História Half Bloods - Interativa - Fighting

– Alguém bota música, por favor. – Reclamou Honey depois de um tempo que as garotas do Half Bloods se encontravam em silêncio dentro da van preta, esta que as levava em direção ao novo apartamento.

– Não. Vamos conversar. – Lilly, que estava um banco a frente do de Honey, juntou ambas as mãos em cima do colo e se virou para encarar a mais nova. – Como anda a vida, maknae?

Honey franziu o cenho com a expressão esperançosa que sua unnie mantinha em sua direção, mas ficou mais assustada pelas outras manterem a mesma expressão.

Soltou um riso leve.

– O que é isso? – Indagou, cruzando os braços e afundando no banco. – Estão me olhando como se eu devesse explicações de algo.

– E não deve? – Yunya franziu o cenho e Ming lhe deu um leve tapa no braço pela indiscrição. – Ah, qual é! Todos ouvimos a Hea unnie gritando no corredor!

Honey ficou vermelha.

– Unnie, concordamos que a Chesyeo iria decidir quando nos contar o que houve quando estivesse mais à vontade. – Marie defendeu a garota ao seu lado.

Silêncio. Todas ainda observando a maknae com expectativa.

– É um assunto delicado. Prometo contar, mas não pode ser agora que nossos sonhos estão tão pertos. Mesmo que pequeno, é algo que pode afetar nosso debut. – Honey respirou fundo. – Cheson’hamida. – Desculpou-se formalmente.

– Honey-ah, não precisa mais ser formal conosco. Somos suas irmãs mais velhas agora. – Eunhee sorriu, sentada em um dos primeiros bancos da van.

– Komawo. – Honey riu ao agradecer de forma informal.

– Agora que afastamos as formalidades, vamos aos palavrões. – Yunya bateu palmas.

– Ya, sem falta de educação. – Eunhee emburrou-se.

– Só entre nós, unnie. – Lilly brincou.

– Desde que não seja direcionado a ninguém. – Eunhee deu de ombros.

– E quando batermos com o pé na quina da mesa do apartamento? – Marie levantou uma sobrancelha.

– Daí até eu xingo. – Ming riu.

– Ya, será que é muito longe? – Lilly esticou o pescoço para conseguir ver o caminho que levava até o apartamento.

– Não sei, mas não acho que seja, já que teremos de ir a pé para a sala de prática. – Ming fez barulho de pum com a boca.

– Por que Hea unnie não veio conosco? – Honey se inclinou sobre o banco de Lilly, brincando com o couro deste.

– Ela disse que tinha de buscar a irmã mais nova dela. – Marie levemente olhou sobre a janela, procurando a van dos garotos, esta que estava mais para trás.

As garotas concordaram com a cabeça.

– Quem vocês acharam mais bonito dos garotos? – Yunya perguntou.

– Ahyu¹... – Ming soprou, batendo na própria testa.

– Deus do céu! Que demora! – Hoon reclamou, fazendo careta.

– Para de reclamar. – Minsoo bufou pelo seu hyung estar com as pernas em cima das suas coxas. – Você está achando que eu sou o que? Descanso para os pés que não, pô. Tira o cavalinho da chuva. – O mais novo empurrou as pernas de Hoon, este que ficou emburrado e mostrou a língua.

– Já começamos bem. – Notou Takumi, rindo da cena infantil.

– Isso é forma de demonstrar amor entre os integrantes. – Comentou Kyth, negando com a cabeça e a escorando no vidro da janela.

– Que nem o VIXX “cortando os pescoços” um dos outros. – Assentiu Yang, levando um tapa de Dave. – Que isso?

– Nossa “demonstração de amor”. – Dave fez aspas e os outros garotos soltaram gargalhadas com a “cara de paisagem” que o hyung fez.

