História Half Bloods - Interativa - Lilly, Baby Sexy, and Ming, Savage Rapper

MinYo lançou um olhar irritado para Lillith, que continuou dançando uma coreografia original, desafiando-a a ir desligar a música por conta própria. O que acabou por fazer, em um impulso que a levantou, deixando que seus passos pesados até o aparelho de som parecessem mais raivosos do que realmente eram.

Quando a sala de prática ficou em silêncio, Lillith estalou a língua, olhando para Ming como se a reprovasse.

– Por que fez isso? – Indagou Lilly, observando Ming cruzar os braços com as sobrancelhas franzidas.

– Precisamos ensaiar sério, Baby Girl. – Lilly levantou uma sobrancelha ao ouvir o apelido.

– Estou ensaiando sério, Citric. – Revidou da mesma forma, ainda desafiando sua companheira.

– Precisamos da coreografia que deveríamos apresentar para o CEO, Lilly. – Ming choramingou, coçando os olhos com os nós dos dedos.

O cansaço na cara de sua amiga estava bem estampado, a deixando um pouco mal por vê-la daquele jeito, mas sem ousar demonstrar qualquer emoção. Era totalmente necessário que elas treinassem até desabar caso quisessem um dia chegar à altura do BTS, ou algum idol de tal porte.

Para Ming, tudo aquilo estava se tornando muito estressante, porém se recusava a se quer pensar em uma folga.

Antes que pudesse dizer para Lilly que elas tinham de recomeçar, e desta vez, a dança certa, uma leve batida fez as duas paralisarem.

– Com licença. – Uma mulher loira abriu a porta, fazendo uma leve reverência e abrindo um sorriso brilhante. – Lillith Park e Jyeong Minyo? – Os olhos escuros da mais velha varreram a sala, qual estava vazia com exceção da dupla.

– Somos nós. – Respondeu Ming, já que Lilly observava a loira como se ela fosse um E.T.

– Ainda bem. – A mulher largou a pose de autoritária e fechou a porta, deixando que seus braços caíssem ao lado do corpo, mostrando o como estava desgastada. – Sou Heajung, sou a manager do grupo que está para debutar, Half Bloods, e por acaso o grupo qual vocês duas foram selecionadas. – Seu sorriso pareceu dobrar de tamanho ao ver a reação de paralisia das duas garotas.

Lilly, recuperada do susto, deu um giro, vasculhando cada canto da sala de prática.

– Ok. – Sua voz saiu um pouco falhada, por ainda não estar acreditando plenamente nas palavras da estranha. – Onde você escondeu as câmeras?

Heajung observou a garota por alguns segundos até rir de leve e estender uma prancheta, aonde havia dois nomes com dados básicos do lado, como idade, cidade natal e sua especialidade.

Lillith deu alguns passos até conseguir pegar a prancheta e ler todos os nomes dos doze integrantes do tal grupo, que tinha ao lado os dados básicos, como idade, cidade natal e sua especialidade.

– Deus, ela não está brincando, Citric! – Lilly disse com a voz abafada por sua própria mão, que escondia o sorriso de orelha a orelha.

Ming também se aproximou para observar melhor a lista.

– Vamos... debutar? – Perguntou, olhando desconfiada para Heajung, que parecia irritada com o próprio salto.

– Claro! – Bateu palmas, ficando ao lado das garotas. – E vim aqui buscar vocês para virem conhecer as duas garotas que já consegui achar. Infelizmente, terei de percorrer o resto da BigHit procurando seus futuros companheiros. – Brincou, pegando a prancheta de volta quando Lilly a estendeu em sua direção. – Venham comigo. – Acenou com a cabeça para fora da sala, já indo para a porta.

– Você parece mais animada que nós. – Lilly disse, correndo para pegar a mochila, assim como Ming, que foi buscar seu celular no aparelho de som no outro canto da sala.

– Bem. – Heajung abriu a porta e manteve aberta com o pé, dando um sorriso sem graça. – Faz um bom tempo que espero algo grande como ser manager de um grupo como este. Vai ser uma grande aposta no ramo da música e posso admitir que também estou acreditando muito no futuro de vocês. Só quando o CEO admitiu o debut de um grupo misto, a mídia ficou louca. – Riu e as garotas deram um leve sorriso, saindo da sala.

