1. Spirit Fanfics >
  2. Halo Part II, Toda Sua. >
  3. Right Here Waiting

História Halo Part II, Toda Sua. - Right Here Waiting


Escrita por: LOOHOOLIGAN

Capítulo 17 - Right Here Waiting


Toda mulher leva um sorriso no rosto e mil segredos no coração —

Clarice Lispector.  

Bruno on

 

— eu simplesmente não sei o que te dizer cara, sinto muito é o mínimo.

De fato o que eu disse era verdade, não tinha a menor ideia do que dizer ao Miguel, como as garotas estavam arrumando a arvore de natal eu me dispus a ficar com as crianças enquanto isso.

Elas nos olhavam quietas de dentro dos seus carrinhos e apesar da conversa estar boa de vez em quando eu olhava para as duas.

O sol estava agradável por ser inicio de dia, e como era domingo não havia o que faz

O sol estava agradável por ser inicio de dia, e como era domingo não havia o que fazer hoje.

— não tem problema, eu só gostaria de saber qual é a sensação de ser pai.

Disse Miguel ainda fitando o chão do jardim, estávamos a beira da piscina e o vento cortava o silencio.

— mas você sabe que existem outros meio, já pensaram em adoção?

Pergunto curiosamente com a mao vagamente encostada em meu queixo.

— na realidade não sentamos para conversar sobre isso, ela... ela apenas me pediu para ter paciência que ainda iriamos esclarecer as coisas.

Acenei afirmativamente, fomos interrompidos pelos pulmões aguçados de Beatriz qua começou a chorar repentinamente. Logo fomos para o quarto delas.

— Meu Deus o que a sua mãe da pra você comer meu Deus.

Comentei com a mao no nariz constatando que o problema era além de fome, Miguel sorriu comigo assim que eu disse isso.

— tá ai a primeira desvantagem.

Comentou ele ainda com um sorriso nos lábios. Chamei Norma para que nos ajudasse.

 

Ella on

— isso tem afastado vocês?

Questionei, havíamos deixado a arvore de lado por alguns instantes.

—  sim e não, não porque ele tem respeitado o meu espaço mas ao mesmo tempo percebo... ele distante.

— eu falei que o perfeito em uma relação é diferente da outra não disse?

 Vocês tem que conversar.

Segurei a sua mao que estava sobe sua coxa já que ela mantinha as pernas cruzadas assim como as minhas.

— e você e o Bruno? Você teve medo quando conseguiu engravidar de novo não foi?

— estaria mentindo se negasse isso, foi uma sensação horrível, eu já havia contado para o Bruno.

 

Inspirei o ar o quanto eu pude para que enchesse os meus pulmões.

Seria a primeira vez que eu retrocederia aquele dia e desta vez de modo mais... racional.

— nós tínhamos completado um ano e pouco mais de quatro meses de casados...

 

 

— o jantar foi incrível, obrigada.

Agradeci já tirando os sapatos que por sinal estavam disputa para ver qual seria o primeiro a quebrar os meus pés, só não queria dizer porque antes de sairmos ele já tinha resmungado algo sobre mas eu não dei ouvidos.

— não tem de que, na verdade eu que me sinto honrado por dividirmos a vida juntos.

Disse ele me envolvendo com seus braços com firmeza.

— abra o vestido pra mim?

Peço em um sussurro tão baixo.

Vi pelo espelho a nossa frente que ele deu um breve sorriso antes de acatar ao meu pedido. Aos poucos senti o vestido deixar o meu corpo de forma delicada e sensual, o que me fez dar um sorrisinho.

A medida em que o fecho do vestido escorregava pelo mesmo e deixava o caminho livre ele depositava pequenos beijos em minha pele que se eriçava automaticamente.

 

Seus mãos tomaram meus ombros para afastar as alças do vestido vermelho que eu usava mas que nesse momento sua presença era indesejada.

Senti ser movida para a sua direção, já que eu estava de costas, e o que antes a minha frente era o nosso reflexo, agora eram os seus olhos.

Fui puxada para ele pela cintura e seus lábios logo deram de encontro com os meus de modo tranquilo e calmo, mas que a medida que suas mãos ágeis se faziam presentes em meu corpo a intensidade aumentava.

Da sua gravata, a sua calça, peça por peça foram retiradas dos nossos corpos para podermos ter liberdade de acesso no corpo um do outro.