– Então deixa eu te mostrar como te amo, Dave-yah. – Yang se ajoelhou no próprio banco para conseguir alcançar o loiro e lhe dar um tapa no pescoço, mas o mais novo tentou se desviar, quase caindo em cima de Kyth, que riu e se levantou, apoiando-se no banco de Minsoo.

– Hyung, foi um tapa e não uma tentativa de assassinato! – Dizia Dave desesperado, segurando os braços do mais velho, tirando risos dos outros integrantes.

– Depois é a unit feminina que é agressiva. – Hoon riu depois que o hyung se sentou, deixando o loiro quieto e dando a brecha para Kyth voltar a se sentar.

– Cala a boca se não o próximo a receber meu amor vai ser você. – Yang apontou o dedo para o garoto, que levantou as mãos em sinal de rendição.

– Ei, alguém pegou o número das garotas? – MinSoo franziu o cenho.

– Eu. – Takumi puxou o celular do bolso e procurou na lista de contatos o número de Eunhee, que era a mais velha entre as garotas, sendo assim, a responsável. – Aqui está. – Se inclinou sobre o banco e entregou o aparelho para Minsoo.

– Ok. Kamsa’hamida... – Agradeceu, mas sua frase foi cortada.

– Larga a mão de ser educado, aqui todo mundo é retardado. – Hoon disse, deixando que Minsoo adquirisse uma cara de “fala sério”.

– Aigoo... Miane. – Revirou os olhos, digitando no celular.

– O que vai perguntar? – Kyth pediu.

– Se elas têm uma ideia da onde estamos. – Minsoo fez careta.

– Eu sei aonde estamos. – Takumi assentiu com a cabeça. – No GPS diz que aqui se chama “Fim do Mundo”.

– Eu jurava que tu ia falar palavrão. – Hoon soltou uma gargalhada.

– “Puta que Pariu” também é um bom nome. – Takumi fez uma careta de “dá para o gasto”.

– Ahyu... – Dave riu soprado.

Enfim, as vans estacionaram em um prédio que não era tudo aquilo, mas tinha lá sua beleza.

Tinha 10 andares e paredes amarelas recém pintadas, as grades das sacadas tinham um tom bonito de vermelho e os batentes das portas da mesma cor. Conseguiam ver perfeitamente os enfeites que a sacada continha, que eram pingentes pendurados no teto com pequenos sininhos, mesas e cadeiras.

– Wow! Se tiver paredes de tijolos expostos, nunca mais saio desse lugar! – Honey disse animada ao ver o local.

As outras integrantes comprimiram as bocas e franziram as sobrancelhas com a fala da mais nova.

– Você é das antigas, Honey-ah? – Eunhee perguntou, colocando a mão sobre o ombro da maknae.

– Dá para dizer que sim. – Honey sorriu de leve e virou-se para os garotos, que saiam da própria van.

– Enfim, ar fresco! – Hoon declarou em voz alta.

– Nem foi tanto tempo. – Takumi riu.

– Foi. Muito. – Kyth suspirou, espreguiçando-se.

– Cadê a Hea noona? – Dave franziu o cenho.

– Foi buscar a irmã e não disse que horas voltava. – Ming coçou o pescoço.

– E agora? O que fazemos? – Lilly encheu as bochechas de ar.

– Entremos e pedimos ajuda para o porteiro. – Minsoo bateu palmas uma vez e andou a passos largos até a porta de vidro.

– Minsoo oppa, calma, não temos a suas pernas de girafa! – Marie reclamou.

Os outros riram, mas MinSoo fez uma careta, entrando no prédio.

– Não sabe brincar, sai do playground. – Honey riu, segurando a porta para os outros passarem.

– Que linda, até parece educada. – Kyth comentou.

Honey apontou um dedo para ele enquanto este passava.

– Te cuida, se não te derrubo e você nem percebe.

– Que medo. – Ele brincou, piscando um olho.

Honey riu e esperou Yunya passar para fechar a porta.

– Outra questão da vida, quem vai ter coragem de falar com o porteiro. – Yunya soprou o ar.

