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História Your Song - My Song


Escrita por: CandyVanD

Notas do Autor


Olha quem voltei! hahahahaha
Meus amores, reescrevi a fic, espero que gostem <3

Avisos:
Jennifer representada por Emília Clarke.
Janet Van Dyne por Ashley Benson.
Hank Pym por Chord Overstreet.
Leonard Samson (Sansão) por Sam Heughan.

Nossa capa foi feita pela @_repear

Usarei algumas coisas do MCU, mas a maior parte da fic é com base nas HQs da Mulher Hulk.

Jennifer Susan Walters (Mulher Hulk) é uma personagem da Marvel, assim como os demais. Porém, isto é uma fanfic, traços dela como ser fã de reggaeton e o hobbie como musicista são adaptações minhas, por favor, sejam respeitosos com a ideia do amiguinho. Todos contra o "Ctrl C" e "Ctrl V".

Por favor, sempre que possível, me deem retorno, digam o que estão achando.
O feedback de vocês é o que move as autoras daqui :)

Sem mais delongas, boa leitura! ♥

Capítulo 1 - My Song


Fanfic / Fanfiction Your Song - My Song

O vazio pode ser prazeroso quando devidamente apreciado, porém, ultimamente Strange tem o encarado como um devorador lento com natureza cruel...

O dia não começara bem.

Faz um tempo que a culpa por ser um Illuminati ao lado de Namor, Professor Xavier, Senhor Fantástico, Homem de Ferro e Raio Negro, pesa na alma. Enviar Hulk ao Espaço fora uma tremenda burrice, um gesto impulsivo até mesmo a eles que são tão soberbos, doutores das próprias verdades. Governar o mundo secretamente junto aos grandes líderes parecia uma exímia ideia, entretanto, já faz um tempo que se sente péssimo ao ter que mentir, omitir, se esconder. 

Tenta se distrair, treinar algumas magias, ler alguns dos livros que já fazem poeiras na estante coordenada por Wong, mas nada vinga, nada consegue sanar o silêncio acusador de verdades. Chega a deitar no carpete, um gesto desesperado de pura agonia. Grandes filósofos descreveram o silêncio sendo o maior ditador de verdades, mas eles não explicaram a metanoia que vem através disto. 

[...]

No horário do almoço, opta por um chá.

Observa a vida através das cortinas que balançam à medida que transforma o líquido em vinho, cerveja, água, licor e até mesmo suco de frutas. O riso de um menino que corre através de uma bola, o faz lembrar-se da infância: Filho de Eugene e Beverly Strange. Nasceu na Filadélfia. Dois anos depois, sua irmã Donna nasceu na fazenda da família em Nebraska.

Os poucos momentos felizes que tivera com a família voltam para atormentá-lo.

Sua predestinação envolve o título de Mago Supremo, mais uma história mal contada e mal digerida. Karl Mordo atormentou-o desde criança com demônios, continuou com seus gestos cruéis até que Stephen chegasse à idade adulta. Mesmo que ainda existam marcas dessas experiências e da estrada fria que o levara até ali, tem certeza que Mordo fez isso enciumado a uma criança que no futuro seria melhor que ele.

Por algumas vezes ri, move a cabeça em negação, por bastante tempo se guiou pela fé de ser melhor que Karl. Hoje, parece mais um feiticeiro oferecendo trabalhos através das cartas de Nova Orleans, do que um Mago Supremo.

Os reflexos de sua canção amargurada, confusa e vazia projetam sombras nos corredores do Sanctum Sanctorum. 

[...]

Nem mesmo o silêncio é capaz de vencer uma mente barulhenta, Jennifer sabe disso. Se sente frustrada por olhar no espelho e ver apenas uma mulher de meio metro, totalmente sem graça. Força um sorriso ao colocar novamente o pijama. A pele pálida revela que a febre continuará por mais algum tempo, os olhos fundos apontam cansaço. A primeira lágrima que escorre, indica-a que é humana, que também está fadada a cair.

O dia não está sendo um dos melhores, é tão vazio que a faz se jogar por debaixo dos lençóis. 

Olha novamente as mãos alvas, tão claras que consegue enxergar as veias. É estranho e deprimente. Nada se iguala ao esmeralda das mãos da Mulher Hulk, sorri ao concluir que seu alter-ego nunca se abateu por qualquer tipo de enfermidade.