Ser colocada na cama delicadamente me fez sorrir ao admira-lo a minha frente, de pé, e imponente.

 

 

— mais flores? Que que ele acha que você é? uma beija-flor ou uma abelha?

Comentou Ana retorcendo o rosto com uma careta engraçada quando me viu com um lindo buquê farto em mãos.

— ai desculpa ai, não tá mais aqui quem falou.

Disse ela erguendo as duas mãos se dando por vencida ao passar por mim e em fim se sentando no sofá.

 

“ sei que já tivemos o prazer de completar o nosso primeiro ano juntos, mas quero que você saiba que eu desejo que este seja o primeiro de vários outros mais, eu amo você”

— ele não disse quando voltava?

Ana ainda me olhava intrigada.

Eu abri a boca para responder mas fomos interrompidas pelo telefone de casa.

— falando no diabo...

Disse ela revirando os olhos o que me faz sorrir antes de atender.

— oi?

— oi, como vao as coisas?

Me dirigi para o jardim com o telefone em mãos para que podecimos ter privacidade.

— bem, quero voltar ainda hoje para casa, estou com saudades.

Parece que eu poderia ver ele fazendo aquele bico fofo que da vontade de morder.

— eu também.

Senti uma tontura violenta me possuir e não vi absolutamente mais nada em seguida, acordei com a Ana abanando a minha cara com uma revista.

— que bom que você acordou.

Usei o sofá como apoio para me sentar mais confortavelmente.

— o que aconteceu?

Digo confusa e olho para os lados.

— você desmaiou, acho melhor  levar você ao hospital.

Disse ela mais nervosa do que eu.

— não é preciso...

— precisa sim, e mesmo assim você iria porque o Bruno disse que adiantou a viagem.

— exagerado.

Resmungo.

— cuidadoso só isso.

 

O que eu menos esperava foi confirmado dois dias depois, e eu me sentia radiante.

“ até que em fim” foi o que ouvimos de alguns dos nossos familiares, o que me fazia corar de vergonha, mas no mais, a chegada do novo integrante foi muito bem vinda.

 

Mas em uma manhã de domingo nublada eu tive uma surpresa desagradável.

 

Deixei a cascata do chuveiro me consumir por completo. E de olhos fechados me permiti “ flutuar” senti algo escorrer em meio as minhas pernas o que me fez abrir os olhos imediatamente,

— AI MEU DEUS!

Gritei assim que vi o sangue ao redor de mim.

Eu estava tao atônita, tao assustada que não tive forças nem para gritar por socorro.

—Ella o que...

Apenas levantei o rosto e ele parecia tao ou mais assustado do que eu.

Minhas pernas fraquejaram e meu corpo pareceu pesar uma tonelada e meus joelhos foram de encontro ao chão sem cerimonia alguma. 

o desespero me consumiu como o fogo consome a madeira e eu simplesmente nao conseguia me tranquilizar era uma vida, eu acabara de perder uma vida. 

 

— você quer continuar?

Digo fitando a lâmpada daquele quarto de hospital.

— o que?

Sua voz soou com duvida a minha pergunta.

— se você ainda quer esse casamento.

A saliva passa apertada na minha garganta e por impulso eu aperto a minha mão.

— eu não acredito que você esta me perguntando isso.

Ao ouvir os seus passos eu crio coragem para olha-lo.

— o que? Você... você não se importa?

Digo em um fiozinho de voz e ele permanecia de pé de costas pra mim.

— você esta se ouvindo Rafaela?

Diz ele com a voz carregada de indignação.  Ele volta-se para mim com a decepção estampada em seus olhos.

— que absurdo é esse? Rafa? “ Na alegria e na tristeza” e agora você me pergunta se eu ainda quero permanecer casado com você? E pior, se eu não me importo? Luiza Rafaela que mundo você vive? Depois de tudo o que passamos pra chegar aqui você me vem com essa, Luiza eu não sou nem um monstro, eu queria esse filho tanto quanto você, mas você não teve culpa de perder o nosso filho...

— nem um filho eu pude te dar.

 Primeira lagrima veio sem cerimonia quando ele passou as mãos no rosto eu já sabia que ele poderia estar tudo, menos calmo.

— eu sinto sim, sinto muito, muito mesmo mas você não pode jogar a culpa pra cima de você , Rafaela entenda... você sofreu um aborto espontâneo.