– Frescos. – Takumi andou até o balcão e sorriu educadamente para o homem do outro lado. – Olá! Desculpe incomodar, mas somos um dos grupos da BigHit e como nossa manager teve um pequeno imprevisto, não está presente. Poderia nos dizer em que andar e o número de nosso apartamento?

– Que polido... – Honey sussurrou depois que Takumi terminou de falar com o porteiro.

Alguns riram baixinhos.

– Ah, claro. Half Bloods, certo? – Eles assentiram. – Nono andar, número 903.

– Kamsa’hamida. – Takumi agradeceu com uma leve reverência, se encaminhando para o elevador. – Viu? Não foi um pesadelo.

– Claro. Você foi oficialmente declarado nosso orador. – Yang deu alguns tapinhas nas costas de Takumi.

– Eu vou sentar... – Honey murmurou, indo para a pequena área de recepção presente.

– Ué, não vamos subir? – Lilly indagou.

– É um elevador para doze gordos. Ainda não quero morrer, unnie. – Honey se afundou na poltrona mais próxima.

– Não somos gordos. – Yunya soltou um muxoxo.

– Mesmo assim. Estou sendo caridosa e deixando vocês irem primeiro. Só esperem para a gente entrar no apartamento juntos. – A maknae deu de ombros.

– Sou caridosa também. – Marie assentiu e foi até a segunda poltrona.

– Primeiro as damas. – Kyth deu de ombros, seguindo Mei.

Sem falar nada, Minsoo, Takumi e Eunhee também se aproximaram dos que estavam na recepção.

– Sou ambicioso. Quero uma cama logo. Se vocês não estiverem lá em cima em cinco minutos, vou abrir o apartamento. – Hoon riu.

– Você é um oppa malvado... – Honey negou com a cabeça.

Hoon mandou beijo para a garota e as portas dos elevadores se abriram, dando espaço para os seis restantes subirem.

– Honey-ah... – A maknae levantou os olhos para Eunhee que parecia um pouco perdida nos próprios pensamentos. – Posso conversar com você um instante? – Os olhos da mais velha parecerem a perfurar quando se encontraram.

Honey assentiu e se levantou, seguindo a mais velha para uma área um pouco distante.

– Sei que estou te pressionando para te contar o que aconteceu, mas só queria pedir para não deixar todos tão curiosos. De certa forma, isso afeta a confiança dos outros, sabe... – Eunhee respirou fundo, vendo a garota mais baixa ficar vermelha.

– Tudo bem. Eu vou contar. Mas tudo bem, por hora, só ser para você? É que isso pode mesmo afetar no debut... – Suspirou Honey, brincando com os próprios dedos.

Do outro lado da sala, Marie e Minsoo pareciam brincar de jogo do sério entre si. Takumi, percebendo a brincadeira entre os dois, bateu o pé fortemente contra o chão, fazendo Minsoo piscar.

– Ganhei! – Comemorou Marie, jogando os braços para cima.

– Ya, isso foi roubo! Complô contra mim! – Minsoo bufou indignado, vendo Takumi, Kyth e Marie rirem da sua cara de criança que acabou de perder o brinquedo favorito.

– Façam menos barulho. – Eunhee riu, voltando para perto deles.

Honey vinha atrás, um pouco acanhada e digitando algo no celular.

– O que houve? – Marie perguntou, preocupada com o silêncio de Honey.

– Uns problemas. – Honey lançou um olhar para Eunhee, que franziu o cenho, adquirindo uma expressão muito parecida com a de Marie.

– Não quer ligar para Hea unnie? – A mais velha indagou.

– Ani. Vamos conhecer o apartamento. – Honey tossiu um pouco e andou para as portas do elevador, aonde o mostrador indicava que este descia até o térreo.

Quando os seis restantes subiram, encontraram os outros perto da porta do apartamento, já se preparando para abri-la.