Quando foi salva da morte por Banner, seu primo que lhe doou sangue, fazendo surgir à temida e selvagem Mulher Hulk, por muito chorou, odiou a si mesma, tivera muitas dificuldades no início, sendo controlada pelas emoções e causando verdadeiro estrago. Hoje vê a Hulkinha como um escudo, uma melhor versão de si mesma, mais alegre, mais sexy, mais bela, mais forte e menos desinibida. Não conseguir mais se transformar, ter dificuldades para levantar algo com mais de dez quilos, deixa-a totalmente frustrada. 

Levanta devagar, quase se arrastando, mas o suor começa a transbordar pelos poros, sinal de melhora. Alguns passos, nota a capa de seu violino, este que abandonara assim que começara a trabalhar nas Unidades Caça-Hulk sob o comando da S.H.I.E.L.D.

Agacha-se diante a ele, pede perdão ao tirar a poeira, é delicada, faz carinho em cada uma das cordas antes de acomodá-las sob o peito.

Na primeira nota, é explícito que se trata de uma canção melancólica, essa que tem o poder de questionar até os pensamentos mais sombrios. Mais algumas notas de improviso, olha pela janela, vê que já está para anoitecer. A escuridão somada às nuvens cinza faz a melodia ficar mais agressiva, menos ritmada. Walters toca para colocar seu espírito animal para fora sem perder a humanidade, visto que há uma fera extremamente louca dentro dela gritando por liberdade. 

[...]

Stephen levita de olhos fechados. Concentra toda sua energia em imaginar Clea de volta a seus braços. Consegue sentir o toque da mão aveludada da falecida senhora Strange. Finalmente sorri. Está cada vez mais entregue ao seu devaneio, mexendo os lábios, desejando que a tão amada mulher possa ouvir. Um momento de prazer finalmente se inicia. Permite-se chorar, um ótimo modo de colocar suas angústias para fora sem perder a soberba.

Ouve dois corações batendo neste local tão exilado, mas o outro não é de sua esposa. Abre os olhos, escuta a campainha tocar. Sabe quem está ali, por isso nem levanta a guarda. 

Apenas abre a porta, puxa o homem até onde está, sorri ao ver que finalmente alguém precisa dele. Tem sentindo-se inútil, fraco e depressivo desde que Os Illuminatis se auto-intitularam uma salvação ao mundo moderno. Há dias convive com pessoas que conseguem até mesmo serem mais ufanas que ele. Receber uma visita inesperada de alguém tão gentil pode ser um bom sinal.

— Perdão por vir sem avisar! — Leonard diz, olha assustado as paredes do Sanctum, foi tudo muito rápido. — Doutor Strange, peço desculpas! — aperta as mãos do mago. — Desculpa!

— Sem problemas, Doutor Samson.

— É um assunto de extrema importância!

— Consigo sentir sua aflição. — sorri gentilmente. — Venha, vamos tomar um café.

[...]

Stephen não é um homem gentil, mas acaba cedendo a ser cortês com Leonard Samson, que além de ser um de seus poucos amigos, é um homem de cordialidade ímpar, o que ficara claro com a Guerra Civil, onde o psiquiatra mesmo ao lado de Tony, violou o Tratado e deu assistência ao time rival. 

Já faz alguns minutos que o homem de longos cabelos verdes narra com aflição algo que o anfitrião ainda consegue entender.

— Tentei psicoterapia e suas grandes vertentes, mas acho que a magia de Maximoff afetou-a e...

— Calma! 

Vocifera, o homem está tão inquieto que brada, gesticula, em pé encostado a pia da cozinha, quase vomitando todas as informações que têm. 

— Sente-se, por favor. — diminui o tom, aponta a cadeira ao lado. — A magia da Feiticeira Escarlate afetou quem? Você está falando desde o trajeto até a cozinha e ainda não entendi absolutamente nada!

— Jennifer Susan Walters.

— Mulher Hulk?! — questiona, mexe na barba. — Ela não está trabalhando na S.H.I.E.L.D. como uma das marionetes do Stark? Onde Wanda entra nesta história?

— Não mais.

Senta de frente ao amigo.

— Leonard, por favor, seja preciso e me diga como posso ajudar! — diz impaciente, mas tenta controlar o tom de voz. — Acalma-se, beba este chá.