– Vão ser mesmo doze? – Ming franziu o cenho, seguindo o corredor com uma ansiedade ardente no peito.

– Seis garotas e seis garotos. – Assentiu Heajung, virou o corredor, dando a visão do elevador.

– Grupo misto é muito arriscado... – MinYo observou Hea apertar o botão para descer.

– Concordo. Mas como comentei antes, as apostas em Half Bloods são grandes. Pela quantidade de membros, estão comparando com o EXO. – Sorriu Hea, lembrando-se do seu amigo, Baekhyun.

– Wow! Com o EXO? – Lilly arregalou os olhos, realmente espantada.

– Pois é. – Hea demonstrou ficar animada do mesmo modo, batendo palminhas.

O elevador se abriu.

– Já tem data prevista para o debut? – Lillith voltou a perguntar quando elas se comportaram no cubículo de metal e começaram a descer.

– Vai demorar um pouquinho, como um ou dois meses. Até mesmo quatro. Tudo depende dos preparativos e mais umas coisinhas... – Heajung pareceu ficar um pouco sem graça, clicando em um dos botões.

– Sem querer botar pressão, mas já botando. – Ming sugou um pouco de ar, observando os números que diminuíam.

– Quase isso. – Hea concordou, rindo de leve.

O elevador voltou a se abrir, revelando o corredor iluminado que já estava sendo muito familiar para a manager, que andou para a mesma porta de antes.

– Só tem duas garotas aqui e vou deixa-las sozinhas para se enturmarem. Logo trago o resto da “gangue”. – Brincou antes de abrir a porta sem mais nem mesmo, encadeando uma onda de gritos, que fez as três do lado de fora se assustarem automaticamente. – Aí, meninas, que susto! – Heajung exclamou, batendo o pé no chão.

Lilly e Ming notaram duas risadas nervosas de dentro da sala e observaram com olhos arregalados Hea fazer um sinal para elas entrarem.

Rapidamente obedeceram a ordem, ainda encarando a manager, esperando o resto das instruções.

– Quero apresentar a vocês o resto do HBLD. – A loira não esclareceu direito para qual dupla ela tinha se direcionado, mas pareceu que foi para ambas, então as quatro trocaram olhares tímidos.

Quando Hea saiu, dizendo que tinha de ir para que os integrantes se conhecessem ainda naquele dia, um silêncio constrangedor se instalou.

A garota espatifada no pufe azul, perto da TV, se levantou, sorrindo de orelha a orelha. Ela fez uma reverência.

– Olá! Sou Woo Chesyeo, mas podem me chamar de Honey. – Disse animadamente.

As duas garotas perto da porta, por incrível que pareça, pensaram na mesma coisa: os dentes brancos de Chesyeo eram idênticos aos de comercial de pasta de dente.

Ming foi a primeira se mover, imitando o gesto de Honey.

– Meu nome é Jyeong Minyo, porém prefiro Ming. – Falou formalmente, juntando as mãos na frente do corpo e tossindo para limpar a garganta.

Notando o desconforto da amiga, Lilly também fez a reverência.

– Citric também é uma das opções. – Brincou, sorrindo para Marie, que já tinha se levantado de seu pufe. – Lillith Park, ou Lilly, Baby Girl, como preferirem.

– Marie Wu. – Marie completou as apresentações e as quatro se observaram, inquietas.

– Não sou nada acostumada com esse tipo de clima tenso. – Admitiu Chesyeo, rindo.

– Quantos anos você tem? – Lilly largou sua mochila e se aproximou de Honey.

– Dezessete. – Chesyeo fez um gesto com a cabeça.

– Uma dongsaeng! – Lilly bateu palmas, olhando para Ming com alegria.

Ming assentiu e se sentou, assim como Marie.

– Quantos anos você tem? – Um vinco brotou na testa de Chesyeo.

– Dezenove. – Lilly se voltou para a mais nova com uma expressão muito animada.

– Unnie! – Sorriu Honey, entrando na brincadeira.