– Você é muito apressado! – Reclamou Honey, correndo para alcança-los e parando ao lado de Hoon, este que mantinha a mão na maçaneta.

– Vocês que são lerdos! – Ele fez careta e abriu a porta antes mesmo de Takumi, Kyth, Minsoo, Marie e Eunhee chegarem perto do grupo.

– Esse lugar é lindo! – Gritou Honey, correndo pelo corredor e saindo na sala, esta qual tinha um tapete, três sofás e uma TV. A direita se seguia um corredor e a esquerda, outro. Cada um tinha três portas.

– Realmente, eu não esperava que fosse tanto. – Concordou Yang, sorrindo.

– Marie, corre aqui que tu vai dividir quarto comigo! – Honey tirou os sapatos rapidamente e foi de encontro ao corredor da direita.

Marie também tirou os tênis e correu para alcança-la.

Todos entraram e retiraram os sapatos.

– Ya, meninas, isso a Hea unnie que decide! – Eunhee suspirou.

– Os quartos já estão decididos. – Heajung comentou na porta, parecendo um pouco ofegante e de cabelos bagunçados. Todos se assustaram com sua aparição. Ela chutou os saltos para longe. – Cheson’hamida. Minha irmã me viu e me abraçou tão forte que caímos no chão. Faz tempo que não nos vemos. Ela está na casa dos meus pais agora, mas depois vou ter que ir busca-la para passar o fim de semana no meu apartamento. Espero que não se importem de ela ficar vendo o ensaio de vocês.

– Vai ser nossa primeira fã. Apoio. – Takumi brincou.

Hea sorriu, entrando no apartamento e fechando a porta.

– Vamos esperar as garotas voltarem dos quartos para eu poder explicar como as coisas vão ficar. Depois disso, vocês podem subir um andar, que é onde está a sala de prática e escolhem se já começam a preparar o pré debut ou não. – Juntou ambas as mãos na frente do corpo e respirou fundo.

Quando Honey e Marie voltaram, ambas se sentaram ao lado de Minsoo e Hoon, aguardando Hea começar a falar.

– Ok. O debut de vocês ainda não tem data prevista, mas esperamos que seja no fim do ano ou até mesmo antes. Tudo vai depender de como o pré debut vai ser recebido. Vocês sabem que grupos mistos não são muito bem vistos neste universo, mas a empresa tem muitas expectativas sobre vocês. Half Bloods irá ter seu debut aqui na Coreia e no Japão. Vai ter algumas músicas que vão ser destinadas apenas a unit masculina e outras, apenas para a feminina. Mas a maioria será com todos juntos. Outra coisa que tenho de explicar são que vocês formarão casais, quais vou dizer agora. Nas coreografias, vocês terão de dançar junto com seu par. – A manager passou os olhos por todos os integrantes, que assentiram, esperando a continuação. Heajung retirou seu celular do bolso e o desbloqueou. – Ok. Os casais não são por idades ou coisa parecida. São: Yang e Eunhee, Takumi e Ming, Dave e Yunya, Lilly e Hoon, Minsoo e Marie e Kyth e Honey. Agora as posições. Vocals serão Yang, Takumi, Eunhee e Yunya. Dancers: Dave, Kyth, Ming e Lilly. E os rappers: Hoon, Minsoo, Marie e Honey. Não tenho o que falar. Agora, se quiserem, podem subir. Se não, fiquem aqui arrumando o apartamento. Só não saíam do prédio. – Essa frase em especial pareceu ter sido lançada a maknae, que assentiu. – Amanhã, começaremos com os detalhes originais do pré debut. Qualquer dúvida, me liguem. O Yang tem meu número. – Heajung sorriu. – Vou ter que ir pegar minha irmã. Fighting, Half Bloods! – Ela levantou o punho e todos repetiram, falando as mesmas palavras de força.

A loira se encaminhou para fora do apartamento do grupo, os deixando sozinho.