Disse ele quase gritando.

— eu deveria ter percebido,  um sinal, qualquer coisa.

— Luiza para de pensar nisso, para de agir como uma fraca.

Suas palavras foram como uma faca encravada que em vez de ser retirada ela só foi mais fundo.

— fraca?

— é exatamente isso que você esta fazendo, se colocando pra baixo e na verdade isso não vai nos levar a lugar algum.

Ele simplesmente saiu me deixando sozinha naquele quarto.

 

Não dissemos nada durante o caminho de volta pra casa e sinceramente eu não tinha nada a dizer.

Ele subiu primeiro do que eu e logo o banheiro se tornou o seu refugio já que quando subi suas roupas estavam em cima da cama.

Right Here Waiting

Richard Marx

esperando bem aqui

 

Oceanos nos separam dia após dia

E vagarosamente estou enlouquecendo

Escuto sua voz ao telefone

Mas isso não para minha dor


 

Se te vejo quase nunca

Como podemos dizer para sempre?

 

 

O que foi aquilo? Era essa pergunta que teimava em continuar na minha mente.

Nunca, jamais em hipótese alguma eu imaginei ouvir isso do lábios dele e eu me sentia muito mais machucada do que eu pudesse dizer.

 

 

 

Onde quer que vá

O que quer que faça

Estarei bem aqui esperando por você

O que quer que aconteça

Ainda que machuque meu coração

Estarei bem aqui esperando por você

 

 


Admiti, todo o tempo

Que pensava suportar de alguma forma

Escuto risos, provo lágrimas

Mas não posso estar perto de você agora


 

Ho! não pode ver querida

Que está me deixando louco?

 

Senti sua mao em meu braço me impedindo de dar mais um passo quando tentei ir para o banheiro tudo que eu queria era dormir e fingir que isso era um pesadelo.

— quer ajuda?

— não obrigada, ainda tenho forçar pra alcançar o sabonete.

Digo já puxando meu braço da sua mao e lhe dando as costas.

Mentira, eu menti descaradamente, eu queria a sua atenção e os seus cuidados mas eu sentia que aquele momento era meu.

 


Onde quer que vá

O que quer que faça

Estarei bem aqui esperando por você

O que quer que aconteça

Ainda que machuque meu coração

Estarei bem aqui esperando por você


 

Desejo saber como podemos sobreviver

A este romance

Mas no final, estando com você

Correrei o risco

 

 

Quando sai do banho ele já não estava mais no quarto mas não dei importância.

 

Vesti um pijama qualquer eu só queria dormir.

 

Apoiei o travesseiro em meu braço para apoiar a cabeça e segundos depois eu ouvi a porta abrir.

 

— você não vai comer?

Apenas neguei ainda sem olhar para ele.

— me desculpe, eu não deveria dizer aquilo no hospital, fui injusto com você.

Senti quando ele se sentou na cama e eu me virei para ele.

— eu deveria te desculpar?

A pergunta para ele pareceu doer mais do que a mim.

— não a culparia se não o fizesse.

Disse ele olhando para baixo.

— eu sinto muito, não deveria ter chamado você de fraca, você é a pessoa mais forte que eu conheço.

— eu também não deveria ter perguntado se você ainda queria continuar casado comigo, mas me entenda que não é fácil pra mim, é como se o mundo caísse na minha cabeça quando ouvi você dizer aquilo eu...

E lá estavam elas novamente, as lagrimas.

— eu não vou aguentar Bruno.

Murmurei , se meu coração estivesse na boca literalmente eu teria o cuspido.

— nós vamos passar por isso.

Senti ser acolhida pelos seus braços e o gesto de carinho em minhas costas não demoraram a surgir.


 

 

Ho! não pode ver querida

Que está me deixando louco?


 

Onde quer que vá

O que quer que faça

Estarei bem aqui esperando por você

O que quer que aconteça

Ainda que machuque meu coração

Estarei bem aqui esperando por você

Esperando por você

 

— vamos conseguir, nós sempre conseguimos.   

Disse ele depositando um beijo afetuoso em minha cabeça.

 

 

— E dai vocês voltaram a se dar bem de novo?

Perguntou Debora curiosa me tirando destas lembranças.

— aos poucos eu consegui.

Respondo soando naturalmente. mas a dor no coração sempre estaria presente. 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...