Lillith riu, pegando na mão de Honey e a arrastando até os pufes, propositalmente formando uma rodinha entre elas.

– Agora é a vez de vocês falarem suas idades. – Lilly declarou, cruzando os braços.

– Qual a necessidade disso? – Dessa vez, o vinco se mostrava evidente na testa de Ming.

– Integração. – Respondeu lançando um olhar fuzilador para a amiga. – E já que você não disse sua idade, eu mesma tomo a dianteira. Citric tem dezenove também.

Os olhares migraram para Marie, que quietamente fazia desenhos imaginários com o bico de seus sapatos no tapete. Ao perceber que era observada, levantou os olhos, vistoriando cada uma com um bico.

– Dezessete. – Murmurou, nem perguntando qual o assunto. Por mais que estivesse concentrada em sua arte “Da Vinci”, também ouvia a conversa.

Chesyeo estalou a língua no céu da boca.

– Jurava que era a maknae. – Suspirou tristemente.

– Que dia e ano você faz aniversário. – Marie riu de leve, vendo que a amiga afundou no próprio pufe.

– 5 de janeiro de 2000. – As três pareceram ficar um pouco surpresas com a data da garota.

– É. Você é a maknae. – Ming estava com as sobrancelhas levantadas, em puro sinal de surpresa.

– É mesmo, porque sou de 1999. 11 de dezembro de 1999, para ser mais exata. – Riu Marie, vendo que o rosto de Chesyeo se iluminou.

– Quem é mais velha entre vocês? – Honey perguntou para as duas mais velhas.

– Eu. – Ming levantou a mão de leve. – Nasci em novembro de 1996.

– Espera. Antes que Lilly unnie diga a data do aniversário dela, preciso anotar para eu fazer alguma coisa no aniversário de todo mundo. – Chesyeo se contorceu inteira para tentar puxar o celular do bolso de sua calça.

– Não acho isso necessário. – O nariz de Ming se retorceu com a ideia de a mais nova poder fazer algo muito radical, como lhe tacar ovo ou coisa do tipo. Mal conhecia Honey, mas sua personalidade animada a deixava desconfiada das loucuras que ela podia fazer.

– Que isso. Somos uma família agora, certo? Ao menos um mísero bolo. – Deu novamente o sorriso de comercial.

As três meninas ponderaram as palavras da mais nova.

De certa forma, ela estava certa, e por isso ninguém comentou nada quando Honey desbloqueou o celular, abrindo o que estava óbvio que eram as notas.

Marie repetiu sua data de aniversário quando Chesyeo lhe lançou um olhar questionador. A mesma coisa com Ming.

Quando Lilly começou a falar a data, a porta foi violentamente aberta e Honey caiu do seu pufe, estimulando que risadas se seguissem.

– Deus, Chesyeo, você está bem? – Hea entrou correndo com dificuldade (graças aos seus saltos) na sala ao ver sua dongsaeng jogada no chão com uma expressão facial assustada.

– Unnie! Qual o problema de abrir a porta normalmente, com um com licença e tudo o mais? Precisa arrombar e simular um ataque terrorista? – Chesyeo reclamava com a voz tremula enquanto se levantava e checava se seu celular estava inteiro.

Em compensação, o resto das garotas ria já com dores na barriga. As duas restantes também se encontravam na mesma situação.

A manager? Mordia o lábio para não soltar as gargalhadas.

Não deu nem dois segundos, Chesyeo ria igualmente as outras.

– E vocês? – Disse apontando para as três sentadas nos pufes, que se contorciam ao rir. – Nem pra filmar! – Bufou, voltando a se sentar.

– Não tivemos tempo de sacar o celular! – Marie conseguiu dizer ao tentar recuperar o fôlego.

– Ok. Me desculpem. Juro que entro com cuidado da próxima vez. – Heajung cruzou os dedos e os beijou, logo apontando para a porta. – Trouxe o que faltava das meninas. Agora as deusas estão completas e preciso correr para achar os deuses. – Suspirou, coçando uma sobrancelha. – Só espero que eu consiga achar eles rápido, assim como achei vocês. Vou indo. Cuidem uma das outras e já volto.