– Que sono. – Comentou Honey.

– Preguiçosa. Quem vem comigo ver a sala de prática? – Mei se levantou, sorrindo.

– Estou muito ansiosa, não sei nem se consigo andar. – Comentou Ming.

– Que tal assim. – Hoon se levantou, obrigando Marie a se sentar novamente. – Encomendamos algo para comer, alguém aqui com certeza deve ter um notebook e procuramos algum filme para assistir, ou fazemos maratona de séries. – Ele deu de ombros, dando um sorriso vencedor.

– Gostei da ideia. – Takumi concordou, olhando os outros integrantes.

– Eu também. Mas não pode ser filme de terror. – Murmurou Honey, puxando as pernas para cima do sofá e abraçando os joelhos.

– Filmes de terror não. – Hoon disse autoritário, olhando para os outros como se os desafiasse a dizer ao contrário.

– Poltergeist? Não dá medo. – Lilly deu ideia.

Honey lançou um olhar assustado para ela.

– Quando eu vi esse filme, eu não me assustei com os fantasmas, mas dei um berro quando o esquilo saiu correndo. – Admitiu a maknae.

– Vamos ver algum filme engraçado, então. – Yang deu de ombros.

– Eu faço a pipoca. Isso se tiver alguma coisa na cozinha. – Marie se levantou, indo para o lugar que havia comentado.

– Vamos ver algum filme do Jim Carrey. – Minsoo deu ideia.

– Isso. Esse cara é um gênio. – Honey concordou.

– Ok. Maratonas de filmes de comédia, então, e depois, vamos dormir. – Eunhee bateu palmas

Era por volta das 8 da manhã quando Heajung estacionou o carro no estacionamento subterrâneo do prédio do dormitório de Half Bloods.

Ela segurava um copo de café em uma das mãos enquanto a outra digitava no celular algo para o CEO da BigHit. Naquele dia estava mais confortável, com calças jeans, camisa social com a barra enfiada dentro da calça e tênis vans, junto com seus óculos escuros. Sua irmã mais nova, de 15 anos, vinha logo atrás.

– Unnie, você não devia estar com roupas mais arrumadas? – Brincou Heayeon, arrumando a mochila nas costas, já que por uma grande sorte, suas aulas tinham sido canceladas.

– Ontem eu vesti roupas mais arrumadas e passei metade do dia caindo. – Suspirou a mais velha, entrando no elevador e clicando o botão do andar do dormitório. – Olha, você realmente não quer ir para a casa da sua mãe e do seu pai e depois eu busco você quando terminar? – Retirou os óculos, olhando para a irmã enquanto o elevador subia.

Heayeon negou, respirando fundo.

– Eles também são seus pais, unnie. – Yeon murmurou.

– Para eles, sou apenas uma madrinha que gosta de passar tempo com você. – Hea deu de ombros, tomando um pouco de seu café.

– Vocês poderiam tentar se resolver. – Yeon tentou de novo, batendo um pé.

– Ani, fale com eles. Se fosse por mim, isso não teria nem começado. – Heajung negou com a cabeça, vendo a porta abrir e saindo para o corredor.

– Aigoo, vocês são tão cabeça dura. – Reclamou a mais nova.

Heajung ignorou a fala e parou na frente da porta do dormitório, apertando a campainha.

Yang e Eunhee, que eram os únicos acordados e estavam tomando café, assustaram-se com o sino que soou pelo lugar.

– Quem é? – Eunhee indagou, ainda com voz de sono.

– Não sei. Vou lá ver. – Yang saiu de um dos bancos da cozinha e andou de pés descalços até a porta. Olhou pelo olho mágico e abriu a porta, sorrindo para Heajung. – Annyon’haseyo. – Cumprimentou, curvando-se.