Faz a xícara aparecer nas mãos do médico, depois faz com que pare de tremer. O Doutor aceita, murmura um “obrigado”, dá goles antes de começar.

— Jenni não consegue se transformar na Mulher Hulk. Nos últimos momentos que assumiu a forma da Gigante Esmeralda, não tinha força alguma. Uma mulher de dois metros com a força de uma menina que não pesa mais que cinquenta quilos. Achei que fosse a psique insegura e controvérsia que estava impedindo, mas me enganei. Agora tenho quase certeza de que a magia que a afetou. Pode me ajudar?

— Por que fica tão nervoso com um problema que não é seu? 

— Ela é como minha irmã mais nova. — confessa, olha o chão. — Eu a amo e os problemas de quem amo são meus também. — olha o Mago. — Consegue entender?

“Não mais.”. — É o que pensa. 

Passa as mãos no rosto, avalia a situação como um todo: Leonard é uma das poucas pessoas que lhe despertam afeto. Acha cativante como o amigo se compadece da dor de terceiros. O homem de aparência heróica sempre teve humildade para admitir quando está errado ou quando não consegue fazer algo. Contrário dele que se viu metendo os pés pelas mãos diversas vezes só para não assumir que estava sendo inverídico.

— Sinceramente, não consigo entender, mas conte comigo! 

— Jura?! — sorri. — Não sabe o quanto me deixa feliz! Muito obrigado, Doutor Strange!

— Pode me chamar de Stephen. — sorri. — Não aceito formalidades vindas de você. Quando começamos?

— Imediatamente! Minha Doce Criança nos aguarda!

“Minha Doce Criança!”. — Pensa em como as pessoas ainda podem ser amáveis.

[...]

Chegam a uma casa sem luxo, de aparência simples, porém aconchegante. O som de um violino desafinado ecoa a cada passo que dão. O Mago sente seu coração apertar. A música vinda do quarto de sua nova “paciente” traduz perfeitamente sua ágil depressão. 

É convidado a sentar quando Samson chama a versão feminina do Hulk, mas não está confortável para tal ação, esboça curiosidade na tão falada guerreira. 

Leonard sobe alguns degraus, continua gritando:

— Jenni?!

A música finalmente cessa. 

A figura de uma mulher pálida e maltrapilha aparece descendo as escadas. 

— Essa é a tão temida e selvagem Mulher Hulk? — é tudo que consegue perguntar, é tudo que consegue pensar. — Você?

— Não mais. — a voz cansada de alguém que parece carregar o mundo inteiro nas costas responde. — Nem sei se um dia voltarei a ser!

Arqueia uma das sobrancelhas, olha-a de cima a baixo, vê que suas roupas e postura não condizem a uma heroína, tampouco uma advogada de prestígio mundial. Contudo, prometera ao amigo que cuidaria dela. Para isso, primeiramente precisa entendê-la. 

— Pode nos deixar a sós?

— Claro, Stephen! — beija a testa da moça. — Fique bem, minha Doce Criança!

Os doutores se despedem com um abraço.

Quando o barulho do portão é ouvido de dentro da sala, Strange quebra o silêncio:

— O que a Wanda disse exatamente?

— Que todos aqueles que odeiam minha forma Gama não podem enxergá-la. Quem odeia a minha identidade civil, não consegue me ver como Jenni. Olha pra mim e enxerga apenas a Hulkinha. Quem odeia a Hulkinha, olha pra mim e vê apenas a Jenni.

— Isso é bastante interessante. — encara-a. — Tem muitos inimigos, Doutora Walters?

— Muitos!

— Sabe que isso é um reflexo de sua competitividade e arrogância, certo?

— Estamos falando de mim ou de você? — lança-lhe um olhar desafiador. — De quem pertence essa fala?

— Acredite ou não, essa não é a minha canção. 


Notas Finais


JÁ COMEÇA NAQUELE PIQUE
AAAAAAAAAAAAAAA

O que estão achando? <3

Leonard na forma gama:
https://alchetron.com/Doc-Samson#doc-samson-885ead69-d2b6-4366-acde-d105e97c829-resize-750.jpeg

Como temos muitos personagens que não foram para os filmes, podem tirar suas dúvidas comigo! <3


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