História Halo Part II, Toda Sua. - Pra Você Guardei o Amor

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo os meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra Você Guardei o Amor (Part. Ana Cañas)

Nando Reis

- que saudade.

- já entendi você vai acabar me quebrando.

- chata.

O bico abissurdamente grande da Debora me fez sorrir.

- Ela ainda está no pós operatório você quer mandar ela para o

hospital de novo?

Disse Miguel me cumprimentando com um beijo no rosto indo

sala a dentro assim como minha irmã que já havia se apossado

do meu sofá.

- onde estão aquelas coisas fofas?

Débora esfrega a palma das mãos com um sorriso ilustrando o

seu rosto.

- estão no quarto com o pai, que bom que conseguiram vir.

- graças a Deus nosso plantão não caiu esses dias e estamos de

férias até o início do mês que vem.

Débora fez uma afirmativa com a cabeça confirmando o que

Miguel acabara de dizer.

— oi. Ele disse beijando a bochecha de minha irmã de modo afetuoso.

Cumprimentou Miguel e olhou para nós.

—estava esperando só vocês chegarem, as meninas estão no quarto tá? Eu vou sair só um instante e já, já eu volto.

Disse Bruno já passando por mim com as chaves em mãos depois de se despedir de mim com um beijo caloroso.

— onde você vai?

Digo franzindo os olhos para ele que já tinha a maçaneta da porta em mãos.

— vocês vao ver.

Disse ele já sumindo além da porta e eu por natureza já fiquei curiosa.

— nossa, ele estava com pressa.

Proferiu Debora já no corredor do segundo andar a caminho do quarto das minhas lindinhas.

— estava mesmo.

O que será que ele esta tramando? Pensei  enquanto abria a porta do quarto.

Debora simplesmente não disfarçou o deslumbre em seu rosto quando ela viu as gêmeas. Seria a primeira vez que ela as veria mesmo que eu tenha enviado algumas fotos por mensagem nada se compara o prazer de vê-las pessoalmente, dias antes ela me disse que as fotos haviam deixado ela mais ansiosa.

— e eu? Quando vou ganhar meus sobrinhos?

Sorri ao ver Miguel corar e Debora pigarrear, adorava deixar ela sem jeito. Era divertido.

— pergunta pra Debora.

Disse Miguel ainda parecendo desconcertado, olhei para ela que parecia se recusar a me fitar, isso vai ser bom. Pensei.

— o que foi? Não estão dando conta?

Certamente deve ter brotado um sorriso maroto em meu rosto.

— depois conversamos sobre isso ok?

Desfiz minha feição da minha face percebendo que o assunto era serio.

Os paparicos e puxões nas bochechas vieram inevitavelmente e ao longo do dia eu não tive uma noticia se quer do Bruno. Além do que o assunto inacabado da minha irmã me deixou de meio modo intrigada.

— vocês se importam de ficar com elas enquanto eu tomo um banho decente?

Indaguei ao ver Debora e Norma com as bebês recém amamentadas nos braços.

— claro que não querida, pode ir.

— deixa eu curtir as minhas sobrinhas.

 Deixei elas com Miguel na cozinha e me direcionei ao nosso quarto.

A primeira vez naquele dia eu tentei ligar para ele mas foi inútil já que deu desligado o que me fez bufar arremessei o aparelho que foi parar no meio dos nossos travesseiros na cama.

Como minhas crias estavam em boas mãos  me permiti demorar um pouco mais no banho, coisa a qual eu não havia feito desde sei la quando. Enquanto eu passava as mãos no corpo pensava em como esse mundo era novo pra mim, ser mãe era como se as portas de outro universo se abrissem pra mim, me fez pensar que eu faria qualquer coisa por aquelas fofuras, era um amor tao forte, profundo e... era amor porque era tao impossível de encontrar a única palavra que pudessem classificar o sentimento que elas me causavam.

Enquanto buscava por algo confortável no closet eu não pude evitar de ouvir a porta abri e seu perfume tomar o quarto imediatamente, o que por alguns segundos me fizeram fechar os olhos.

No entanto, como fiquei sem noticias o dia todo permiti meu orgulho dar as caras. E me recusei dar um passo para ir ao seu encontro.

— oi.

Seu sussurro percorreu o meu corpo como uma descarga elétrica e a minha preocupação se misturou com outra sensação que ele me causou. Mesmo que ainda não tivesse me tocado e se quer eu tenha me  dado o trabalho de me virar para encara-lo.

— oi Peter.

Digo apenas isso ainda me entretendo com as minhas roupas intimas e com um roupão envolvido em meu corpo.

— vim chamar você pra vir pra sala.

Após isso tudo que eu ouvi foi a porta fechar calmamente, suspirei em fim escolhendo o que vestir.

— não acredito.

Sorrio descendo as escadas já com um vestido azul simples que eu havia escolhido.

— foi o que eu disse a ele quando vi isso tudo.

Minha irmã tinha um sorriso de criança nos lábios o qual eu já conhecia.

— obrigada.

Lhe agradeci com um beijo quando em fim nos aproximamos, ele havia comprado presentes e até mesmo uma arvore de natal a qual ainda estava toda desmontada mas pelo olhar da minha irmã seria por pouco tempo.

—  por que você sumiu o dia todo?

Eu estava preocupada sabia?

Meu bico o faz sorrir.

— eu queria fazer uma surpresa mas não queria te deixar preocupada, desculpe.

Me envolveu em seus braços como um cordão de isolamento assim que eu me juntei a ele.

—omo foi por um bom motivo eu perdoo você, mas não faça mais isso.

Dou um tapa leve em seu braço.

— como foi o dia com a sua irmã?

— legal, mas acho que ela tem algo serio pra me contar.

— por que?

— ela não me disse.

Eu dou de ombros.

— e então? O que você tem pra me contar?

Peguei o anjinho que estava próximo a nós e eu a vi olhando pela janela quando pegou uma bola dourada de dentro da mesma caixa.

— como não estávamos conseguindo ter um filho pelo método convencional...

Disse Debora dando um sorriso sem humor.

— eu fui fazer exames para ver o porque não estava gravida ainda.

Seus olhos pareceram mudar repentinamente.

— você esta me deixando nervosa, me diz.

Insisti já que ela estava muito hesitante.

— Ella eu não posso ter filhos.

Indagou ela abaixando o olhar e eu ao contrario arregalei o meu.