivesse o ignorado de propósito, mas eu só estava conversando com seu irmão. 

– Não quero você saindo com ele. – Respondeu e o elevador se abriu. Kyth pegou minhas sacolas e começamos a andar em direção a porta. 

– Como assim? Por que? – Perguntei, o vendo parar para abrir a porta. 

– Só não quero. – Abriu a porta, invadindo o apartamento. Ele correu para o corredor feminino, entrou no meu quarto e logo saiu. 

Todos analisavam o seu jeito rápido de caminhar. Kyth parecia estar com pressa. Assim que chegou na sala, tropeçou no degrau que separava o corredor da sala, caindo no chão. 

– Eu estou bem. – Se levantou, indo para o seu quarto. No corredor, eu e Honey conseguimos ouvir o som de algo caindo no chão. – EU ESTOU BEM! – Gritou, em seguida, a porta fora fechada. 

Como assim, gente? Primeiro aquilo no provador e agora essa? Por que ele não quer que eu saia com o irmão dele?



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