– Annyon’haseyo, Yang-ah. – Heajung sorriu, guardando o celular, segurando a mão da irmã e também se curvando. – Desculpe aparecer tão de repente e tão cedo, mas já temos que começar a treinar o mais rápido possível. Ah, e essa é minha irmã mais nova, Heayeon.

Yang cumprimentou a irmã de Heajung, dando espaço para ambas entrarem.

– Os outros ainda estão dormindo? – Hea perguntou ao ver Eunhee saindo da cozinha, lutando para pôr as pantufas.

– Ne. – Assentiu Eun, fazendo uma breve reverência para as irmãs. Elas retribuíram.

– Poderiam acorda-los para subirmos, por favor? – Hea fez uma cara como se desculpasse e Eun riu, assentindo. – Kamsa’hamida.

– Sem problemas, unnie. – Eunhee sorriu e andou para o corredor dos quartos das meninas.

– Vou acordar os meninos. – Anunciou Yang antes de seguir para o corredor esquerdo.

– Sente-se, Yeon-ah. – Heajung respirou fundo e se sentou, vendo Yeon fazer a mesma coisa, olhando em volta.

Nos quartos, a primeira vítima de Eunhee se tratava de sua colega de quarto, Yunya. Esta dormia tranquilamente embaixo das cobertas, com uma expressão de paz. Mas Eunhee ignorou tudo aquilo e puxou os cobertores, os jogando no chão. Yunya reclamou, virando-se na cama e tateando com as mãos em busca de suas mantas.

– Ya, unnie... – Reclamou ela em um sussurro, encolhendo-se no colchão.

– Ya nada, acorde. Hea unnie veio aqui para começarmos a ensaiar. Se quiser debutar rápido, isso é preciso.

– Mas é muito cedo! – Yunya bufou.

– Exatamente. Levante. – Eunhee saiu do quarto, sem dar satisfação nenhuma e repetiu o mesmo processo nos quartos de Ming e Lilly e Marie e Honey.

No corredor da esquerda, os primeiros a serem tirados brutamente de seus casulos quentinhos foram Takumi e Kyth, já que se Yang fosse acordar Hoon, ia levar um murro na cara.

– Acordem, crianças! A luz brilha lá fora e a Hea noona nos chama. – Yang dizia com uma falsa voz de desenho da Disney, indo abrir as cortinas do pequeno quarto.

– Mande a Hea noona voltar mais tarde e quem saiba, eu pense em sair daqui. – Kyth murmurou sonolento.

Takumi pareceu nem ouvir.

– Sério, eu preciso acordar o resto dos meninos e vocês sabem que para tirar o Jihoon da cama vai ser uma luta, então façam o favor e deixem isso mais fácil para mim. – Yang disse e saiu, partindo para o quarto de Dave e Minsoo.

Em 15 minutos, todo o grupo estava reunido na sala, todos com caras de sono e pijama. Honey ainda dormia com a cabeça no ombro de Kyth, este apenas fitava o tapete da sala.

Takumi, Yunya, Ming e Dave estavam de pé, segurando xícaras de café. Minsoo sentava-se no braço do sofá, com Marie ao seu lado, quase dormindo com as pernas encolhidas e a testa entre os joelhos. Yang e Eunhee estavam perto da cozinha, apoiados na porta. Hoon e Lilly estavam apoiados um no outro no mesmo sofá que Honey e Kyth.

– Gente, me desculpem por acorda-los tão cedo, mas é que é preciso para o começo do projeto. Vou deixar que vocês se arrumem, tomem café e estarei esperando na sala de prática. – Hea sorriu e saiu, sendo acompanhada por sua irmã.

– Ya, é cedo demais para pensar em treinar algo. – Murmurou Lilly.

– Vamos, pessoal. – Yang bateu palmas, entrando na cozinha.

– “Vamos, pessoal”. – Honey imitou a voz dele, fazendo Kyth rir pelo nariz.

– Fighting. – Alguém disse e os outros repetiram, indo para seus respectivos quartos para se trocarem.